EXERCÍCIO REFERENTE A COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA E ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
1) Diante de uma situação de conflito, de que lado deve se colocar o coordenador pedagógico: dos professores ou da direção? Dê exemplos:
O exemplo citado a seguir foi fato verídico. A questão era como incluir um aluno com deficiência em Língua Portuguesa com uma metodologia adequada?
Solução: Contratação de um especialista e fazer a dosagem da metodologia diante os conteúdos de língua portuguesa.
A professora da unidade levou o caso ao coordenador, o coordenador levou o caso a direção onde este providenciou o especialista.
Conclusão do grupo:
O coordenador deve investigar os fatos, a causa. Ouvir ambos os lados. Conversar com o professor e com o diretor para que ambos envolvam-se na problemática e tomem a decisão mais cabível para o caso, buscando sempre o melhor caminho para alcançar a aprendizagem.
Em questões burocráticas, ser especifico. Cada caso é um caso.
Tendo em vista as funções e incumbências do gestor e coordenador; a coordenação ao contrário da direção é uma função, ou seja, não é um cargo provido através de concursos, na maioria das vezes ocorre por processo seletivo considerando a experiência pedagógica do docente. Devemos deixar claro que a direção é o cargo máximo na instituição escolar, portanto é fundamental o entrosamento entre eles. É função do coordenador é auxiliar a direção nas tomadas de decisões pedagógicas e não administrativas, ou seja, o coordenador deve se ater as questões de sala de aula que envolvam professores, alunos e pais desde que estas interfiram diretamente no processo de ensino e a de aprendizagem e que se tornem empecilhos na execução do Projeto Político-Pedagógico.
2) Atribuições de um coordenador:
* Coordenar, juntamente com a direção, a elaboração e responsabilizar-se pela divulgação e execução da Proposta Pedagógica da escola, articulando essa elaboração de forma participativa e cooperativa;
* Garantir espaço e tempo físico - (HTPCs), para que todos possam compartilhar experiências, refletir, planejar e realizar atividades com seus alunos;
* Coordenar e acompanhar os Horários de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPCs), promovendo oportunidades de discussão e proposição de inovações pedagógicas, assim como a produção de materiais didático-pedagógicos na escola, na perspectiva de uma efetiva formação continuada;
* Promover a formação continuada em serviço (HTPCs), planejar e avaliar;
* Organizar pautas de reuniões com tema a ser discutidas, tarefas a serem desenvolvidas, textos pertinentes ao assunto e reflexão de todo o grupo e a avaliação dos trabalhos;
* Lidar com as diferenças, pautadas com o respeito ao outro, enfrentar os desafios e buscar caminhos para superá-los;
* Liderar o grupo baseado em um profissionalismo interativo, democrático, reflexivo, com uma visão da formação como processo contínuo, ao longo de toda a carreira;
* Valorizar o trabalho coletivo, oferecendo ajuda nas dificuldades;
* Orientar para que sejam criados vínculos sólidos entre professores e alunos, visando à construção de um ambiente pedagogicamente rico, proveitoso e gratificante para todos;
* Identificar formas de organizar o trabalho pedagógico em sala de aula, de modo a atender às necessidades dos alunos;
* Intervir, sempre que necessário e redirecionar a prática pedagógica, de modo que seus efeitos se traduzam na melhoria da qualidade de ensino;
* Fortalecer o grupo, buscando e compartilhando alternativas pedagógicas para a superação das dificuldades de aprendizagem;
* Acompanhar as aulas nas classes para ter condições de orientar o trabalho docente e propor alternativas mais assertivas;
* Assessorar o planejamento didático-pedagógico do professor, propondo ações voltadas para o incentivo à leitura, com o objetivo de fortalecer o processo de ensino e aprendizagem, bem como na correta escrituração do planejamento nos diários de classe;
* Propor práticas que sejam transformadoras e respondam aos anseios do professor;
* Ampliar as perspectivas de atuação em sala (trabalho diversificado), aprendendo junto ao docente e propiciando situações desafiadoras;
* Privilegiar a reflexão crítica e consciente da prática pedagógica, movimentando o grupo para a mudança, a partir de situações concretas, imprimindo, assim, direção à sua ação;
* Garantir que a avaliação perca o caráter classificatório e seja um instrumento educativo, para que o professor tenha um diagnóstico de aprendizagem, e que o processo de recuperação ocorra de maneira contínua, dentro do próprio contexto da aula ao longo do ano;
* Garantir e acompanhar de perto a Recuperação Paralela aos alunos com baixo rendimento escolar;
* Priorizar a interdisciplinaridade de todos os componentes curriculares, aprofundando conteúdos que enriqueçam a aprendizagem em todas as áreas;
* Estabelecer um canal aberto entre as instâncias discente, docente e administrativa, a fim de garantir o desenvolvimento de uma proposta educacional integrada;
* Promover periodicamente reuniões com pais e mestres, para que haja diálogo e interação entre eles;
* Priorizar o acompanhamento de todo o processo de ensino-aprendizagem, avaliando sempre;
* Estabelecer uma parceria com a direção da escola, que favoreça a criação de vínculos de respeito e de trocas no trabalho educativo.
3) Organização curricular:
Conforme a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), é necessário articular pedagogicamente os conteúdos do currículo obrigatório e valorizar os temas transversais de acordo com a realidade social do aluno e de sua comunidade.
As metodologias de ensino devem buscar um caminho prático e proveitoso afim de conseguir do aluno uma adesão afetiva da aprendizagem (intelectual), pois vivemos em um mundo globalizado e marcado por tecnologias.
Isso se chama: ficar de olho nas questões macroestruturais de uma sociedade em transformação em que o encontro entre professor e aluno é mediado pela realidade (arte, esporte, ciência, entre outros saberes).
O desafio é conhecer o mundo do aluno para poder conectar a pedagogia e os conteúdos, buscar a transdisciplinaridade.