Oscar Wilde e outros como Shakespeare, Goethe...

PARA ENTENDER O RETRATO DE DORIN GRAY (20 de junho de 1890)

Oscar Wilde escreveu em seu prefácio: "Não existe livro moral ou amoral. Os livros são bem ou mal escritos. Eis tudo."

http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Retrato_de_Dorian_Gray

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O mito de narciso se destaca na narrativa com uma pitada de cinismo e ironia cáustica (sarcasmo radical e com um dandismo e cetismo existencial) diante da vida paradoxal cuja tensão juventude e decrepitude são as constantes entre o prazer e o medo de morrer... Os extremos se tocam a cada momento como drama do sentido ou não da vida. Beleza e túmulo - eros e thanutos - instiga a criatividade de Oscar Wilde, o mestre das contradições da alma e de sua época vitoriana, observador inveterado dos conflitos de classes e a tensão entre o progresso advindo da revolução francesa e a miséria ainda reinante em toda a sociedade vitoriana (luxo e lixo... luxuria e preconceitos entre ricos e pobres) e a busca de uma libertação liberal da sexualidade... Ter todas as mulheres é não ser amado por nenhuma! Dorian internaliza a hipocrisia burguesa e o receio do diferente gótico, entre os arroubos da juventude como fonte de prazer e cassinos e bordeis e o desejo de ser ele mesmo e buscar os fundamentos da verdade de uma consciência sedenta de amor e felicidade não hipócrita. Luta por tirar sua máscara e fugir da hipocrisia, mas naufraga várias vezes entre ser sincero e feliz consigo e amar diferentemente e aceitar as etiquetas de classe burguesa do prazer a qualquer prova de sua representação fétida e recompensada de bajulação e festas. O real é sempre representado: a sociedade ensina a mentir e a fingir... Repugna andar entre ruas obscuras, porque se aproxima de sua vdia pobre e longe das mansões: labirinto entre o não poder e a nao beleza e o cemitério (expressão escatológica do fim da vida e da juventude... dos não aos prazeres e o risco das doenças...). Escatologia, tratado teológicom vem de "Escathon", fezes, estrume, esterco, em grego: é a condição da mortalidade e do fim a que todos têm debaixo do sol: o homem se apodrece à terra de onde deve ser inserido como todos os outros seres do reino animal e vegetal.). A morte parece uma estranha condição - humilhante, paradoxalmente libertadora de si e a ruptura com o mundo e a vida, a anulação de todas as diferenças e o fim das tensões e conflitos classistas e étnicos.

Ana Lucia Santana, sobre o romance de sabor realista na Inglaterra, deixa entrever o parnasianismo na poesia. No filme Retrato de Dorin Gray, há algumas leituras de sonetos de W. Skakespeare, evoca-se o cinismo grego como suporte às teses do hedonismo como decadência de valores e o obscurantismo à luz do epicurismo vulgarizado no jogo das contradições históricas entre a vida dos burgueses e a vida dos operários. Isso me lembra OS MISERÁVEIS de Victor Hugo. Só que nesse livro, o que está em questão é um cristianismo mais popular, crítica ao mundo escrupuloso vitoriano dos ricos versus o modo de vida das classes populares (a salvação é também para os pequenos: miseráveis são os burgueses e não os pobres e operários...), o fundo social e arquitetônico é o mundo gótico. O viés filosófico de Os Miseráveis é o epicurismo aclimatado literariamente aos contrastes pré-revolução francesa.

Então, Dorin Gray é a metáfora do espelho como tentativa de uma aproximação dura e paradoxal entre o realismo inglês e a poeticidade gótica do simbolismo e a leveza pelo elogio do prazer e beleza capturadas pelo parnasianismo. O jovem Gray vive o sonho da humanidade da eterna juventude (cantada pela mitologia grega em Adônis e Vênus ou Afrodite) e a superação da angústia de viver. Mas, o espelho não resiste diante da pulsão da vida cotidiana e das tendências patológicas da busca do prazer. Por mais que o ser humano idolatre seu ego e a volúpia da beleza empurrando o pecado, o feio, o desejo de poder e o narcismo para debaixo do tapete. No final, Gray em crise de consciência e cansado de ser jovem e supermáscara de felicidade, quando interiormente não é intocável pela dor e do medo... sem amor e sentindo-se feio imperfeitamente pelo pecado de seu egoísmo e presunção, quer ir e morrer. A vida já não tem sentindo sem a bondade, o amor e a alegria de viver... Luta contra o espelho para trocar de lugar com o monstro que houvera criado ao longo de sua vida. O retrato continua abandonado no sótão devido a sua alta periculosidade: não deve nunca mais contemplado à luz do dia por ninguém. A juventude continua um sonho obscuro no porão da humanidade como desejo e utopia adiada...

