Edith Theresa Hedwing Stein reconhecida pela Igreja como santa, recebeu o nome de irmã (carmelita) Tereza Benedita da Cruz, após sua conversão e votos religiosos em 1938.
"Por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá." Efésios 5:14
09 de Agosto - Festa em homenagem a Santa Edith Stein (ou nome de religiosa:Tereza Benedita da Cruz) na liturgia católica.
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Eu vi o filme e gostei dele abaixo: Edith Stein (Santa Teresa Benedita da Cruz) - Dublado Filme Completo em A SÉTIMA MORADA em https://www.youtube.com/watch?v=HAL0OvToRpk
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Aproveito para convidá-lo (la) para ler LIVRO DAS MORADAS ou
CASTELO INTERIOR, de Santa Teresa de Jesus.
Este tratado, chamado Castelo interior, escreveu Teresa de
Jesus, freira de nossa Senhora do Carmo, para suas irmãs e
filhas, as freiras Carmelitas Descalças.
1. Poucas coisas, das que me tem mandado a obediência, se
tornaram tão dificultosas para mim como escrever agora coisas de
oração; primeiro, porque me parece que o Senhor não me dá nem
espírito nem desejo para o fazer; depois, por ter a cabeça, há três
meses, com um zumbido e fraqueza tão grande, que, até sobre
negócios urgentes, escrevo a custo. Mas, entendendo que a força da
obediência costuma facilitar coisas que parecem impossíveis, a
vontade determina-se a fazê-lo de muito bom grado, ainda que a
natureza se aflija muito; porque o Senhor não me deu tanta virtude,
para que o pelejar com a enfermidade contínua e com muitas e
variadas ocupações se possa fazer sem grande contradição sua.
Faça-o Ele, que tem feito outras coisas mais dificultosas para me
fazer mercê, e em cuja misericórdia confio.
2. Creio bem que pouco mais hei-de saber dizer do que já disse em
outras coisas, que me mandaram escrever, antes temo que hão-de
ser quase sempre as mesmas: porque, como os pássaros a quem
ensinam a falar, não sabem mais do que lhes ensinam ou eles
ouvem, e isto repetem muitas vezes, assim sou eu ao pé da letra. Se
o Senhor quiser que eu diga algo de novo, Sua Majestade o fará ou
será servido trazer-me à memória o que de outras vezes disse, e que
até com isto me contentaria, por tê-la tão má que folgaria em atinar
com algumas coisas, que dizem que estavam bem ditas, caso se
tivessem perdido. Se nem mesmo isso me der o Senhor, com me
cansar e acrescentar o mal de cabeça, por obediência, ficarei com
lucro, embora do que disser, não se tire nenhum proveito?
3. E assim começo a cumpri-la hoje, dia da Santíssima Trindade, ano
de 1577, neste mosteiro de S. José do Carmo em Toledo, onde estou
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Santa Teresa de JesusCASTELO INTERIOR: L.0, C.1.
presentemente, sujeitando-me em tudo o que disser ao parecer de
quem mo manda escrever, que são pessoas de grandes letras. Se
alguma coisa disser que não vá conforme ao que ensina a Santa
Igreja Católica Romana, será por ignorância e não por malícia. Isto
se pode ter por certo e que sempre estou e estarei sujeita, por
bondade de Deus, e o tenho estado, à Santa Igreja. Seja para sempre
bendito e glorificado! Amen!
4. Disse-me quem me mandou escrever, que estas freiras destes
mosteiros de Nossa Senhora do Carmo têm necessidade de que
alguém lhes declare algumas dúvidas de oração, e lhe parecia que
melhor entendem as mulheres a linguagem umas das outras. Com o
amor que me têm, lhes faria mais ao caso o que eu lhes dissesse e,
por esta razão, entendia ter alguma importância se se acertasse a
dizer alguma coisa e, por isso, irei falando com elas naquilo que
escrever, porque parece desatino pensar que pode fazer ao caso a
outras pessoas. Grande mercê me fará o Senhor, se a alguma delas
aproveitar para O louvar um poucochinho mais. Bem sabe Sua
Majestade que eu não pretendo outra coisa; e é bem claro que,
quando atinar a dizer alguma coisa, elas entenderão que não é meu,
pois não há razão para isso, nem tão-pouco tivera eu entendimento e
habilidade para coisas semelhantes; se o Senhor, por Sua
misericórdia não mos desse.
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TERCEIRAS MORADAS
CAPÍTULO 1. Trata da pouca segurança que podemos ter enquanto
se vive neste desterro, ainda que o estado seja elevado. E como
convém andar com temor. Contém alguns temas muito bons.
