A Gazela Magrela


Santuário de meu pouso
Sou uma besta caída, vivida
A espera do açoite predador
Mal aprendi ver a partida


De um dia frágil langoroso
Fosse enfim prestimoso
Aos ares de um Romeu
Da casta e magra Tereza
Que roubou aquele moço
Presente de seu próprio eu
Sem rastros de certeza


Mas que olhar impreciso
Mesmo triste sem viço
Recorres ao fino juízo
Mais parece aquele guizo
Garboso teu porte magriço


Prima pobre
Raça forte
Longilínea
Linda, forte, é ela
A pequenina gazela

 
***


Imagem: google
Escrito em Campo Novo do Parecis

 
Adam Poth
Enviado por Adam Poth em 04/12/2013
Reeditado em 04/12/2013
Código do texto: T4598794
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