O canibal vegetariano
De cara ele lhe come as maçãs do rosto e não ache que seja pouco: mais um tiquinho lhe leva o coco. Mas nada de perder a calma, senão, da mão, lhe vai a palma; e do pé, nada adianta, logo logo cê perde a planta. E ai se ocê apela, vai de cara perder uma canela. Não tem como engoli-lo, pois ele pode ser fatal, devorando-lhe toda a flora intestinal. E enquanto você não ata, nem desata, quedê da perna, a batata? Nada de dar uma de macho, pois logo ele lhe abaixa o facho, entre carinhos e afagos, duma vez lhe leva os bagos; por outro lado, sendo demais feminina, aí ele se zanga e lhe papa a moranga. Mas sem piedade e sem dó, é quando ele, ó, lhe manja o jiló.