RESUMO E EXERCÍCIOS - FIGURAS DE LINGUAGEM

FRASE: enunciado de sentido completo.

FRASE NOMINAL: A renúncia do presidente.

FRASE VERBAL: O presidente renunciou.

- Tipos de frase:

Declarativa afirmativa: Adoro animais.

Declarativa negativa: Não podemos nos calar.

Interrogativa direta: Vamos à praia?

Interrogativa indireta: Ela queria saber como tinham chegado até lá.

Exclamativa: Que dia mais lindo!

Optativa: Que Deus o acompanhe!

Imperativa: Não bata a porta!

ORAÇÃO: enunciado formado de verbo/ locução verbal.

Faremos uma boa avaliação. -> 1 oração.

Sei – 1a oração;

|que estamos fazendo uma boa avaliação. – 2a oração.

Maria casou-se. – 1 oração.

PERÍODO: enunciado que apresenta uma ou mais orações, classificando-se como SIMPLES (oração absoluta) ou COMPOSTO.

[Amo língua portuguesa.] PSimples

[Amo | estudar português, | quando é com Mi Nunes ] PComposto

Responda!__________________________________________

Leia a tirinha em, ver agora: http://anagabrielavieira.blogspot.com.br/2009/09/figuras-de-linguagem.html

I II III

https://www.facebook.com/tirasarmandinho?fref=ts

Analisando cada fala, pode-se dizer que apresenta(m) mais orações na fala o(s) quadrinho(s):

a) I

b) II

c) III

d) I e II

e) I e III

GABARITO: Em I, há 3 orações; em II, 1 oração e em III há 2 orações.

http://soumaisenem.com.br/portugues/sintaxe/sintaxe-frase-oracao-periodo

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Figuras de Linguagem

A linguagem científica prima pela exatidão, pela precisão, pela correção, pela objetividade. O texto literário, no entanto, se marca por desvios em relação ao significado das palavras ou às próprias construções.

Por apresentar desvios, que também são conhecidos como figuras, diz-se que a linguagem usada pela literatura é figurada. É isso que vamos estudar nessa parte do livro. Para tal, dividimos essas figuras em grupos.

2.1 Metáfora (e suas variações)

Um homem, ao dirigir-se a uma mulher, diz: “Você é o sol da minha vida.”

Considerando que mulher não é sol, percebe-se que esta palavra (sol) está em sentido conotativo, ou seja, figurado. O que ele quer dizer pé que ela “o ilumina”, “o orienta”, “o aquece”, “é o centro de seus interesses”, “o mantém em órbita”...

Enfim, ele se coloca como um planeta, para o qual o sol é o próprio sentido e motivo da existência.

A esse processo de criação lingüística, que envolve uma comparação implícita, dá-se o nome geral de metáfora, a qual, por sua vez, se inclui num grupo mais amplo, o das figuras semânticas.

Vamos, agora, ver as mais comuns.

1.Metáfora

Troca ou relacionamento de palavras em que há uma construção figurada baseada na semelhança, isto é, um critério subjetivo e de contexto intelectual (não aparece o termo comparativo)

“Qualquer ruído, dizia, era faca em seus ouvidos” (Marina Colassanti)

2. Símile ou Comparação

É parecida com a metáfora, porém apresenta o termo comparativo presente.

“Partiu-se meu rosto em chispas / como as estrelas num poço”.(Cecília Meireles)

3. Personificação ou prosopopeia

É um tipo de metáfora em que se atribui qualidade, ação ou condição humana a coisas ou seres não humanos.

“As grandes árvores nem se mexem, pois não dão confiança a essa brisa, mas as plantinhas miúdas ficam felizes”.(Aníbal Machado)

4. Hipérbole

É também uma variação da metáfora, mas seu nome indica que se baseia num exagero.

“Até nosso céu eles espanaram” .(João Cabral de Melo Neto)

“Não o vejo há milhões de anos.”

5. Catacrese

É o uso impróprio, porém, já comum, de uma palavra por outra.

“... o Zaca o intimou com uma navalha cheia de dentes a fazer uma serenata”.(Manuel Bandeira)

6. Eufemismo

Também é da família da metáfora, mas tem o objetivo de suavizar uma idéia desagradável ou grosseira.

“O meu último sono, eu quero assim dormi-lo:

- Num largo descampado...” (Vicente de carvalho)

Às vezes, o Eufemismo ganha um tom humorístico. A mesma idéia de morte é percebida em:

“Ele vestiu um paletó de madeira”.

7. Sinestesia

É um tipo bem especial de metáfora. Consiste na mistura de elementos sensoriais.

“A luz gelada e pálida diluindo”.(Cruz e Souza)

(visão X tato)

2.2 Metonímia (e suas variações)

É o segundo grande eixo das figuras semânticas. Diferentemente da metáfora, que se baseia num eixo de concentração, a metonímia se caracteriza por uma relação ou troca de palavras em que ocorra uma contigüidade, isto é, uma aproximação objetiva, devido à ocupação de espaços próximos no universo.

“Os olhos claros da mulher pediram-lhe com doçura...” (Carlos Drummond de Andrade)

“olhos” substituem “mulher”

Agora é hora de estudar uma por uma.