J B Pereira

"Nesta época, no século XIX, a Inglaterra vivia a Era Vitoriana, marcada pela riqueza propiciada pela Revolução Industrial, de um lado, e pela opressão da classe trabalhadora, de outro lado. Foi neste contexto que, ao lado de Dickens e Hardy, emergiram na literatura inglesa nomes como as irmãs Brontë – Charlotte é imortalizada pela obra Jane Eyre, e Emily por O Morro dos Ventos Uivantes -, Oscar Wilde – eternizado por O Retrato de Dorian Gray -, Joseph Conrad – O Coração das Trevas -, Lewis Carroll – o criador da eterna Alice no País das Maravilhas - e Robert Louis Stevenson – o sempre assustador O Médico e o Monstro -, responsáveis pela criação dos maiores clássicos literários de todos os tempos."

Por Ana Lucia Santana

http://www.infoescola.com/movimentos-literarios/realismo-ingles/

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"... personagens planas, verdadeiros tipos, sendo Basil o pintor sonhador e Lorde Henry um cínico dândi. Ambos servem como modos antagônicos do autor demonstrar suas opiniões sobre a principal personagem, revelando outros prismas de sua personalidade.

Dorian oscila entre os grandes salões e as ruas sujas da Londres industrial, formando uma espécie de contraste, assim como sua própria imagem formava com a imagem contida no quadro. O espaço decadente era o reflexo da própria decadência de Dorian Gray, mostrando, assim como o quadro, as transformações pelas quais passava a personagem.

Apresentava o rico estilo Luís XIV, era também dourado, representando uma tentativa de Dorian de esconder a imagem feia com algo belo. Oscar Wilde sugere também em sua obra diversas formas de belo, inclusive a inteligência como uma característica da beleza, uma vez que Dorian desejava viver o suficiente para ganhar muita experiência, algo que admirava um Lorde Henry."

O RETRATO DE DORIAN GRAY

21 AGOSTO, 2003 ANICA

(Aquela citação sobre A Insustentável Leveza do Ser me deu idéia para isso…)

http://www.anica.com.br/2003/08/21/o-retrato-de-dorian-gray/

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"Esta obra tornou-se um símbolo da juventude intelectual "decadente" da época e de suas críticas à cultura vitoriana..."

http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Retrato_de_Dorian_Gray

Sabe-se que o teor de uma obra se eterna, enquanto seu escritor morre. Depende de cada olhar e de cada época, as obras poderão despertar em seus novos leitores a condição de coeditores ou conarradores à medida que exaurirem novos matizes e veios de hermenêutica associada às necessidades e demandas de cada momento histórico. A obra, embora tenha sua exegese objetiva de sua produção e autoria, pode instigar novas questões e posturas ousadas em sua recepção. J B Pereira (24/10/2014).

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"O Retrato de Dorian Gray (no original em inglês, The Picture of Dorian Gray) é um romance publicado por Oscar Wilde, considerado um dos grandes escritores ingleses do século XIX. Foi publicado inicialmente como a história principal da Lippincott's Monthly Magazine em 20 de junho de 18901 . Wilde depois reviu, alterou e ampliou essa edição, que foi publicada como a versão mais tarde por Ward, Lock e Company em abril de 1891."

http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Retrato_de_Dorian_Gray

1º Vem a questão do mundo vitoriano ou era vitoriana: http://pt.wikipedia.org/wiki/Era_vitoriana

Oscar Wilde - com seu teatro criticou a hipocrisia burguesa: http://pt.wikipedia.org/wiki/Era_vitoriana

Mais tarde, a fotografia foi associada às técnicas impressionistas e de realismo social que dominariam os últimos anos de atividade de artistas como Walter Sickert e Frank Holl.

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2º Entender a relação da obra com a Pintura parnasiana: Les Nabis

"A palavra Nabi deriva do hebraico, da palavra profeta. "uma superfície lisa coberta de cores organizadas". As suas Théories (1920; 1922) levaram a arte Nabis muito para além da sua extinção devido ao Fauvismo (temas cotidianos que retratavam emoções e a alegria de viver;

a tradução de sensações elementares, no mesmo estado de graça das crianças e dos selvagens) e Cubismo (atitude de decompor os objetos não tinha nenhum compromisso de fidelidade com a aparência real das coisas.)."

http://pt.wikipedia.org/wiki/Les_Nabis

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fauvismo

http://pt.wikipedia.org/wiki/Cubismo

Como consequência do Simbolismo, apareceu o grupo de Les Nabis. Tem a particularidade de ter formas mais simplificadas e cores mais puras. A arte torna-se desta forma uma realidade autónoma do real, pois nela estão patentes emoções, sentimentos e ideologias.

