Se eu morrer jovem!!!(cap.04)

Amores,desculpa a demora pra postar...é que tô terrivelmente atarefada com coisas da faculdade...óh,tô postando agora no PORTAL SÉRIES DE WEB,me procurem lá...reescrevi a série Clichê,tá intitulada lá como Contruindo a Liberdade,acho que vão gostar.

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As aulas não passaram rápido.Demorou uma eternidade até que finalmente o último sinal tocasse e todos fôssemos liberados para ir pra casa.

Me levantei,guardando minhas coisas na mochila e percebi que o tal do Carlos Bustamante,namorado da Kêitlin,me olhava ameaçadoramente.Era só o que me faltava!Um playboy metido a valentão querendo briga comigo.Eu não sei se tinha paciência pra lidar com isso,mas eu tinha prometido ao tio Hugo que seria um rapaz bonzinho,pelo menos até o fim do ano.

Fingi que não estava vendo,pus a mochila nas costas e quando me virei pra sair da sala,notei a Kêitlin guardando as coisas na bolsa.Atrás dela,uma loira que eu não sabia quem era,mas sempre andava com ela.Tinha cara de fútil.

Saí da sala,respirando fundo por finalmente estar livre e puxei os meus habituais cigarros do bolso.Parei o primeiro táxi que vi e fui pra tal empresa onde precisavam de guarda-costas.Quanto mais cedo eu agisse,mais chance teria de pegar o emprego.

MENOS SORTE HOJE,AMANHÃ MENOS AINDA(KÊITLIN FERRARI)

Enquanto eu caminhava na direção do carro do meu pai,que me esperava na esquina do colégio,Thábata ia atrás de mim falando coisas que sinceramente eu não queria ouvir:falou da vida de todos os que estudavam com a gente,o que incluía desde a Morango e sua ascensão no jornal da escola,até Yuri e o modo como ele foi grosseiro quando pegamos Carlos e ele meio que discutindo;falou do Carlos e do quanto nosso namoro era perfeito e badalado,como se eu realmente quisesse saber disso;falou do quanto eu era ingrata por não agradecer todas as coisas boas que acontecem na minha vida.Engraçado!Não consigo enxergar nenhuma.

Entrei na limousine do meu pai,fervendo de raiva com todos aqueles comentários e parti pra empresa.Meu pai tinha ligado mais cedo,avisando que queria que eu o ajudasse na seleção dos guarda-costas pra mim.

[…]

Mas acabou que nem deu certo que eu fosse.Minha mãe ligou avisando que acabara de chegar da Itália e eu preferi ir buscá-la no aeroporto.Mais tarde,meu pai ligou avisando que já tinham encontrado o homem certo e que eu não me preocupasse,porque ele tinha a mesma idade que eu,iríamos nos dar bem.O que realmente não me ajudou.

Será que ele não entendia que eu não queria a droga de um guarda-costas?A minha vida,se já não tinha privacidade nenhuma,agora é que não teria mesmo.

Me tranquei no quarto pra ouvir música,a única coisa que me tranquilizava no momento.Só levantei da cama,por volta das 8:00 da noite,quando eu finalmente iria conhecer meu guarda-costas.Meu pai tinha marcado um jantar.

AQUI SE FAZ(YURI SOARES)

Até que foi fácil.O tal do Juan Ferrari,o dono da empresa de moda até que não era tão assustador quanto aparentava.No final de tudo,parece que ele só queria alguém que cuidasse da filha dele.Nas famílias normais,os pais cuidam das filhas.Nas famílias ricas,os guarda-costas se encarregam disso.

Fui contratado com honras,principalmente depois de dizer o nome do colégio que eu estudava.A filha dele estudava lá também.O que significava que eu iria trabalhar praticamente 24 horas por dia.Isso não me incomodava,ele ia me pagar uma fortuna.Eu até engasguei com a saliva quando fui assinar o contrato e vi aquele monte de zeros que iriam pra minha conta.Era tudo o que eu precisava.

O único ponto que tive contra mim foi o fato de ele saber que eu morava um bairro de classe média baixa.Mas apenas deixando claro que eu não podia levar a filha até lá,tudo foi ajeitado.

[…]

Agora,trancado no quarto e quase atrasado,eu estava repensando esse negócio de ser guarda-costas.O sr.Ferrari tinha me dito que queria que eu fosse à caráter para o tal jantar.Eu não tinha nenhuma roupa.A única gravata que eu tinha era a do uniforme do colégio.Corri no quarto do tio Hugo,que ainda não tinha chegado do trabalho e puxei uma gratava azul da gaveta.

[…]

Aquilo não podia ser chamado de casa.Casa era uma contrução feita com tijolos ou madeira,de pequeno,médio ou grande porte.Aquilo era do tamanho de um transatlântico,localizada no melhor bairro do RJ,com a melhor vizinhança e centenas de guarda-costas e carros de polícia passando por ali.