1.Metonímia

Observe que se trocam (ou se relacionam) as palavras baseando-se na aproximação dentro do universo ou do contexto.

“Abriu uma torneira do banheiro para lavar o sono do rosto”.(Luís Fernando Veríssimo)

Há um tipo especial de metonímia que, na verdade, troca o “todo” por uma “parte”, que tem o nome de Sinédoque.

“O Ford quase o derrubou e ele não viu o Ford”.(Alcântara Machado)

Outro tipo de metonímia que tem nome especial é o Símbolo, que consiste na mistura do concreto com o abstrato.

“A cruz é a salvação do século.” (Tristão de Ataíde)

2. Perífrase

É o uso de uma expressão para substituir uma palavra, caracterizando-se por um “rodeio frasal”.

“A pátria de Alexandre se impunha ao mundo conhecido”.(Roberto Rinazzo)

(= Macedônia)

Há uma perífrase especial conhecida como Antonomásia, que consiste num “quase” apelido.

“Todos amam o Poeta dos escravos.”

(= Castro Alves)

3.Antítese

O que aproxima as palavras trocadas ou relacionadas é a oposição.

“Abaixo – via a terra – abismo de treva!

Acima – o firmamento – abismo de luz!” (Castro Alves)

Há dois tipos de Antítese, com razoável presença em concursos.

a)Paradoxo

É a oposição de raciocínios, já que há ilogicidade na idéia.

“Estranha paixão: quanto mais ódio, mais amor.” (Fagundes Varela)

b)Oxímoro

É a oposição de idéias no mesmo grupo sintático

“Amor é um contentamento descontente.” (Camões)

2.3 Ironia (e assemelhadas)

Colocamos neste grupo, além da própria ironia, outras que provocam efeitos expressivos curiosos, normalmente com intenção de humor.

1.Ironia

É, com clara intenção, comunicar exatamente o contrário do que se diz.

“... o velho começou a ficar com aquela bonita expressão cadavérica.” (Stanislau Ponte Preta)

2.Ambiguidade

É quando, intencionalmente, se provoca o duplo sentido, para conseguir o efeito estilístico desejado.

“Deixa-me, fonte! “Dizia / A flor, tonta de terror. / E a fonte, sonora e fria, / Cantava, levando a flor.”

(Vicente de Carvalho)

Dois sentidos: oposto a quente ou insensível, indiferente

Cuidado! Não havendo a intenção estilística, a ambiguidade pode ser considerada como um vício de linguagem (“erro” de construção frasal):

O aluno pediu ao professor para contar a verdade.

Eu vi o desmoronamento do barracão.

O rapaz olhava para a moça com olhar lânguido.

3. Clichê ou Chavão

É, na verdade, um tipo de metáfora, que, pelo uso excessivo, se torna muito comum, a ponto de não parecer linguagem figurada.

“Existem pedras no caminho da reeleição do governador”.

(= obstáculos)

4.Paranomásia

É um jogo de palavras, motivado pela simples aproximação sonora.

“Há quem faça obras / eu apenas / solto as minhas cobras”. (Sebastião Uchoa Leite)

• Às vezes, envolve o que se chama trocadilho:

“Não confunda carioca turista com caricaturista!”

2.4 Outros recursos estilísticos

a)Figuras sintáticas

1.Pleonasmo

É uma repetição; normalmente, para efeito estilístico, tem uma intenção enfática e retoma uma função sintática.

“A monocultura exclusiva do café não é boa para o solo.”

“Vi tudo com meus próprios olhos”.

2.Assíndeto

É a ausência intencional do conectivo coordenativo.

“Vim, vi, venci”.(César, imperador de Roma)

3.Polissíndeto

Ao contrário do anterior, é a repetição, com intenção expressiva, da conjunção coordenativa.

“... as casas são pobres e os homens são pobres, e muitos são parados e doentes e indolentes... ”(Rubem Braga)

4.Anáfora

É a repetição de palavra(s) no início da(s) estruturas(s) sintática(s).

“Fitar-te, ó flor do babilônio rio,

Fitar-te a medo no salgueiro oculto.” (Castro Alves)

Há uma variação chamada anadiplose, que consiste em começar a nova estrutura com a última palavra da anterior. Veja.

“Ofendi-vos, meu Deus, é bem verdade,

Verdade é, meu Senhor, que hei delinqüido,

Delinqüido vos tenho, e ofendido;

Ofendido vos tem minha maldade.” (Gregório de Matos)

5. Apóstrofe ou Invocação

É uma interpelação marcante.

“Deus, ó Deus, onde estás que não respondes?” (Castro Alves).

6. Silepse

É o desvio de concordância. Pode ser:

- de gênero

V.Sª mostrou-se atento aos problemas do povo, Sr prefeito.”

(feminino X masculino)

- de número

“Corriam gente de todos os lados e gritavam...”

(plural X singular)

- de pessoa

“Os cariocas somos especiais.”

(3ª pessoa X 1ª pessoa)

b) Figuras de estilística fonológica

1. Aliteração

É a repetição das consoantes no início das palavras

“Esperando parada pregada na pedra da pedra do porto”.(Chico Buarque de Holanda)

2.Eco

É a sucessão de palavras com final igual ou semelhante

“Era ela, Arabela. Como estava bela!” (Ciro dos Anjos).

