[Original] We Are Young - Capítulo 12 - Parte 1

Capítulo 12 - Me conte sobre a sua vida. – Parte 1

- Lennon. – Ouvi uma voz insistente me chamar. Abri os olhos e Lucas estava me fitando com a cara mais assustada do mundo. – Levanta! Eles estão chegando!

- Bah! Eles quem?? – Sentei-me no sofá.

- Nossa família!

- Ah não... – Me joguei pra trás, afundando-me no estofado macio. –

Puta que pariu!!

- É eu sei. – Eu fitei meu irmão por alguns minutos. – Tu tá de cara comigo, mas, enquanto a vó estiver aqui vamos fingir ser uma família normal?

- Quando tu diz família... – Eu avistei a porta e vi a última pessoa que eu queria ver. – Ah, claro.

- É só até sua vó ir embora. Seu irmão fez o favor de dizer que você namorava e me pôs na linha pra falar com tua prima. E eu também preciso pegar minhas roupas.

- Que prima?

- Jaqueline. – Respondeu Lucas. – Vai te arrumar. Logo eles chegam.

- Quem vai vir?

- A vó, Jaqueline, tio Marcio e tia Brida.

- Só os mais bacanas. – Murmurei num deboche ácido. Subi as escadas pra ir ao meu quarto. Primeiro escovei os dentes, tentei arrumar o cabelo, mas não deu muito certo, depois troquei de roupa e quando estava saindo do quarto, Isabel apareceu.

Ela entrou, fechou a porta e me olhou, apreensiva.

- Abre a porta. – Pedi.

- Não vou abrir. A gente precisa conversar.

- Isabel eu não quero conversar contigo. E também agora não é hora.

- Não é hora mesmo de conversar, agora eu quero é te beijar.

E não deu tempo de fazê-la parar. Isabel me grudou na parede e capturou meus lábios com possessão. Minha mão, por hábito, foi direto à sua cintura. E aos beijos, nós fomos pra minha cama. Não era justo, mas Isabel sabia os meus pontos fracos e se aproveitava disso, do desejo e do amor que eu sinto por ela. Eu beijava seu pescoço, sentia seu cheiro querendo guarda-lo pra sempre em mim. Era tão boa a nossa compatibilidade.

Ela me olhou com os olhos ardendo em desejo, à boca meio aberta e os lábios inchados, a respiração rápida. A visão que eu tinha dela só a tornava ainda mais sensual.

- Eu não consigo ficar sem você, Lennon.

Eu queria dizer tantas coisas a ela. Só que eu não diria nada... Não é a hora. Beijei-a novamente. Toquei seus cabelos, alisei sua pele. Eu jamais me esqueceria dela.

- Temos que descer.

Ela saiu de cima de mim com um ar meio cabisbaixo, mas não disse nada em relação a minha recaída.

Quando chegamos na sala, minha família já estava lá. Entrelacei a mão de Isabel a minha e dei meu melhor sorriso a eles.

- Bom dia! - Os quatro me olharam no mesmo instante.

- Lennon. – Minha avó murmurou com um pouco de surpresa. Ela estava sentada ao lado de Lucas no sofá.

- Oi, vó. - Acenei pra ela com a cabeça. – Tio Marcio, tia Brida, Jaqueline. Essa é a minha namorada, Isabel.

E ela, que como todos sabem, tem um dom maravilhoso pra encenação, os cumprimentou com um sorriso gentil.

- É um prazer conhece-los!

É, e que dom.

- Igualmente. – A primeira a se pronunciar fora minha avó. - Da última vez que tivemos notícias suas tu estava noivo.

- É. Pra tu ver como o tempo passa rápido. Como vocês estão?

- Não muito bem. – Respondeu Jaqueline. Ela ainda continuava a mesma guria de antes. Loira, muito branca e um olhar de sofrimento. Eu gostava dela. Era uma das poucas primas com que eu me dava bem.

