NÃO CONTRA A CULTURA DO DINHEIRO, DO LUXO, DA CORRUPÇÃO.

“Não podeis servir a Deus e a Mamom. Basta a cada dia o seu fardo. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” (Mateus 6, 21. 24. 34)

Depois de ensinar seus amigos o Pai-Nosso, Jesus ensina como seguir o evangelho. Com ser fiel a sua pessoa e nos salvarmos com os outros.

Trata-se de ser fiel a Deus, colocando-o no centro e no primeiro lugar em nossas vidas. Em decorrência desse proceder, o discípulo honra seu nome de cristão quando vive e pensa como o Pai-Nosso, uma experiência nova de um Pai Novo que ama e é eterno em sua compaixão para com todos, fazendo a chuva e sol estarem sobre todos nós, indistintamente. Uns correspondem mais e outros menos. Cabe a Deus julgar e ver a atitude de cada um como convidado à amizade eterna por meio de Jesus. Os mandamentos se ressumem em dois e se auto-relacionam como condição de salvação.

Se pelos frutos ou a conduta interior e sua manifestação em atitudes se conhece o homem e seus caminhos, quem coloca Jesus como centro ou tesouro em seu coração, aproxima-se do Coração manso e humilde de Jesus, cujo domínio ou julgar ou seguimento é suave, cujo fardo é leve.

No Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria (Em 1712 desapareceu; reencontrado em 1842. Editado várias vezes e a Paulus Editora o publicoui em 2009.), aplicando, sabiamente, essa escolha por Jesus à devoção de Maria, a Mãe de Jesus, São Luís Maria Grignion de Montfort, doutor da Igreja (31 de Janeiro de 1673 - 28 de Abril de 1716) propõe aceitarmos o amor de Maria como São João lá na Cruz. A levá-la para nossa casa e para o interior do nosso coração e mente aberta aos desígnios de Deus. Maria Santíssima, sempre pura e fiel, foi a primeira serva do Senhor, por consequência sua primeira redimida e seguidora, além de exercer sobre o Filho de Deus a maternidade divina pelo seu "Fiat Voluntas Tua" (Lucas 1, 38) na encarnação do Verbo de Deus entre nós. Montfort se coloca leal e fiel à corrente de salvação da geração de Maria. Aceitar ser servo de Maria para aproximar-se melhor de Jesus: “Ad Jesu per Mariam.” Como Maria-serva de Deus, sejamos nós! Sejamos, livremente, ligado a Ela e para sermos formados na Escola de Jesus cuja Mãe, Serva, Redimida, Seguidora ou discípula é a Virgem Mãe de Deus (Theotokos). Ouçamos Jesus: “Eis aí tua Mãe! E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.” (Jo 19, 27) Também Jesus é fiel ao seu Deus e Pai. (Mt. 4, 10) Levemos juntos, Jesus e sua mãe para nossa vida e nossas comunidades!

Como Maria, coloquemos Jesus no centro de nossas decisões e vidas. Não temos nada a perder: só ganharemos a confiança de Deus-Pai e o Espírito Santo nos ajudará no seguimento de Jesus.

Ora, é preciso descobrir Jesus como Tesouro de Deus-Uno-Trino para nossa salvação e uma amizade maior. Nele, Maria e os Santos têm a fonte de Vida Eterna. Lealdade, confiança e amor são as chaves ou dons vindos do amor de Jesus por nós. De nossa parte, ainda que imperfeitamente, colocamos na condição de corresponder ao Amor de Deus por nós em seu Filho, nosso Tesouro inconfundível. Não um tesouro do mundo. Aliás, o cristão não coloca em sua vida e agenda o deus Mamom. Não se pode optar por Deus apegando-se ao dinheiro, ao poder, ao luxo, aos meandros da corrupção. “Não podeis servir a Deus e a Mamom. (Mateus 6, 24) Essa hebraica (מָמוֹן) significa dinheiro, e tudo que diz respeito à avareza, ao apego aos bens e riquezas. Digamos não contra a lógica do lucro e da cultura do dinheiro, conforme pede o Papa Francisco na "Evangelii Gaudium“ em 26/11/2013.

Reflexão: “Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” (Mateus 6, 21) Disse Maria: Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela. (Lucas 1, 38)

J B Pereira e São Luís Maria Grignion de Montfort e Papa Francisco na "Evangelii Gaudium“ em 26/11/2013.
Enviado por J B Pereira em 07/07/2014
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