Cartas de um fantasma: Alma perdida. Capitulo 3
" Oi, quanto tempo :) voltando a publicar aqui. espero que gostem desse novo cap. boa leitura"
Logo que o dia amanheceu ouvi Nina acordar e ir se lavar, depois descer e fazer o café da manha.
Brad resmungou e se virou na cama, o que achei engraçado. Ele resmungou de novo e lentamente abril os olhos, bocejou, passando o dorso da mão pelos olhos.
Aproximei-me dele e sussurrei perto de sua orelha.
- Bom dia dorminhoco - brinquei.
- Que foi mãe?
Dessa fez eu tive que apertar os lábios para não gargalhar.
-Sou eu, Kim - me contive precariamente.
- Kim!- pareceu ficar aliviado. – Você não foi só um sonho – ele sorri.
- Você sonhou comigo?
Me afastei da cama para deixar ele se levantar. Brad se espreguisol e bosejou, os olhos ingetados e os cabelos desgrenhados. Mesmo assim ele me encantava,ele era normal e humano, sorri sem dentes.
-É. Você havia su...- ele começou mas de repente parou – depois eu conto, devo estar com um bafo horrivel - deu risada.
-Não, quer dizer, eu não sinto. Apenas que sei que você esta quente.
-Quer dizer que você não sente meu cheiro e sim minha temperatura?
-É quase isso. – dei de ombros.
Ele ergueu as sombranselhas e sorriu.
- Vai saber então, quando estiver com febre.- Brad sorriu, de repente fico sério – Vo no banheiro.
-Quer que eu espere aqiu?
-Se está enteresada em me ver sem ropa- disse bruscamente- Você já deve ter visto outros, não é? Não tem mais o que faze?
Frazi a testa de duvida e um certo medo e atingil, por que ele falava comigo da quele jeito? Senti aos pocos meu rosto fazer careta de choro enquanto ele continuava a falar bruscamente comigo.
- Deve ser legal as pessoas não a verem, imagina o que da pra fazer. Não ter que falarcom ninguéme muito menos tocar em algo. Você não sente nada, está morta mesmo. Um dia vai ir para luz e vai me abandona mesmo, não sei por que ainda me importo com tudo isso.
Fungui sem querer e me tele-transportei para rua, o sol da manha passava por mim, eu realmente não sentia nada, não senti o vento que soprava lentamente, o calor do sol era inesistente para mim. Lembrei do meu velho sentimento de esperança que apareceu quando Brad converço comigo pela primeira vez. Já sintia o dia chega enque Brad se irritaria comigo e ia parar de falar comigo, e tudo iria voltar a ser como era antes de eu conhece-lo. Era triste sim, toda uma esperança falsa eu crira e agora não me restara nada de uma antiga perceverança de que tudo iria dar certo. Agora eu teria que achar um lugar para mim fica enquanto pudese, já que ali não daria mais, não me importava com a dor insuportavel de ser puchada de noite até aquele quarto, eu iria entrar em silêncio e sairia do mesmo modo, sem que ele solbese de minha presença. Ele não ira mais lembrar de mim, logo serei esquecida por que afinal de contas eu to morta, é facil esquecer um morto, ninguém se importa.
Apertei os lábios para parar de fazer careta de choro, começei a odia tudo aquilo, por que fiquei tão triste ao ouvir a pura e simples verdade? Ele tava certo, eu estava morta ponto. Não importava nada.
Fechei os olhos com força e quis sumir dali, não queria mais estar ali, eu ainda sintia ele furioso no quarto. Sincerqamnete não ssei o que fiz para ele ficar daquele jeito.
Olhei a casa, a cor havia mudado de creme sujo para um vermelho escuro com algumas partes brancas. O jardim estava mais bonita, com a grama verde reluzente, as pedrinhas brancas da estradinha brilhavam com o sol, era meio cegante. Olhei para a janela do quarto dele e fechei os olhos novamente.
-Adeus- sussurei para a janela ainda fechada.