A década de 1890 é de particular interesse, onde viram-se as primeiras tentativas por parte dos escritores ingleses de adotar os métodos e ideais dos simbolistas franceses.

No que diz respeito a textos dramáticos, não foram publicadas obras de destaque até às últimas décadas do século XIX. Na década de 1870, foram publicadas as óperas cómicas de Gilbert e Sullivan, na de 1890, foram publicadas várias peças de George Bernard Shaw (1856-1950) e Oscar Wilde (1854-1900) publicou a sua peça The Importance of Being Earnest em 1895.

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3º conflito entre os ideais góticos e clássicos: http://pt.wikipedia.org/wiki/Era_vitoriana

O reflorescimento da arquitetura gótica sob a forma conhecida como neo-gótica tornou-se cada vez mais significativo nesse período, levando ao conflito entre os ideais góticos e clássicos. A arquitetura para o novo Palácio de Westminster (destruído em 1834 por um incêndio) planejada pelo arquiteto Charles Barry traz elementos góticos, inspirados nas partes intactas do edifício. A intenção foi construir uma narrativa de continuidade cultural, em oposição aos violentos rompimentos culturais e artísticos como a Revolução Francesa. O estilo gótico era apoiado pelo crítico John Ruskin, que argumentou que o mesmo sintetizava os valores sociais de comunidade e inserção, em contraste com o Classicismo, que o crítico considerava ser o epitomo da estandardização mecânica

Em meados do século XIX, Londres acolheu a Grande Exposição de 1851, a primeira Exposição Mundial que mostrou as maiores inovações do século. No seu centro esteve o Palácio de Cristal, uma estrutura modular de vidro e ferro que foi a primeira do género a nível mundial. John Ruskin criticou a desumanização mecânica do seu desenho, mas esta estrutura acabou por ser considerada o protótipo da arquitetura moderna. Na Grande Exposição, foram mostrados os primeiros exemplares da fotografia, algo que acabou por influenciar a arte vitoriana, tendo sido a rainha Vitória a primeira monarca britânica a ser fotografada. John Everett Millais foi bastante influenciado pela fotografia (principalmente no seu retrato de John Ruskin), assim como outros artistas pré-rafaelitas. Mais tarde, a fotografia foi associada às técnicas impressionistas e de realismo social que dominariam os últimos anos de atividade de artistas como Walter Sickert e Frank Holl.

A era vitoriana foi pródiga na literatura. Enquanto que no período romântico que a precedeu a poesia foi dominante, o romance foi o género mais importante na época vitoriana. Charles Dickens

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4º Parnasianismo e simbolismo são dois modos de entender a obra O RETRATO DE DORIN GRAY, de Oscar Wilde.

A nível musical, as brass bands eram bastante populares. Uma vez que a gravação de música ainda não era uma realidade, muita gente tinha apenas acesso à mesma quando estas bandas tocavam em coretos.

Casas em estilo vitoriano em São Francisco, Califórnia.

A era vitoriana foi ainda a era dourada do circo britânico. O Astley's Amphitheatre em Lambeth, Londres um circo com mais de 1000 metros de largura, estava no epicentro dos circos do século XIX. A estrutura era permanente e durou um século. Os circos ambulantes dominaram nas províncias britânicas, na Escócia e na Irlanda 52

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6º os vitorianos idolatravam W. Shakespeare:http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Shakespeare

Publicado em 1609, a obra Sonetos foi o último trabalho publicado de Shakespeare sem fins dramáticos. Os estudiosos não estão certos de quando cada um dos 154 sonetos da obra foram compostos, mas evidências sugerem que Shakespeare as escreveu durante toda sua carreira para leitores particulares.

