Recuando no tempo, recordei, talvez em 1982 ou 1983, uma cena que trouxe o abraço da saudade e permite destacar a naturalidade gostosa embalando os corações.
Em Castelo Branco, meu antigo bairro, no Centro Social Urbano, eu e os colegas, leves e soltos, durante a aula de Educação Física, jogávamos inesquecíveis babas.
Havia muitas opções para a gente jogar bola, pois, nesse local, além de um grande campo, o principal, existem os campinhos, portanto basta procurar um espaço vazio e começar a diversão.
As aulas de Educação Física quase não ocorriam. O que nunca deixava de rolar era a bola satisfazendo aos anseios dos alunos.
Meu alegre grupinho, composto por cinco ou, no máximo, seis craques, terminava a brincadeira e precisava matar a sede já.
Não era uma sede qualquer, era a maior de todas as sedes. Seria cruel ignorar o saudável clamor do corpo cansado.
* Saindo do Centro Social, aproveitando a abertura lateral improvisada, encontrávamos uma rua.
Sem cerimônia fazíamos o pedido tentando sensibilizar alguma alma caridosa, não demorava, logo surgia uma senhora trazendo a garrafa dos sonhos e apenas um copo.
Que delícia!
Jamais bebi uma água tão saborosa!
*A pequena equipe, revigorada pela maravilhosa água, agradecia feliz demais, retomava o caminho de volta através da falsa entrada, papeava mais um pouquinho, depois cada um alcançava seu generoso lar.
Não sei o porquê, mas lembrei o episódio acima.
Talvez hoje exista, nas ações infantis, um excesso de sofisticação.
Como estarão os babinhas atuais?
Serão iguais àqueles que participei, descontraídos, sem duelos nem disputas?
* Confessando um defeito desses dias modernos e sofisticados, costumo provar os “líquidos” (réfris, sucos e afins), porém sempre estou evitando a tradicional água.
Noto que os sentimentos combinando com aquela sede e a imensa satisfação de beber a água oferecida por uma bondosa senhora, após eu ganhar anos, mudaram bastante.
Tudo indica que fiquei tão chato como os outros adultos.
Perdi a sede e a naturalidade. Que pena!
Um abraço!
Em Castelo Branco, meu antigo bairro, no Centro Social Urbano, eu e os colegas, leves e soltos, durante a aula de Educação Física, jogávamos inesquecíveis babas.
Havia muitas opções para a gente jogar bola, pois, nesse local, além de um grande campo, o principal, existem os campinhos, portanto basta procurar um espaço vazio e começar a diversão.
As aulas de Educação Física quase não ocorriam. O que nunca deixava de rolar era a bola satisfazendo aos anseios dos alunos.
Meu alegre grupinho, composto por cinco ou, no máximo, seis craques, terminava a brincadeira e precisava matar a sede já.
Não era uma sede qualquer, era a maior de todas as sedes. Seria cruel ignorar o saudável clamor do corpo cansado.
* Saindo do Centro Social, aproveitando a abertura lateral improvisada, encontrávamos uma rua.
Sem cerimônia fazíamos o pedido tentando sensibilizar alguma alma caridosa, não demorava, logo surgia uma senhora trazendo a garrafa dos sonhos e apenas um copo.
Que delícia!
Jamais bebi uma água tão saborosa!
*A pequena equipe, revigorada pela maravilhosa água, agradecia feliz demais, retomava o caminho de volta através da falsa entrada, papeava mais um pouquinho, depois cada um alcançava seu generoso lar.
Não sei o porquê, mas lembrei o episódio acima.
Talvez hoje exista, nas ações infantis, um excesso de sofisticação.
Como estarão os babinhas atuais?
Serão iguais àqueles que participei, descontraídos, sem duelos nem disputas?
* Confessando um defeito desses dias modernos e sofisticados, costumo provar os “líquidos” (réfris, sucos e afins), porém sempre estou evitando a tradicional água.
Noto que os sentimentos combinando com aquela sede e a imensa satisfação de beber a água oferecida por uma bondosa senhora, após eu ganhar anos, mudaram bastante.
Tudo indica que fiquei tão chato como os outros adultos.
Perdi a sede e a naturalidade. Que pena!
Um abraço!