3.Onomatopéia

É a figura pela qual se tenta reproduzir os sons por meio de palavras existentes ou criadas para esse fim.

“Tinir de ferros... estalar de açoite”.(Castro Alves)

“Só ouvia o tique-taque do relógio”.

4. Rima

É a coincidência de sons no final dos versos, ou, raramente, no meio deles.

“Vês?! Ninguém assistiu ao formidável

Enterro de tua última quimera

Somente a ingratidão – essa pantera

Foi tua companheira inseparável! (Augusto dos Anjos)

Atividades

Texto 1

Receita de acordar palavras

Palavras são como as estrelas

facas ou flores

elas têm raízes pétalas espinhos

são lisas ásperas leves ou densas

para acordá-las basta um sopro

em sua alma

e como pássaros

vão encontrar seu caminho.

(Roseana Murray, em “Receitas de Olhar”)

1.Os dois primeiros versos se constroem por meio de um(a):

a) exagero

b) mentira

c) erro

d) gradação

e) comparação

2. Versos livres são os que não tem métrica, e brancos, os que não têm rimas. Analisando-se o poema, percebe-se que seus versos são:

a) livres e rimados

b) metrificados e brancos

c) livres e brancos

d) metrificados e rimados

e)impossíveis de confirmar

3. O tema do texto, é na verdade:

a) a própria poesia

b) a palavra

c) a alma das palavras

d) o caminho da vida

e) a vida em si

4. No título, há uma clara prova de que a linguagem do poema é literária. Assinale-a.

a) o uso denotativo do verbo acordar

b) a referência à palavra “palavras”

c) a presença da preposição “de”

d) o emprego conotativo da palavra receita

e) o não aparecimento do tema real do texto

5. A função da linguagem predominante do texto, além da poética, é:

a) emotiva

b) metalingüística

c) conotativa

d) fática

e) referencial

6. “O sopro na alma das palavras” significaria, segundo o texto;

a) a forma poética

b) uso de metrificação adequada

c) a procura das melhores rimas

d) a mensagem que exprima o conteúdo

e) a intenção de sugestionar o ouvinte

Texto 2

Consoada

“Quando a indesejada das gentes chegar

(não sei se dura ou caroável)

talvez eu tenha medo

talvez sorria ou diga:

- Alô, Iniludível

O meu dia foi bom, pode a noite descer

(a noite com seus sortilégios).

Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,

a mesa posta,

com cada coisa em seu lugar.”

(Manuel Bandeira)

7. Indique a afirmativa que está em DESACORDO com as idéias expressas no texto 2.

a) O poeta apresenta um tom de ironia amarga.

b) O poeta aborda o tema da morte.

c) O título marca a recepção à “ilustre” personagem cuja presença é certa.

d) Os significantes “Indesejada”, “Iniludível” e “noite” equivalem-se semanticamente.

e) Há certeza, mas profundo sofrimento com relação à visita inesperada.

Descobrimento

Abancado à escrivaninha em São Paulo

Na minha casa da Rua Lopes Chaves

De supetão senti um friúme por dentro.

Fiquei trêmulo, muito comovido

Com o livro palerma olhando pra mim.

Não vê que me lembrei que lá no norte, meu Deus! Muito longe de mim

Na escuridão ativa da noite que caiu

Um homem pálido magro de cabelo escorrendo nos olhos,

Depois de fazer uma pele com a borracha do dia, Faz pouco se deitou, es´t dormindo.

Esse homem é brasileiro que nem eu.

(Mário de Andrade)

08. Pela comparação entre o título e o conteúdo do poema, percebe-se uma intenção.

a) eufemística

b) onomatopaica

c) simbólica

d) metafórica

e) hiperbólica

09. No quinto verso, há uma figura chamada:

a)metonímia

b)ironia

c)prosopopéia ou personificação

d)símile ou comparação

e)catacrese

10. No último verso, temos um (a):

a)metonímia

b)comparação

c)metáfora

d)paralelismo

e)catacrese

11. Numere, de acordo com as indicações:

1.Hipérbole

2.Personificação

3.Símile

4.Eufemismo

5.Catacrese

6.Antítese

a) ( ) “Ó morte, tu és o porque da minha vida.”

b) ( ) “Embarcamos no ônibus das oito.”

c) ( ) “A onda do mar beijava a Branca areia.”

d) ( ) “Ela agiu como uma leoa na defesa dos filhos.”

e) ( ) “Serão séculos de angústia em meu coração.”

f) ( ) “Vovô entregou a alma a Deus...”

12. Identifique a silepse: 1- de gênero; 2- de número; 3- de pessoa e 4- de gênero e número.

a) ( ) “Os homens sois, naturalmente, infiéis...” (Clarice Lispector)

b) ( ) “Era uma torcida fascinante, gritavam animados todo o tempo...”(Stanislaw Ponte Preta)

c) ( ) “Povo bom é aquele, tiram de letra misérias e injustiças.” (Plínio Marcos)

d) ( ) “V.M é muito impetuoso.” (Alexandre Herculano)

Fanatismo

"Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida

Meus olhos andam cegos de te ver!

Não és sequer a razão do meu viver,

Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...