Eu já tinha sido anunciado pelo sr.Ferrari,então não foi problema eu entrar.Um senhor de meia idade,vestido quase como se fosse um padre,me pôs pra dentro e pediu que eu me sentasse.

__Deseja beber alguma coisa,sr.Soares?-ele me perguntou.

__Me chama de Yuri...-eu disse,sem graça.Não gostava de formalidades.-Você tem whisky?

__É claro...-ele disse,assentindo.-Eu já volto,Sr.Yuri...

Eu ri.Era quase como se ele não conseguisse dizer meu nome sem um pronome de tratamento.Vai entender.

Eu me senti desconfortável no meio daquela sala enorme.Esse não era o meu mundo,esse não era eu.Teria que aguentar muita coisa que eu não gostava,se quisesse ganhar esse dinheiro.

__Só pode ser brincadeira...-ouvi alguém dizer bem atrás de mim.-Como você entrou aqui?

Era ela.A garota dos cabelos castanhos.Kêitlin.Só então me dei conta do que eu já sabia,mas não tinha lembrado:Juan Ferrari,dono da top teen era o pai dela.Eu seria guarda-costas dela.

__Peraí...-ela disse de novo.-Não me diga que você é...

Eu pus as mãos nos bolsos,baixando a cabeça.Lógico que ela percebeu a situação.Sabia que seria eu o guarda-costas e não parecia muito feliz com isso.

__Você é tudo o que o meu pai queria...-ela soltou,descendo as escadas e dando um risinho frustrado e sarcástico.-Pode me vigiar até na escola...

__Eu não vou vigiar você...

COMO ISSO ACONTECEU(KÊITLIN FERRARI)

__Só vou te proteger...-ele disse.

Meu coração parou de bater ou bateu acelerado demais,eu não sei.Na verdade,era exatamente isso que ele me causava:confusão.Eu nunca sabia se estava bem do lado dele,ou se não estava;eu nunca sabia se ele me deixava desconfortável ou confortável.Que homem é esse,meu Deus?

Eu pigarreei,tentando sair do estado de transe em que ele tinha me deixado e caminhei até onde ele estava.

__Você precisa ajeitar isso...-eu disse,me aproximando e mexendo na gravata que ele usava.-Meu pai gosta de tudo bem arrumado...

Ignorei meu nervosismo,nervosismo esse que eu só sentia quando estava com ele e arrumei a gravata.Minhas mãos tocavam no peito dele,enquanto ele olhava pra mim com aqueles olhos.

__Pronto...-eu disse,mas não conseguia parar de olhá-lo,muito menos tirar minhas mãos do peito forte dele.

Senti o hálito quente dele bafejar meu rosto e ofeguei por sentí-lo tão perto.

__A gente não devia ficar tão perto assim um do outro...-ele disse,bem baixinho.

__Não,não devíamos...-eu disse,olhando para os lábios dele.

__Eu sou só um empregado do seu pai...-ele disse de novo.

__É,você é...-eu concordei novamente,ainda ofegante.

Íamos nos beijar.Nós íamos.Senti a mão forte dele encostando de leve na minha cintura.Então meu pai chegou.Pigarreou bem atrás de nós.Me afastei do Yuri apressada à tempo de vê-lo pigarrear nervoso.

__Boa noite...-ele disse,vindo ao nosso encontro.

__Boa noite,senhor...-o Yuri disse,todo sério.

Me deu vontade de rir.Na verdade,era isso que meu pai causava nas pessoas.Uma espécie de respeito forçado.

__Vejo que já conheceu minha princesa...-ele disse.

Sorri sem graça,vendo o Yuri sorrir também.Eu não podia mais negar.Eu gostava dele.Ele me atraía de um jeito que nenhum outro tinha conseguido.Nenhum outro.

[…]

No fim de todo um jantar praticamente de negócios e do monte de baboseiras e cuidados desnecessários que o meu pai tinha comigo,ficou decidido que pra onde eu fosse,Yuri iria junto.Fosse compras,festas,até mesmo caminhadas,ele estaria comigo.É claro além de me vigiar na escola;mesmo que isso não estivesse em pauta,era essa a verdadeira razão pro meu pai tê-lo contratado,disso eu sabia.

Ficou combinado que na manhã do dia seguinte,Yuri e eu iríamos ao shopping compras umas roupas pra ele.Ele se negou de início,achei até corajoso da parte dele negar algo ao meu pai.Mas no fim de tudo,ele teve que aceitar.Precisava de roupas adequadas pra andar com a “filhinha do Juan Ferrari”.

E eu,como boa filha de um estilista,o acompanharia.

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Continua...

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E aí,o que acham que vai rolar agora entre o Yuri e a Kêitlin?Aguardo comentários!!^^

Egila
Enviado por Egila em 17/09/2013
Código do texto: T4485727
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