Abri os olhos lentamente e caminhei para a casa do outro lado da rua, fui até o quarto de Karen do segundo andar. Karen brincava com os ursinhos. Quando ergueu a cabeçinha de cabelos louros ondulados e compridos, os olhinhos azuis reluziram para mim.
- Kim, Kim, Kim.- chamou com gritinhos estridentes.
- Oi pequena.
Sentei ao seu lado no tapete que parecia pele de ovelha, como ela dizia.
Ela me via, isso tinha que ser o suficiente para mim. As boxexas rosadas, os lábios pequenos quase no formato de coração, o nariz pequeno arendondado na ponta, o rostinho pequeno e redondo meio bronzeado. O vestido verde musgo rodado, estava com a saia estendida pelo tapete, parecia uma flor desabrochada. Sorri para ela e ganhei outro de retribuição, me oferecendo um ursinho branco com olhos de botão e com boxexas grandes. Estendi a mão, mas quando ela largou o ursinho ele passou por minha mão e caiu no tapete, ainda sorridente o ursinho me encaro com seus olhos de botão preto. Fiz cara de choro e Karen parou de sorrir e tambem pareceu triste. Recolhi minhas mãosne as cruzei no colo, sentindo uma dor interna, diferente das dores que eu sentia quando era puxada de madrugada.
Perguntei-me se algum dia eu iria me acostumar a tudo aquilo, quando tempo eu ainda ficaria na terra. Senti um calor no braço e minha imagem tremeluzil, olhei para o braço e vi a mão pequena de Karen parando a poucos sentimentros da minha imagem, ela tentava encostar em mim.
- Por que não sente medo de mim?
- Você parece um anjo. Você é meu anjo. Por que eu deveria ter medo? Sempre estará comigo me protegendo, mamãe disse.
Funguei e sorri para aquele rostinho tão inocente. Os lábios pequenos se esticando mostrando dentinhos de leite branquinhos e pequenos.
- Como é meu rosto?
-Você é linda- disse de pronto.
-Você sabe se meu rosto ta faltando algo, ou esta com uma cor diferente da dos outros?
- Ah, - ela me encarou e pensou por uns segundos – Você tem olhos azuis... você é bem branquinha... –ela ia dizendo de vagar. – você é um anjo.
Me comovi, ela era a única, além do Brad... doeu pensar nele... que me escutava, mas ela me via o que era um bonus para mim. Quando tava paseando nos primeiros dias que acordei la na outra casa, parei aqui. Karen tava durmindo e quando acordo me olhou nos olhos e dissera que eu era um anjinho igual das histórias que a mãe dela contava. Desde aquele dia eu vinha siguido aqui, ela nunca se assustara com nada sobre mm, quando eu ficava repetindo a pergunta de “você não tem medo de mim?” ela só dizia que jamais teria medo de um anjinho da guarda.
- Você tem boca rosada parecidos com a boca da mamãe...- ela continuou empenhada em me descrever – você usa um monte de colar com bolinhas – ela abaixou os olhos para meu pescoço e braço, eu sabia que o colar dava voltas por meus braços e pelo vestido, mas deixei ela descrever mais.
- São perolas, já tentei tirar mas não deu certo.- mesmo eu sabendo como era meu corpo, meu cabelo, minha roupa e o calsado, deixei ela terminar de me descrever.
-Você usa um vestido rosinha bebe – ela deu um sorrisinho – é de princesa seu vestido, mas eu sei que você é um anjo – os olhinhos dela brilharam com o sorriso infantiu – você é bem alta também.
Com essa tive que rir.
- Sou alta só pra você. – ela riu e deu de ombro – você não ve nada faltando em mim?
-As assinhas de anjo. – disse de pronto. Eu abaixei a cabeça suspirei e olhei ela, ela era meu anjinho sem assas. –mas no mais...não falta nada, eu acho.
