[Fanfic] Frozen e o Coração de Fogo - Capitulo Um

Capitulo Um - Um estranho em Arendelle

Elsa

♥ ♥ ♥

– Elsa, por favor, me escuta. Porque não

chamar todo o vilarejo para o meu

aniversario? – insistia Anna caminhando

atrás da irmã. –Temos tudo isso só pra nós

por que não dividir?

– Anna eu não disse que não podemos

dividir. Eu só acho que poderíamos nos

poupar de uma cerimônia tão grande. – Elsa

caminhava tranquilamente agora sem o seu

tradicional vestido azul cristalino. Ela

substituíra totalmente seu antigo guarda-

roupa tradicional por um com roupas mais

claras. Elsa depois de ter assumido o reino

de Arendelle e revelado a todos sobre o seu

poder de gelo, se sentiu muito mais livre e

com isso seus poderes se desenvolveram de

uma forma impressionante.

– É isso mesmo o que você quer? –

perguntou Elsa á irmã que imóvel, a olhava

com cara de criança mimada.

– Sim Elsa! Por favor, Por favor!? –

– Okay Anna. Faremos do seu jeito. –

respondeu Elsa simplesmente sorrindo.

O castelo de Arendelle situa-se no

centro da ilha, cercado por grandes muros e

portões dos quais ninguém passa sem a

ordem da rainha a não ser é claro que

sejam pessoas do próprio reino. Christoff,

sua Rena Esven e Olaf – o boneco de neve –

adentravam o castelo indo em direção á

Rainha.

– Vocês voltaram cedo! – comemorou

Anna – Sentimos saudades.

Anna e Christoff desencadearam uma

grande e profunda relação nos últimos

meses e pra ser sincero, até mesmo Elsa

concordava que eles combinavam e muito. A

Rainha, porém, era bem mais atenciosa que

a irmã e notou detalhes que Anna nem

percebera: Christoff tinha vários ferimentos

no corpo e suas roupas estavam como

trapos; Olaf estava sem o seu nariz – que

normalmente era uma cenoura – e Sven...

Bom ele parecia bem cansado.

– Mas o que houve com... – Começou a

Rainha.

– Majestade – disse Christoff com

reverência.

– O que houve com vocês? – perguntou

a Rainha e só agora Anna reparava em tudo

e sua expressão era de preocupação.

– No meio do nosso caminho, fomos

atacados por pessoas encapuzadas. – disse

Olaf – Eu até perdi meu narizinho.

Anna seguiu até uma cesta de cenouras

que por um milagre ainda estava intacta

dentro da carroça e, retirando uma, a

colocou no lugar em que seria o nariz de

Olaf.

–Prontinho. Melhor?

–Ah sim. Obrigado Anna. – Comemorou

o boneco de neve mais do que satisfeito.

– Majestade, temos um problema. –

Alertou Christoff se aproximando da

carroça. Bem no canto havia um pano

enorme e bege; o qual, Christoff retirou

revelando um corpo grande demais para

aquele espaço.

– Oh meu deus! O que você fez com

ele? – gritou Elsa puxando a irmã consigo.

– Não, não eu não ... Eu não fiz nada.

Majestade eu...

– Fique longe de mim ou eu congelo

você! – disse a Rainha notando a

aproximação de Christoff.

– Elsa, eu não acho que... Quer dizer,

quais as chances do Christ... – Começou

Anna, mas sua irmã a interrompeu mais

uma vez. O rosto da rainha estava dominado

pelo espanto.

– Não, espera! – Começou Olaf. SVEN

tentava morder o seu mais novo e recente

nariz. – Você entendeu errado! Esse cara

tentou nos defender, mas foi atacado

também!

Elsa ainda na dúvida olhou novamente

no trenó onde o corpo ainda estava

disposto. O cara não parecia morto, apenas

desacordado e suas bochechas

demonstravam na pele o tom avermelhado o

que significava que seu sangue ainda

circulava. Elsa no fundo sabia que o boneco

de neve era inocente demais para mentir ou

inventar uma história assim então, resolveu

baixar a guarda.

– Certo. Guardas! – Chamou com

firmeza. – Precisamos de ajuda aqui!

Em questão de segundos, guardas e

algumas das serviçais do castelo apareceram

ajudando com o corpo e cuidando dos leves

ferimentos de Christoff. Até mesmo SVEN

ganhou um tratamento especial.

Todos seguiram para dentro do castelo

deixando apenas SVEN do lado de fora aos

cuidados de alguns responsáveis pelos

animais do reino. Porém, mal sabiam todos,

que a paz deles estava prestes a acabar.

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A enfermaria do castelo é desprovida de

muitas camas e enfermeiras para ajudar

prontamente quando necessário. As muitas

janelas deixam que a claridade entre e

melhore a iluminação do ambiente em si.

Anna trouxera uma muda de roupas

para que Christoff se livrasse das roupas

manchadas pelo sangue dos ferimentos.

Arrumou inclusive algumas roupas que

foram separadas para quando o intruso

(como Elsa chamou) acordasse.

