Aposta: Livro 1 Conhecimento. Capitulo 2
Arrumei-me na cadeira e me preparei para ouvir, eu teria que ser forte para aguentar tudo, ai meu inferno naquele lugar, por que minha mãe não me mudara de escola enquanto teve chance? Era a única escola na cidade que fazia isso.
Escola Forte de ensino. Existia uma em cada cidade, eram escolas especiais, onde saiam pessoas importas para a cidade, não era particular nem nada, mas eram os mestres que escolhiam quem iria estudar na escola ou não e eu e meu irmão mais novo fomos escolhidos por pura falta de sorte. Um dos motivos por terem nos escolhido, eu e o meu irmão, por que somos netos do prefeito. E a nossa família quase inteira estudara aqui, apenas minha mãe que não. Mas voltando há explicar um pouco sobre a escola. La dentro, durante o ensino fundamental era ensinado tudo até coisas que normalmente se da no ensino médio.
Era uma escola para superdotados, todos tinham que passar por provas antes de ser realmente recrutado para a escola, ninguém entrava só por que um mestre queria. Claro que éramos escolhidos ainda bebês, praticamente. As provas pelo que sei, pelo meu irmão mais novo, fiquei olhando quando um mestre foi até minha casa fazer a prova com Tales, eles fazem provas de habilidades, inteligência e agilidade. Claro que era de acordo com a idade né, não iam colocar um bebê jogar vôlei como prova de agilidade.
O mestre caminhou pela frente da sala de um lado a outro, depois parou na janela e olhou para o lado de fora, as nuvens calmamente passando pelo céu azul, o sol brilhando intensamente, os passarinhos piando lá nas arvores que tinham em volta da escola.
- Vou começar dizendo que a partir daqui, tudo cera provas, vocês terão que ser fortes apesar de qualquer coisa. A partir daqui vocês iram saber e que especialidade se enquadra mais com vocês. – a voz dizendo calmamente. – Os sonhos terão que ser maiores, para vocês aguentarem, nessa escola vocês aprenderam muito até aqui, mas agora terão que provar suas habilidades, terão que sofrer para continuarem até o fim. Confesso que nada será fácil, mas olhando para cada um desses rostinhos meio assustados meios corajosos eu posso ver que muitos aqui aguentaram até o fim e seus fogos jamais se apagaram.
Com aquele discurso todos pareciam mais motivados. O mestre voltou para o meio e encarou os alunos. Eu sabia que a hora da explicação começaria.
- Hoje será o dia de conhecimento de seus mestres, a partir de manha ele manda em vocês, as aulas será o mestre que decidira, então não tem hora para começar nem terminar. – engoli em seco – as matérias não serão mais tão teóricas vocês terão que trabalhar duro. E se o mestre achar necessário mandara para o ensino fundamental novamente. – agora todos engoliram em seco. – Serão divididos em grupos de três, dentro desse grupo não poderão mudar, então é bom se enturmarem. – ele riu.
Cada regra loca que colocam, pensei.
- Acho que é isso – ele gargalhou com a mão na nuca. – Se eu se lembrar de mais algumas coisas daqui a pouco eu falo, se não o mestre de vocês ira dizer. Irei dizer os trios.
Agora a sala fica tensa, o ar chega a pesar, tinha alunos mal encarados tipo, Honi Makty era estranho aquele garoto ele estava olhando para a mesa, sempre foi o silenciosos da sala, tinha olhos verdes assustadores e uma pele tão pálida que todos achavam que ele era doente. E tinha o aluno tarado, James o cabelo tão louro que chegava a serem quase brancos, os olhos castanhos sempre encarando os peitos ou a bunda das garotas. Era muito constrangedor aquilo. E o pior é que ele não disfarçava, era o conquistador.
- Primeiro grupo... Safira Rocha, Cicero Sam e Viviane Tach – Vivi quase caiu da cadeira, Cicero deu um grito lá no fundo.
- Ah mestre, por que tenho que ir com duas chatas? – resmungou.
- O mestre de vocês será a Florence. – o mestre ignorou ele. – Segundo grupo...
Cicero era um pouco birrento com todos, não era de se enturmar, mas também não era o excluído como o Honi, ele era um cara muito chato sentia pena de Vivi. Já a Safira era alguém bem extrovertida, meio estupida, mas legal.
O mestre continuou a falar os grupos. Uns quantos iam reclamando enquanto ele falava, mas o mestre nem ligava continuava a dizer os grupos.
- Oitavo grupo Tamyna Ozaki, - tranquei a respiração esperando quem seria meus companheiros – James Walter – o tarado, por que comigo? Bati a cabeça com força contra a mesa já me afundando em tristeza – e Honi Minato – NÃO, eu queria gritar, mas só fiquei ali me afundando na cadeira – e seu mestre será... Eu. – com aquilo acabei caindo da cadeira.
Todos na sala começaram a rir, mas eu não me importei por que sabia que iria sofrer com o meu grupo. Depois do meu grupo era o de Amanda, ela que acabou ficando no grupo de Robert o garoto mais popular e bonito da escola. Ela ficou vermelha quando ouviu o nome de Robert no grupo dela. Assim que termino de falar os grupos Hector o meu mestre foi até mim ali no chão e me juntou, me colocou nas costas e me levo na enfermaria. Ouvi ele dizer que entrei em estado de choque. Fiquei lá até a hora do almoço.
Sai da enfermaria, fui até meu armário e peguei meu lanche. Encontre as garotas saindo da sala, já se enturmando com seus grupos, Amanda já estava grudada no pescoço de Robert, então com ela eu não podia contar para almoçar. Olhei a Viviane e ela tinha uma conversa animada com Cicero, pelo jeito havia feito amizade com ele depois que sai da sala. Caminhei de vagar para o lado de fora e me sentei numa mesa completamente sozinha e comecei a lanchar. Dei uma olhada em volta e vi Honi sozinho em uma mesa e James numa mesa com algumas garotas. Bufei para aquela cena e tomei uma iniciativa quanto a me enturmar no grupo. Fui até a mesa de Honi.
- Oi, Honi – sorri de orelha a orelha.
- Oi, Tamy – ele disse baixinho.
Pelo que notei com essa ele era tímido.
- Posso me senta com você? – perguntei.
- Você não vai almoça com suas amigas?
Estaquei com aquela, por que ele foi mal educado comigo?
- Por que teremos que nos enturmar como o mestre disse e eu não conheço você.
- E eu não quero conhecer você, mas pode sentar ai.
Fechei minhas mãos em punhos e me sentei ali com ele. Comi rápido meu lanche e fiquei olhando as nuvens já me sentindo uma excluída.