- Estamos indo bem. – Meus tios murmuraram em conjunto. Eles observavam a decoração da minha casa com certo espanto. É claro que eles esperavam que eu tivesse vivendo na merda. Como foi mesmo que disseram quando Lucas não quis morar com minha avó? “Tu vai fazer teu irmão passar fome”. Ah, sim.

- Eu não estou bem, Lennon. – Eu estudei minha avó com cautela. Ela parecia mesmo que não estava bem. Porém, essa notícia não teve um grande impacto em mim.

Isabel e eu nos sentamos nos sentamos no sofá de dois assentos.

- E onde eu entro nisso?

Meu irmão baixou a cabeça. Lucas sempre ficava um pouco chateado quando eu respondia a nossa avó dessa forma.

- Sua mãe faleceu e a parte dela na minha herança pertence a vocês dois. Eu não tenho muito tempo de vida. Preciso que tu assines alguns...

Eu nem a deixei terminar o que ia dizer.

- Não quero fazer parte do seu testamento.

- Lennon! – Meu tio exclamou. Eu o fitei com o cenho franzido. – Será que dá pra tu não ser egoísta uma vez em tua vida?

- Olha quem fala de egoísmo. E tio imagino que a sua pressa para eu assinar esses papéis, seja pelo simples fato do seu medo em passar fome, não é? Afinal, desde sempre viveu na barra da própria mãe.

- Ora moleque atrevido... – O velho ameaçou vir até mim, mas Brida o segurou. – É igual a mãe quando nova. Respondão e insolente.

- Graças a Deus que eu puxei a minha mãe.

- Tu é cópia do seu pai. – Minha avó disse friamente. Como era em todas as vezes que falava de meu pai. – É de dar nojo.

Agora sim ela está sendo verdadeira.

- Um dos maiores orgulhos da minha vida. – Dei uma risada em provocação. - A senhora sabe.

- Bah! – Exclamou, em reprovação. – Não seja ridículo.

- Mais ridícula que a visita de vocês em minha casa, é impossível.

Isabel, que até então estava calada, apenas observando a conversa. Levantou-se e saiu me puxando até a cozinha.

- O que foi? – Perguntei a ela, que me olhava, transtornada.

- Eu sei que isso não é da minha conta, que a discussão de vocês é familiar, mas eu devo concordar com teu tio. Você está sendo egoísta.

Eu não esperava ouvir isso dela.

- Tu achas mesmo que pode dizer isso pra mim?

Isabel pôs a mão na cintura, braba.

- Sim, eu posso dizer. Não é tu, Lennon, é o Lucas. Se você é incapaz de aceitar assinar esses papéis por você, assine pelo seu irmão.

Respirei fundo, eu estava nervoso, e Isabel me repreendendo não ajudava.

- Olha como ele fica... – Ela continuou. – É evidente que Lucas odeia essas brigas. Pense no seu irmão.

- Eu não acredito que vou levar o que tu estás dizendo em conta.

- Vai. Porque você sabe que eu estou certa. – Disse convencida. Eu revirei os olhos pra ela, que me roubou um selinho. – Para, não vem com essa... – outro selinho. Que guria impossível! – Isabel, eu to com raiva de ti. Muita. Tu mentiste sobre a sua mãe. – Isabel pôs a mão em meu cabelo e me sentou na mesa da cozinha a força.

- Fica quietinho, fica.

- Não. – Ela mordeu meu lábio e o puxou com força. Eu não gostava quando ela fazia isso, pois me arrepiava por inteiro. Grudei eu corpo com mais vontade e a encaixei sob minhas pernas. A maldita paulista havia conseguido mudar a atmosfera do momento. Bufei brabo comigo mesmo ao perceber que eu estava correspondendo ao joguinho dela. O que era basicamente me fazer assinar os papéis usando seu poder sexual poderoso contra mim. A coisa esquentava rapidamente e quando eu toquei sua barriga ela se afastou.

- Vai lá.

- Tu é muito cruel.

Suspirei bem alto antes de voltar à sala. Assuntos familiares... Há algo mais entediante?

