Quadro sinótico da diferença entre tipos e gêneros textuais e liberários.

Ame o que fazes e serás feliz. Para ser feliz faça o bem! Passarás felicidade aos outros. Amar é ir além de nós! Tratar bem a todos,

Inclusive os animais e a natureza. A felicidade começa com você e se espalha com os que recebem seu vibrar como as ondas de uma canção ou o seu frescor como as brisas e como seu movimento como as ondas do mar.

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Sabem da diferença de tipo e gênero textual?

Os gêneros textuais são as estruturas com que se compõe os textos orais ou escritos. Eles são reconhecidos pelas suas intenções comunicativas, semelhantes e em situações específicas.

Gênero Textual ou Gênero de Textualidade se refere às diferentes formas de expressão textual. Os gêneros literários pertencem aos estudos da Literatura: poemas, crônicas, contos, prosa, etc.

Gêneros orais e escritos em

http://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%AAneros_de_textos

mínios sociais de comunicação Aspectos tipológicos Capacidade de linguagem dominante Exemplo de gêneros orais e escritos

Cultura Literária Ficcional Narrar Detalhes de ação através da criação da intriga no domínio do verossímil Conto de Fadas, fábula, lenda, narrativa de aventura, narrativa de ficção cientifica, narrativa de enigma, narrativa mítica, história engraçada, biografia romanceada, romance, romance histórico, novela fantástica, conto, crônica literária, adivinha, piada, etc.

Documentação e memorização das ações humanas Relatar Representação pelo discurso de experiências vividas, situadas no tempo Relato de experiência vivida, relato de viagem, diário íntimo, testemunho, anedota ou caso, autobiografia, curriculum vitae, notícia, reportagem, crônica social, crônica esportiva, histórico, relato histórico, ensaio ou perfil biográfico, biografia, etc.

Discussão de problemas sociais controversos Argumentar Sustentação, refutação e negociação de tomadas de posição Textos de opinião, diálogo argumentativo, carta de leitor, carta de solicitação, deliberação informal, debate regrado, assembleia, discurso de defesa (advocacia), discurso de acusação (advocacia), resenha crítica, artigos de opinião ou assinados, editorial, ensaio, etc.

Transmissão e construção de saberes Expor Apresentação textual de diferentes formas dos saberes Texto expositivo, exposição oral, seminário, conferência, comunicação oral, palestra, entrevista de especialista, verbete, artigo enciclopédico, texto explicativo, tomada de notas, resumo de textos expositivos e explicativos, resenha, relatório científico, relatório oral de experiência, etc.

Instruções e prescrições Descrever ações Regulação mútua de comportamentos Instruções de montagem, receita, regulamento, regras de jogo, instruções de uso, comandos diversos, textos prescritivos, etc.

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O AMOR POR ENTRE O VERDE, de Vinícius de Moraes.

Não é sem frequência que, à tarde, chegando à janela, eu vejo um casalzinho de brotos que vem namorar sobre a pequenina ponte de balaustrada branca que há no parque. Ela é uma menina de uns 13 anos, o corpo elástico metido nuns blue jeans e num suéter folgadão, os cabelos puxados para trás num rabinho-de-cavalo que está sempre a balançar para todos os lados; ele, um garoto de, no máximo, 16, esguio, com pastas de cabelo a lhe tombar sobre a testa e um ar de quem descobriu a fórmula da vida. Uma coisa eu lhes asseguro: eles são lindos, e ficam montados, um em frente ao outro, no corrimão da colunata, os joelhos a se tocarem, os rostos a se buscarem a todo momento para pequenos segredos, pequenos carinhos, pequenos beijos. São, na sua extrema juventude, a coisa mais antiga que há no parque, incluindo velhas árvores que por ali espapaçam sua verde sombra; e as momices e brincadeiras que se fazem dariam para escrever todo um tratado sobre a arqueologia do amor, pois têm uma tal ancestralidade que nunca se há de saber a quantos milênios remontam.

