A Paciência da Lagarta
Na folha de uma videira,
Em sua vida de larva,
Vivia cercada de insetos…,
Uma pequena lagarta.
Alvoroçados, corriam,
Saltavam; outros voavam
De flor a flor, fruto a fruto…
—Felizes, todos brincavam!
E na folha da videira,
A lagarta se arrastava.
Com lentidão se movia,
Pois não corria, nem voava!
A pequena criatura
Começou a entender
Que era 'inda uma larva…
E precisava crescer.
Para dar sentido à vida,
A lagarta precisava
Tecer com fios… um casulo,
Que lhe serviria de casa
Com precisa habilidade,
Foi tecendo fio a fio,
Um lugar pra se guardar
—O seu casulo macio!
—Agora, vou esperar!
Preciso ter paciência…
Guardar-me-ei no casulo…
Chegará outra existência…
Assim fez e assim viveu!
Começara a perceber
Que deixara de ser larva,
Para borboleta ser!
Viu-se então com belas asas,
Plenas de cores brilhantes…
—Transformou-se em borboleta,
Aquela lagarta d'antes!
NOTA: Adaptação do Clássico Infantil: Da Vinci das crianças-
Histórias de Leonardo da Vinci, em versos heptassílabos.