[Original] Volver - Capítulo 11
Desculpem a demora, fico a semana toda sem poder usar o notebook. Ele pertence ao meu irmão -_- a boa notícia é: Volver está completa, uhu! a má notícia (pros que não gostam da história AUHEUHAHE) eu já iniciarei a última temporada, com o Lucas como protagonista. O título da história poderá ser modificado, não sei, to pensando ainda. Além disso, estou corrigindo fanfics antigas.
Enfim, vamos ao capítulo...
Capitulo 11 – Pedidos irrecusáveis.
Demétri Scholz
- Tu é muito burro. – Fitei Emerson e balancei a cabeça, concordando. Sinceridade é tudo. – Tipo, to cada vez mais crente que de nós três, o mais sensato, inteligente, gostoso e tudo de bom sou eu.
Lennon revirou os olhos enquanto entravamos em nossa antiga escola. Fomos convocados pela diretora para uma conversa muito importante. Tenho medo da importância dessa conversa. Lucas, que nos passou o recado disse que era para irmos preparados para responder não, só não disse o porque.
- Por que fez isso? – Perguntou me fitando compreensivo. Passamos pelo saguão da escola e uma onda de nostalgia me invadiu ao ver vários adolescentes conversando, namorando, rindo ali. Vivendo o que com certeza é uma das melhores fases da vida.
- Não sei. Eu me tornei dependente da Bruna e só notei o quanto isso me era prejudicial quando fiquei longe dela. Não sei lidar com isso.
- Não sabe lidar com o amor? – Lennon franziu o cenho. – Me fala uma pessoa que não ficou ridícula depois que se apaixonou! Eu falo por mim mesmo, quando me vejo fazendo as coisas que faço pela Isabel penso o quanto mudei por conta dela. É natural, cara! Faz parte.
Eu concordei, mesmo sabendo que a merda já estava feita.
Passamos pelo refeitório e pátio, tudo continuava na mesma estrutura, mas era notável que haviam dado uma boa melhorada na escola. Nos olhamos em cumplicidade até retomarmos a conversa.
- E o que a Merten disse? – Emerson indagou.
- Ela chorou. – Lennon arqueou a sobrancelha, surpreso. – Bastante. Disse um monte de coisa, inclusive que eu estava fazendo isso por vingança... Aline tem um pouco de razão, vocês sabem.
- Sei que tu está deixando a Merten ir embora. Das outras vezes foi ela que fez burrada, mas de qualquer jeito, acabava voltando pra você. E agora que tu errou, talvez a história não se repita. – O problema de você falar com Emerson é sempre o mesmo: não importa o assunto, ele sempre diz algo sábio que te faz sentir o cara mais burro da história. E não só isso, sua cara de tonto, aquele famoso “ninguém da nada por ele”, não condiz com a personalidade.
- É. E outro ponto importante a ressaltar: Merten faz por ti o que não fez pelos outros namorados. Tu terminou com ela por uma besteira. Isabel é ruim, mas Bruna Merten, meu rapaz, quando quer ser ruim, é ruim e meia.
- Fiz merda.
- E das grandes. – Eles disseram juntos.
Seguimos o caminho da direção e paramos em frente a porta, Lennon bateu na porta e fomos atendidos por uma senhora muito simpática e bastante conhecida por nós três.
- Professora Matilde? – Perguntei, surpreso. Ela sorriu e me abraçou apertado.
- Demétri!
Lennon e Emerson deram um gemido, aterrorizados. Eu sou o único que gosta dela, não é a toa que em todo canto que ela me vê, me cumprimenta fervorosamente. Fui um excelente aluno de matemática, diferente dos meus dois amigos. Emerson a odeia por ter sido obrigado o ensino médio inteiro a apresentar trabalho pra toda a escola e Lennon porque ela o repetiu na matéria em seus três últimos anos escolares.
- Como a senhora está?
- Ótima! E tu?
- Eu to bem. Então a senhora é a nova diretora? – Ela balançou a cabeça, assentindo. Os dois atrás de mim sussurram um “ah, não” em conjunto.
- Sim, assumi o posto há pouco tempo. Olá Lennon, Olá Emerson. – Eu me virei e os vi sorrirem forçadamente. – Entrem! Quero pedir algo a vocês.
- Minha resposta é só uma, não importa o que seja. – Lennon murmurou num tom baixo. Eu dei uma cotovelada em sua barriga.
- Sentem-se!
Nos sentamos nas três cadeiras vazias a frente. Eu fiquei no meio, o que significava que a conversa era mais dirigida a mim do a que eles.
- Meninos... Eu estou querendo organizar um baile pra turma do ensino médio, mas não estou tendo muito apoio dos alunos. Essa geração, diferente da de vocês, simplesmente detesta baile. Seu irmão - Apontou com a cabeça para Lennon. – disse que nem se o passassem em português ele participaria de um baile.
Os dois riram alto. Só pararam quando dona Matilde deu um pigarro seco.
- Continuando. E após conversa com os professores, tivemos uma ideia muito bacana.
- Esse é o momento que eu temia. – Emerson disse, ansioso.
- Quero organizar um baile e convidar os formandos da turma 2008 para participarem.
Lennon arregalou os olhos escuros, Emerson fez uma arma com a mão, colocou sob a têmpora e fingiu puxar o gatilho. Não que eu seja do contra, mas curti a ideia.
- A turma de vocês com certeza marcaram a época. O que acham?
Todos os olhares direcionaram-se a mim.
- Eu aceito. – Lennon bateu a mão na testa, não acreditando na minha escolha. – Qual é galera? A gente pode até cantar!
A diretora respirou agradecida por eu estar lhe apoiando. Coagir Lennon e Emerson será fácil, fácil. No final eles vão acabar gostando disso.
- E sabe aquela guria...? Como é mesmo o nome dela? Ahn, Bianca? Não... Bruna!
Epa.
- Bruna Merten? – Perguntou Emerson, me dando um sorriso sacana. Eu arregalei os olhos, alerta. – O que tem ela?
- Ela poderia cantar também! Lembro-me que nas aulas de canto ela sempre se destacou.
Lennon, ao meu lado esquerdo, riu com vontade. A “amizade” é tudo.
- Mas ela.. – Eu ia dizer, mas ele tomou a frente.
- Ela vai adorar, professora, digo, diretora! Demétri vai convida-la com gosto. Talvez façam até dueto.
- Eu vou te quebrar, filho da puta. – Sussurrei, o fitando mortalmente.
Ele me ignorou.
- Que beleza! Eu procurei o contato dela nos arquivos da escola, mas não achei. Então posso contar com vocês pra contagiar a escola?
Como não havia mais tempo de negar, assenti, amuado. Porque eu sinto que isso vai me dar dor de cabeça?
- Seja o que Deus quiser. – Murmurou Lennon, dando um suspiro alto e triste.
- Vocês dois são os piores amigos da face da terra. – Comentei, enquanto saiamos da sala. Avistamos Lucas conversando com uma guria.
- Esse guri tá impossível. – Lennon disse sorrido e com um imenso orgulho. – Ow, magricelo!!
Lucas se virou, e ao nos ver, rapidamente se despediu da guria.
- E aí, o que a bruxa velha pediu??
- Vai rolar um baile. – Respondeu Emerson.
- Dos ex-alunos e também dos atuais. – Continuou Lennon.
Ele fez cara de nojo.
- E tu vai estar presente. – Ele ia contestar, mas eu não dei tempo. – E não tem contestação.
- Se eu passar vergonha por causa de vocês... Olha, na moral, eu fujo pra Bahia.