Eu os observo por um minuto apenas para não perturbar-lhes os jogos de mão e misteriosos brinquedos mímicos com que se entretêm, pois suspeito de que sabem de tudo o que se passa à sua volta. Às vezes, para descansar da posição, encaixam-se os pescoços e repousam os rostos um sobre o ombro do outro, como dois cavalinhos carinhosos, e eu vejo então os olhos da menina percorrerem vagarosamente as coisas em torno, numa aceitação dos homens, das coisas e da natureza, enquanto os do rapaz mantêm-se fixos, como a perscrutar desígnios. Depois voltam à posição inicial e se olham nos olhos, e ela afasta com a mão os cabelos de sobre a fronte do namorado, para vê-lo melhor e sente-se que eles se amam e dão suspiros de cortar o coração. De repente o menino parte para uma brutalidade qualquer, torce-lhe o pulso até ela dizer-lhe o que ele quer ouvir, e ela agarra-o pelos cabelos, e termina tudo, quando não há passantes, num longo e meticuloso beijo.

Que será, pergunto-me eu em vão, dessas duas crianças que tão cedo começam a praticar os ritos do amor? Prosseguirão se amando, ou de súbito, na sua jovem incontinência, procurarão o contato de outras bocas, de outras mãos, de outros ombros? Quem sabe se amanhã quando eu chegar à janela, não verei um rapazinho moreno em lugar do louro ou uma menina com a cabeleira solta em lugar dessa com os cabelos presos?

E se prosseguirem se amando, pergunto-me novamente em vão, será que um dia se casarão e serão felizes? Quando, satisfeita a sua jovem sexualidade, se olharem nos olhos, será que correrão um para o outro e se darão um grande abraço de ternura? Ou será que se desviarão o olhar, para pensar cada um consigo mesmo que ele não era exatamente aquilo que ela pensava e ela era menos bonita ou inteligente do que ele a tinha imaginado?

É um tal milagre encontrar, nesse infinito labirinto de desenganos amorosos, o ser verdadeiramente amado... Esqueço o casalzinho no parque para perder-me por um momento na observação triste, mas fria, desse estranho baile de desencontros, em que frequentemente aquela que devia ser daquele acaba por bailar com outro porque o esperado nunca chega; e este, no entanto, passou por ela sem que ela o soubesse, suas mãos sem querer se tocaram, eles olharam-se nos olhos por um instante e não se reconheceram.

E é então que esqueço de tudo e vou olhar nos olhos de minha bem-amada como se nunca a tivesse visto antes. É ela, Deus do céu, é ela! Como a encontrei, não sei. Como chegou até aqui, não vi. Mas é ela, eu sei que é ela porque há um rastro de luz quando ela passa; e quando ela me abre os braços eu me crucifico neles banhado em lágrimas de ternura; e sei que mataria friamente quem quer que lhe causasse dano; e gostaria que morrêssemos juntos e fôssemos enterrados de mãos dadas, e nossos olhos indecomponíveis ficassem para sempre abertos mirando muito além das estrelas.

Vocabulário:

Balaustrada Colunata Momice

Desígnio; propósito, vontade

Espapaçar: tornar mole, preguiçoso, sem graça

Perscrutar: investigar, examinar, ver o segredo das coisas.

1. O Narrador presencia o quê?

2. Onde estão o narrador e o casalzinho?

3. Com quem o narrador fala?

4. O que o narrador coloca em dúvida?

5. Quanto tempo dura o encontro dos namoradinhos?

6. Por que o título da crônica?

7. Qual a diferença entre a crônica e o soneto abaixo, do mesmo autor?

Soneto de Fidelidade (DOIS QUARTETOS E DOIS TERCETOS)

Vinicius de Moraes

De tudo ao meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto

Que mesmo em face do maior encanto

Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento

E em seu louvor hei de espalhar meu canto

E rir meu riso e derramar meu pranto

Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure

Quem sabe a morte, angústia de quem vive

Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):

Que não seja imortal, posto que é chama

Mas que seja infinito enquanto dure.

, Vinicius de. Antologia Poética. Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1960, pág. 96.

1. Qual o tema do soneto?

2. Onde estão as rimas?

3. O amor é ou não infinito?

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J B Pereira e http://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%AAneros_de_textos
Enviado por J B Pereira em 18/07/2014
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