Contra a reencarnação: acreditamos em Encarnação ou Cristo vindo à nossa história com seu corpo: tão humano quanto divino...

"Recebemos do nosso caríssimo irmão na fé, José João Bosco, o artigo-reflexão, e disponibilizamos para que todos possam dele aproveitar. Agradecemos a sempre gentil e carinhosa participação do José João, enviando-nos textos que elevam a nossa alma até a presença de Deus."

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“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. (...) E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” João 1,1. 14

Mais uma vez, a cada ano, temos a certeza da Encarnação do verbo de Deus entre nós quando celebramos o Natal como o nascimento de Jesus, sendo o grande marco histórico capaz de entender a história antes e depois de Cristo. Jesus nasceu para nossa salvação. Nasceu sem o pecado para nos libertar do pecado. Por isso, cantamos e professamos nossa fé: “Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, / Filho Unigênito de Deus,/ gerado do Pai antes de todos os séculos/ Deus de Deus, Luz da luz,/ verdadeiro Deus de verdadeiro Deus,/ gerado, não feito,/ da mesma substância do Pai./ Por Ele todas as coisas foram feitas./ E, por nós, homens,/ e para a nossa salvação,/ desceu dos céus:/ Se encarnou pelo Espírito Santo,/ no seio da Virgem Maria,/ e se fez homem./ Também por nós foi crucificado/ sob Pôncio Pilatos;/ padeceu e foi sepultado./ Ressuscitou dos mortos ao terceiro dia,/ conforme as Escrituras;/ E subiu aos céus,/ onde está assentado à direita de Deus Pai./ Donde há de vir, em glória,/ para julgar os vivos e os mortos;/ e o Seu reino não terá fim./ Creio no Espírito Santo,/ Senhor e fonte de vida,/ que procede do Pai;/ e com o Pai e o Filho/ é adorado e glorificado:/ Ele falou pelos profetas./ Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica/ Confesso um só batismo para remissão dos pecados./ Espero a ressurreição dos mortos;/ E a vida do mundo vindouro./ Amém.” (credo dos Concílios de Niceia e Constantinopla no ano 381 d. C.). Acreditamos, também, na Ressurreição: pela ressurreição, nosso corpo será transformado à força do corpo glorioso de Jesus. Guardaremos nossas memórias, mas não mais o pecado. Saberemos que as marcas do pecado em nós foram definitivamente vencidas. Ficaremos nas moradas de Jesus. Cristo ressuscitou e não se reencarnou. No monte das Transfigurações, Jesus revela seu fim glorioso e não é uma defesa das teorias reencarnacionistas. Baseado nas manifestações paranormais das irmãs Fox, o neo-espiritismo ou kardecismo defende infelizmente a reencarnação. Hoje com a neurociência e a parapsicologia, a reencarnação é descartada como possibilidade. Prefiro a tradição judaico-cristã à grega ou das religiões africanas, nem espiritismos europeu. Cristo ressuscitado é a base da fé bíblica acima das especulações e superstições da crença na reencarnação. Ora, se a reencarnação fosse verdade, teríamos que descartar o evento histórico-salvífico de Jesus Cristo como nosso único Salvador Eficaz. A salvação é dom e Deus e não esforço humano. Não somos nós que nos salvamos pela reencarnação de nossa alma em outros corpos. A reencarnação parte da noção básica de que o homem pelas sucessivas purificações em corpos diferentes se salva por si para merecer o Paraíso ou o céu. O céu vem de Deus é o seu reino e não posse ou mérito de nós homens e mulheres limitados. É pelo poder de Deus que somos salvos: sim, podemos corresponder ao projeto de Deus a nosso respeito. Feliz natal em Jesus, nosso fiel Salvador!

REFLEXÃO:

“Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu.”

Hebreus 10, 23

“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” (João 14, 6)

“Assim como, no passado, surgiram falsos profetas entre o povo, da mesma forma, haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao cúmulo de negarem o Soberano que os resgatou, atraindo sobre si mesmos a repentina destruição.” (2 Pedro 2,1-3)

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“Se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus

dentre os mortos habita em vós, aquele que

ressuscitou Cristo Jesus dentre os mortos dará

vida também aos vossos corpos mortais,

mediante o seu Espírito que habita em vós”.

(Rm 8,11)

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RODRIGO CATINI FLAIBAM - pensamento abaixo é desse autor:

'O ser humano é uma única realidade, um único ser pessoal, um único

sujeito. Tanto a dimensão espiritual quanto a corpórea designam a realidade e o

ser total do ser humano. Alma e corpo não são dois seres que se sobrepõem,

antes devem ser considerados como dois aspectos ou dimensões essenciais e

fundamentais da estrutura unitária que é a pessoa humana. A partir da

experiência unitária da pessoa integram-se corporeidade e espiritualidade,

superando-se, assim, o dualismo, sem por isso sacrificar as diferenças existentes

entre estas duas dimensões do ser humano.

A rejeição do dualismo (caracterizado pela relação de exclusão entre corpo

e alma) por parte da Igreja não é fruto de um modismo teológico. Na realidade, a

Igreja rejeita o dualismo em continuidade com a intencionalidade profunda da

Sagrada Escritura e da longa tradição eclesial. É o que será mostrado no

presente trabalho, dividido em quatro capítulos. No primeiro, serão apresentados

os dados bíblicos que apontam para uma compreensão unitária do ser humano.