– Me perdoe por mais cedo – Disse Elsa

adentrando a enfermaria a caminho de

Christoff. – Fiquei um pouco preocupada e

Não confiei em você como deveria. Me

desculpe.

– Não se preocupe. Afinal, você é a

rainha... Tem muitos deveres e a segurança

do reino é o primordial deles.

– Obrigada por entender. – Elsa esboçou

um sorriso de gratidão a Christoff e, se

voltando para a cama onde estava o intruso,

continuou. – Certo. Quem é ele?

Por um momento, Elsa observou o

estranho : pele clara com as maçãs do rosto

coradas, um cabelo longo e loiro quase

branco na altura de seu peito e com um

corpo comprido e de certa forma forte.

Olhando assim ele não parecia ter nem

mesmo dezoito anos.

– Ele surgiu durante o ataque a nós. Se

jogando em nossa frente e expulsando os

caras encapuzados. Eu teria conseguido

sozinho é claro, mas quis deixar ele... –

Christoff explicava tudo, mas Elsa não estava

nem ai, ela apenas olhava alerta para o cara

estranho.

Na cama ao lado, havia uma mochila

grande, dois punhais, uma espada comprida,

porém embaiada e uma aljava com flechas

de pontas verde e cabo prateado.

– Ele com certeza não é do nosso reino.

– Analisou Anna procurando manter-se um

pouco distante do estranho. –Eu não confio

nele.

– Ah, qual é Anna? Não precisa ter

vergonha! – Olaf já estava empurrando Anna

para perto da cama – Vamos lá: Estranho,

Anna. Anna, estranho. Viu? Ele é mansinho.

Todos trocaram olhares entre si. Olaf

mesmo assim subiu sobre a cama e se

apoiou na perna do jovem estranho e foi a

pior coisa que ele poderia ter feito.

O cara acordou e no susto, Olaf foi

lançado em direção á parede á sua frente:

seu corpo se desmontou todo o impacto. O

estranho tentou se mexer e com um grito de

dor na perna, ele logo voltou a se deitar.

– Onde... Onde estou? E o que é... Meu

Deus! Gelo?

Sim. Gelo.

Elsa no susto havia formado uma

barreira de estacas de gelo pontiagudíssimas

em volta da cama protegendo a todos.

– Não se mecha! – Avisou ela – Você

está machucado. Só queremos lhe ajudar.

O silencio dominou o ambiente. O único

som audível era a da respiração ainda

descontrolada de Elsa e da irmã que estava

agora quase do lado de fora da enfermaria.

– Olá sou Christoff. Lembra? Do

acidente... Você nos ajudou..

– Aciden... Ah sim. Me lembro

vagamente. Minha cabeça dói bastante e não

consigo recordar de muita coisa. Estão todos

bem?

– Sim. Graças a você estamos. – admitiu

Christoff um pouco envergonhado.

– Bem... Obrigado. – disse o estranho

reparando no corpo com todos os curativos

e ataduras necessárias. – Sou Cassian, o

Elfo.

– Elfo? O que? Elfos existem? –

Perguntou a Rainha.

– Elfo? Tipo... Elfo com orelhas

pontudas? - Disse Anna demonstrando sua

curiosidade e voltando para dentro da

enfermaria novamente.

–Sim – disse Cassian sorrindo. Aos olhos

dele Elsa parecia normal quanto a isso, mas

sua irmã não. – Vejam! – Cassian puxou uma

mecha generosa de cabelo para trás de sua

orelha mostrando a mesma, com uma

pontinha bem definida.

– Ebaaaa, um elfo, UM ELFO. A gente

pode ficar com ele? – disse um Olaf muito

animado. Seu corpo estava nornal

novamente graças a nuvem de neve sobre a

sua cabeça. – Por favor , por favor?

– Independente disso Olaf, temos que

conversar com ele – disse Elsa e com aceno

de mão, o gelo ao redor da cama se desfez –

Há muito que quero saber.

O Elfo sem esboçar qualquer tipo de

reaçao contrária assentiu. – Como quiser

então.

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– Pois bem. O que você fazia na região

das montanhas? – Perguntou a Rainha.

Todos estavam agora no antigo escritório

que pertenceu ao seu pai, o antigo rei, na

parte central do castelo logo abaixo das

escadas. Era uma sala grande com duas

estantes lotadas de livros nas paredes

ladeando duas portas imensas. No centro da

sala, uma mesa de mogno avermelhada

possuía um tinteiro, uma pena e rolos de

pergaminhos.

– Olha com todo respeito, mas eu já lhe

disse que não me recordo. – Respondeu

Cassian sentado á frente de Elsa. – Tudo em

minha cabeça parece distorcido e

desconhecido pra mim.

Elsa o analisava cuidadosamente. Algo

no jeito dele a incomodava (e não eram as

orelhas pontudas). – Bom apesar de tudo

você ajudou nossos companheiros até onde

eu sei. Você se lembra do por quê?

– Eu aprendi isso com minha família.

Você deve saber que os Elfos são uma

civilização bem antiga. Ajudar os outros é

nosso mandamento principal. Vivemos entre

vocês por eras, sempre escondidos porém

prestando atenção em cada passo da

humanidade.