Isabel Longhi

Depois de ter arrumado minhas roupas em uma mala eu voltei pra sala com a conclusão de que na família do Lennon, todos tinham uma aversão por ele pelo fato dele ser a cópia do pai. Só que conversando mais à fundo com Lucas (aproveitando o momento em que Lennon levou a família até o portão) ele revelou que o pai deles era odiado na família Marquez pela história com sua mãe. Segundo seu relato, o Fernando tinha acabado com toda a vida da mãe. Eles se conheceram jovens, e Cristina, engravidara cedo e também fora abandonada muito cedo. Eu via nos olhos de Lucas um grande rancor do pai. Como se ele o culpasse pela morte da mãe.

Quando Lennon voltou, estava sério, muito sério.

- A gente precisa conversar.

[...]

- É errado o que tu fez. – Ele disse, iniciando o que seria uma longa conversa. – E...

- Você não sabe os meus motivos. – Rebati, na mesma hora.

Eu estava no quarto dele, sentada em sua cama e o observando com cautela. Estou me sentindo em um julgamento.

- Independente de quais sejam os seus motivos, Isabel. – Murmurou, ríspido. E o olhar que me lançara fez todos os pelos da minha nuca se arrepiarem. – E não adianta tu apoiar essa ideia de eu assinar os papéis da herança.

Lennon deu um sorrisinho sarcástico.

- Você não esta pensando que eu... – Meu queixo caiu na mesma hora. – VOCÊ ESTÁ ACHANDO QUE EU QUERO A MERDA DO SEU DINHEIRO????????? TÁ ACHANDO QUE EU SOU ALGUM TIPO DE INTERESSEIRA BARATA???????? SE EU QUISESSE DINHEIRO, EU ME ENVOLVIA COM JOGADOR DE FUTEBOL! ALGUÉM QUE TENHA BEM MAIS DINHEIRO QUE VOCÊ.

Eu tremia de tanta raiva e desgosto. Ele podia pensar o que fosse de mim, mas me chamar de interesseira? Não. Isso já é demais.

- TU ACHA MESMO QUE ESTÁ PODENDO AUMENTAR O TOM DE VOZ COMIGO, GURIA? – Odeio quando ele me chama de “guria” é sexy demais. E me desarma.

Respirei fundo e fiquei de pé. E Lennon que estava sentado em uma cadeira branca, se levantou também.

- DEPOIS DO QUE TU FEZ, SABE ONDE TU DEVERIA ESTAR? NA SUA CASA EM SÃO PAULO! CUIDANDO DA TUA MÃE E NÃO VIVENDO NA CASA DE SEU EX-NAMORADINHO. MAS TUDO BEM!! – Ele ergueu as mãos para o alto, como se dissesse “tanto faz”. – QUEM NÃO SABE O VALOR DE UMA MÃE, FAZ ISSO MESMO. EU SÓ FUI DAR VALOR A MINHA QUANDO A VI ADOECENDO NUMA CAMA!

Era um apontar de dedos contra mãos gesticulando incansavelmente.

Eu nunca imaginei que ouvir aquilo doeria tanto em mim. Ele acha que eu deixei a minha mãe doente em São Paulo, quando na verdade, eu saí de casa na intenção de eu mesma não morrer por culpa dela. A gente só entende a situação dos outros quando vive isso de perto.

- VOCÊ SABE O QUE É TER UMA MÃE QUE PREFERE UM VAGABUNDO QUALQUER À PRÓPRIA FILHA? – Lennon não respondeu. – PROVAVELMENTE NÃO, PORQUE A SUA MÃE ERA 100% VOCÊ E SEU IRMÃO. A MINHA, LENNON NÃO! QUANDO EU PERDI MEU PAI, A PRIMEIRA COISA QUE ELA FEZ FOI COLOCAR UM VAGABUNDO DENTRO DE CASA, UM QUE ME TRATAVA COMO SE EU FOSSE EMPREGADA! – Eu me forcei a respirar. Já estava me sentindo tonta diante de toda aquela adrenalina que era brigar com Lennon.

