capitulo 3

Isso foi algo inesperado na minha vida. Nunca achei que eu pudesse ser escolhida ou que alguém além de meus pai gostassem dos meus desenhos. E melhor, vou morar, trabalhar e estudar com Lana, como ferias muito longas. Tudo foi uma correria. Passei noites em claro estudando para os exames finais, nos quais, felizmente, consegui uma média excelente. Teve também os preparativos para a viagem, ligava todos os dias para Lana e conversava sobre os detalhes da nossa grande experiência. Vai ser bom ter um tempo para mim depois do ensino médio e refletir sobre qual faculdade fazer. Meu telefone tocou:

- Ail, já fez sua mala? Posso pegar carona com vocês amanha quando tiver indo para o aeroporto?

- Claro, às 8 horas pode ser? – ela disse ok, ficou mudo por um instante- Nem dá pra acreditar , não é? Amanha tudo muda.

- Você será minha nova colega de apartamento... Temos muitas coisas que conversar durante mais de 12 horas de voo. Acho que vou até levar um livro para ler. E você o que vai fazer? – acho que eu não conseguiria passar tanto tempo em claro, lendo, fazendo palavras cruzadas ou conversando. Tenho mais afinidade em o sono em momentos como este.

- Vou dormir é claro.

- Ora, geralmente eu sou a dorminhoca, Aila. – ela riu do outro lado da linha.

- Cale a boca. Você é, voos longos me dão sono, não posso evitar. Acho que vou dormi, amanha acordo cedo para arrumar uma coisas simples, pegar o cartão internacional, o Money Card e juntar a grana, pegar as malas , bolsa e passo na sua casa, ok? Acho que vou morrer de saudade da minha irmã e dos meus pais...

- Aguenta a barra, são só dois meses. Você e Taty nem são muito ligadas.

- Mesmo assim. Vou agora, ok?

- Tudo bem, boa noite beijos..- ela desligou. Coloquei o pijama.

Antes de ir deitar conferi as coisas da mala, arrumei novamente a bolsa, separei a roupa de vestir, tirei um grande casaco preto do guarda roupa, vai estar muito frio quando chegarmos. Inverno de NYC é um dos mais rigorosos do norte das américas. Me deitei e dormi.

O despertador tocou hoje com Radioctive e eu literalmente pulei da cama e vesti roupa, arrumei minhas coisas e nesse meio tempo minha mãe preparou o café e tivemos um normal café em família, aproveitando minha presença. Fomos para o aeroporto internacional de São Paulo, Lana já estava conosco e Bruna estava com seus pais também.

Houve muito choro e despedidas, inclusive eu. Não sou nem um pouco boa com despedidas, mas fiz o possível para não chorar. Fizemos check in, despachei as malas, eles me deixaram e fomos juntas para a sala de embarque, passamos pelos detectores e metais e fomos pra o Portão 35.

Por mais que seja estranhamente normal todos os dias pessoas do mundo todo pegando aviões e voos para diversos países, isso era diferente era surpreendente , pois conseguimos com nossos méritos estar aqui e era um começo, uma vitória e uma chance. Um sonho que estava prestes a começar. Uma campainha suou e alertaram que o voo 36554 seria o próximo. Era o nosso. Agora sim tudo seria diferente, o inglês reinaria como língua e nos seriamos meramente mais três pessoas rumo a New York, porém, no nosso intimo seria especial.

- Vamos? – convidei-as .

- Claro - ouvi em uníssono a resposta.

Ábila Dutra
Enviado por Ábila Dutra em 20/11/2014
Código do texto: T5041825
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