SUPERVISÃO E EDUCAÇÃO HOJE - DIFERENÇAS E BIBLIOGRAFIA ESPECIALIZADA
GESTÃO ESCOLAR:
ENFRENTANDO OS DESAFIOS
COTIDIANOS EM ESCOLAS PÚBLICAS
Editora CRV
Curitiba 2009
file:///C:/Users/PARTICULAR/Downloads/LIVRO%20GESTAO%20ESCOLAR.pdf
________
Organização do
Trabalho Pedagógico
CURITIBA
SEED/PR
2010
file:///C:/Users/PARTICULAR/Downloads/Org%20Trab%20Pedag%20-%20Caderno%20Tematico.pdf
SUMÁRIO ABAIXO:
A Gestão Democrática na escola pública como
método e concepção: uma abordagem para
além dos clichês das políticas
mercadológicas e de coalizão.............................................................. 9
Elisane Fank - SEED
O PAPEL DO PEDAGOGO NA GESTÃO:
POSSIBILIDADES DE MEDIAÇÃO DO CURRÍCULO ..................................... 21
Mariana F. Taques
Paulla Helena S. de Carvalho
Ana Carolina S. Duarte Böni
Elisane Fank
Marilda Alberton Leutz
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO:
UMA CONSTRUÇÃO “COLETIVA”? .................................................................. 39
Elaine Sinhorini Arneiro Picoli
Elma Júlia Gonçalves de Carvalho
A PARTICIPAÇÃO E A GESTÃO DA ESCOLA PÚBLICA
NO ESTADO DO PARANÁ: A PASSAGEM DA SOLIDARIEDADE
E DO ASSISTENCIALISMO PARA O CONTROLE PÚBLICO.......................... 59
Meire Donata Balzer
Nádia Artigas
Rosemary de Carvalho Sebastião
Elisane Fank7
Organização do Trabalho Pedagógico
O PROGRAMA PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA ESCOLA
(PDE-ESCOLA) COMO MAIS UM INSTRUMENTO
DE PLANEJAMENTO PARA AS ESCOLAS PÚBLICAS
ESTADUAIS DO PARANÁ...................................................................................... 73
Elisane Fank
Deuseles de Oliveira
Mariana Fonseca Taques
EDUCAÇÃO E IDEOLOGIA: QUANDO A PSEUDONEUTRALIDADE
EXPRESSA UMA OPÇÃO PELA NATURALIZAÇÃO
DAS DESIGUALDADES ......................................................................................... 83
Meire Donata Belzer
Paulla Helena Silva de Carvalho
Elisane Fank
Perspectivas de formação, definição de objetivos,
conteúdos e metodologia de ensino: aportes
da abordagem histórico-cultural .................................................... 97
Marta Sueli de Faria Sforni
Oposições teórico-metodológicas entre
a Psicologia Histórico-Cultural e o Construtivismo
Piagetiano: implicações à educação escolar ...............................111
file:///C:/Users/PARTICULAR/Downloads/Org%20Trab%20Pedag%20-%20Caderno%20Tematico.pdf
__________________
EDUCAÇÃO
UM TESOURO A DESCOBRIR
Relatório para a UNESCO da
Comissão Internacional sobre
Educação para o século XXI
file:///C:/Users/PARTICULAR/Downloads/Educacao%20-%20Tesouro%20a%20descobrir%20-%20Relatorio%20UNESCO.pdf
_____________________
Gestão escolar
e formação
de gestores
_____________________
SUPERVISÃO EDUCACIONAL
NAURA SYRIA CARAPETO FERREIRA
ISSN 0104-1037
Em Aberto, Brasília, v. 17, n. 72, p. 1-195, fev./jun. 2000
file:///C:/Users/PARTICULAR/Downloads/Em%20Aberto%20-%2072%20GESTAO%20ESCOLAR.pdf
_________________
O DESAFIO DAS DIFERENÇAS NAS ESCOLAS
SALTO PARA O FUTURO, TV ESCOLA, MEC
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, Denise de O. Sala de Recursos Multifuncionais: Espaço para o Atendimento Educacional Especializado. Brasília: Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial, 2006.
