Aposta: Livro 1 Conhecimento. Capitulo 5
fiz esse cap escutando a música A Thousand Years= Christina Perri. ñ tm nada haver com a cap, mas é só pelo fato de ser triste. se quiserem escutar a música enquanto estão lendo... isso é por vocês. boa leitura.
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Quando acordei eu estava no hospital, vi Hino dormindo em um sofá e minha mãe na porta conversando baixo com uma enfermeira. Os cabelos louro escuros de minha mãe estavam bagunçados e amarados em um coque no meio da cabeça, usava um vestido florido, meio amarotado e rasteirinhas azuis.
-Mamãe – chamei – e o vovô? – perguntei logo
Ela olhou para trás e sorriu aliviada.
- finalmente querida. – então seu rosto ficou com uma expressão estranha, parecia mais triste.
Por dentro senti que meu mundo desmoronava. Sai da cama e puxei as agulhas de soro, jogando elas em cima da cama, doeu mas eu sentia meu coração doer mais. Mamãe pegou meu braço e começou a chorar.
- seu vô esta no quarto andar, ele não esta muito bem, ainda tem um pouco de consciência e esta chamando você.
-em que quarto ele esta?
- esta no 548. Filha...?
Ela me chamo mas eu já estava saindo dali, passei pela enfermeira, mas minha mãe fez ela não me parar e então agradeci e já fui para o elevador, minhas pernas ainda doíam. Antes de eu entra no elevador Hino pegou meu braço e me ajudou a ficar de pé, eu estava quase caindo.
- Você não tem jeito, ainda vai morre sabia? – ele disse.
- Por que ainda esta aqui?
- por que fui eu que te trousse mal educada.
- Como você sabia que eu estava lá? – ele intendeu minha pergunta.
- Eu segui você até lá. – ele disse abaixando a cabeça.
- por que?
O elevador abriu e ele passou o braço na minha cintura e me ajudou a caminhar. O quarto era no fim do corredor.
- Por que senti uma coisa ruim vindo de você.
- com certeza era raiva- resmunguei.
-não, não era isso. Eu olhei o sol e vi que tinha um arco-íris, isso indica serpente. – estreitei olhos não entendendo nada. – e sempre que eu acho uma serpente alguém morre, as vezes quando vejo esse arco-íris e não morre ninguém alguma serpente me ataca. Mas eu sei os venenos e antídotos, então ainda estou vivo.
- hum. Obrigada de qualquer jeito.
- quando eu vi o arco-íris –ele continuou como se eu não tivesse falado nada. – você chegou, então eu sabia que era algo com você. Logo depois que você saiu eu vi uma serpente se arrastando ali perto e como ela não me ataco tive mais certeza que era com você. Então eu te segui.
Nossa! Caiu meu queixo.
-obrigada. Mas você sabe por que o mestre estava lá?
- Eu ouvi um pouco a conversa e depois o mestre me disse o resto. Parece que eles iam fazer uma reunião, por que já sabiam que Marty estava avim de atacar nossa cidade. Pareceu que estão planejando uma guerra entre cidades e como sabem que a nossa é forte por causa de seu avô logo iam manda alguém para mata-lo, você lembra que o mestre havia dito que ele tivera uma reunião com seu avô? – concordei com a cabeça, estávamos quase lá no quarto – pois é, era o começo do planejamento de guerra. Vai acontecer agora uma guerra entre o estado. Seu Tio já esta se preparando para assumir. Eles não tem tempo de fazer toda aquela festa para comemorar, ele já esta planejando junto com todo com o pelotão do seu pai – esqueci de dizer, meu pai, Hugo, ele era general do pelotão de elite – então literalmente já estamos em guerra o primeiro passo foi dado, seu avô logo vai morre.
Engoli o choro. Parei na frente do quarto e entrei.
-espera aqui fora, esta bem.
Ele nem entro, sento ali no chão perto da porta. Só dei uma olhada nele, vou retirar tudo o que já pensei dele, mesmo sendo arrogante ele me ajudou. E não tinha sofrido nenhum arranham pelo que percebi, pelo jeito ele nem lutou, o mestre havia chegado assim que ele entrara. Fechei a porta quando entrei e as lágrimas já caiam em torrentes, vovô estava quase morto, eu senti nos ossos a fraqueza dele, a respiração muito fraca, e os batimentos eu quase podia ouvir, e não eram muitas.
Me aproximei e deitei a cabeça em seu peito, chorando e soluçando. Senti a mão dele pousar na minha cabeça e abri os olhos. Ele me encarava com aqueles olhos castanhos iguais aos meus. Chorei mais, mal via ele com tantas lágrimas embasando minha visão.
-não chora minha pequena, você é uma guerreira, e jamais deve chorar por isso. você é nova e ainda vai ver muitas mortes, terá que aguentar firme – ele dizia com dificuldade e se afogou um pouco, cuspiu em um potinho, pelo que pude ver era vermelho, então devia ser sangue. Chorei mais forte ainda. – você esta sangrando minha pequena guerreira – ele disse.
Vovô passou a mão pesada em cima do meu braço, lembrei que havia arrancado a agulhas, nem tinha percebido que estava sangrando. Mas ele colocou o dedo em cima para tentar parar e começou a chorar comigo.
- sei que não estarei mais aqui para fazer você para de sangrar, mas quero que fique com isso para te proteger – com a outra mão ele pegou o colar com um puxão firme ele arrancou do seu pescoço. – quero que o guarde como herança de família, só de esse colar para alguém que você queira proteger, me entendeu minha pequena guerreira? – ele mal tinha voz enquanto falava, eu tive que chegar perto para ouvi as ultimas palavras dele – quero que você se proteja minha pequena guerreira, não deixe nada te abalar. Eu sei que ai dentro te um fogo que nunca ira se apagar, você me orgulha desde que nasceu, pequena, se cuide por mim.
Senti a respiração falhar me segurei para não soluçar, eu chorava em silêncio.
-não deixe nossa cidade ficar triste, você já deve saber por que, então quero que lute com força. E projeta seus pessoas queridas. – senti minhas lágrimas mais quentes e vindo com mais força.
- vovô, você ainda estará aqui para vencer a guerra, não me deixe aqui sozinha – ele era o único com quem eu contava, ele sabia de tudo, nem minha mãe sabia de tudo que eu contava para ele. Isso me doía fundo, eu sentia meu coração se romper enquanto falava.
- Jamais te deixarei sozinha mesmo você que você cresça ainda será sempre minha pequena guerreira. Agora saia daqui e leve isso com você. Eu estarei sempre com você, você que nunca irei te abandonar.
Não aguentei mais e chorava com força agora, as lágrimas lavando meu rosto, peguei o colar da mão dele e segurei-a a mão flácida, logo eu senti flutuar para longe do meu avô, um enfermeiro estava me tirando dali, meu avô já tinha morrido, vi outros enfermeiros entrar e rasgar a camisa dele e preparar para dar os choques, que nem sei o nome, vi colocarem o gel no peito que não se erguia mais com a respiração, vi ele pular quando o choque foi dado. Vi vozes ao me redor dizendo para mim sair, a dor no músculos me deixando sem força. Vi escorrer uma lágrima dos olhos mortos de meu avô e vi ele sorrir. Um último sorriso.
(Eu estava buscando um sopro de vida
Um pequeno toque de luz celestial
Mas todos os corais da minha mente cantam não
Para conseguir um sonho de vida novamente
Uma pequena visão do início do fim
Mas todos os corais da minha mente cantam não)*
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esse link é para imagem ta! e o trexo que coloquei no fim é da musica Breath of Life= Florence.