Passo no mundo, meu Amor, a ler

No misterioso livro do teu ser

A mesma história tantas vezes lida!

"Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."

Quando me dizem isto, toda a graça

Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, digo de rastros:

"Ah ! Podem voar mundos, morrer astros,

Que tu és como Deus : Princípio e Fim."

Florbela Espanca

Interpretação do poema

1. Por que o título do poema é “Fanatismo”? Qual a passagem do poema que melhor justifica esse título?

2. No verso “Meus olhos andam cegos de te ver!” há a predominância de uma figura de linguagem. Que figura é essa?

3. Sobre verso final do poema “Que tu és como Deus : Princípio e Fim.”, podemos dizer que:

a) Há uma comparação entre Deus e o homem amado, caracterizada pelo comparativo como.

b) Há uma hipérbole, já que houve um exagero ao comparar o homem amado a Deus.

c) Há uma metáfora, pois o homem amado é colocado no lugar de Deus na adoração da poeta.

4. Que impressão o poema lhe causou? Qual, na sua opinião, é o sentimento do eu - lírico?

5. Classifique as figuras de linguagem presentes nos fragmentos abaixo:

a) Você é o sol da minha vida.

b) O pé do vaso está quebrado.

c) Seus olhos brilham como estrelas.

d) O tilintar dos metais.

e) Esse homem é uma fera!

f) Meu coração é um almirante louco.

g) O rapaz lhe estendeu uma folha. Era um poema.

h) Já lhe disse isso um milhão de vezes.

i) A mocidade é um noivado.

j) Bebeu dois copos cheios.

l) O tique-taque dos relógios.

m) O livro está cheio de orelhas.

n) O carro andava, corria, voava.

o) Ele entregou a alma a Deus.

p) As árvores são imbecis: se despem justamente quando começa o inverno.

q) Oh, Deus, onde estás?

r) Existem pedras no caminho.

s) Quase morri de estudar.

t) Vi tudo com os meus próprios olhos.

u) Ele está lendo Jorge amado.

v) Ele é bravo como um leão.

x) Que bonita expressão cadavérica!

z) Ele comprou um Ford.

6. Exercício sobre metáfora, comparação e personificação

a) A guerra é um monstro devorador. (____________________)

b) A paixão é como um fogo. (__________________)

c) O mar é a mais larga estrada…(____________________)

d) Santarém é um livro de pedra. (____________________)

e) Hoje o vento levantou-se zangado. (____________________)

f) A formiga recusou aceder ao pedido da cigarra. (____________________)

g) Os seus cabelos pareciam fios de ouro…(____________________)

Tem o coração duro como uma rocha. (____________________)

h) Os frutos desta árvore são doces como o mel. (__________________)

i) Os teus olhos são duas pérolas. (____________________)

j) As rãs do charco tagarelavam umas com as outras. (___________________)

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Figuras de Linguagem - Dicas de Gramática #5

https://www.youtube.com/watch?v=2M5Lj2jhoYg

https://www.youtube.com/watch?v=dIRqinpVrSg

https://www.youtube.com/watch?v=wGc8wNHPklw

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As figuras de linguagem são recursos que tornam mais expressivas as mensagens. Subdividem-se em figuras de som, figuras de construção, figuras de pensamento e figuras de palavras.

http://guiadoestudante.abril.com.br/estudar/portugues/resumo-portugues-figuras-linguagem-646762.shtml

Figuras de som

a) aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.

"Belos beijos bailavam bebendo breves brumas boreais" (Luan Farigotini)

b) assonância: consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos.

“Ó Formas alvas, brancas, Formas claras” (Cruz e Sousa)

c) paronomásia: consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de significados distintos.

"Com tais premissas ele sem dúvida leva-nos às primícias" (Padre António Vieira)

Figuras de construção

a) elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.

“Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.” (omissão de havia)

b) zeugma: consiste na elipse de um termo que já apareceu antes.

Ela come pizza; eu, carne. (omissão de como)

c) polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do período.

"Longe do estéril turbilhão da rua,

Beneditino, escreve! No aconchego

Do claustro, na paciência e no sossego,

Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!"

com calma sem sofrer” (Olavo Bilac)

d) inversão: consiste na mudança da ordem natural dos termos na frase.

“Do que a terra mais garrida / Teus risonhos, lindos campos têm mais flores" (Osório Duque Estrada, em Hino Nacional Brasileiro)

e) silepse: consiste na concordância não com o que vem expresso, mas com o que se subentende, com o que está implícito. A silepse pode ser:

• De gênero

Vossa Excelência está preocupado.

• De número

Os Lusíadas glorificou nossa literatura.

• De pessoa

“O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer essa coisinha verde e mole que se derrete na boca.”

f) anacoluto: consiste em deixar um termo solto na frase. Normalmente, isso ocorre porque se inicia uma determinada construção sintática e depois se opta por outra.

"O homem, chamar-lhe mito não passa de anacoluto" (Carlos Drummond de Andrade) .

g) pleonasmo: consiste numa redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.

"Ó mar salgado, quanto do teu sal

São lágrimas de Portugal"

(Fernando Pessoa)

h) anáfora: consiste na repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases.

