Era uma vez...Eu! Cap.6

Nós cantamos cada um,uma única música,já que estava quase na hora de eles irem embora.

Madá cantou a música "Ciranda da bailarina-Versão Sandy"

*Procurando bem

Todo mundo tem pereba

Marca de bexiga ou vacina

E tem piriri, tem lombriga, tem ameba

Só a bailarina que não tem

E não tem coceira

Verruga nem frieira

Nem falta de maneira

Ela não tem

Futucando bem

Todo mundo tem piolho

Ou tem cheiro de creolina

Todo mundo tem um irmão meio zarolho

Só a bailarina que não tem

Nem unha encardida

Nem dente com comida

Nem casca de ferida

Ela não tem

Não livra ninguém

Todo mundo tem remela

Quando acorda às seis da matina

Teve escarlatina

Ou tem febre amarela

Só a bailarina que não tem

Medo de subir, gente

Medo de cair, gente

Medo de vertigem

Quem não tem

Confessando bem

Todo mundo faz pecado

Logo assim que a missa termina

Todo mundo tem um primeiro namorado

Só a bailarina que não tem

Sujo atrás da orelha

Bigode de groselha

Calcinha um pouco velha

Ela não tem

O padre também

Pode até ficar vermelho

Se o vento levanta a batina

Reparando bem, todo mundo tem pentelho*

Só a bailarina que não tem

Sala sem mobília

Goteira na vasilha

Problema na família

Quem não tem

Procurando bem

Todo mundo tem...*

Ela realmente arrasou ela tinha uma voz muito doce.Pudi sentir que ela cantava e a música representava seus pensamentos e sentimentos,então aparentemente ela era obrigada a ser a filha perfeita.

O próximo foi o imbacil do Carlor Ferreira,Kadu e que eu estava chamando de "kaduca" só ´para irrita-lo e sim estava funcionando,eu acho.Ela escolheu a música "Em Choque da Banda Cine".O que não me deixou nada surpresa.

*

Ladies and gentlemen, Cine

Break it Down!

Já passei de fase, hoje eu sou problema

Enquanto mil falam de mim, roubo a cena

Em choque, choque

Sei o que é bom, vai pra onde eu vou

Quando chego é festa, se liga aumenta o som

Se quer que eu pare, uooh

Querer é pouco demais

Se quer que eu fale, uooh-ho-ho

Eu vim te fazer dançar

Garotas gritam oh-oh-oh-oh-oh

E os caras pedem ma-ah-ah-ah-ais

Garotas gritam oh-oh-oh-oh-oh

E os caras pedem ma-ah-ah-ah-ais

Falam de mim mas elas passam mal,

Elas passam mal, elas passam mal

Falam de mim mas elas passam mal,

Elas passam mal, elas passam mal

Pare e pensa se valeu, por que ainda sou eu

Quem comanda e isso não vai mudar

Em choque, choque

Sei o que é bom, vai pra onde eu vou

Quando chego é festa, se liga aumenta o som

Se quer que eu pare, uooh

Querer é pouco demais

Se quer que eu fale, uooh

Eu vim te fazer dançar

Garotas gritam oh-oh-oh-oh-oh

E os caras pedem ma-ah-ah-ah-ais

Garotas gritam oh-oh-oh-oh-oh

E os caras pedem ma-ah-ah-ah-ais

E agora eu me levanto pra você

Embora aprenda tanto ainda falho ao dizer

O tempo passa e eu espero assim viver

Sem ter por que me arrepender

Desejo o mesmo a você

Eu vou te levar ao céus, pode guardar

O meu nome, o meu nome

Garotas gritam oh-oh-oh-oh-oh

E os caras pedem ma-ah-ah-ah-ais

Garotas gritam oh-oh-oh-oh-oh

E os caras pedem ma-ah-ah-ah-ais*

Pior que ele até que cantava bem,mais nada de muito excepcional,sem falar que a música era agitada.Minha vontade era bater nele por se achar tanto.

_E ai o que a trakinas meio-a-meio vai escolher ?

Ele me encarou esticando o microfone.