Procuradoria Federal dos Direitos dos Cidadãos. O Acesso dos alunos com Deficiência às Escolas e Classes Comuns da Rede Regular. Ministério Público Federal: Fundação Procurador Pedro Jorge de Melo e Silva. 2ª ed. Brasília, 2004.
Crédito de fotografias
Fotografias: Recursos de tecnologia assistiva desenvolvidos no CEDI – Centro Especializado em Desenvolvimento Infantil de Porto Alegre – RS.
Fotografias de crianças: CEDI – Centro Especializado em Desenvolvimento Infantil, Porto Alegre, RS. www.cedionline.com.br
Fotografias extraídas de sites:
www.attainmentcompany.com
www.clik.com.br
www.expansao.com
Nota:
Fisioterapeuta, especialista em reeducação das funções neuro-motoras, consultora em tecnologia assistiva pela CSUN – Califórnia State University Northridge, diretora do CEDI- Centro Especializado em Desenvolvimento Infantil – Porto Alegre, RS.
Presidência da República
Ministério da Educação - MEC
Secretaria de Educação a Distância – SEED
TV ESCOLA/ SALTO PARA O FUTURO
Diretoria do Departamento de Produção e Capacitação em Educação a Distância
Coordenação Geral de Produção e Programação
Coordenação Geral de Capacitação
Supervisora Pedagógica
Rosa Helena Mendonça
Coordenadora de Utilização e Avaliação
Mônica Mufarrej
Copidesque e Revisão
Magda Frediani Martins
Diagramação e Editoração
Equipe do Núcleo de Produção Gráfica de Mídia Impressa
Gerência de Criação e Produção de Arte
Consultora especialmente convidada
Maria Teresa Eglér Mantoan
Email: salto@tvebrasil.com.br
Home page: www.tvebrasil.com.br/salto
Rua da Relação, 18, 4º andar. Centro.
CEP: 20231-110 – Rio de Janeiro (RJ)
Novembro 2006
SUMÁRIO - PROPOSTA PEDAGÓGICA:
O DESAFIO DAS DIFERENÇAS NAS ESCOLAS ..................................................................................... 03
Maria Teresa Eglér Mantoan
SUGESTÃO PARA AVALIAÇÃO DA SÉRIE OU PARA INICIAR UMA DISCUSSÃO .................................... 13
PGM 1
O DIREITO À DIFERENÇA NA IGUALDADE DE DIREITOS ..................................................................... 23
Inclusão escolar – caminhos e descaminhos, desafios, perspectivas
Maria Teresa Eglér Mantoan
PGM 2
IDENTIDADE E DIFERENÇAS .............................................................................................................. 32
Texto 1: Revisando conceitos: o necessário exercício de construção da identidade a partir da diferença ............................................................................................................................................ 32
Margarida Seabra de Moura
Texto 2: Indivíduo e massa: uma cilada no discurso da identidade .................................................... 37
Carlos Alberto Marques
PGM 3
ENSINANDO A TURMA TODA: AS DIFERENÇAS NA ESCOLA .............................................................. 42
Texto 1: Educação inclusiva: revisar e refazer a cultura escolar ...................................................... 42
Rosângela Machado
Texto 2: Inclusão: teoria e prática ..................................................................................................... 46
Mara Sartoretto
PGM 4
O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO COMO GARANTIA DA INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA ...................................................................................................................................... 52
Texto 1: Alunos com deficiência e seu direito à educação: trata-se de uma educação especial? ... 52
Eugênia Augusta Gonzaga Fávero
Texto 2: Atendimento educacional especializado para alunos cegos e com baixa visão ................... 62
Elizabet Dias de Sá
Texto 3: Atendimento educacional especializado para a pessoa com deficiência mental ................ 68
Cristina Abranches Mota Batista
Texto 4: O atendimento educacional especializado como garantia da inclusão de alunos com
deficiência .......................................................................................................................................... 79
Rita Bersch
PGM 5
FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA A INCLUSÃO E O ACESSO AO ENSINO SUPERIOR .................... 85
Texto 1: A formação dos professores no contexto de uma escola aberta às diferenças ................... 85
Maria Terezinha C.Teixeira dos Santos