Ela se levantou e foi para tras de mim. Não demoro muito e ela gritou, um grito de terror, medo, uma mistura de tudo. Me firei pra ela e ela estava com os olhinhos arregalados e olhavam ficsamente um ponto em mim, e assim q me mexi ela foi junto, aos poucos as lágrimas brotaram e ela começo a chorar e gritar pela mãe. Me assustei e me levantei rapido. A Sra. Chegou correndo socorrer a pequena.
- O que ouve meu amor?
- Arancaram as assas do meu anjo da guarda- chorava desesperada.
Não intendi aquilo, tentei fala com ela.
- como assim Karen?
-Mamãe ela ta machucada, cura aquilo mamãe, arrancaram as assas dela. Kim você sabe quem fez essa maldade com você? – chorava e fungava no colo da mãe.
- Não sei pequena – respondi aterrorizada com aquilo. Eu tinha alguma coisa nas costas, talvez grades rasgos p ela ficar assim, tão apavorada, achando que alguém havia arrancado minhas assas.
-Meu amor, se acalma, sua anjinha da guarda vai se currar e logo vai voltar a ter assas, ta meu bebe, agora se acaulma – balançou Karen no colo, aos poucos Karen foi pegando num sono de choro, a mãe dela juntou o ursinho branco de olhos de botão e deu para Karen segurar enquanto durmia. Aqueles olhos de botão sempre me encarando.
Sai da casa de Karen, tava aterrorizada com aquilo, mearrepndi de ter pedido a ela p me descrever. Agora ela fira, talvez o mutivo da minha morte e quase matara ela de susto. Eu sabia que tinha algo de errado em mim, uma parte de mim talvez realmente estava faltando, não assas mas sim carne nas costas. Eu fora assacinada ou me cravei em algo ou talves num assidente que eu bati as costas em algo e me rasgo tudo atras. Mas uma coisa eu não intendi, por que os colares de perolas continuavam intactos? Deveriam ter se partido tudo durante o do assidente. Não quis pensar na parte que poderia ter sido assacinada por facadas nas costas.
Para minha frustração maior, voltei a lembrar de Brad. Ele querendo me ver, agora sim que eu nunca iria dexar ele me ver... pera ai, eu não vou voltar para aquela casa nunca mais mesmo, então ele nunca iria me ver daquele jeito. Ele não se importa, eu não sou importante pra ele. Isso realmente me machucava, depois de tanto alimentar uma amizade, eu me apeguei a ele, os modos despreocupados, a falta de responsabilidade, dei risada, o modo bobo e preocupado que ele ficava quando eu ficava tempo sem falar, quase desesperado. Sera que ele mintira pra mim? Mas por que, não havia sentindo mintir pra mim, fingir ser alguém pra mim. Fiquei mais confusa e com medo.
Mesmo sem querer, assim que cheguei na rua senti a agitação de Brad dentro da casa. Discuti comigo mesma e perdi para mim, eu queria ver o que ele tava fazendo. Na verdade eu nem podia ficar brava com ele, ele só me mandara a real. E talves, também o sonho pode ter dexado ele meio loco, sei la.
Apareci no quarto dele, mas não tinha sinal dele ali. Olhei o primeiro andar inteiro, mas nada. Ele tava muito agitado para identificar uma parte da casa que ele estivese. Fiu até o segundo andar e tentei identificar as ondas mais fortes de agitação. O que me evaram direto a sala que só tinha as caixas dele.
Brad se encontrava sentado no chão de madeira polida, com as paredes brancas o cercando juntamente com um monte de caixas fechadas e abertas, com fios espalhados para todo lado. Uma mesa carvalho se encontrava uma bagunça também com folhas e caixas menores e alguns só com plastico bolha envolvendo. Um notbook carregando algo. Brad estava com uma camiseta preta toda suada, com as mãos enroladas nos fios coloridos e de farias groçuras e tamanhos. Os ombros tensos, ele parecia ostiu daquele jeito até selvagem brigando com os cabos enrolados. Sorri divertida com a cena. Ele fez careta para o emaranhado de fios que puxou de outra caixa ali perto. Chutou um controle para p lado e puxou um aparelho que tinha luzinhas piscando, conectou um cabo meio transparente.
