Mark Z (Capítulo I)

New River, 1973.

Mais uma noite tranquila de trabalho da senhorita Alice, garçonete no Duhan Cold, o mais famoso e movimentado bar de New River, uma pequena e pacata cidade com rotina costumeira do interior, já passava das 23, quando um estranho cliente, abriu a porta do bar, a porta rangia, Alice sorriu ao pensar que o velho Duhan Cold, precisava de umas reformas.

O estranho foi em direção ao balcão e pediu uma dose de whisky, Alice prontamente o serviu, com um sorriso no rosto, pelos trajes do sujeito a gorjeta seria boa. Vestia um bom terno, os sapatos brilhavam e um chapéu engraçado, trouce lembranças do poderoso chefão. Logo Alice iniciou a conversa com o forasteiro.

- O que a mafia faz por aqui? Não me parece um lugar lucrativo para mafiosos.

Alice não gostava da cidade, ainda sonhava em se mudar para a capital, conseguir um emprego e se formar em psicologia. O estranho respondeu com um sorriso.

- Prazer, meu nome é Mark e o seu?

Alice sorrindo respondeu com voz calma e suave enquanto limpava o balcão.

- Alice. O que o trouxe a nossa cidade?

Fazendo um gesto para mais uma dose de whisky:

- Negócios. Poderia me dizer onde fica a residência da família Rumsfeld? E me trazer algo para comer?

Alice, sorriu, fez o pedido ao cozinheiro Jonh e voltou ao balcão.

- A casa dos Rumsfeld fica ao fim da rua, aquela casa me da calafrios.

Continuaram a conversa, Mark comeu o bife que havia sido preparado, então perguntou a Alice:

- Onde consigo um lugar para passar a noite?

Alice pensou uns instantes antes de responder:

- você pode se hospedar no hotel Gull's. Fica a duas quadras daqui.

Mark agradeceu enquanto tirava a carteira do bolso, deixou o dinheiro no balcão, saiu caminhando a passos largos em direção a porta.

A rua estava bem iluminada, entrou no seu carro um Ford Mustang 63, de cor preta e bem conservado, pensando que se Alice visse aquele carro, se lembraria ainda mais dos mafiosos, ligou o carro e o radio que tocava Black Sabbath deu algumas voltas pela cidade e logo avistou a placa do hotel Gull's, deixou o carro no estacionamento e entrou pela porta aberta, um lugar bastante atraente, de certa forma rústico e bem mobiliado, no balcão o atendente o recebeu com um sorriso no rosto, Pegou a chave com um chaveiro de madeira com o numero 13 esculpido com o desenho de um pássaro, subiu pela escada de madeira, ninguém no corredor, o Gull's não parecia receber muitos hóspedes, mas ao entrar, o quarto era confortável, boa cama, limpo, e uma TV que parecia não funcionar, tomou um banho agradável se deitou e adormeceu.