Shakespeare produziu a maior parte de sua obra entre 1590 e 1613. Suas primeiras peças eram principalmente comédias e obras baseadas em eventos e personagens históricos, gêneros que ele levou ao ápice da sofisticação e do talento artístico ao fim do século XVI. A partir de então escreveu apenas tragédias até por volta de 1608, incluindo Hamlet, Rei Lear e Macbeth, consideradas algumas das obras mais importantes na língua inglesa. Na sua última fase, escreveu um conjuntos de peças classificadas como tragicomédias ou romances, e colaborou com outros dramaturgos. Diversas de suas peças foram publicadas, em edições com variados graus de qualidade e precisão, durante sua vida. Em 1623 dois de seus antigos colegas de teatro publicaram o chamado First Folio, uma coletánea de suas obras dramáticas que incluía todas as peças (com a exceção de duas) reconhecidas atualmente como sendo de sua autoria.

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7º Fausto de Goethe: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fausto_(Goethe) - Oscar wilde faz plágio de Goethe? (naquela época, o plágio não era crime fundamentado em valor jurídico - os grandes artistas e escritores se plagiavam.)

Goethe dedicava-se à escrita de Fausto, que veio a finalizar, após 16 anos de trabalho, em 1830.

OBRAS DRAMÁTICAS: Fausto I (1806)

Fausto II (1832, publicação póstuma)

Fausto. Trad. Agostinho D'Ornellas. São Paulo: Martin Claret, 2004. [inclui a Primeira e Segunda Partes de Faust]

http://pt.wikipedia.org/wiki/Johann_Wolfgang_von_Goethe

A ação começa no Céu, onde Mefistófeles faz uma aposta com Deus: diz que poderá conquistar a alma de Fausto - um favorito de Deus -, um sábio

Mefistófeles. Os dois chegam ao acordo - selado com sangue.

o demo lhe concede poder de curar, ficar novo e aprisiona no espelho sua imagem de velho que era.

Na rua, Fausto vê a bela Margarida (Gretchen), e pede que Mefistófeles a consiga para ele. Para o demônio é uma dura tarefa devido à natureza pura da menina. Com joias e a ajuda da vizinha Marta, Mefistófeles consegue um encontro no jardim entre Fausto e Margarida. A moça tem medo de levá-lo ao seu quarto devido à mãe. Fausto dá uma poção do sono a Margarida para adormecer a mãe mas, tragicamente, a poção termina matando-a. Fausto vive dos prazeres enganosos e do poder que adquire e fama pela sua riqueza.

Trocou tudo pela sua juventude pseudoeterna. Não tinha o amor que devora e cultivara a vida inteira. Assim, veio o fastio e o tédio. Nada o satisfizera. Nem ouro, nem coroa de rei, nem ciência, nem prazeres...

Faltava-lhe amor, lar, alegria de viver. O amor da adolescência ficara no sonho de anos idos. Virgem pura e inocente vive na aldeia, distante de Fausto. A oração da virgem é ouvida por Deus. E Fausto chora e se sente tão só. Teve proposta de buscar prostitutas e esquecer a donzela.

Mas, leva um colar de ouro para vencer no amor à garota de seus sonhos. Fausto esgrima com Valentin, irmão de Margarida. Valentin morre. Margarida, grávida, morre louca. E em sua loucura, vê Fausto jovem no corpo do velho Fausto. E o pacto não se consumou no terceiro dia com o demo. Fausto amou margarida. O amor os redimiu para a eternidade. J B Pereira.

Veja o filme FAUSTO em: http://www.bing.com/videos/search?q=fausto+obra+de+goethe+youtube&docid=608043910615338743&mid=3277ED945B45E646D3E83277ED945B45E646D3E8&view=detail&FORM=VIRE5#view=detail&mid=3277ED945B45E646D3E83277ED945B45E646D3E8

Fausto sente-se culpado por isso e acusa Mefistófeles, que replica que é Fausto quem tem toda a culpa.

No final Fausto consegue ir ao Paraíso, por haver perdido apenas metade da aposta com o demônio. Anjos, como mensageiros da vontade divina, anunciam no final do Ato V "Cantemos em coro, Da vitória a palma, O ar está puro: Respire esta alma!",1 e levam a parte imortal de Fausto ao Céu, derrotando Mefistófeles.

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Assunto: Resumo e filme O RETRATO DE DORIN GRAY

http://impulsohq.com/quadrinhos/noticias/o-retrato-de-dorian-gray/#.VEmlzBstDcc

“Dorian Gray é jovem e charmoso por fora e velho e corrupto no seu interior. Ele é decididamente inconsistente em suas relações sociais e em seus interesses, embora pareça extramamente consistente.Discuta a duplicidade presente em todo o romance.”