A cada minuto que passava ele parecia mais tenso, o cabelo desgrenhado a testa franzida e suada. O rosto de trasos fortes era mais duro que o normal, e muito consentrado nos fios, pelo que percebi. Me perguntei por que ele não chamava alguém para fazer a montagem das coisas? Sorri bobamente para ele.
Brad se retorceu de repente e respirou fundo. Percebi que era minha deixa.
- Belo trabalho que está fazendo – debochei.
Disposta a ignorar o periodo da manha.
-Kim? – chamou tremulo de repente. A voz tão estridente quanto a de Karen – Me desculpe – falou rapido. – quando acordo fico mal humorado, jamais devia ter pedido pra você fica la comigo, eu sei que foi burrise, mas eu queria que fosse sua voz a primeira coisa que eu ouvise, pra saber que você era real. Depois pensei que você fosse fruto da minha imaginação e você não volto a falar comigo, fui ficando mais irritado com aquilo. Hora de ser honesto, eu pareço um soldado ferido precisando de tratamento, então por favor não me torture, sei que mereço, mas eu não pretendia dizer aquilo, o sonho ainda me perturbava e não consigo acredita que descontei em você a frustração do sonho. Eu sonhei que – ele atropelava as palavras, mas deixei ele falar – que estava desaparecido e você tava tão assustada, mas ninguém te escutava por que você é um fantasma e ai quanto mais você me procurava aos poucos ia sumindo no caminho, na estrada desconhecida, ai finalmente você entro na luz e esquecia de mim, ai você parou de me procurar e eu fiquei com mais medo eu acordei com a sua voz linda me chamando e tentei agir normalmente, mas quando você me perguntou se era pra você me esperar no quarto, todo o sonho veio na minha cabeça e... meio que não aguentei e explodi, falei um monte de coisa sem sintindo, mas eu sei que pra você teve muitos sentidos - eu tava começando a me preocupa com ele e cada vez mais eu ia perdendo a linha de raciosinio dele, tava tentando encaixar o que podia – juro que pensei que era continuação daquele pesadelo e como você sempre disse que gostaria de achar a luz, ai eu ia dexa você partir, por que é o melhor pra você...
- Ei respira – o enterompi preocupada, mas feliz , ele tava vermelho, como se estivesse prendendo a respiração enquanto falava.
Brad largou os fios e respirou fundo.
- Me perdoa?
- Claro, não foi nada.
- Sei que não foi nada eu te magoei muito. Grita comigo pelo menos, me chinga sei la. Para eu saber que você não é só um sonho. Onde você ta?
- Estou sentada a seu lado. E não vo gritar com você, estou com você e não vo sumir. Eu sempre virei para você. Desta vez sou eu que estou sangrando, n ão sei por que fiquei tão triste por você me dizer a verdade. Mas não importa, agora quem pede perdão sou eu, pois todo o tempo que passei antes de conhecer você, minha alma vivia do avesso e quando começei a falar com você, pareceu que eu finalmente me acertei em algo. Nem sei explicar no que direito eu acertei, mas pareceu uma vitoria isso. Deve ter algum jeito de me reconsiliar com você... – procurei, revirei minha mente e finalmente disse – sempre fui cega e encurralada aqui neste mundo que não me pertence mais, minha mente se tranco em resentimeto por não lembrar do passado e não ter ninguém. Mas com você finalmente sei o que significa deixar alguém entrar, nesta parte da minha morte – brinquei – deixei você ver o lado que ninguém viu ou vera em mim, então se você se perder, como no pesadelo e se perceber sozinho, eu te buscarei eternamente. Só para te trazer para casa, aqui e agora eu prometo. Não importa o que estiver no meu caminho, enquanto ouver vida em mim, ou o meu espirito aqui, aconteça o que aconcer, lembre-se, eu sempre virei por você, sempre o procurarei até encontralo e o trarei de volta – fiz careta de choro.