No segundo capítulo, examinaremos as origens da antropologia filosófica e a

infiltração do dualismo nos sistemas filosóficos platônicos, neoplatônicos e

cartesiano, limitando-nos a indicar onde se encontra a raiz do problema. No

terceiro capítulo, apresentaremos a extensão e a profundidade da penetração da

antropologia dualista neoplatônica (e também, até certo ponto, gnóstica) no

cristianismo e na reflexão teológica cristã. O influxo do dualismo cartesiano é

igualmente focalizado. Constataremos que, apesar do fato real da infiltração, a

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opção fundamental da Igreja pela visão unitária do ser humano se manterá viva

no decurso dos séculos. Finalmente, no quarto capítulo, depois de caracterizar

brevemente a espiritualidade e a corporeidade humanas, trataremos da

necessária articulação entre ambas, de tal maneira que a unidade se realize na

dualidade de dimensões e a dualidade, pela sua vez, aconteça na unidade.

Apontaremos, também, numa perspectiva sistemático-teológica, as problemáticas

antropológica, soteriológica e escatológica decorrentes desta articulação.

No intuito de colaborar com a reflexão traçada, disponibilizamos, ao

término do trabalho, uma vasta bibliografia, bem como vários anexos que visam

auxiliar o estudo já feito e servir de ponte a posteriores discussões.

À luz da fé no Deus criador que é simultaneamente salvador, procuramos com nosso

estudo, falar hoje significativamente sobre o ser humano numa perspectiva teológica,

dedicando nossa atenção à articulação decorrente da união corpo e alma entre os diferentes

temas antropológicos.

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CORPO E ALMA: UNIDADE FUNDAMENTAL NA PLURALIDADE DA PESSOA HUMANA

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

CAMPINAS, 2002

“Creio na ressurreição do corpo...”

Corpo para sempre; face do Espírito.

Corpo com sede,

corpo doente,

corpo migrante,

corpo com fome,

corpo na prisão...

“Quando o fizestes a um destes meus pequeninos,

a mim o fizestes...”

Corpo: santuário, altar, hóstia.

Santo dos santos.

O Espírito ama,

o amor se faz jardim,

corpos,

que se amam no jardim:

jardim do Espírito,

Jesus de Nazaré,

que se fez pão e vinho,

corpo distribuído

para mais amor:

semente do Universo-jardim,

corpo de Deus,

Cristo.

Nós.

Eu.

Rubem Alves.

Creio na ressurreição_____

INTRODUÇÃO da obra acima citada

.....................................................................................................

I – O SER HUMANO SEGUNDO A VISÃO UNITÁRIA NA SAGRADA

ESCRITURA ........................................................................................................

1.1. A unidade do ser humano no Antigo Testamento ..............................

1.2. A unidade do ser humano no Novo Testamento ................................

II – AS ORIGENS DA ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA E A INFILTRAÇÃO

DO DUALISMO

..........................................................................................................

2.1. A concepção do ser humano na cultura arcaica grega ......................

2.2. A concepção do ser humano na filosofia pré-socrática ......................

2.3. A transição socrática ..........................................................................

2.4. A concepção platônica e neoplatônica do ser humano ......................

2.4.1. A antropologia platônica .......................................................

2.4.2. A antropologia neoplatônica .................................................

2.4.3. O dualismo platônico e neoplatônico ....................................

2.5. A concepção racionalista do ser humano ..........................................

2.5.1. A antropologia cartesiana .....................................................

2.5.2. O dualismo cartesiano ..........................................................

III – O DUALISMO ANTROPOLÓGICO NA REFLEXÃO TEOLÓGICA CRISTÃ

3.1. A problemática da gnose ....................................................................

3.1.1. A estrutura básica do gnosticismo ........................................

3.1.2. A difusão do gnosticismo no século I d.C. ............................

3.2. A Patrística e o dualismo ....................................................................

3.2.1. A antropologia patrística .......................................................

3.2.2. A patrística e a gnose ...........................................................

3.3. O dualismo na Idade Média ...............................................................

3.3.1. A antropologia medieval .......................................................

3.3.2. A superação do dualismo em Santo Tomás .........................

3.4. O magistério eclesial e a antropologia dualista ..................................

IV – A UNIDADE FUNDAMENTAL NA PLURALIDADE DA PESSOA HUMANA

4.1. A dualidade na unidade fundamental da pessoa humana .................

4.1.1. O corpo na unidade da pessoa humana ...............................

4.1.2. A alma na unidade da pessoa humana ................................

4.1.3. Corpo e alma: superação do dualismo .................................

4.2. A unidade da pessoa humana na perspectiva sistemático-teológica .

4.2.1. O problema antropológico ....................................................

4.2.2. O problema soteriológico ......................................................

4.2.3. O problema escatológico ......................................................

CONCLUSÃO ......................................................................................................

BIBLIOGRAFIA

....................................................................................................

ANEXOS ..............................................................................................................

I – SIMBOLOGIA NUMÉRICO-DUAL ..................................................................

II – A ÁRVORE DAS VIDAS (SEFIROT) .............................................................

III – MICROCOSMO-MACROCOSMO ................................................................

IV – CÍRCULO – PSYCHÉ ...................................................................................

V – PRIMADO DA ALMA .....................................................................................

VI – RETORNO AO CORPO ...............................................................................

VII – RESSURREIÇÃO – PLENITUDE DO SER HUMANO ................................

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http://www.sebopapirus.com.br/livro-Geraldo_E_Dallegrave-Reencarnacao_Colecao_de_Parapsicologia-Loyola-13941885

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https://firmatfides.files.wordpress.com/2011/12/corpo-e-alma-unidade-fundamental-na-pluridade-da-pessoa-humana.pdf