_Trakinas ? - o encarei já cruzando os braços -

_Gostou não ?...é perfeito já que na escola voce estava de um jeito e agora esta assim,bem nada haver,mais pelo menos sua personalidade não muda,né.

Ele terminou sorrindo,um sorriso de canto lindo,mas que eu estava com vontade de arrancar.

_O que eu faço ou deixo de fazer,não é da sua conta.

Ele ficou sério.

_Como se eu quisesse que fosse...criança.

Ele me chamou da mesma forma que na escola e isso só me dava mais raiva.

Eu comecei a andar na direção dele,mas me lembrei da minha mãe e suas exigências e não eu não deixaria de castigo por causa deste troço.

_Hoje passa,mas cuidado..nunca se sabe.

Ele sorriu sarcasticamente,se jogando em umas das poltronas.

_To com muito medo,mas canta logo e não me amola.

_Liga pra ele não Bruh,ele caiu do berço quando criança.

Madá tentou me afastar do idiota e me entregou o microfone.

_Ok...mas Madá o que você acha de se tornar filha única.

Ela apenas sorriu e sentou em um dos puf.

Tentei relaxar e comecei a procurar uma música que dissesse tudo que eu queria,mais não podia. Finalmente me deparei com a música perfeita "Por acaso - Lipstick".

*Era tudo diferente, tudo mudou

Realmente não entendo como aconteceu

Tudo estava tão bem, mas algo apareceu

Dois caminhos a escolher, uma resposta a dizer

Às vezes paro pra pensar nas coisas que eu sei

Que fizeram bem pra mim, aos outros eu não sei

Pois quando mais precisei com poucos pude contar

Só assim percebi; com poucos quero estar

Não entendo porque tava tudo tão bom mas não

Tem que se meter, entrar na minha vida

Se intrometer

Não entendo porque tava tudo tão bom mas não

Tem que se meter, entrar na minha vida

Se intrometer

Se intrometer

Não me arrependo de nada do que tenha feito

Não faria nada diferente

Nada é por acaso, tô melhor assim

Se pudesse voltar no tempo

Escolheria esse fim

Não entendo porque tava tudo tão bom mas não

Tem que se meter, entrar na minha vida

Se intrometer

Não entendo porque tava tudo tão bom mas não

Tem que se meter, entrar na minha vida

Se intrometer

Não entendo porque

Se intrometer

Não entendo porque*

A melodia era triste e conforme fui cantando,fui mergulhando em meus próprios sentimentos e esqueci que não estava sozinha,quando a música chegou no final junto com a guitarra eu gritei cada frase transbordando raiva e magoa:

"Não entendo porque tava tudo tão bom mas não

Tem que se meter, entrar na minha vida

Se intrometer

Não entendo porque

Se intrometer

Não entendo porque."

Cai sentada no chão chorando como uma idiota.Sim,eu era uma idiota por me permitir chorar na frente da Madá e do idiota do Carlos.

Senti braços fortes me envolverem e me senti desabar mais e mais para dentro de mim mesma.

_Tudo bem...pode chorar.

Como se saísse de um transe,ergui minha cabeça e me deparei com olhos escuros e preocupados do Carlos.

Me afastei dele rapidamente,me levantei e sequei as lágrimas.

_Ei relaxa...eu só estava ti dando um apoio.

_Mas acontece que eu não preciso de apoio.

Minha vontade era correr para o meu quarto e foi isso que eu fiz,que se dane a minha mãe,eles,os pais deles,o mundo.

Entrei no meu quarto,tranquei a porta,tirei o vestido ficando só de calcinha e sutiã.Olhei para a tesoura em cima da minha comoda e não pensei duas vezes.Comecei a corta-lo em pedaços,puxando,rasgando e o estragando o máximo possivel,aquilo estava aliviando a angustia que estava dentro de mim.

Após me sentir mais calma liguei o rádio para abafar qualquer barulho e me joguei na cama para dormir.

Debora Costa
Enviado por Debora Costa em 17/11/2012
Reeditado em 17/11/2012
Código do texto: T3989952
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