Brad estava com os olhos inchados e vermelhos e se segurava para não continuar a chorar, soloçou e tentou falar.
- Na minha vida não havia nada... só um espaço vaziu, então eu encontrei suas cartas e finalmente senti meu coração se encher de alguma coisa... você preencheu ele Kim, parecia que nunca na vida eu havia sentido algo, por que você foi uma exploxão de sentimentos, de carinho proteção. Você acendeu uma luz dentro de mim... – ele deu um sorrisinho torto meio travesso – e me fez acreditar mais do que nunca que fantasmas existem, ou talvez anjos, ainda to em duvida quanto a você.
Dei um sorrisinho lembrando do que a nene falava.
- E embora eu tenha sido grosso com você, olha quem esta aqui me consolando?... Não quero que desista de encontrar a luz, Kim, sua verdadeira paz – ele ainda não havia percebido que estar com ele era minha verdadeira paz – se alguma vez você me deixar, saiba que irei com você – me doeu o peito com aquilo, bem no lugar que era para ficar o coração – Sempre, jamais me perderei de você. E você não precisa de meu perdão, sónão se perca de mim.
Fuguei. Brad limpou a primeira lágrima que escorria em seu rosto.
Depois de termos termidado a cota de desculpas perguntei o que estava pesquisando e para minha surpresa e algustia ele respondeu que era a ajuda que ele iria me dar. Passamos a tarde toda na quela sala, ele organizando e pesquisando e eu esperimentando o modo de me tornar vizivel ou me materializar.
Uma das primeiras era ficar parada e pensar em tijolos, na dor que eles causão, em coisas solidas. Não deu em nada, mas achei super engraçado a história de pensar na dor que um tijolo causa quando bate nas pessoas... eu nunca senti dor... não humana pelo menos.
Brad me proibiu de ficar em silêncio por muito tempo e brigavamos por causa disso ou eu me consentrava ou falava com ele.
A segunda era pra mim ficar vizivel, era seguir o som das coisas, tentar me ver de outra vorma. Essa foi uma das que parecia ter um tanto de verdade e me consentrava mais nessa.
No fim do dia descobrimos que ele podia sentir uma onda de ar frio quando eu estava perto. Tentei mantelo ocupado com érguntas bobas e consentrações distantes, pois eu parava e tentava imaginar os dois cortes nas minhas costas e não queria falara, ainda, para Brad sobre aqui.. adiamos para o dia seguinte a ida a casa do Sr. Rodouf.
A noite antes de dormir Brad pediu para que eu saise do quarto quando ele acordase, mas que logo voltase e fala-se com ele. Até fiquei com vontade de rir, mas não ia querer discutir, afinal de contas ele era mal humaro de manha, enão ão ia querer passasr por aquilo de novo.
Passei a noite toda tentando ficar vizil na frente do espelho e alguma hora da madruga achei ter visto meu vulto, foram poucos segundos, mas tenho certeza que era eu. Vi o contorno vago do meu vestido longo a saia com babados caidos até o chão e o corpete bege. O que era mais idesifravel era meu rosto apenas um contorno vago. O que era mais estranho era o fato que ninguém na quela época usava vestidos com corpete. Vi alguns museus que mostravam pinturas de mulheres com vestidos assim, mas se eu fosse da quela época o que aconteceu esse periodo todo de diferença? Talvez tivessem colocado aquele vestido em mim quando eu já estava morta, era para ficar melhor no caixão, senti algo estranho que não identifiquei. O que eu fiz todo esse tempo? Por que eu não lembro de nada?
Abaixei a cabeça triste. Sai da frente do espelho e fiquei sentada na frente da porta até de manha, assim que Brad deu cinal que ia acorda, apareci na cozinha e fiquei olhando Nina. Ela preparou um café rapido com torradas. Fiquei observando o costumeiro hobe que ela andava usando, um rosa bebe de tecido reluzente que lhe caia até o tornozelo. Os movimentos rápidos na cozinha. Mesmo sendo rápidos seus movimentos, ela parecia ter uma graça e agilidade que até esqueci do por que estva ali em baixo. Mas logo foi desviada minha atenção quando Brad derrubou algo no quarto. Voltei la pra cima.
