SAUDADE: PALAVRA EM SILÊNCIO E LACUNA DA DISTÂNCIA, VISUALIZAÇÃO DO ENTE QUERIDO...

A vida, embora linda e versátil, se nos apresenta como monótona, paradoxal e dura (para não falar feia). Sendo eu otimista e cristão, vejo que vale a pena viver. Cansa-nos a luta e queremos o prazer. Contudo, é enganoso também esperar que só o prazer nos conduza à felicidade. E nos angustia ver a cruz, nossa mais real realização, nos aborrecer quando temos tanto a aprender. Uma delas talvez a maior lição que vivo: sentir a saudade dos que amam como você e estão longe de mim. E ter que confiar e conviver com outros, estranhos e talvez interesseiros, quando poderia amar mais os familiares que Deus me proporcionou no tempo presente da vida na cidade em que foi criado. E agora aqui lutando, vivendo, amando, perdoando, sentindo os altos e baixos da vida, vou aprendendo que tudo é efêmero e único (não se vive dois minutos em si como da mesma maneira e que nossa explicação por melhor que seja fica pela metade ou incompleta.). Penso que isso é o que seria o recôndito de um coração poeta e um desejo de um filósofo, um professor aos seus 54 anos bem vividos - aqui a traduzir ao seu coração aniversariante pela saudade tão pura e sentida - talvez o desejo de me (re)ver e saber que estou tão longe e ao mesmo perto de você em pensamento, porque a tenho também meu meu coração e a vida, espero eu, nos aproxime de novo... Saudades, palavra mágica e tão bonita para dizer ou traduzir mil sentimentos.

A força interior vem de Deus e da abertura de quem nos ouve e entende.