– Sim. No entanto.. An...

– Cassian. Me chamo: Cassian.

– Que seja. Bom, até que você recupere

sua memoria não posso te deixar solto por

ai. - determinou a rainha com convicção. -

Mantenham ele em um quarto de hóspedes.

Ele não deve sair do castelo até que

saibamos mais sobre ele.

– Elsa espera - interrompeu Anna

adentrando o escritório. - Isso é mesmo

necessário? Ele não parece ser um inimigo.

– Anna ele não sabe nem mesmo ao

certo sobre o próprio passado e ainda há

muito que precisamos saber, portanto ele

ficará preso. Guardas! - Ao chamado da

Rainha, alguns cavaleiros entraram e se

colocaram a frente do elfo que permanecia

indiferente a tudo aquilo. Como se ele ja

estivesse acostumado a tal tipo de reação

por parte das pessoas.

– Elsa por favor...

– Rainha, com todo o respeito. Mas não

seria melhor ...

– Me desculpe Christoff. Mas eu tenho

que pensar no que é melhor pra Arendelle.

Como eu já lhe disse antes. Podem levá-lo.

Christoff e Anna á contragosto, abriram

caminho e os guardam passaram com o Elfo

amarrado e sendo arrastado pelo corredor

até as masmorras ao sul do castelo.

Elsa queria confiar que esse cara era do

bem, mas isso se tornava meio complicado

diante dos fatos: um estranho vindo sabe se

lá de que reino, sendo um elfo ainda por

cima e que não se lembrava de nada do

próprio passado. Difícil de confiar - pensara

ela.

A rainha depois de um tempo notou que

Christoff e sua irmã Anna ainda estavam ali.

Com expressoes tristes. - Por favor, não me

critiquem. Eu... Eu preciso de um tempo.

A rainha seguiu então para o próprio

quarto onde ela passara sua infância

trancafiada com medo de seus poderes; seus

objetos pessoais, fotos e outras lembranças

ainda estavam ali. Em um canto do quarto

ela viu duas pequenas luvas no chão, luvas

essas tão pequeninas que fizeram Elsa

recordar de seu passado e de seu pai e sua

mãe.

– Encobrir, Não sentir: Não deixar

saber. - Essas eram as palavras de seu pai

que ela recordara. - Vocês fazem muita

falta...- disse a rainha como um desabafo.

– A rainha! Encontrem a rainha.

Arendelle está sobre ataque!-

A contragosto porém preocupada, Elsa

rapidamente limpou as lagrimas que

escorriam de seu rosto e colocando as luvas

nos bolsos do vestido, ela saiu do quarto.

A Rainha chegou até o pátio principal

onde já avistou ao longe vários guardas

tentando segurar os portões. - O que esta

acontecendo aqui?

Anna se aproximou da irmã, ela parecia

assustada. - Elsa estamos sendo atacados!

– Os guardas talvez não aguentem muito

tempo. Ninguém nunca viu uma ameaça

como essa. - completou Christoff

– Ameaça? - perguntou Elsa sem

entender. - Mas afinal, do que vocês estão

falando?

Os portões então explodiram em

pedaços e cinco guerreiros de fogo surgiram

carregando lanças nos braços; eles tinham

aparência humanóide apesar de serem bem

mais altos que humanos comuns, e seus

corpos eram puro fogo.

Elsa rapidamente usou o seu poder de

gelo atacando os guerreiros com varias

lanças de gelo, conseguiu inclusive congelar

alguns, Mas de nada isso adiantou. O gelo

derreteu e os guerreiros de fogo

continuaram atacando.

– Ó Meu Deus! - gritou alguém próximo.

– Protejam-se! Corram e salvem suas

vidas! - ordenou a rainha enquanto ainda

congelava sem sucesso os guerreiros de fogo

que avançavam queimando tudo o que

tocavam. Um deles lançou varias faíscas em

direção à rainha que se protegeu como pôde

atrás de uma pilastra.

– Christoff tire minha irmã daqui!

– Não. Eu não vou sem você Elsa. -

esbravejou Anna. Christoff porém a puxou

mais pra trás levando-a para dentro do

castelo.

Os guerreiros de fogo avançaram

correndo para cima da Rainha. Os serviçais

e soldados próximos tentaram protegê-la,

mas foram lançados longe.

Ouviu se então um ruído alto cortar o

vento e um bumerangue de lâmina prateada

e reluzente do tamanho de uma vassoura

passou cortando os guerreiros ao meio.

Estes, depois de um tempo, se tornaram

cinzas a voar com o vento.

O bumerangue voltava em direção a Elsa

quando Cassian o parou segurando firme no

centro do objeto.

–Espero... Que não tenha se machucado.

Majestade! -

Elsa não sabia o que dizer, mas a

expressão em seu rosto já revelava que ela

não estava entendendo nada ali. Seu corpo

todo doeu e Como num mal súbito, Ela

então desmaiou ouvindo por último as

palavras de Cassian chamando seu nome.

Disney
Enviado por BERTIL KENJIRO em 26/08/2014
Código do texto: T4937201
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