QUARTAS MORADAS
CAPÍTULO 1. Trata da diferença que há entre ternuras na oração e
gostos, e diz o contento que lhe deu entender que é coisa diferente o
pensamento e o entendimento. É de grande proveito para quem se
recreia muito na oração.
QUINTAS MORADAS
CAPÍTULO 1. Começa a tratar como na oração se une a alma com
Deus. Diz em que se conhecerá não ser engano.
1. Ó irmãs! como vos poderei eu dizer a riqueza e tesouros e deleites
que há nas quintas moradas? Creio será melhor não dizer nada das
que faltam, pois não se há-de saber dizer, nem o entendimento o
sabe entender, nem as comparações podem servir para o declarar;
porque são muito baixas as coisas da terra para este fim.
SEXTAS MORADAS
CAPÍTULO 1. Trata de como, em começando o Senhor afazer
maiores mercês, há maiores trabalhos. Diz alguns e como se
comportam neles os que estão nesta morada. É bom para quem tem
trabalhos interiores.
1. Venhamos, pois, com o favor do Espírito Santo, a falar das sextas
moradas, onde a alma já fica ferida do amor do Esposo e procura
mais ocasiões para estar a sós e deixar tudo quanto pode, conforme
a seu estado, e a pode estorvar nesta soledade.
SÉTIMAS MORADAS
CAPÍTULO 1. Trata das grandes mercês que Deus faz às almas que
chegaram a entrar nas sétimas moradas. Diz como, a seu parecer, há
alguma diferença entre alma e espirito, ainda que tudo seja um. Há
coisas dignas de ter em conta.
EPÍLOGO
J. H. S.
1. Ainda que, quando comecei a escrever isto que aqui vai, foi com a
contradição que digo ao princípio, depois de acabado, me tem dado
muito contento, e dou por bem empregado o trabalho, embora
confesso que foi bem pouco. Considerando o muito encerramento e
as poucas coisas de divertimento que tendes, irmãs minhas, e sem
casas tão suficientes como convém em alguns dos vossos
mosteiros, parece-me que vos será de consolação deleitar-vos neste
Castelo Interior pois, sem licença dos su periores, podeis entrar e
passear nele a qualquer hora.
2. É verdade que nem em todas as moradas podeis entrar só por
vossas forças, embora vos pareça que as tendes grandes, se aí vos
não mete o mesmo Senhor do Castelo. Por isso vos aviso que não
façais nenhuma força, se encontrardes qualquer resistência; porque
O desgostareis de modo que nunca vos deixe entrar nelas. É muito
amigo da humildade. Tendo-vos por tais que nem sequer penseis
merecer entrar nas terceiras, ganhar-Lhe-eís mais depressa a
vontade para chegar às quintas; e de tal maneira ali O podeis servir,
continuando a ir a elas muitas vezes, que vos meta na mesma
morada que Ele tem para Si, donde não saiais mais, a não ser
chamadas pela prioresa, cuja vontade quer tanto este Senhor que
cumprais, como a Sua mesma. E ainda que estejais muito tempo fora
por seu mandado, sempre, quando voltardes, vos terá a porta aberta.
Uma vez habituadas a gozar deste Castelo, em todas as coisas
achareis descanso, embora sejam de muito trabalho, com a
esperança de voltar a ele, que ninguém vo-la pode tirar.
3. Ainda que não se trata senão de sete moradas, em cada uma
destas há muitas: por baixo, por cima, dos lados, com lindos jardins
e fontes, e coisas tão deleitosas, que desejareis desfazer-vos em
louvores do grande Deus, que o criou à Sua imagem e semelhança?
Se alguma coisa achardes bem na ordem seguida em vos dar notícia
d'Ele, crede verdadeiramente que foi Sua Majestade que o disse para
vos dar contento; e, o mau que achardes, é dito por mim.
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Santa Teresa de JesusCASTELO INTERIOR: L.8, C.1.
4. Pelo grande desejo que tenho em ser parte para vos ajudar a
servir a este meu Deus e Senhor, vos peço que, em meu nome, cada
vez que lerdes aqui, louveis muito a Sua Majestade, e Lhe peçais o
aumento da Sua Igreja, e luz para os luteranos; e, para mim, que me
perdoe meus pecados, e me tire do purgatório; que talvez lá esteja,
por misericórdia de Deus, quando isto se vos der a ler, se estiver de
modo que se veja, depois de visto por letrados. E se alguma coisa
estiver em erro, é por mais não entender; e em tudo me sujeito ao
que ensina a Santa Igreja Católica Romana, que nisto vivo e protesto
e prometo viver e morrer. Seja Deus Nosso Senhor para sempre
louvado e bendito, amen, amen.