“ Amor é um fogo que arde sem se ver;

É ferida que dói e não se sente;

É um contentamento descontente;

É dor que desatina sem doer” (Camões)

Figuras de pensamento

a) antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo sentido.

"Eu vi a cara da morte, e ela estava viva". (Cazuza)

b) ironia: é a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se, com isso, efeito crítico ou humorístico.

“A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”

c) eufemismo: consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca; em síntese, procura-se suavizar alguma afirmação desagradável.

Seu Jurandir partiu desta para uma melhor. (em vez de ele morreu)

d) hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática.

Estava morrendo de fome. (em vez de estava com muita fome)

e) prosopopeia ou personificação: consiste em atribuir a seres inanimados predicativos que são próprios de seres animados.

“Devagar as janelas olham...” (Carlos Drummond de Andrade)

f) gradação ou clímax: é a apresentação de ideias em progressão ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax)

"O primeiro milhão possuído excita, acirra, assanha a gula do milionário." (Olavo Bilac)

g) apóstrofe: consiste na interpelação enfática a alguém (ou alguma coisa personificada).

“Ó Leonor, não caias!”

Figuras de palavras

a) metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.

“Meu coração é um balde despejado” (Fernando Pessoa)

b) metonímia: como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser usada com outro significado. Todavia, a transposição de significados não é mais feita com base em traços de semelhança, como na metáfora. A metonímia explora sempre alguma relação lógica entre os termos. Observe:

Sócrates tomou as mortes. (O efeito é a morte, a causa é o veneno).

c) catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, torna-se outro por empréstimo. Entretanto, devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado em sentido figurado.

O pé da mesa estava quebrado.

d) antonomásia ou perífrase: consiste em substituir um nome por uma expressão que o identifique com facilidade:

O Rei do Futebol (em vez de Pelé)

e) sinestesia: trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.

"Como era áspero o aroma daquela fruta exótica" (Giuliano Fratin)

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Vícios de linguagem

http://www.brasilescola.com/portugues/figuras-linguagem.htm

A gramática é um conjunto de regras que estabelece um determinado uso da língua, denominado norma culta ou língua padrão. Acontece que as normas estabelecidas pela gramática normativa nem sempre são obedecidas, em se tratando da linguagem escrita. O ato de desviar-se da norma padrão no intuito de alcançar uma maior expressividade, refere-se às figuras de linguagem. Quando o desvio se dá pelo não conhecimento da norma culta, temos os chamados vícios de linguagem.

a) barbarismo: consiste em grafar ou pronunciar uma palavra em desacordo com a norma culta.

pesquiza (em vez de pesquisa)

prototipo (em vez de protótipo)

b) solecismo: consiste em desviar-se da norma culta na construção sintática.

Fazem dois meses que ele não aparece. (em vez de faz ; desvio na sintaxe de concordância)

c) ambiguidade ou anfibologia: trata-se de construir a frase de um modo tal que ela apresente mais de um sentido.

O guarda deteve o suspeito em sua casa. (na casa de quem: do guarda ou do suspeito?)

d) cacófato: consiste no mau som produzido pela junção de palavras.

Paguei cinco mil reais por cada.

e) pleonasmo vicioso: consiste na repetição desnecessária de uma ideia.

O pai ordenou que a menina entrasse para dentro imediatamente.

Observação: Quando o uso do pleonasmo se dá de modo enfático, este não é considerado vicioso.

f) eco: trata-se da repetição de palavras terminadas pelo mesmo som.

O menino repetente mente alegremente.

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Cesgranrio – Leia os versos abaixo e responda:

http://cafelivroearte.blogspot.com.br/2011/10/mais-um-pouco-exercicios-figuras-de.html

1 – Vontade de beijar os olhos de minha pátria

De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos”.

2 – “Pátria, eu semente que nasci do vento

Eu que não vou e não venho, eu que permaneço”.

1) A partir dos exemplos 1 e 2, indique as respectivas figuras de linguagem:

a) prosopopéia – aliteração.

b) metáfora – gradação.

c) hipérbole – antítese.

d) aliteração – personificação.

e) metonímia – assíndeto.

2) Fei – Assinalar a alternativa correta, correspondente às figuras de linguagem, presentes nos fragmentos a seguir:

I. “Não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste.”

II. “A moral legisla para o homem; o direito, para o cidadão.”

III. “A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores porém, discordavam.”

IV. “Isaac a vinte passos, divisando a vulto de um, pára, ergue a mão em viseira, firma os olhos.”

a) anacoluto, hipérbato, hipálage, pleonasmo

b) hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto

c) anáfora, polissíndeto, elipse, hipérbato

d) pleonasmo, anacoluto, catacrese, eufemismo

e) hipálage, silepse, polissíndeto, zeugma

3) Fei – Assinalar a alternativa que contém as figuras de linguagem correspondentes aos períodos a seguir:

I. “Está provado, quem espera nunca alcança”.

II. “Onde queres o lobo sou o irmão”.

III. Ele foi discriminado por sofrer de uma doença contagiosa muito falada atualmente.

IV. Ela quase morreu de tanto estudar para o vestibular.

a) ironia – antítese – eufemismo – hipérbole

b) eufemismo – ironia – hipérbole – antítese

c) antítese – hipérbole – ironia – eufemismo

d) hipérbole – eufemismo – antítese – ironia

e) ironia – hipérbole – eufemismo – antítese

PUC – Leia o poema abaixo e responda:

Ardor em firme coração nascido;

Pranto por belos olhos derramado;

Incêndio em mares de águas disfarçado;

Rio de neve em fogo convertido:

Tu, que em um peito abrasas escondido;

Tu, que em um rosto corres desatado;

Quando fogo, em cristais aprisionado;

Quando cristal em chamas derretido.