Ficha Técnica em: http://impulsohq.com/quadrinhos/noticias/o-retrato-de-dorian-gray/#.VEmlzBstDcc

O Retrato de Dorian Gray (Dorian Gray)

Direção: Oliver Parker

Roteiro: Toby Finlay

Elenco: Ben Barnes, Colin Firth, Rebecca Hall

Duração: 112 minutos

País: Reino Unido

Sinopse: Dorian Gray é um belo jovem que não envelhece graças a uma pintura. Ele torna-se um rapaz corrupto e as marcas de suas maldades são registradas no retrato.

por Edu Fernandes

O última vez que o personagem Dorian Gray fez alguma aparição significativa no cinema foi no filme A Liga Extraordinária (2003), que os fãs criticaram muito por causa da falta de fidelidade com quadrinhos que originaram o roteiro. Pois bem, pode-se dizer que O Retrato de Dorian Gray (Dorian Gray) consegue ser ainda menos autêntico.

Isso acontece porque a aventura com personagens da era vitoriana já parte com uma quota considerável de concessão por parte do público. Trata-se de uma história totalmente diferente dos livros onde tais personagens debutaram (= surgiram).

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O parnasianismo é uma escola literária ou um movimento literário essencialmente poético, contemporâneo do Realismo-Naturalismo. Um estilo de época que se desenvolveu na poesia a partir de 1850, na França.

Movimento literário que originou-se na França, representou na poesia o espírito positivista e científico da época, surgindo no século XIX (19) em oposição ao romantismo.

Índice em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Parnasianismo

1 Origens

2 Características gerais

3 Em Portugal

4 No Brasil

5 Referências

6 Ver também

Características gerais

Preciosismo: focaliza-se o detalhe; cada objeto deve singularizar-se, daí as palavras raras e rimas ricas.

Objetividade e impessoalidade: O poeta apresenta o fato, a personagem, as coisas como são e acontecem na realidade, sem deformá-los pela sua maneira pessoal de ver, sentir e pensar. Esta posição combate o exagerado subjetivismo romântico.

Arte Pela Arte: A poesia vale por si mesma, não tem nenhum tipo de compromisso, e se justifica por sua beleza. Faz referências ao prosaico, e o texto mostra interesse a coisas pertinentes a todos.

Estética/Culto à forma: Como os poemas não assumem nenhum tipo de compromisso, a estética é muito valorizada. O poeta parnasiano busca a perfeição formal a todo custo, e por vezes, se mostra incapaz para tal.

Aspectos importantes para essa estética perfeita são:

Rimas Ricas: São evitadas palavras da mesma classe gramatical. Há uma ênfase das rimas do tipo ABAB para estrofes de quatro versos, porém também muito usada as rimas interpoladas.

Valorização dos Sonetos: É dada preferência para os sonetos, composição dividida em duas estrofes de quatro versos, e duas estrofes de três versos. Revelando, no entanto, a "chave" do texto no último verso.

Metrificação Rigorosa: O número de sílabas poéticas deve ser o mesmo em cada verso, preferencialmente com dez (decassílabos) ou doze sílabas(versos alexandrinos), os mais utilizados no período. Ou apresentar uma simetria constante, exemplo: primeiro verso de dez sílabas, segundo de seis sílabas, terceiro de dez sílabas, quarto com seis sílabas, etc.

Descritivismo: Grande parte da poesia parnasiana é baseada em objetos inertes, sempre optando pelos que exigem uma descrição bem detalhada como "A Estátua", "Vaso Chinês" e "Vaso Grego" de Alberto de Oliveira.

Temática Greco-Romana - A estética é muito valorizada no Parnasianismo, mas mesmo assim, o texto precisa de um conteúdo. A temática abordada pelos parnasianos recupera temas da antiguidade clássica, características de sua história e sua mitologia. É bem comum os textos descreverem deuses, heróis, fatos lendários, personagens marcados na história e até mesmo objetos.

Uso de figuras de linguagem: Preferência pelo hipérbato, recurso que estiliza ainda mais os textos parnasianos contribuindo para o objetivo das obras.

Cavalgamento ou encadeamento sintático (enjambement) - Ocorre quando o verso termina quanto à métrica (pois chegou na décima sílaba), mas não terminou quanto à ideia, quanto ao conteúdo, que se encerra no verso de baixo. O verso depende do contexto para ser entendido. Tática para priorizar a métrica e o conjunto de rimas. Como exemplo, este verso de Olavo Bilac:

Cheguei, chegaste. Vinhas fatigada

e triste. E triste e fatigado eu vinha.

