marcha á ré
Eu bem que tentei ter um jeito despojado e um riso meio calmo e torto de quem não dá a mínima. Eu tentei mesmo, mas acho que ainda tenho um pé nos quinze, ou a perna inteira. Penso com a cabeça de quem acabou de completar quinze anos e planeja uma linda e rosa festa de aniversário em meio a balões e danças festivas porem com humor podre e a insensatez de não saber a qual mundo pertence ainda.
Tenho um tanto da cabeça e do humor, do mau humor assim sendo, e as vezes até funciona, mas na maioria das vezes não. E eu sei bem quando não funciona porque a vida pisa no freio e faz biquinho me restando apenas dar marcha á ré. E acho que é daí que vêm essa impressão que o mundo anda pra trás às vezes.
Mas é só a gente mesmo, evitando que a vida faça cena, faça birra, porque ela sabe nos envergonhar como ninguém. Pelo jeito é assim que a gente cresce porque os pés nos quinze não funcionam pra sempre, a perna inteira neles então, nem se fala.