Se és fogo como passas bradamente,

Se és neve, como queimas com porfia?

Mas ai, que andou Amor em ti prudente!

Pois para temperar a tirania,

Como quis que aqui fosse a neve ardente,

Permitiu parecesse a chama fria.

4) No verso “Permitiu parecesse a chama fria.”, encontramos algumas figuras de linguagem. Uma delas é

a) o eufemismo.

b) o anacoluto.

c) o pleonasmo.

d) a elipse.

e) a anáfora.

5) Identifique as figuras de linguagem empregadas nas seguintes frases:

a) Esses livros, eu já os comprei. (___________)

b) O cheiro doce e verde do capim traziam recordações da fazenda. (_____________)

c) O vento varreu o vale. (____________)

d) Ouviu-se um estalo seco. (______________)

e) Ela chorou um choro de alegria. (_______________)

6) Identifique as figuras de linguagem que ocorrem nas frases a seguir:

a) “O mito é o nada que é tudo…” (___________________)

b) Fitei-a longamente, fixando meu olhar na menina dos olhos dela. (________)

c) O povo estourava de rir. (___________)

7) Identifique as figuras de linguagem marcando:

(1) Metáfora

(2) Metonímia

(3) Catacrese

(4) Comparação

(5) Prosopopéia

a) ( ) Gosto de ouvir Titãs.

b) ( ) A doçura do teu olhar é minha vida.

c) ( ) O rio engasgou num barraco.

d) ( ) Usarei no tempero um dente de alho.

e) ( ) Você é venenosa como uma cobra.

ITA – Leia o trecho abaixo e responda:

É terminantemente proibido animais circulando nas áreas comuns a todos, principalmente para fazerem suas necessidades fisiológicas no jardim do condomínio, onde pode por em risco a saúde das crianças que alí brincam descalças.

(Extraído de um RELATÓRIO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS de um prédio.)

Assinale a opção que apresenta as figuras de linguagem presentes no texto:

a) Pleonasmo e eufemismo.

b) Metonímia e eufemismo.

c) Pleonasmo e polissíndeto.

d) Pleonasmo e metonímia.

e) Eufemismo e polissíndeto.

PUC – Leia o trecho abaixo e responda:

MAR PORTUGUÊS (Fernando Pessoa)

Ó mar salgado, quanto do teu sal

São lágrimas de Portugal!

Por te cruzarmos, quantas mães choraram,

Quantos filhos em vão rezaram!

Quantas noivas ficaram por casar

Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena

Se a alma não é pequena.

Quem quer passar além do Bojador

Tem que passar além da dor.

Deus ao mar o perigo e o abismo deu,

Mas nele é que espelhou o céu.

9) No 1° verso do poema, há a interpelação direta a um ser inanimado a quem são atribuídos traços humanos. Assinale a alternativa que designe adequadamente as figuras de linguagem que expressam esses conceitos.

a) Metáfora e prosopopéia.

b) Metonímia e apóstrofe.

c) Apóstrofe e prosopopéia.

d) Redundância e metáfora.

e) Redundância e prosopopéia.

Considere os seguintes trechos de “A Hora da Estrela”:

Embora a moça anônima da história seja tão antiga que podia ser uma figura bíblica. Ela era subterrânea e nunca tinha tido floração. Minto: ela era capim.

Se a moça soubesse que minha alegria também vem de minha mais profunda tristeza e que a tristeza era uma alegria falhada. Sim, ela era alegrezinha dentro de sua neurose. Neurose de guerra.

10) Neles predominam, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem:

a) inversão e hipérbole.

b) pleonasmo e oxímoro.

c) metáfora e antítese.

d) metonímia e metáfora.

e) eufemismo e antítese.

PUC - Quanto ao sentido figurado no texto, considere as três figuras abaixo relacionadas, cada uma identificada por uma de suas características mais genéricas:

I- eufemismo: suavização de uma palavra ou expressão;

II- metonímia: a parte pelo todo;

III- personificação: atribuição de vida, ação, movimento e voz a coisas inanimadas.

A seguir, observe os exemplos e os relacione com as figuras de linguagem:

( ) “A bossa nova ficou mais triste.”

( ) “Baden Powell deixou o mundo em saudade.”

( ) “Powell tinha a arte na ponta dos dedos.”

11) A seqüência correta é:

a) III, I, II.

b) II, III, I.

c) III, II, I.

d) II, I, III.

e) I, III, II.

ITA – Leia o poema abaixo de Cecília Meireles:

Canção

Pus o meu sonho num navio

e o navio em cima do mar;

- depois, abri o mar com as mãos

para o meu sonho naufragar

Minhas mãos ainda estão molhadas

do azul das ondas entreabertas

e a cor que escorre dos meus dedos

colore as areias desertas.

