Sustentabilidade é o oposto de bullying: respeito à natureza implica alteridade, em que o outro habita o social e "o natural" como gente e agente.

"Fizemos perguntas demais?” em ch@tT : orientação vocacional (2011), p. 111. A partir desse momento, perguntamos o sentido da vida e do homem no mundo. Vimos que "a inteligência é como um paraqueda"

quando é capaz de auxiliar o ser humano em suas indagações e buscar respostas saudáveis para seu lugar na história e na busca do conhecimento de si e dos outros. A inteligência é objeto das questões da neurociência e da lógica multifocal e multi-emocional.

Inclusive perguntei sobre o que nos faz diferente entre tantas pessoas: o fato de que somos únicos e temos cada um sua história pessoal.

O bullying nega a verdade de ser diferente, o que não é uma dimensão ruim. Cada ser tem seu jeito de ser e completar os outros na rede intrigada da vida social e profissional. Mas, nenhum ser basta a si mesmo, somos seres sociais. Veja http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-76542010000400010&lng=pt&nrm=iso

Por isso, temos vários jeitos de conservar o mundo e os valores éticos: diminuir a fome no mundo, buscar uma educação de qualidade para todos, respeitar os direitos e deveres entre os sexos e valorizar homens e mulheres como parceiros da nossa história, reduzir os riscos contra a vida e melhorar o acesso à saúde, combater a AIDS/CIDA e outras doenças como a malária e dengue, respeitar a ecologia e abrir novas condições e oportunidades de trabalho.

Veja essas ideias na Cartilha-projeto: 8 jeitos de mudar o mundo: nós podemos – na empresa, Fundação Educar DPpaschoal, 2009.

Ainda perguntei o que é sustentabilidade. Precisamos um dos outros. Ser sustentável é ser capaz de utilizar os bens da natureza e da vida com responsabilidade e sabedoria para que a vida prossiga seu curso e as gerações no futuro tenham o que hoje temos: água, ar, terra, alimento, moradia, dentre outros bens.

Então, a tutoria pedagógica existe como forma de servir e provocar reflexões éticas e da atualidade e não meramente repassar conteúdos e informações. Deixar o outro falar e ajudar a pensar com ele e não no lugar dele!

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A cidade e a negação do outro

labjor@unicamp.br

Lucas de Melo Melgaço é geógrafo e doutorando em geografia, em

cotutela de tese entre a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade de Paris 1- Panthéon Sorbonne.

2014 Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Unicamp

Universidade Estadual de Campinas - Unicamp

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13083-970 Campinas - São Paulo/Brasil

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Historicamente as cidades nunca foram locais igualmente acolhedores a todos. Elas nascem justamente do encontro e identificação entre um grupo de "iguais" interessados em se enriquecer e se defender da presença indesejada do "outro". Os outros na cidade grega clássica eram, por exemplo, os estrangeiros e os prisioneiros de guerra. Na cidade medieval europeia, doentes como os leprosos eram os detentores dessa alcunha de "indesejáveis". Atualmente, os imigrantes latinos nos Estados Unidos, os árabes e os negros africanos na Europa Ocidental e os nordestinos, homossexuais, negros, prostitutas, usuários de drogas, portadores de necessidades especiais, mendigos e desempregados no Brasil, são aqueles mais comumente considerados como os outros. A principal mudança em relação ao passado é que, mais do que questões de raça, credo, saúde ou nacionalidade, no atual período de globalização neoliberal tem sido a pobreza o principal atributo de diferenciação.

Muitas vezes a negação do outro não se dá apenas no âmbito das falas e das ações, mas se materializa em formas urbanas voltadas a separar e afastar os indesejáveis. Um exemplo muito presente na arquitetura das casas e apartamentos brasileiros são as dependências de empregada e as entradas e elevadores de serviço. Tais formas têm a função de demarcar os espaços de circulação e presença dos empregados e de lhes assinalar sua condição de outro.

Continua em http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-76542010000400010&lng=pt&nrm=iso

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J B Pereira e J B Pereira e http://comciencia.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-76542010000400010&lng=pt&nrm=iso
Enviado por J B Pereira em 05/06/2014
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