5. Acabou-se isto de escrever no mosteiro de São José de Ávila, no
ano de mil quinhentos e setenta e sete, véspera de Santo André,
para glória de Deus, que vive e reina para sempre sem fim, amen.
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http://www.documentacatholicaomnia.eu/03d/1515-1582,_Teresa_d'Avila,_Moradas_Ou_Castelo_Interior,_PT.pdf
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CAPÍTULO l. Trata da formosura e dignidade das
nossas almas. Põe uma comparação para se
entender e diz o lucro que há em entendê-la e
saber as mercês que recebemos de Deus, e como a
porta deste castelo é a oração.
CAPÍTULO 2. Trata de quão feia coisa é a alma que
está em pecado mortal, e como quis Deus dar a
entender algo disto a uma pessoa. Trata também
alguma coisa sobre o próprio conhecimento. Diz
como se hão-de entender estas moradas.
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No dia 1 de outubro de 1999, o Papa João Paulo II, numa carta apostólica em forma de motu proprio intitulado «Spes aedificandi», proclamou Santa Teresa Benedita da Cruz, juntamente com Santa Brígida da Suécia e Santa Catarina de Siena, co-padroeira da Europa pelo particular contributo cristão que outorgou não só à Igreja Católica, mas especialmente à mesma sociedade europeia através do seu pensamento filosófico. A sua celebração litúrgica, na forma de festa, na Igreja Católica, é no dia 9 de Agosto.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Edith_Stein
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Artigo e fragmentos de Prof. Felipe Aquino, assessoria@cleofas.com.br
http://cleofas.com.br/edith-stein-e-a-ciencia-da-cruz/
‘A sede da verdade era minha única prece’.
Eu nunca vi ninguém rezar como Edith’.
A empatia para ela é uma das várias possibilidades de encontrar o outro e viver em uma comunidade.
Em sua última carta às monjas diria: ‘A ciência da cruz não se pode adquirir sem que ela nos pese realmente sobre os ombros. Desde o primeiro instante eu estava convencida, e a mim mesma me dizia: Ave crux, spes unica!’.
Como autêntica judia, solidarizava-se com os sofrimentos de seu povo. Como autêntica cristã, soube encontrar a Cruz nos horrores da perseguição nazista. Em suas palavras, ‘mas agora se acendeu de repente uma luz em mim! Deus tinha colocado de novo sua mão bem pesada sobre seu povo e compreendi que a sorte desse povo era também a minha’, e ‘o que se poderia dizer a mim para consolo? Consolo humano certamente não há, mas quem coloca a cruz como passagem para a vida, entende que o peso se torna suave e leve’. Não há cristianismo verdadeiro, genuíno, sem participar, de algum modo, no mistério da Cruz. Os santos compreenderam essa realidade, e a Cruz os eleva até os cumes do amor de Deus: dar a vida.
Fonte: http://www.comshalom.org/formacao/santos/edith_stein.html
Edith Stein doutora-se no ano seguinte (1917). Mulher sóbria, mas com muitos amigos, como os Conrad´Martius, na casa dos quais passa uma temporada para descansar um pouco. Era uma residência de férias na Baviera. Numa noite de insônia (1921), procura um livro e toma nas mãos uma obra de Santa Teresa de Jesus, o Livro da Vida, que é uma narração clássica, na verdade um convite que em certas passagens adquire um tom de intimação carinhosa para que a alma entre por caminhos de oração. No dia seguinte providencia um missal e um catecismo que estudará cuidadosamente.
http://cleofas.com.br/edith-stein-e-a-ciencia-da-cruz/
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Edith Theresa Hedwing Stein foi uma filósofa e teóloga alemã. De origem judia, converteu-se posteriormente ao catolicismo, tornando-se carmelita descalça. Wikipédia
Nascimento: 12 de outubro de 1891, Breslávia, Polónia
Falecimento: 9 de agosto de 1942, Auschwitz-Birkenau, Oświęcim, Polónia
Filiação: Emmanuel Charles McCarthy
Obras: TEU CORAÇAO DESEJA MAIS: REFLEXOES E ORAÇOES, mais
Educação: Universidade de Friburgo, Universidade de Breslávia, Universidade de Gotinga
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‘a sede da verdade era minha única prece’.
Edith Stein e a ciência da cruz
Categoria: Artigos
Publicado em 15 de abril de 2013
http://cleofas.com.br/edith-stein-e-a-ciencia-da-cruz/
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Outra síntese da vida de Edith Stein em http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=santo&id=647