Texto 2: Formação de professores para a inclusão e o acesso ao ensino superior ............................ 92
Rita Vieira de Figueiredo
PROPOSTA PEDAGÓGICA
O DESAFIO DAS DIFERENÇAS NAS ESCOLAS
Maria Teresa Eglér Mantoan1
Considerações iniciais
___________________
SUPERVISÃO, do inglês supervision, significa “supervisar, dirigir, orientar”(CUNHA, 1971, p. 816), “ação de velar sobre alguma coisa ou sobre alguém a fim deassegurar a regularidade de seu funcionamento ou de seu comportamento”(FOULQUIÉ, 1971, p. 452). Etimologicamente a palavra é formada pelos vocábulossuper(sobre) e visão (ação de ver). Indica a atitude de ver com mais clareza umadeterminada ação. No sentido estrito, significa olhar de cima, “captar” na totalidadedando uma ideia de visão global. Termo originário da administração de empresas ésinônimo de gerência – tomanage – gerenciar, que significa controlar um processo emcurso. “O controle é, de fato, o conceito fundamental de todos os sistemas gerenciais,como é explicitado por todos os teóricos da gerência. Sua origem está no antagonismoentre aqueles que executam o processo e os que se beneficiam dele, entre os queadministram e os que executam, a partir de relações sociais que estruturam o processoprodutivo” (FERREIRA, 2009, p.61). Oriunda da administração científica elaborada esistematizada por Taylor (1947), a supervisão ou gerência faz parte da administração eé responsável pelo controle da qualidade do que é produzido. Como elementoconstitutivo da administração, tem por princípios e metas o objeto a que se destina: asupervisão de empresas, ou gerência na empresa, visa controlar a qualidade do que éproduzido na empresa de acordo com suas finalidades. Tal concepção inspirou asupervisão educacional ou escolar, nos Estados Unidos e, a partir daí, no Brasil e naAmérica Latina, como elemento de controle da produtividade do ensino e doaperfeiçoamento da técnica, com a necessidade de implantação de reformaseducacionais que atendessem às necessidades do modo de produção capitalista.
Embora chamada de ciência, a gerência de Taylor carece de características quelhe confiram essa categorização e suas pressuposições refletem a perspectiva docapitalismo com respeito às condições de produção. Ela dá ênfase à gerência da força detrabalho em detrimento da perspectiva humana. A tônica é o controle, a racionalidadefuncional, numa perspectiva mecanicista, funcionalista e que de forma alguma secoaduna com o que se concebe ser a “promoção do homem”, e perfeitamente coerentecom a racionalidade que caracterizou o modelo de desenvolvimento brasileiro desde1964, expresso nas reformas educacionais de 1968 e 1971.
SUPERVISÃO EDUCACIONAL aparece no cenário educacional como inspeção predominantemente na Primeira República (1889-1030) e se revigora com as aliançasentre Brasil e Estados Unidos na década de 50, através dos cursos promovidos peloPrograma Americano-Brasileiro de Assistência ao Ensino Elementar- PABAEE – queformou os primeiros supervisores no Brasil. Essa formação priorizava os meios e astécnicas em detrimento dos conteúdos nos ditames do tecnicismo predominante nesseperíodo histórico, como afirma Saviani (1983, p. 15-16), ao sistematizar as teorias deeducação no Brasil. Em decorrência dessa influência, a Lei nº 5.540 exarada em 28 denovembro, implanta no curso de Pedagogia as habilitações, chamadas, indevidamente,de especializações, entre as quais a supervisão escolar, operacionalizadas através doParecer nº 252/69 e da Resolução nº 2/69 que estabelece os currículos mínimos doCurso de Pedagogia.
Supervisão educacional significa controle de uma determinada qualidade do queestá sendo produzido na educação que se processa na escola e em todos os âmbitoseducacionais, do ponto de vista intencional e operacional. Trata-se de uma determinadaqualidade que se expressa por uma política intencional e operacional explícita eexpressa, construída coletivamente a partir do exarado na Lei nº 9.394/96. É ocompromisso e a responsabilidade do processo pelo qual se orienta a escola em suatotalidade, para a consecução de suas finalidades. Significa “cuidar” da qualidade daeducação em desenvolvimento, desde a formulação das políticas públicas às políticaseducacionais mais específicas, até a avaliação coletiva de todo o desenvolvimento.
