Em termos de coerência, coesão e concisão, defina como pode ser trabalhado o texto Circuito Fechado, de Ricardo Ramos em http://www.pucrs.br/gpt/substantivos.php

Análise entre a obra e filmes: o mito do eterno retorno e o labirintoA metáfora do circuito elétrico nos remete ao filme Matrix e O mundo de Truman ou a condição de estruturas fechadas ou labirínticas dentro das quais o homem vive a rotina de seus atos e realizações.

O Dasein se constrói na máquina do mundo (camões e CDA)os homens constroem história sem saber que o fazem. (K. Marx)Somos engendrados nas culturas. (Hall)Viver é perigoso... (G. Rosa)

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Os substantivos – essências e concretudes do cotidiano – a rotina e o seu sentido:http://www.google.com.br/imgres?q=o+mundo+de+truman&hl

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A experiência concretista:a poesia entre palavras e espaços em branco – uma revolução sem versos: "Acolhe da fêmea canora este urdume..."

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Haroldo de Campos, o método ideogrâmico verbivocovisuais É a “justaposição direta de elementos em conjuntos geradores de relações novas, que vem do [...] desejo de substituir a ordem linguística por outra.O instrumento ideográfico é o processo mental de organização do poema na comunicação rápida, direta e econômica de formas verbais.Isso caracteriza o espírito contemporâneo, anti-discursivo e objetivo. O poema é como a unidade estruturada,com os elementos sonoros, visuais e semânticos – verbivocovisuais . (CAMPOS; PIGNATARI, 1975, p. 99)

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POESIAS TABAGISTAS: Ricardo Ramos, Circuito fechado Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, telefone, agenda, copo com lápis, caneta, blocos de notas, espátula, pastas, caixa de entrada, de saída, vaso com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes, telefone, papéis. Relógio. Mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, cigarro, fósforo, bloco de papel, caneta, projetos de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósforo, quadro-negro, giz, papel. Mictório, pia, água. Táxi. Mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo. xícara. Maço de cigarros, caixa de fósforos.

Escova de dentes, pasta, água. Mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, cigarro, fósforo, telefone interno, gravata, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço, relógio, maço de cigarros, caixa de fósforos. Jornal. Mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapos. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. Mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papéis, externo, papéis, prova de anúncio, caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigarro, fósforo, papel e caneta, telefone, caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xícara, jornal, cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro. Maço de cigarros, caixa de fósforos. Paletó, gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. Mesa, cadeiras, pratos, talheres, copos, guardanapos. Xícaras, cigarro e fósforo. Poltrona, livro. Cigarro e fósforo. Televisor, poltrona. Cigarro e fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, espuma, água. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro.

http://www.pucrs.br/gpt/substantivos.php

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As palavras pedra ou faca ou maçã, palavras concretas, são bem mais fortes, poeticamente, do que tristeza, melancolia ou saudade. Mas é impossível não expressar a subjetividade. Então, a obrigação do poeta é expressar a subjetividade mas não diretamente. Ele não tem que dizer eu estou triste. Ele tem é que encontrar uma imagem que dê idéia de tristeza ou do estado de espírito - seja ele qual for - por meio de palavras concretas e não simplesmente se confessando na base do eu estou triste.

João Cabral de Melo Neto

http://www.pnetliteratura.pt/cronica.asp?id=3435

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Paulinho da viola - Sinal Fechado - YouTubewww.youtube.com/watch?v=jFhXCd2Z7k8http://www.youtube.com/watch?NR=1&v=jFhXCd2Z7k8&feature=endscreenOlá! Como vai?Eu vou indo. E você, tudo bem?Tudo bem! Eu vou indo, correndo pegar meu lugar no futuro... E você? - ......Olá, como vai ? Eu vou indo e você, tudo bem ? Tudo bem eu vou indo correndo Pegar meu lugar no futuro, e você ? Tudo bem, eu vou indo em busca De um sono tranquilo, quem sabe ... Quanto tempo... pois é... Quanto tempo... Me perdoe a pressa É a alma dos nossos negócios Oh! Não tem de quê Eu também só ando a cem Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí Pra semana, prometo talvez nos vejamos Quem sabe ? Quanto tempo... pois é... (pois é... quanto tempo...) Tanta coisa que eu tinha a...Tanta coisa que eu tinha a dizer... Mas eu sumi na poeira das ruas Eu também tenho algo a dizer ... Mas me foge a lembrança Por favor, telefone, eu preciso... Beber alguma coisa, rapidamente . Pra semana.. O sinal ... Eu espero você... Vai abrir... Por favor, não esqueça,... Adeus...