Encontrei com Brad no chão catadando umas folhas espalhadas e meio sujas, me fez lembrar algo mas quis logo me apresar em dizer algo. Antes que ele pirase de novo.
- Oi dorminhoco.
Brad se levantou num salto e olhou para onde veio o som da minha voz. Olhei de novo com mais atenção para as folhas no chão
- Por que ainda esta com isso? Por que não joga fora?
- Elas são minhas agora... onde você está?
- Perto da porta. – disse emburrada com o tom rude dele.
Caminhei até ficar de frente para ele, assim que ele notou o frio ele relaxou os ombros e pegou as cartas e colocou dentro de uma caixade tênis.
- Você está perto não está?
- Sim... você... – engoli em seco e me calei. Eu não sei por que fui começar a falr, eu não tinha o que dizer, só fiquei lembrando das cartas no chão.
- Eu o que Kim?
-Nada. E ai, durmil bem?
- Sim...
- Ahm que horas nós vamos até o vizinho?
- De tarde, agora você vai treinar. E eu vo voltar a pesquisar mais. Tenho alguns saites de funeraria, eles mostram os obitos.
Me encolhi levemente, tinha medo e esperança de encontra meu corpo para saber quem eu era, mas ainda sim, morria de medo por pensar que eu não posso ter sido o que espero que eu tenha sido. Franzi a testa com esse pensamento, como eu pude complica algo tão simples?
No dia anterior ele não arrumara muita coisa, mais tirara das caixas quase tudo. Dei um sorrisinho torto olhando ele terminar de guardar no armário a caixa de tênis. Passamos a maior parte da manha brigando, ele insistia em dizer para mim pensar em algo solido, eu eu diz que nunca senti algo solido para saber o que é solido, para mim todos eram como eu, só que vivos. Brad quase tivera um surto com minhas seguidas frases de que eu estava morta e isso não iria mudar, que nem devia existir um jeito de ficar solida, talvez vizivel, mas não solida. Antes do almoço estavamos rindo já de nós mesmos.
Nina ligou avisando que não poderia vir para o almoço, mas que tinha comida pronta na geladera. Brad havia feito cara feia, mas pego a lasanha na geladera e botou no forno esquetar. Fez um suco e se sento na mesa para esperar ficar pronto. Assim que terminou de almoçar foi para a prete do notebook e ficou la mechendo enquando eu ficava olhando pela janela a casa do vizinho e para brad eu dia que estava treinando.
Assim que vi o vizinho chegar em casa chamei Brad para a janela.
- vamos la agora que ele ta em casa. – sugeri
Fomos até lá e esperamos ele atender a porta. Ao abrir a porta vimos o sr. Rodolf de causa caqui e camiseta verde, o cabelo castanho meio desgrenhado, a barba curta rodeando os lábios groços.
- Ele não é bonito – comentei para Brad.
Brad resmungou desconfortavel. O sr. Rodolf fransil a testa.
- Oi, posso ajuda-lo?
- Oi, sou Brad, filho de Nina, somos seus vizinhos – ele apontou para casa ao lado e ofereceu a mão em comprimento.
Allan Rodolf o comprimentou mais relaxado.
- Posso ajuda-lo? – perguntou todo sorrisos.
- Ah, sim. Você falou sexta com minha mãe e folou algo sobre o antigo morador eu gostaria de saber quem era?
- Quer entrar?
- Se não ouver problema...?
- Não, imagina. Pode entrar, quer algo para beber, suco, refri...?
- Água gelada, mesmo.
- Sim, claro.
Nós entramos na casa verde, lá dentro o papel de parede era branco com três filetes dourados no meio. Os moveis do hall era apenas uma mesinha de vidro, um potinho de flor em cima e um local para casacos.
