Está tudo bem ?

Eu sentia que já não importava mais o que eu fizesse, por mais que tentasse nada ia para frente, estava se tornando algo repetitivo, nadar, nadar, nadar e morrer na praia; Meus sonhos, projetos e ideais, não passavam disso, eu só queria poder dizer que um deles se concretizou que algo em minha vida estava bem, algo que me desse orgulho e vontade de me levantar da cama todos os dias... mas não, não é assim que as coisas funcionam, tudo estava indo de mal a pior.

Mais um dia se iniciava e menos uma noite eu dormi, o corpo pedia por descanso, mas minha mente apenas gritava e gritava constantemente sem parar, dia, noite... não importa a hora, eu precisava de paz, paz interior preencher o vazio em meu peito, mas como?

Caminho pelas ruas como um fantasma em meio as outras, minha pele mesmo que negra, me parece acinzentada e sem vida, minhas roupas, foram escolhidas aleatoriamente, meus cabelos embolados e presos as pressas e sem cuidado, tudo em mim na verdade beira ao descuido.

Meus olhos miram o chão, mas mesmo assim não esbarro em ninguém e ninguém esbarra em mim, talvez nem mesmo me notem, sorrio ironicamente com esta constatação e continuo meu caminho, sem parar e sem pensar duas vezes.

Finalmente ergo os meus olhos e o vejo o prédio mais alto da região onipotente e exuberante, sempre reparei nele, talvez chegar ao terraço não seja fácil, talvez me empeçam na entrada e eu invente alguma desculpa e me retire, mas pelo menos isto eu tenho que tentar, afinal eu já cheguei até aqui, e mesmo se não for desse prédio será de outro mas eu sempre gostei deste, então prefiro que seja ele.

Mirei mais uma vez o prédio e não devia ter mais que vinte andares, mas mesmo assim ninguém sobreviveria.

Cheguei à portaria já receosa de me pararem, mas como de costume, ninguém me notou, cheguei ao elevador e as portas se fecharam, havia outras pessoas a minha volta, me mantive de cabeça baixa, para continuar invisível, alguém apertou o vigésimo andar, logo o elevador foi se esvaziando, sobrando apenas eu e um senhor, me mantive imóvel até que ele saísse fosse qual fosse o andar. Mas ele também se manteve.

"Que horas são?"

Ele perguntou. Perguntou a mim e não pude evitar me sobressaltar, há muito que não era notada, que ouvia uma voz se dirigindo a mim, nem que fosse para dizer licença. Senti algo que não pude identificar. Levantei levemente a cabeça, olhando apenas suas mãos onde havia um relógio.

"Não tenho um relógio senhor."

"Não filha, que horas são nesse exato momento?"

Ainda sem compreender, respirei fundo e mantive a voz baixa e contida, era bom falar com alguém mesmo que algo simples.

"Repito que não tenho um relógio senhor."

"Não filha, não quero saber as horas, afinal isso eu sei."

Sem me conter olhei novamente para seu relógio.

"Então... o que?"

"Quero saber se é hora de se entregar ou reagir, perder ou vencer, lutar ou desistir."

Senti-me confusa e sem ar, mas principalmente envergonhada, era como se ele soubesse o que eu estava indo fazer, mas quem é ele, se não provavelmente um aposentado rico, sem preocupações, que tinha tudo o que queria em um estalar de dedos. Ouvi uma risada, era dele.

"Sabe... eu deveria me sentir injustiçado, mas não pelo contrario eu tento compreender as pessoas que por mais que eu ajude, nem sempre elas me agradecem e aquilo que faço que é considerado ruim, mas que na verdade é apenas para corrigir, servir de exemplo ou até mesmo fazem sem me consultar, sou tornado culpado, mas acredite eu amo a todos que me servem."

Pronto ele não bate bem, mas legal ele amar todos que trabalham para ele, muito legal se for verdade.

"Mas o que me entristece mesmo nas pessoas, é a desobediência, todos os dias eu digo, estou aqui, precisar me chama, mesmo se você acha que não precisa de mim estarei ali contigo, mas elas fazem o que acham melhor, não as impeço, mas também não as parabenizo, por que as pessoas são como vasos de barro, uma vez rachado, necessário começar a moldar tudo novamente... quebrar em pedaços, jogar água, bastante água para amolecer, amassar e depois começar com cuidado e zelo, moldar, talvez sobre barro, talvez precise de mais, mas só assim teremos um vaso novo, mas ainda assim quebrável, porém mais fortificado."

Tentei fazer com que suas palavras fizessem algum sentido para mim, mas era complicado, mesmo assim, não pude deixar de perceber que estava mais relaxada, diferente.

"Hum... então o senhor faz vasos?"

"Cada um entende da maneira que acha melhor, mas pode se dizer que sim."

"Ao todo quantos vasos o senhor já fez mais ou menos?"

Mesmo a conversa sendo um tanto estranha, eu me sentia impelida a continua-la, as palavras apenas saiam da minha boca, mesmo assim continuava a fitar meus pés.

"Mais ou menos sete bilhões, todos perfeitos em sua criação, mas nem todos usados corretamente, alguns simplesmente se perderam, outros nunca foram meus,não que eu não os quisesse, mas alguns ainda continuam me tendo em sua essência, mesmo assim todos são amados por mim."