O vento vem vindo de longe,

a noite se curva de frio;

debaixo da água vai morrendo

meu sonho, dentro de um navio…

Chorarei quanto for preciso,

para fazer com que o mar cresça,

e o meu navio chegue ao fundo

e o meu sonho desapareça.

Depois, tudo estará perfeito;

praia lisa, águas ordenadas,

meus olhos secos como pedras

e as minhas duas mãos quebradas

Neste poema, há algumas figuras de linguagem. Abaixo, você tem, de um lado, os versos e, do outro, o nome de uma dessas figuras. Observe:

I. “Minhas mãos ainda estão molhadas / do azul das ondas entreabertas” ……………….. sinestesia

II. “e a cor que escorre dos meus dedos” …..metonímia

III. “o vento vem vindo de longe” …. aliteração

IV. “a noite se curva de frio” ………… personificação

V. “e o meu navio chegue ao fundo / e o meu sonho desapareça” …….. polissíndeto

12) Considerando-se a relação verso/figura de linguagem, pode-se afirmar que

a) apenas I, II e III estão corretas.

b) apenas I, III e IV estão corretas.

c) apenas II está incorreta.

d) apenas I, IV e V estão corretas.

e) todas estão corretas.

ENEM – 2004

13) Nesta tirinha, a personagem faz referência a uma das mais conhecidas figuras de linguagem para

a) condenar a prática de exercícios físicos.

b) valorizar aspectos da vida moderna.

c) desestimular o uso das bicicletas.

d) caracterizar o diálogo entre gerações.

e) criticar a falta de perspectiva do pai.

FGV 2007 –

Leia o fragmento abaixo e responda:

Pastora de nuvens, fui posta a serviço por uma campina tão desamparada que não principia nem também termina, e onde nunca é noite e nunca madrugada.

(Pastores da terra, vós tendes sossego, que olhais para o sol e encontrais direção. Sabeis quando é tarde, sabeis quando é cedo. Eu, não.)

Esse trecho faz parte de um poema de Cecília Meireles, intitulado “Destino”, uma espécie de profissão de fé da autora.

14) Considerando-se as figuras de linguagem utilizadas no texto, pode-se dizer que

a) as duas estrofes são uma metáfora de um pleno sentimento de paz.

b) o texto revela a antítese entre dois universos de atuação, com diferentes implicações.

c) há, nos versos, comparação entre atividades agrícolas e outras, voltadas à pecuária.

d) o verso “Sabeis quando é tarde, sabeis quando é cedo.” contém uma hipérbole.

e) as estrofes apresentam, em sentido figurado, a defesa da preservação das ocupações voltadas ao campo.

PUC 2007 –

Leia o fragmento abaixo de Iracema e responda:

Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado (…) Cedendo à meiga pressão, a virgem reclinou-se ao peito do guerreiro, e ficou ali trêmula e palpitante como a tímida perdiz (…) A fronte reclinara, e a flor do sorriso expandia-se como o nenúfar ao beijo do sol (…). Em torno carpe a natureza o dia que expira. Soluça a onda trépida e lacrimosa; geme a brisa na folhagem; o mesmo silêncio anela de opresso. (…) A tarde é a tristeza do sol. Os dias de Iracema vão ser longas tardes sem manhã, até que venha para ela a grande noite.

15) Os fragmentos anteriores constroem-se estilisticamente com figuras de linguagem, caracterizadoras do estilo poético de Alencar. Apresentam eles, dominantemente, as seguintes figuras:

a) comparações e antíteses.

b) antíteses e inversões.

c) pleonasmos e hipérboles.

d) metonímias e prosopopéias.

e) comparações e metáforas.

PUC 2007 – A propósito da passagem:

“Tanto que, na sua bebedeira auricular só conseguem entender as frases repetitivas da música pop. E, se esta nossa ‘civilização’ não arrebentar, acabamos um dia perdendo a fala – para que falar? Para que pensar? – ficaremos apenas no batuque: ‘Tan! tan!tan! tan! tan!’”

16) Nesse fragmento, Mario Quintana faz uso de figuras de linguagem. Indique duas.

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17) De que maneira a utilização dessas figuras contribui para estruturar a argumentação do autor sobre o tema?

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_______________________________________________________________________

_______________________________________________________________________

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GABARITO:

1. A

2. B

3. A

4. D

5. (pleonasmo; sinestesia; prosopopéia; sinestesia; pleonasmo)

6. (paradoxo e antítese); (catacrese); (hipérbole)

7. a) (2) Gosto de ouvir Titãs.

b) (1) A doçura do teu olhar é minha vida.

c) (5) O rio engasgou num barraco.

d) (3) Usarei no tempero um dente de alho.

e) (4) Você é venenosa como uma cobra.

8. A

9. C

10. C

11. A

12. E

13. E

14. B

15. E

16. a) Metáfora e sinestesia.