Superando a concepção antagônica da divisão técnica do trabalho entre aqueles queexecutam o processo e os que se beneficiam dele, tem por responsabilidade garantir aqualidade da produção coletiva da educação que se desenvolve no seio do fenômenoeducativo, nos termos de Cury (1985, p. 87-134), no domínio das políticas públicas e dagestão da educação. Trata-se do controle desde o planejamento, o desenvolvimento e aavaliação do projeto político pedagógico/acadêmico numa construção coletiva com atotalidade da instituição escolar. Implica, como elemento constitutivo da gestão daeducação, garantir a qualidade expressa na concepção e nos objetivos das políticaspúblicas, na gestão da educação e no projeto político pedagógico. Inicialmente, foientendida como o procedimento pelo qual um sistema escolar melhora seu programa deestudo e ensino (WILES, 1950; FRANSETH, 1961; APARÍCIO, 1971; LEMUS, 1975)e tem sido desempenhada pelo chamado orientador ou coordenador pedagógico comencargos diversos como: observar o cumprimento dos programas, orientar ecompanhar os professores, a elaboração dos instrumentos e o desenvolvimento doprocesso ensino-aprendizagem, zelar pela qualidade das aulas, etc. A supervisãopedagógica, como denomina Rangel (1988, p. 13-14), é um trabalho de assistência aoprofessor em forma de planejamento, acompanhamento, coordenação e controle,avaliação e atualização do desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem”;“processo em que um professor, em princípio mais experiente e mais informado, orientaum outro professor ou candidato a professor no seu desenvolvimento humano eprofissional” (ALARCÃO; TAVARES, 1987, p. 18). Saviani (1981, p. 23) assinala que“o conhecimento profundo da realidade educacional, tal qual ela se dá no dia a dia, fazda supervisão a assessoria ideal de programas e planos educacionais, já que ela pode sera porta-voz dos interesses e aspirações das populações estudantis que vivem o processoeducativo. Dessa forma a supervisão poderia contribuir de maneira inovadora econstrutiva para a reformulação de leis e estruturas educacionais superadas pelarealidade, traduzindo os sistemas e normas de valores realmente vigentes na sociedade enão meras adaptações de modelos importados ou criações alienadas de uma minoriatecnocrata.
Portanto, não se trata de coordenação e controle fundamentados na perspectivafragmentada da divisão de trabalho de estrutura vertical e sim supervisão educacionalcompreendida na perspectiva democrática, como prática profissional do educadorcomprometido com os princípios da carta magna da educação que propõe uma outravisão de mundo e de sociedade que se quer e almeja, mais justa, fraterna, solidária,igualitária e humana, seriamente articulada com as políticas, o planejamento, a gestão, aavaliação da educação e o ensino. Tem-se, assim, a supervisão como atividade teórico-prática articuladora, dinâmica e cônscia de seu papel histórico na educação brasileira,como prática profissional do educador “comprometido com o significado e asimplicações sociopolíticas da educação” (RANGEL, 1988, p. 13-14). “Um novoconteúdo se impõe hoje para a supervisão educacional: novas relações e compromissosdesafiam os profissionais da educação não só voltada para a qualidade do trabalhoeducativo e suas rigorosas formas de realização, mas também e, sobremaneira,compromissada com a construção de uma novo conhecimento – o conhecimentoemancipação” (FERREIRA, 2010, p. 237) que permita “desenvolver seres humanosfortes intelectualmente, ajustados emocionalmente, capazes tecnicamente e ricos decaráter” (FERREIRA, 2008 p. 113) na convivência sadia que se dá através do diálogo edo respeito na construção coletiva de uma sociedade democrática verdadeiramentehumana.
Analisar o texto e também os textos da apostila e apontar:
1. Principais atribuições da Supervisão.
2. Principais contribuições da Supervisão para com a Educação.
3. Principais focos e ações da Supervisão no contexto educacional.