Nossa... Ele ama as pessoas que trabalham para ele e os vasos dele e que? Sete bilhões?; Sabia... só pode ser rico. Passei um tempo em silencio, um tempo não sei se curto ou se longo, mas logo vi outra pergunta escapando dos meus lábios.

"O senhor tem filhos?"

"Sim, mais ou menos sete bilhões de filhos."

"Já sei o senhor considera seus vasos de barro, seus filhos correto?"

"Sim, por que eles são."

"Ok, mas assim filho, filho mesmo o senhor tem algum."

"Tenho um."

"Legal, qual o nome dele?"

"Dependi."

"Como assim dependi ele não tem um nome?"

"Na verdade ele tem um nome que lhe foi dado ao nascer como você."

"Nascer como eu?... não sei se o senhor sabe, mas todo mundo nasce igual... mas tudo bem, qual o nome dele?"

"Ele é muito conhecido como Jesus."

Não vou comentar que dá o nome de Jesus para o filho é muito apelativo, mas ok, o filho é dele e ele dá o nome que quiser.

"E o que ele faz?"

"Ajuda a salvar as pessoas"

"Médico?"

"Também."

"Argh... não suporta sangue."

"Ele doou o dele."

"Ah... mas isso é normal, hoje em dia todo mundo doa sangue, não há mal nisso."

"A não ser que seja todo o seu sangue."

Senti uma pontada de melancolia e de repente meus olhos estavam marejados e palavras chaves começaram a vir como flashes em minha mente. SERVEM, VASOS DE BARRO, SETE BILHÕES AMOR, FILHOS, SANGUE, JESUS e então a luz do elevador piscou, e só agora me dei conta que ainda estou no elevador e que as portas estavam se abrindo e eu estava novamente no térreo, saí meio atordoada, olhando o elevador vazio atrás de mim, esbarrei em uma moça.

"Algum problema?"

"Por acaso não passou um senhor por aqui?"

"Não, mas eu vi quando você entrou e te achei muito triste e pedi para que o Senhor estivesse com você, fosse qual fosse o seu problema, mas não faz dois minutos que você entrou no elevador e saiu dele sozinha..."

Eu não precisava ouvir mais nada, Deus estava comigo, conversando comigo dentro daquele elevador, me sinto mal só de pensar que desde que me tornei adolescente não pisei mais em uma igreja, não li mais a Bíblia e me esqueci totalmente do meu criador... o Senhor, que deu seu filho unigênito para que todo aquele que crê não pereça mas tenha vida eterna. Pai, eu te amo... eu te amo... e perdão se em algum momento eu pensei em tirar minha vida, quando ela já foi comprada por sangue, por seu filho, meu salvador Jesus.

"Está tudo bem querida?"

"Sim, agora está tudo bem."

*______*

Que Deus abençoe a cada um que leu ou não este pequeno texto, do nada me veio a vontade de escrever e quando comecei não consegui parar, teve um momento que o computador travou e eu me senti sufocada, mas então eu clamei a Deus e pedi que tirasse todo impedimento e desliguei o computador, quando o liguei mesmo não tendo tido tempo de salvar a história ela estava aqui, em resumo Emanuel (Deus conosco) não que esteja por que Ele está sempre conosco, mas que possamos sempre nos lembrar. Amém.

(Busquem por Deus Emanuel no youtube)

*Deus forte,Kleber Lucas

Ó Deus, tu és o meu Deus forte

O Grande El-Shaddai

Todo poderoso, Adonai

Teu nome é Maravilhoso

Conselheiro, Príncipe da Paz

Yeshua Hamashia, Deus Emanuel

O Pastor de Israel, o Guarda de Sião

A Brilhante Estrela da Manhã

Jesus, teu nome é precioso

Meu Senhor e Cristo

O nome sobre todos pelo qual existo

Jireh, o Deus da minha provisão

Shalom, o Senhor é a minha paz

Shamah, Deus presente sempre está

El-Elion, outro igual não há

Jeovah Rafa, meu Senhor

Que cura toda dor

Tsidkenu Yaveh, minha justiça é

Elohim, Elohim Deus

No controle está meu Deus

Tudo governa

Jeovah Rafa, meu Senhor

Que cura toda dor

Tsidkenu Yaveh, minha justiça é

Elohim, Elohim Deus

No controle está meu Deus

Tudo governa

O Pastor de Israel, o Guarda de Sião

A Brilhante Estrela da Manhã

Jesus teu nome é precioso

Meu Senhor e Cristo

O nome sobre todos pelo qual existo

Jireh, o Deus da minha provisão

Shalom, o Senhor é a minha paz

Shamar, Deus presente sempre está

El-elion, outro igual não há

Jeovah Rafa, meu Senhor

Que cura toda dor

Tsidkenu Yaveh, minha justiça é

Elohim, Elohim Deus

No controle está meu Deus

Tudo governa

Jeovah Rafa, meu Senhor

Que cura toda dor

Tsidkenu Yaveh, minha justiça é

Elohim, Elohim Deus

No controle está meu Deus

Tudo governa

Jeovah Rafa, meu Senhor

Que cura toda dor

Tsidkenu Yaveh, minha justiça é

Elohim, Elohim Deus

No controle está meu Deus

Tudo governa

Debora Costa
Enviado por Debora Costa em 27/07/2014
Reeditado em 27/07/2014
Código do texto: T4898149
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