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Como redigir um texto só com substantivoshttp://www.pucrs.br/gpt/substantivos.php      É a exacerbação do estilo de frases nominais.A produção de textos assim abre espaço para a discussão com os alunos sobre a originalidade ou a informatividade do texto.Um texto implica outro e outros como "escrever é aproveitar criativamente outros materiais interdiscursivos".Escolha a situação a ser narrada mediante esta técnica, e não repetir as dos modelos, provocando criatividade e mímesis. 

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS http://www.google.com.br/imgres?q=o+mundo+de+truman&hl

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MARLI SIQUEIRA LEITE e sua dissertação sobre

RONALDO AZEREDO: O MÍNIMO MÚLTIPLO (IN)COMUM DA POESIA CONCRETA - VITÓRIA, BRASIL, 2011

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS

DEPARTAMENTO DE LÍNGUAS E LETRAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS

MESTRADO EM LETRAS

RESUMO

A pesquisa desenvolvida buscou investigar, organizar, classificar e analisar a produção poética do carioca-paulista Ronaldo Azeredo, um dos integrantes do Concretismo, movimento que marcou a poesia brasileira a partir da década de 1950. Por ter percorrido uma trajetória

bastante diferenciada – caracterizada, sobretudo, pela concisão extremada, por um experimentalismo bastante peculiar e pela proximidade com as artes visuais – e pela divulgação ainda muito restrita de sua obra, a produção do poeta foi a escolhida para o estudo. Após uma explicitação das noções de experimentalismo, poesia visual e poesia concreta, o trabalho propôs recuperar o percurso do autor, a partir da análise de um corpus representativo de sua produção, de 1950 a 2000, década a década.

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................11

2. EXPERIMENTALISMO, POESIA VISUAL E POESIA CONCRETA: TRÊS NOÇÕES

A SEREM ESCLARECIDAS................................................................................................14

2.1. O experimentalismo na literatura.........................................................................................14

2.2. Sobre a poesia visual ..............................................................................................................16

2.3. Sobre a poesia concreta..........................................................................................................28

3. O EXPERIMENTALISMO DO POETA: O “MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM” DO

GRUPO....................................................................................................................................41

3.1. Um breve histórico do carioca-paulista Ronaldo Azeredo .................................................41

3.2. Ronaldo Azeredo: Por que “mínimo”? Por que “múltiplo”? Por que “(in)comum”?.....50

4. “RO”, DE RONALDO: O PRENÚNCIO DE UMA POESIA ...........................................52

4.1. O poema, o poeta e a constelação concretista ......................................................................52

4.2. “ro” e os primeiros passos do poeta na ruptura com o verso.............................................57

5. “VELOCIDADE” E OUTROS POEMAS DA “FASE MATEMÁTICA”: A PROFUSÃO

“VERBIVOCOVISUAL” ......................................................................................................65

5.1. Dos primeiros passos com “ro” ao texto emblema do movimento.....................................65

5.2. O poema “velocidade”: “móbile verbal-geométrico”..........................................................72

6. O SALTO PARTICIPANTE E O POEMA SEMIÓTICO DA DÉCADA DE 1960 ........82

6.1. Portões abrem para a poesia participante............................................................................82

6.2. “labor torpor”: a poesia como jogo de linguagens..............................................................90

7. “MULHER DE PÉROLAS” E “CÉU MAR”: NA FRONTEIRA ENTRE A POESIA E

AS ARTES VISUAIS .............................................................................................................96

7.1. De pérola em pérola... a catapora..........................................................................................96

7.2. “céu mar”: nos limites entre a poesia e as artes visuais....................................................101

8. ANOS 1980: “ENQUANTO DUROU”: VISUALIZAÇÃO DO EFÊMERO .................105

9. “NOITENOITENOITE”: TRÊS NOITES, TRÊS TEMPOS, TRÊS DIMENSÕES DA

OBRA DO POETA...............................................................................................................109

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................119

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...............................................................................127

11.1. Relativas à obra de Ronaldo Azeredo.................................................................................127

11.2. Relativas ao restante do material consultado ....................................................................129

APÊNDICE ......................................................................135

http://www.ufes.br/ppgl/pdf/Marli_Aparecida_de_Siqueira_Batista_Leite.pdf

"Poesia de pedra bruta, pedra pura, pedra prima?" Augusto de Campos

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