Era uma vez...Eu! Cap.12
_Bruna,suba e se arrume,agora.
Olhei para a minha mãe que estava visivelmente irritada,puxei uma cadeira e me sentei.
_Você não está me ouvindo ?
A encarei e mentalmente contei até 3.
_Sim,mãe eu estou,mas vou permanecer como estou,esta casa também é minha se alguém estiver incomodado que se retire.
Ela pareceu pensar um pouco e após meu pai repousar sua mão sobre a dela,ela deu de ombros.
_Então,a o menos comporte-se.
_Eu sempre me comporto.
Ela parou de me encarar e voltar a dar atenção para a mãe do idiota.
O café da manhã foi bem chato,e eu estava me sentindo péssima,sendo a única ali desarrumada.A o que se faz,a o que se paga.
Logo terminado o café,minha mãe me olhou com uma cara estranha e vi que todos me olhavam como se previssem algo,algo que só eu ou não sabia ou não tinha notado.
Ouvi minha mãe limpando a garganta atraindo minha atenção para ela.
_Bruna,estivemos conversando sobre o seu comportamento de ultimamente e achamos que você ainda tem chance de mudar.
Me senti traída,como assim eles todos,estiveram falando de mim.
Minha mãe continuo falando,sem se importar com a minha reação.
_Acreditamos que com ajuda,talvez você se torne uma garota melhor,mas calma e menos agressiva.
_Onde você quer chegar.
Falei já irritada.E mais irritada ainda por meu pai,não dizer nada.
_Bem,o Carlos vai te ajudar,já que ele estuda na mesma escola,ele concordou que ficara de olho em você para garantir,que você não apronte,mais uma das suas.
Eu não podia acreditar no que estava ouvindo e me levantei fazendo com que a cadeira que estava sentada fosse direto no chão.
_Isso não é justo,eu não gosto desse garoto e muito o menos o quero me vigiando.
Minha mãe também se levantou.
_Justo ou não, você deveria agradece-lo por nos propor esta ideia.
Eu estava xingando-o muito mentalmente.Comecei a rir sarcástica.
_Agradecer ?,agradecer por infernizar mais a minha vida ?
Meu pai também se levantou e parecia transtornado,eu podia até não me importar com a minha mãe,mas com o meu pai o negocio era diferente.
_Não agradecer,por ele não permitir que eu ti mandasse para um colégio interno ainda esta semana.Era sobre isso que estávamos falando antes de você chegar,mas ele me fez ti dar mais uma chance.Portanto abaixe esse tom,levante esta cadeira e volte para o seu quarto agora mesmo.
Me sentindo mais humilhada do que nunca,fiz exatamente o que ele mandou.Subi rapidamente e me joguei na cama,chorando.
Não muito tempo depois senti uma mão em meu ombro e me afastei rapidamente,já me virando.Era a Madá.
_Desculpa se ti assustei.
_Tudo bem.O que você quer ?
Ela me olhou meio sem jeito e se sentou a o meu lado,segurando minha mão de leve,como se quisesse me passar apoio.
_Olha eu sei que você esta,com raiva e chateada,mas quando seus pais começaram a falar de colégio interno,o Carlos e eu logo achamos um exagero,eu não disse nada,pois sou meio medrosa,mais o Carlos não...ele começou a dizer que você merecia uma segunda chance e que ele iria ti ajudar e seu pai lhe deu um voto de confiança.
Olhei para aquela menina tímida e a abracei.Eu estava até agradecida pela a atitude do Carlos,mas ele saber disso já é outra história.
_De qualquer forma,obrigada Madá,só espero que seu irmão não leve isso muito a sério.
Ela me olhou com uma cara engraçada.
_Quanto a isso,eu já estou com pena de você...ele me contou que vocês começaram meio que uma guerrinha.
Sorri para ela e ela sorriu de volta,mesmo sendo diferente de mim,eu me sentia em paz em sua companhia.
No dia seguinte eu estava no meu quarto deitada,olhando para o teto e pensando no Carlos,na verdade em o quanto ele iria me encher na escola e provavelmente ficaria me ameaçando,pois querendo ou não,agora ele é o queridinho dos meus pais,não só ele como a Madá era a queridinha da minha mãe,a filha perfeita,delicada e educada.
Estava ainda perdida em meus pensamentos,quando escutei baterem na porta,gritei um entre e para minha surpresa o idiota do Carlos a abriu e ficou me encarando maliciosamente ainda da porta,só então lembrei que estava só de top e um short muito curto.
Levantei rapidamente e me enrolei no meu roupão que estava ali perto.
_O que você esta fazendo aqui ?
Ele jogou sua mochila em cima da minha cama.
_Bom dia pra você também e de nada quanto eu ter te livrado de um colégio interno.
O encarei seriamente.
_Não te pedi para me ajudar em nada e talvez o colégio interno fosse até legal.
_Anrran...sei que no fundo você esta agradecida,de qualquer forma,ai esta a matéria que você perdeu,seu pai pediu para que eu trouxesse.
Olhei para a mochila e o olhei de volta.
_Pois pode levar de volta,que eu não vou fazer é nada.
_Se eu fosse você faria o que ele mandou,seu pai parece estar no limite com você.
_Mas acontece que você não é eu e isso não é da sua conta,passar bem.
Peguei a mochila e taquei em cima dele que a agarrou facilmente,em seguida comecei a empurra-lo em direção a porta,empurra inutilmente pois ele mal se movia e ainda por cima ficava rindo da minha tentativa falha.
_Esse é o melhor que você consegue fazer ?
Ele perguntou rindo ainda mais,me senti desafiada e ergui uma das mãos para bater nele,mas ele foi mais rápido a segurando ainda no ar e deixando a mochila cair no chão,a os nossos pés.
Antes que pudesse perceber o que estava acontecendo ele me virou me imprensando na porta,seus olhos estavam olhando dos meus olhos para a minha boca e eu queria dizer algo,mais esqueci como se fala.Ele notando que eu não me movia sorriu um sorriso besta e se aproximou selando nossos lábios,o beijo começou calmo mais logo foi se aprofundando,minhas mãos já estavam em seus cabelos puxando-o para mais perto e com uma de suas mãos ele já havia aberto o meu roupão,mas a o invés de parar,eu apenas me entreguei e o beijo ou amasso,só parou,quando o ar se fez necessário.
Finalmente lembrando de onde estava,como estava e quem era aquele ser de boca maravilhosa,com um beijo perfeito,mas que eu odiava,foi que me afastei dele.
_Saia daqui agora e esqueça o que aconteceu.
Ele me olhou meio chocado,mas logo recuperou a pose novamente e pegou a mochila ainda me encarando.
_Falar é fácil,mas nós dois sabemos que isso não será possivel.
E finalmente ele saiu batendo a porta.
Me joguei sentada no chão e levei uma das mãos a boca sussurrando "o que,que eu fiz ?''