OS DEZ / ENCONTROS DE ANA - 06

OS DEZ / ENCONTROS DE ANA - CAP. 06

No avião tudo parecia calmo até o momento da partida. Ana nunca viajara de avião. Ellen percebendo o momento, apenas segurou na mão da parceira e disse:

- Coragem!

Ana tomou fôlego e nada de pânico. Nas alturas tudo aos olhos de Ana era leve. Mas uma coisa ainda intrigava-a: “Como embarcara sem ser revistada.”

Olhou para Ellen com um olhar interrogativo. No mesmo momento a parceira lê os pensamentos de Ana.

- Alguma pergunta?

- Como embarcamos sem nos revistarmos?

- Isto é normal de agora para frente. Essa roupa que você está usando possui um transmissor que avisa aos federais quem somos.

- Hum! Mais uma para a coleção.

- É, você terá muitas surpresas para a sua coleção.

- Que bom!

Ana continuou com os seus pensamentos. Mas foi quebrado pelo som da televisão que fora ligado. Um canal de televisão abordava um assassinato: um moço loiro, aparentando uns vinte anos fora brutalmente assassinado, mas o assassino não fora capturado. Ana deu um leve toque na perna de Ellen que respondeu apenas com um olhar meio indiferente.

Enquanto o repórter fazia o seu trabalho, Ana perdia-se em seus pensamentos. Procurava uma causa para aquilo tudo. Mas esquecera que não seria ela quem teria que resolver mais este mistério, mas a polícia.

Retornou com seus pensamentos ao mundo que a cercava. Ellen estava completamente alheia, totalmente perdida em seus pensamentos. Atenta para o repórter que, junto a um policial, passa ao telespectador mais informações sobre o caso. Tratava-se de um homem egípcio. Por deveres do ofício, o policial disse apenas que o tal homem que fora assassinado pertencia a uma facção egípcia e que chegara há poucos dias no Brasil com finalidade não muito boa.

O tempo passa velozmente. O avião já em solo francês. Paris deslumbra aos olhos de Ana. Ellen dirige-se a um táxi. Ana acompanha. Ellen indica o lugar onde o táxi deverá levá-las.

Depois de mais de meia hora percorrida de táxi, estão num lugar periférico da cidade. Ellen abre o portão da casa. Retira do bolso de sua calça uma pequena chave e abre a porta da casa. Para Ana tudo é meio estranho, mas segue os passos da parceira.

A casa aparentava ser confortável, embora pequena. Sala seguida da cozinha; banheiro no final da cozinha; quarto com banheiro. Para os franceses aqueles cômodos não seriam nada agradáveis, mas para uma cidadã tipicamente brasileira – como ela, já era um bom começo.

- Precisamos de um bom banho e dormir sem preocupar até a nossa próxima missão.

- Você tem idéia de quando será a nossa próxima missão?

- Tanto pode ser amanhã como depois, ou daqui a trinta dias. Sei lá... – jogando um olhar de desaprovação para a pergunta.

- Entendi. Peço desculpas de novo – às vezes me perco perguntando certas coisas...

- Entendo o que se passa com você, mas logo se acostumará.

- Obrigada.

- Vamos tomar um banho?

- Sim, preciso de um bom banho. Um banho que me lave completamente...

- Eu também...

A água minutos depois era ouvida no banheiro. As parceiras deixavam a água percorrer os seus corpos. O deslize dos dedos pelos corpos fazia a dor d’alma diminuir momentaneamente. Para Ana parecia que estava vivendo em um filme onde sempre era procurada pelo assassinato de um jovem louro...

Prof. Pece

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Esperando nº da Bibl. Nacional. OBRA: DESENCONTROS DE ANA

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Prof Pece
Enviado por Prof Pece em 25/06/2007
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