- O que aconteceu com o seu pai? – Ele perguntou, mas em um tom que não demonstrava se estava arrependido do que me dissera.

- Morreu em um acidente. – E pronto, bastava eu falar de meu pai que eu já começava a chorar. Fitei Lennon e ele estava num dilema interior, mas bastante visível em seus olhos azuis. Ele queria me perdoar, mas o orgulho não o deixaria fazer isso. – Foi a pior coisa que poderia ter me acontecido. Eu amava demais meu pai. Em vida ele foi a melhor pessoa que conheci.

- Minha mãe também. – Os olhos dele estavam brilhando, ele estava angustiado, magoado. E a culpa disso tudo era minha. – A gente tem sempre esse ideal de que pai e mãe serão pra sempre, mas não é assim que a vida funciona. Eu aprendi tudo o que eu tive que aprender quando eu vi a minha mãe lá morrendo aos poucos. E sem dúvidas, era uma mulher que tinha tanta vida.

Limpei com as costas das lágrimas que embaçavam meus olhos. Nos sentamos lado a lado. Não íamos mais brigar, eu acho.

- Meu pai também. Lembro que no dia do acidente ele saiu dizendo “Bel, quando eu voltar, você vai entrar na academia comigo!” – Meus olhos voltaram a transbordar lágrima. Lennon tocou minha mão. – Ai eu perguntei pra ele: “Mas pai, porque eu?” ele sorriu pra mim, aquele sorriso de pura tranquilidade e continuou a falar: “ah, eu vou precisar de um incentivo familiar.” Baixei a cabeça fazendo meus cabelos tamparem meu rosto. Eu estava contando a minha vida ao homem que eu amo e até pouco tempo me julgava sem nem saber a minha história. Uma dor aguda e tão conhecida tomou conta de mim. É doloroso demais falar da minha vida.

- Quando minha mãe contou que estava doente e que não tinha cura eu quebrei o meu quarto inteirinho. Não me pergunte o porquê fiz isso, eu precisava tirar aquele ódio de mim de algum jeito.

- A culpa não era sua. – Apertei sua mão. Eu sabia que ele estava vulnerável e era o momento que eu tinha que aproveitar.

Gentilmente, ele tirou sua mão de meu aperto. Merda.

- Eu sei. Mas naquela época eu tive a impressão de que não a valorizei. Eu era novo demais... Inconsequente demais.

Lennon parecia tão mais jovem dizendo essas palavras.

- Eu entendo a sua dor mais do que você pensa. – Murmurei, o fitando com intensidade. – Só que eu não menti na intenção de brincar contigo. Menti porque era necessário. E no dia que você me perguntou sobre meus pais eu senti uma necessidade absurda de contar à vida que eu queria ter, não a vida que eu tinha em SP. Foi ridículo, eu sei, e não justifica tudo o que eu fiz.

- Sua mãe mesmo com tudo isso deve te amar.

- Sim, eu acho que sim. Mas não quero mais viver com ela, não dá mais.

- Eu queria poder ter a minha mãe comigo. – Nos olhamos por um momento, eu toquei seu rosto e ele relaxou diante do meu toque. Eu rezava pra ele perdoar a minha mentira. Lennon segurou minha mão e beijou a ponta dos meus dedos.

- Eu queria poder ter a minha família de antes. Mas acho que se eu tivesse tudo isso, eu não teria conhecido você.

Com minha mão livre, toquei os lábios dele. Eu sabia que ele estava quase vulnerável.

- Isabel...

- Oi. – Ele suspirou, se afastando.

- Tu não me dá tempo pra pensar. – Se eu der tempo pra ele pensar, vamos acabar terminando definitivamente. – Tu provocou e acendeu tanta coisa em mim, guria. – O olhar que recebi dele fora caloroso, mas distante. – Só que... – Balançou a cabeça, em negação. – Desde que eu me apaixonei por ti eu fui totalmente contra mim porque eu queria acreditar que eu estava errado, mesmo que a minha intuição dissesse o contrário. E quando eu ouvi aquelas palavras de sua mãe, tão... – Eu tentei controlar a tremedeira que daria início a minha crise de choro. – Tão carregadas de desprezo, eu pensei: O que leva uma pessoa a sair do conforto de seu lar pra viver em um lugar totalmente desconhecido?