17. Utilizando-se da metáfora, Mário Quintana compara o estado de quem se acha perturbado, zonzo, atordoado, por causa do barulho, com o estado de bebedeira de alguém que, nesta situação, também se mostra tonto, confuso, transtornado. Já a ironia destaca-se, por exemplo, quando o autor coloca a palavra civilização entre aspas para revelar que o homem, ao se acostumar com o barulho, perde a fala, o poder de pensar, o que o afasta da comunicação e, conseqüentemente, de uma vida civilizada. As perguntas e a exploração da onomatopéia – “Tan! tan! tan!tan! tan!” – também se apresentam como recursos reveladores da ironia.

Questão 1.

http://www.gabarite.com.br/simulado-concurso/409-10-questoes-sobre-figuras-de-linguagem-portugues

"Seus óculos eram imperiosos." Assinale a alternativa em que aparece a mesma figura de linguagem que há na frase acima:

a) "As cidades vinham surgindo na ponte dos nomes."

b) "Nasci na sala do 3° ano."

c) "O bonde passa cheio de pernas."

d) "O meu amor, paralisado, pula."

e) "Não serei o poeta de um mundo caduco."

• Questão 2.

Na frase "O fio da idéia cresceu, engrossou e partiu-se" ocorre processo de gradação. Não há gradação em:

a) O carro arrancou, ganhou velocidade e capotou.

b) O avião decolou, ganhou altura e caiu.

c) O balão inflou, começou a subir e apagou.

d) A inspiração surgiu, tomou conta de sua mente e frustrou-se.

e) João pegou de um livro, ouviu um disco e saiu.

• Questão 3.

• No trecho: "...dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo", a figura de linguagem presente é chamada:

a) metáfora

b) hipérbole

c) hipérbato

d) anáfora

e) antítese

• Questão 4. Nível Médio -

• Nos trechos: "O pavão é um arco-íris de plumas" e "...de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira..." enquanto procedimento estilístico, temos, respectivamente:

a) metáfora e polissíndeto;

b) comparação e repetição;

c) metonímia e aliteração;

d) hipérbole e metáfora;

e) anáfora e metáfora.

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• Questão 5. Nível Médio - Banca desconhecida

• Nos trechos: "...nem um dos autores nacionais ou nacionalizados de oitenta pra lá faltava nas estantes do major" e "...o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja" encontramos, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem:

a) prosopopéia e hipérbole;

b) hipérbole e metonímia;

c) perífrase e hipérbole;

d) metonímia e eufemismo;

e) metonímia e prosopopéia.

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• Questão 6. Nível Médio - Banca desconhecida

• Na frase: "O pessoal estão exagerando, me disse ontem um camelô", encontramos a figura de linguagem chamada:

a) silepse de pessoa

b) elipse

c) anacoluto

d) hipérbole

e) silepse de número

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• Questão 7. Nível Médio - Banca desconhecida

• Em qual das opções há erro de identificação das figuras?

a) "Um dia hei de ir embora / Adormecer no derradeiro sono." (eufemismo)

b) "A neblina, roçando o chão, cicia, em prece. (prosopopéia)

c) Já não são tão freqüentes os passeios noturnos na violenta Rio de Janeiro. (silepse de número)

d) "E fria, fluente, frouxa claridade / Flutua..." (aliteração)

e) "Oh sonora audição colorida do aroma." (sinestesia)

• Questão 8. Nível Médio - Banca desconhecida

• Indique a alternativa em que haja uma concordância realizada por silepse:

a) Os irmãos de Teresa, os pais de Júlio e nós, habitantes desta pacata região, precisaremos de muita força para sobreviver.

b) Poderão existir inúmeros problemas conosco devido às opiniões dadas neste relatório.

c) Os adultos somos bem mais prudentes que os jovens no combate às dificuldades.

d) Dar-lhe-emos novas oportunidades de trabalho para que você obtenha resultados mais satisfatórios.

e) Haveremos de conseguir os medicamentos necessários para a cura desse vírus insubordinável a qualquer tratamento.

Questão 9. Nível Médio - Banca desconhecida

• Assinalar a alternativa correta, correspondente à figuras de linguagem, presentes nos fragmentos abaixo:

I. "Não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste."

II. "A moral legisla para o homem; o direito para o cidadão."

III. "A maioria concordava nos pontos essenciais; nos pormenores porém, discordavam."

IV. "Isaac a vinte passos, divisando o vulto de um, pára, ergues a mão em viseira, firma os olhos."

a) anacoluto, hipérbato, hipálage, pleonasmo;

b) hipérbato, zeugma, silepse, assíndeto;

c) anáfora, polissíndeto, elipse, hipérbato;

d) pleonasmo, anacoluto, catacrese, eufemismo;

e) hipálage, silepse, polissíndeto, zeugma.

Questão 10. Nível Médio - Banca desconhecida

Assinale a alternativa em que ocorre aliteração:

a) "Água de fonte .......... água de oceano ............. água de pranto. (Manuel Bandeira)

b) "A gente almoça e se coça e se roça e só se vicia." (Chico Buarque)

c) "Ouço o tique-taque do relógio: apresso-me então." (Clarice Lispector)

d) "Minha vida é uma colcha de retalhos, todos da mesma cor." (Mário Quintana)

e) N.d.a.

http://cafelivroearte.blogspot.com.br/2011/10/mais-um-pouco-exercicios-figuras-de.html
Enviado por J B Pereira em 16/07/2015
Reeditado em 18/07/2015
Código do texto: T5313401
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