Allan no levou até a sala, o comodo do lado, tinha a mesma estrutura da casa onde Brad morava.
As paredes eram iguais, a lareira branca com a teve logo em cima e alguns porta-retratos em baixo, quatro sofas preto. O piso de madeira polida, uma mesinha de centro de madeira escura, uma estante de vidro com DVD’s, CD’s e livros, um som esteril ao lado. E por fim alguns potes de flores espalhados pela sala, deixando um cheiro adocicado esalando na sala envadindo as narinas, Brad fez uma careta estranha de testa franzida e um dar de ombros quase um arrepio.
Allan o obsorvel cuidar a sala e após aquela reação se aprumou em falar. – Pode se sentar, volto em um minuto.
- Obrigada sr. Rodolf.
- Pode me chamar de Allan - diz ao sair da sala.
Brad falou baixo para eu me sentar ao seu lado.
- Se tiver algo para perguntar, diga, mas não espera que eu tenha alguma reação. E evite ficar muito tempo em silêncio e depois me chamar, isso me fara virar o rosto altomaticamente. Entendeu?
- Sim, senhor! – engroçei a voz ao falar.
Brad revirou os olhos e deu um sorriso torto que me fez mostra a lingua pra ele. E então me calei, ao perceber o chesto que tinha feito. Ele nem me olhou. Brad botou a mão no lugar que eu estava sentada, passando por meu joelho. Senti o calor da mão dele como se ele segurase meus ossos de fantasma. Ele conseguia fazer eu pensar em coisas humanas, reagir como as adolescentes e fica sem jeito com o jesto dele. Resmunguei, e vi Allan entrar na sala com um copo de vidro com água.
- Você quer saber do antigo morador da sua casa, não é? – disse ao entregar o copo.
- Sim. – disse de pronto ao pegar.
- Bem o nome dele era Bill alguma coisa, não lembro direito. Você o conhecia? Ou é só enterese?
- Não conheci ele diretamente, mas tenho quase certeza que conheci a filha dele.
Allan frazil a testa e olhou Brad intensamente.
- Nossa! Então você que devia me contar quem eles eram – e deu uma risada divertida, parou de rir ao ver o rosto sério de Brad – Bem, só vi a garota entrar na casa, e uma vez tive a impressão de ver ela me observando da janela. Ao completar dois meses ninguém viu a garota sair com o pai dela de dentro da quela casa quando ele foi em bora.
- Você lembra como ela era? Quer dizer, pra mim ter certeza que é a mesma garota que eu conheci. Ela tinha saído do internato aquele ano, tinha me dito sobre se mudar com o pai pra outra cidade – Brad inventou de pronto.
- Ah, vagamente. Para falar a verdade eu mal a vi, vi o vulto dela na janela e logo depois sumir, quando ela entrou na casa o primeiro diz ela tava com capuz, o dia era de chuva então tava difícil de ver. Mas a Sra. Betty sabe como ela era, a senhora afirma ter visto a garota quando foi dar boas vindas no dia seguinte apos a chegada deles na casa. Ela e seu bolo, falando nisso ela chegou de viagem hoje cedo, ela deve levar o bolo assim que estiver pronto – e riu novamente.
- Ela viu mesmo a garota? – Brad disse logo.
- Sim, quando foi entregar o bolo quis dar um oi para a garota que como a senhora afirma tava descendo as escadas na quele momento e logo depois ela foi empurrada pelo tal de Bill, ai a porta se fechou com um estouro e eu fui até a frente aqui de casa e vi a senhora tentando se levantar, corri até la para ajuda-la. Ela parecia meio assustada, e depois começou a reclamar sobre o desperdiço do bolo todo caído no chão.- ele ficou em silêncio. – acho que ela mais reclamo do bolo do que do empurrão do cara. Aquela senhora é forte, agente vê como uma velha toda enrugada e caindo, parece que mal se mantem em pé, mas tem mais força do que um jovem. – ele sorriu.
- A senhora Betty falou como ela era?