Não era uma pergunta retórica, mas eu decidi falar.

- A aventura. – Sorri mesmo me sentindo tão triste. A partir do momento em que soube da morte de sua mãe, eu sabia que a minha mentira o magoaria. – A emoção em conhecer novas pessoas. Só que eu não esperava me apaixonar por você da forma que eu me apaixonei. Quando eu conheci a sua pequena família eu quis fazer parte dela. E eu me senti parte. – Embalada por tantas lembranças de minha vida em São Paulo, senti uma pequena lágrima descer por minha bochecha. – E fazia tempo que eu não me sentia parte de uma família. Por isso que eu me apeguei tanto a vocês. Ao seu irmão. Eu vejo o Lucas como...

- Como um filho. – Lennon completou, sorrindo. Seus olhos claros brilhavam. Ele estava segurando suas emoções. E pela primeira vez eu quis que ele chorasse comigo, chorasse por sua mãe, pela nossa história iniciada de maneira intensa e que está sendo finalizada da mesma forma. Que chorasse por mim, e pela desgraça que é o destino quando se trata de casais complicados como nós. – Ele te ama muito. Talvez ele te veja como uma figura materna.

- E você a paterna.

- E pais se separam. – Ele disse, dando um meio sorriso. Engoli seco, depois balancei a cabeça. Aquela resposta tinha doído muito em mim.

Não teria conversa. Eu sabia. E não adiantava eu falar ou rebater. Ele queria que eu partisse. E por algum motivo de força maior, eu partiria.

Lennon M. Dias

Em casa, sozinho, eu desejei com a maior força do mundo que tudo voltasse a ser como era antes. Antes de Isabel aparecer, antes de eu me apaixonar por ela. Antes, bem antes de minha vida dar uma girada de 160º. Antes, apenas antes.

Forcei-me a ver a situação pelo lado racional, e não o emocional. Tá certo, eu preciso dela, mas será que vou conseguir deixar tudo pra trás? Eu sou o cara mais rancoroso que eu conheço. O que seria do meu futuro com ela? Eram muitas perguntas e poucas respostas.

Não houve uma despedida, mas sim, uma finalização de relacionamento.

Não sei, não dá pra entender porque as coisas acontecem dessa forma. Quando tudo parece bem vem à vida e testa a sua força pra saber se você vai ter resposta pra algumas das várias perguntas ela faz. Uma delas é: E aí? Vai passar por esse obstáculo ou ficar choramingando como se suas dores fossem as piores do mundo?

E eu não ficaria choramingando. Eu farei o que qualquer pessoa com o mínimo de juízo faria: eu vou seguir em frente.

Era bem tarde quando Lucas entrou em casa e me encontrou sentado no sofá.

- Ela vai embora... – Ele disse num tom levemente choroso. Eu o olhei. – Não é?

- É.

- E tu não vai fazer nada pra impedir?

- Enquanto eu achar que o melhor é ela ir embora, não. E... – Dei dois tapas leves em suas costas. – Um dia tu vai saber como eu estou me sentindo e talvez entenda que não é fácil. Amor é muito bom, bonito, tema de vários livros, mas só amor não basta. Se bastasse, pode ter certeza de que seriamos as pessoas mais felizes do mundo.

- Tudo bem. - Essa foi a primeira vez que meu irmão não contestou minhas palavras. – Mas tu sabes que ela vai voltar não é?

- Sei sim. A guria é endiabrada. – Nós rimos. – Até lá eu já vou poder resolver nossa história de um modo melhor.

- Tu esta mal né?

- A gente acostuma, Lucas. A gente acostuma.

Tamiris Vitória
Enviado por Tamiris Vitória em 29/12/2012
Reeditado em 15/11/2018
Código do texto: T4059014
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