Quando eu mais precisei...

Ela me jogava um olhar doce, marejado, que de vez em quando me fazia sentir nu. Como se ela pudesse enxergar o mais profundo e obscuro canto do meu ser. Eu torcia para que isso fosse verdade, pois assim sendo, ela poderia encontrar em uma esquina qualquer entre as minhas entranhas um sentimento do tamanho do infinito. Um sentimento que não importasse onde estivéssemos, fosse no centro da vida, ou no mais remoto ponto, o universo inteiro sentiria. Um sentimento que chegou sem eu procurar , e quando eu mais precisei, foi embora.