Notas musicais de mãos atadas à tristeza.
Por que a tristeza é tão poética e absurdamente bonita? Os meus olhos se encharcam, o vazio me visita mais uma vez. Detesto quando sinto pena de mim mesma. Quando o meu espírito cansado decide que é hora de escrever para ver se me sinto melhor depois. Ansiando opiniões, dilatando a pupila, contraindo o rosto, soluçando escondida num canto qualquer do quarto... Acho que deveria parar de transformar em palavras estúpidas e bem ortográficas o quanto o meu sentir pesa em meu existir. A nota DÓ do violão sente dó de mim por eu sempre optar pela RÉ da vida, mas MI e FÁ (que eu não conhecia muito bem) saltaram graciosamente, bambaleando entre cordas e palheta, me abraçaram e disseram o quanto sou a pessoa mais triste que já conheceram. LÁ pediu para eu ajudar a encontrar SOL no meio daquela escuridão que me envolvia, eu disse que não poderia já que a minha alma também está perdida de SI.