A Borboleta e a Chama…

Na escuridão da noite,

U'a borboleta voava

Na direção duma luz

Que a deixou maravilhada!

A borboleta girava

Em torno daquela luz…

Mera chama d'uma vela

Que à ingênua… seduz!

Procurava fascinada

Descobrir o que era aquilo!

Quis na luz pousar de vez,

E apossar-se de seu brilho!

Da encantadora chama,

Mais juntinho ela ficou

E dessa forte atração

As suas asas queimou!

Vendo as asas chamuscadas,

Desconfiada, exclamou:

—Mas o que é isso! O que é isso!

Quem tal dano me causou?

Ai! ai! Eu não acredito

Que possa tão bela luz

Causar-me tal malefício!

Ah! Vou pousar nessa luz…!

E foi o que ela fez!

Voraz, teimosa e insistente,

Pousou em cima da chama

Da vela de cera ardente.

E tombou toda queimada,

Agonizando no prato

Que continha a vela acesa.

Chegou a morrer, de fato!

— Mas que borboleta tonta!,

Llogo comentou a chama!

Tão cega ao me desejar,

Não viu que sou uma chama…?!

E quem de mim se aproxima

Sem a devida cautela,

Infeliz, se queima e morre,

Como aconteceu com ela!

Desejosa pela chama…

A borboleta morreu.

Foi vítima da ganância…

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NOTA: Adaptação do Clássico Infantil: Da Vinci das crianças-

Histórias de Leonardo da Vinci, em versos heptassílabos.

quartzo rosa
Enviado por quartzo rosa em 11/01/2013
Reeditado em 11/06/2014
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