Mudando a letra da vida - Cap 14
Caio Davis.
Já não acreditava no fato de meu pai egoísta, ignorante e o todo poderoso esta namorando. Fui obrigado a me arrumar antes da hora para poder tomar café com uma mulher que poderá ser minha futura madrasta, uma rica metida a besta que só pensa em compras e luxos.
Quando passamos pela mesma rua no qual deixei a Alice na noite passada achei graça, a mulher pistoleira no qual meu pai anda dando uns pegas mora perto dela, talvez eu possa fugir para lá. Assim que saímos do carro minha cara passou de entediado para surpreso e assustado, meu pai tocou a campainha daquela mesma casa e a porta foi aberta por uma mulher sorridente.
- Caio?
Olhei assustado para a Alice e seu olhar correspondia o meu, nós dois fomos pegos de surpresa. Meu pai beijou a mulher que nos recebeu e entramos na casa.
- Vocês já se conhecem? – perguntou a mulher. Acredito ser sua mãe.
- Eles estudam juntos. – Meu pai apressou-se sorridente como eu jamais vira.
- Você não é o garoto que veio aqui ontem?
- Mãe! – Alicie repreendeu sua mãe, levantou-se e me puxou em direção a escada.
***
Me diz pelo amor de Deus que minha mãe não esta saindo com seu pai!
Ela andava de um lado para o outro e minha cabeça não conseguia funcionar normalmente pelo fato de saber que meu pai nunca sairia com alguém que seja de classe baixa mais alta que a dele e pelo fato de eu estar no quarto da garota que meche comigo. Seu quarto era de um rosa claro e havia um elefante de pelúcia em sua cama, retratos na cabeceira dela de um homem que acredito ser seu pai, outra dela com uma garota que não conheço e a vista era em Roma, sorri ao ver uma terceira foto em que nós estávamos no Jardim Botânico.
- Não sabia que já tinha essa foto.
Ela parou de andar e dividiu seu olhar entre mim e a foto.
- Serio que vamos falar de foto quando minha mãe esta com o seu pai? E é o seu pai...
- O que tem meu pai? – Me senti ofendido pelo tom que ela usara. – Ele não é tão ruim.
- Tão ruim? – Sorriu irônica. – Eu vi o jeito que ele falou com você no dia da sorveteria e como ele me olhou. – fez uma cara de desgosto.
Me levantei incrédulo por estar ouvindo ela falar daquele jeito. Ele pode ser um péssimo pai e ter mil defeitos, mas ele é o MEU pai.
- Engraçado é o fato de ele ficar com alguém como a sua mãe! – Gritei sem razão. – Ela é classe baixa. Talvez ela esteja ameaçando ele.
Vi que sua face ficou vermelha de raiva e me arrependi do que disse.
- Saia do meu quarto! – Gritou apontando para a saída. – Você não tem esse direito. Minha mãe é honesta e seu pai que quer algo dela. Talvez ele queira ver de perto o que é amor, pois ele não enxerga nada além de seu dinheiro.
Olhei furioso para ela e sai esbarrando em seu ombro com um pouco de força.
***
Cheguei à escola ao sair da casa da Alice e minha futura madrasta. Todos falavam alto no pátio, mas assim que cheguei às vozes se sessaram. Olhei para todos e caminhei para minha sala de aula antes de o sinal tocar.
***
Ao término da aula, caminhei para a cantina e vi a Alice discutindo com um garoto. Resolvi me aproximar.
- Você é um babaca! – Disse ela cheia de fúria.
- E você uma cachorrinha fura olho.
A mão dela coçou para bater nele, mas minha reação foi mais rápida. Soquei o rosto do cara e uma rodinha foi formada.
- Briga, briga, briga – gritou a multidão.
- Você vai pagar por isso! – berrou o playboy.
Ao piscar os olhos fomos os dos empurrados para começar a briga, no primeiro contato socos e chutes viraram sequencia e eu já estava caído no chão brigando feito um animal. Ouvi a Alice gritar para que parássemos, mas meu orgulho agora gritava mais alto. Fomos separados por um professor e um faxineiro. Não sei como eu estava, mas meu adversário sangrava.
- Para a diretoria! – Gritou o professor que me segurava.