Desigualdade Social: poucos com muito e muitos com pouco, de Heurilen R. Santos

A desigualdade social é um fenômeno presente em todas as sociedades humanas – ironicamente até em países comunistas -, variando apenas a intensidade com que pode ser notada nas relações entre os indivíduos e as classes sociais.

Essa desigualdade é gerada pelo próprio modo como os valores de determinados povos foram construídos historicamente, sendo a religião, etnia, cor, hereditariedade e ocupação – no sentido de atividade para subsistência, como emprego formal ou informal. São esses os elementos responsáveis pela existência e perpetuação dos fatores que diferenciam e hierarquizam os indivíduos. Em lugares como a Índia e o Japão, nos quais a população é tradicionalmente divida em castas, sendo que cada casta possui direitos e obrigações inerentes, a imobilidade social,bem como a privação de direitos fundamentais, é ainda mais evidente principalmente com relação às pessoas tidas como “inferiores”, tornando cada vez mais distante a idéia de uma sociedade igualitária.

Entendo que, como a desigualdade de certas nações tem aceitação popular (devido à tradição histórica), vez que a consideram como algo natural e que sempre existiu – assim como era a sociedade medieval -, creio que o caminho para promover uma transformação social, ainda que lenta e difícil, já que se trata de crenças arraigadas a essas culturas, seja o intercâmbio de idéias, a ampla difusão de ideais progressistas juntamente com investimentos em programas e medidas como bolsas de estudo e cotas. O governo Japonês tem atuado nesse sentido e, mesmo enfrentando dificuldades e resistência por parte da população, já obteve resultados significativos.

Transformar uma sociedade aparentemente estática não é simples, mas é possível, a história nos dá muitos exemplos a esse respeito.

Heurilen R. Santos em heurilen@hotmail.com
Enviado por J B Pereira em 02/06/2013
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