HOMENAGEM A ELZA
 


Elza lavou muita roupa e tive um trabalhão para assessorar na colocação no varal.
Ela é meio incompleta, acho que deveria saber por roupa no varal e passar!

Não pense que sou metida a besta ou rica!
Paguei essa maravilhosa companheira em dez vezes.
Houve um tempo em que lavei roupa com sabão em pedra, quarei na grama ou no quarador e usava anil para as brancas.
-Ufa!Cansa só em lembrar!



Tive um desses tanquinhos e há quem diga que os rapazes tanquinhos são eficientes...
O meu só dava trabalho. Eu tinha que torcer, ou seja, eu terminava o que ele fazia de má vontade.
Fui fiel a ele, mas ele morreu...



Aí arrumei uma companheira reciclada, de segunda mão.
Só me deu dor de cabeça!Morreu também!
Quando ela morreu nem guardei luto.
Encomendei Elza
que tem programação para delicadas e é sutil e silenciosa enquanto trabalha.
Ela e eu e estamos muito bem até agora!
Exceto por observar que ela não é nada sem mim e eu nada sou sem ela.
De verdade? Queria que ela estendesse a roupa no varal, recolhesse,passasse bem passadinha e aproveitando a “mão na massa”, guardasse tudo!



Não se faz máquinas como as de antigamente!
Lembro-me que em 1990, sem Elza e sem o tal tanquinho eu dizia na escola:
“-A máquina de lavar lá de casa deu defeito!”
Então as amigas diziam: - Põe pra consertar, ué!
Aí eu ria e dizia:- Se ela for pra o conserto a turma fica sem aula!
♥♥♥

E ,aos 53 anos,
acha  que vou lavar
alguma roupa (sua) à mão?


Agora eu tenho a Elza!




Vídeo:Juventude Transviada

P.S.: Após relatos de minha cunhada, que chama a sua companheira de Alzira,
resolvi dar minha contribuição a essa geração que desconhece
batedor de roupa,quarador, anil e ferro à carvão...
INEZTEVES
Enviado por INEZTEVES em 01/12/2012
Reeditado em 01/12/2012
Código do texto: T4013947
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