"Monolog(uice)" - a (re)volta

P...! Que bosta, meu carnaval! Caaara... detonei trocentas garrafas de água mineral, red bull – nem sei! Sequelei! Também, pô, nem precisava... “tô guerreiro, tô solteiro”, aí! (E não peguei ninguém...) Mas a J. tava, tipo, muito escrota de bailarina... preferia de funkeira! Tampadaça aquela roupa da garota, caraca! Meia-calça foi a treva! Não deu nem onda. É, fiquei bolado, mas foi melhor (que os mano não me ouçam..)! Tô de boa agora com meu velho: não me meti em furada, não bebi (aliás, aquele goladão no big apple da J. não conta – muuuuito doce!) e ainda por cima dei o maior caô na galera e fui pra casa cedaço, pô! Nem tava caído de sono tanto assim. Quê que ele queria mais? A mulherada não dá bola pra duro, apesar de que sou maneiro, colé! Me amarro me ver no espelho – sou a cara do... meu pai! Nããão! Do velho não! Mas também do Justin “Biba” ia ser f...! Sou mais eu com essa cara cheia de espinha... (Meu! Esqueci até do meu Assepsia! Ferrô! Acho que tô ficando maluco.) Vou dar um rolé e ver se a galera tá de boa pra andar de skate, ou, de repente, aê, quem sabe... a J. me dá mole e a gente se pega, tipo, no amasso... Tô na boa com o velho, tomara que ele me dê um troco pra destravar uns carinhos. Eu sou o cara, aê! Preciso esquecer meu carnaval negro... Ano que vem pego todas!!! Fuuuui!

(Para Lucas, Rayan, Matheus, Tomaz e tantos outros jovens maravilhosos e seu dialeto "descomplicado"...)

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 08/03/2014
Reeditado em 09/03/2014
Código do texto: T4720862
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