- Não. Assim que ajudei ela a se levantar, ela espanou o vestido de la, arrumou os cabelos cinzas, pegou o bolo do chão colocando ele no prato tudo em silêncio. Depois começou a me tocar dali, e apreçou os passinhos para a casa dela sem parar um minuto de resmunga sobre o bolo.
- Ah!
- Você disse que a conheceu... como ela era?
Comecei a me descrever novamente, mas Brad me interrompeu falando o que eu já havia dito para ele.
- Os cabelos laranjas meio arruivado, olhos verdes, pele branquinha, magra, meio baixinha... tinha um lindo sorriso. – completou, o que me fez sorrir para ele.
- Tinha? O que aconteceu com ela?
- Não sei, não falo com ela desde que ela partiu do internato.
- Ah.
- Era uma minima muito linda.
- Pergunta, como o Bill era.
- Como Bill estava quando foi em bora?
- Não foi isso que eu quis dizer. – reclamei.
- Bill, estava com uma aparecia péssima. Parecia gripado e todo tempo massageava as têmporas e passava o dorso das mãos nos olhos como se estivesse chorando. – comentou Allan meio em pensamentos.
- Não lembro dele muito bem, vi ele de relance da janela do terceiro andar. Era meio difícil divulgar seu rosto da quela altura. - disse Brad para explicar um tanto de sua pergunta.
- Já se passou tanto tempo que nem mesmo eu lembro do rosto de nenhum dos dois, - o que criou uma duvida em minha mente, a quanto tempo acontecera aquilo, para a casa estar na quele estado quando eu apareci - é difícil, aquela época eu passei mais tempo em casa, mas ele nunca saia de dentro de casa, uma vez que fiquei acordado até tarde vi ele bater a porta da frente, vi seu volto corpulento caminhar pelo jardim e assim que ele viu a luz do meu quarto ligada e eu o encarando da janela se apresou em entrar. – comentou.
- De um jeito de pergunta a quanto tempo isso aconteceu!
- Não lembro direito do ano que ela saiu do internato, você lembra do ano que ela veio pra cá?- Allan olhou pra ele meio suspeito então Brad passou a mão na nuca meio nervoso e sorriu tranquilo ao acrescentar - Não sou bom com o passado, acabo esquecendo datas – e riu sem graça.
Sinceramente aquela foi a pior desculpa que Brad inventou em toda a conversa. Allan deu risada o que me espantou, ou ele era muito burro ou apensa não queria entrar em detalhes bestas como aquele, ou não conseguia ver um motivo para Brad mentir tão descaradamente. Achei melhor acreditar na última opção.
- Faz uns 3 anos.
Brad parou de rir e encarou Allan atordoado, nós dois na verdade, mal consegui acreditar naquilo. Não era possível.
- Fala alguma coisa Brad! – eu quase gritava, ele parecia uma estatua encarando Allan como se ele fosse invisível, ele via muito além. Allan encarou Brad sem dizer nada parecia preocupado. Brad estava com uma das mãos no joelho e a outra com o copo de água que não fora encostado em toda a conversa, num movimento desesperado de chamar Brad de volta pra realidade, coloquei minha mão em cima da dele e fechei minha mão para tentar agarrar sua mão quente. No momento que atravessou o ar quente se chocando contra minha mão gelada, Brad engoliu em seco e olhou Allan.
- Você esta bem?
- Sim. É que – Brad se atrapalhou para responder e finalmente falou meio rápido e já se levantando do sofá – eu não fazia ideia do tempo que havia passado. Eu gostava muito dela, é difícil perceber que passou tanto tempo.
Saiu meio correndo e falou para Allan antes de bater a porta um “muito obrigada e desculpa”. Fiquei na sala encarando Allan, vi o copo de água na berrada da mesinha de madeira, Brad havia posto em cima antes de sair correndo e assim que a porta fora fechada o copo cairá com um estrondo no chão. Fechei os olhos e fui até Brad.
"Bem, ai esta. se quiserem me animar pra postar mais rápido os caps... é só deixa comentários :)"