Escritores simbolistas

Pode-se dizer que o precursor do movimento, na França, foi o poeta francês Charles Baudelaire com "As Flores do Mal", ainda em 1857.

Mas só em 1881 a nova manifestação é rotulada, com o nome decadentismo, substituído por Simbolismo em manifesto publicado em 1886.3 Espalhando-se pela Europa, é na França, porém, que tem seus expoentes, como Paul Verlaine, Arthur Rimbaud e Stéphane Mallarmé.

Portugal[editar | editar código-fonte]

Os nomes de maior destaque no Simbolismo português são: Camilo Pessanha, António Nobre, Augusto Gil e Eugénio de Castro

Brasil[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Simbolismo no Brasil

No Brasil, três grandes poetas destacaram-se dentro do movimento simbolista: Augusto dos Anjos , Cruz e Sousa e Alphonsus de Guimarães, autor de Sete dores de Maria.4 Com Cruz e Sousa, a angústia de sua condição, reflete-se no comentário de Manuel Bandeira: "Não há (na literatura brasileira) gritos mais dilacerantes, suspiros mais profundos do que os seus".

São também escritores que merecem atenção: Raul de Leoni, Emiliano Perneta, Da Costa e Silva, Dario Veloso, Arthur de Salles, Ernãni Rosas, Petion de Villar, Marcelo Gama, Maranhão Sobrinho, Saturnino de Meireles, Pedro Kikerry, Alceu Wamosy, Eduardo Guimarães, Gilka Machado e Onestaldo de Penafort.

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http://pt.wikipedia.org/wiki/Simbolismo

Simbolismo é um movimento literário da poesia e das outras artes que surgiu na França, no final do século XIX, como oposição ao Realismo, ao Naturalismo e ao Positivismo da época. Movido pelos ideais românticos, estendendo suas raízes à literatura, aos palcos teatrais, às artes plásticas. Não sendo considerado uma escola literária, teve suas origens de As Flores do Mal, do poeta Charles Baudelaire.1 2 É bastante relevante não confundirmos o Simbolismo com a Simbologia, a qual é a ciência que estuda, analisa e interpreta os significados dos símbolos reais ou metafóricos.

Índice [esconder]

1 Histórico e características 1.1 Principais características

2 Literatura do simbolismo 2.1 Escritores simbolistas 2.1.1 Portugal

2.1.2 Brasil

3 Simbolismo nas artes plásticas 3.1 Les Nabis

4 Simbolismo no teatro

5 Ver também

6 Referências

7 Bibliografia

Principais características[editar | editar código-fonte]

Subjetivismo

Os simbolistas terão maior interesse pelo particular e individual do que pela visão mais geral. A visão objetiva da realidade não desperta mais interesse, e, sim, está focalizada sob o ponto de vista de um único indivíduo. Dessa forma, é uma poesia que se opõe à poética parnasiana e se reaproxima da estética romântica, porém, mais do que voltar-se para o coração, os simbolistas procuram o mais profundo do "eu" e buscam o inconsciente, o sonho.

Musicalidade

A musicalidade é uma das características mais destacadas da estética simbolista, segundo o ensinamento de um dos mestres do simbolismo francês, Paul Verlaine, que em seu poema "Art Poétique", afirma: "De la musique avant toute chose..." (" A música antes de mais nada...") Para conseguir aproximação da poesia com a música, os simbolistas lançaram mão de alguns recursos, como por exemplo a aliteração, que consiste na repetição sistemática de um mesmo fonema consonantal, e a assonância, caracterizada pela repetição de fonemas vocálicos.

Transcendentalismo

Um dos princípios básicos dos simbolistas era sugerir através das palavras sem nomear objetivamente os elementos da realidade. Ênfase no imaginário e na fantasia. Para interpretar a realidade, os simbolistas se valem da intuição e não da razão ou da lógica. Preferem o vago, o indefinido ou impreciso. O fato de preferirem as palavras névoa, neblina, e palavras do gênero, transmite a ideia de uma Obsessão pelo branco (outra característica do simbolismo) como podemos observar no poema de Cruz e Sousa:

"Ó Formas alvas, brancas, Formas claras De luares, de neves, de neblinas!... Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas... Incensos dos turíbulos das aras..." [...]

Dado esse poema de Cruz e Sousa, percebe-se claramente uma obsessão pelo branco, sendo relatado com grande constância no simbolismo.

J B Pereira e várias fontes de pesquisa
Enviado por J B Pereira em 24/10/2014
Reeditado em 25/10/2014
Código do texto: T5010082
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