Uma adeus entre amigos...
Eu ainda era uma criancinha. Minha mãe e meu pai tinham uma casa no interior de meu avô materno, e era lá que eu e minha família passávamos feriados longos como Natal ou Ano Novo, São João ou Páscoa. Era divertido, pois, eu sempre gostei de passar um tempo em contato com a natureza, conhecendo um pouco mais sobre o desconhecido. Nessas viagens eu conheci o meu primeiro amigo de verdade e este me ensinou a prezar verdadeiramente o valor da amizade.
Era um São João, quando eu conheci Daniel o menino que me ensinou a respeitar os meus amigos. Ele era um menino com aparência engraçada, ele tinha cabelos castanhos e cacheados parecidos com os meus, pele bronzeada, olhos puxados e castanhos - ele foi uma das únicas pessoas que também sabia sorrir com os olhos - covinhas e um sorriso gigante. Meu avô me levou para a fazenda e na mata, enquanto eu estava andando na carroça do dono da fazenda eu conheci ele. Nós brincamos como qualquer criança que teria uma fazenda enorme só para si. A noite tocamos bombinhas e assistimos a guerra de espadas. Ele me disse que amava a luz daquelas bombas, que elas eram parecidas com nossa amizade, e elas só não se comparavam porque nossa amizade seria eterna. Aquilo eu nunca esqueci. Antes de eu ir embora voltei naquela fazenda e ele me deu um adeus. Foi como se eu estivesse deixando para trás uma coisa importante. Mas foi só dessa vez. Passaram-se seta anos e nunca mais eu vi ele.
Desde então eu aprendi o valor dele, e eu ainda continuo acreditando que ele era um anjo para tornar a minha infância uma fase importante e linda da minha vida.