"A CAMPONESA FELIZ".

A CAMPONESA FELIZ

CPITULO I

Uma Vida de Amor

Serafina e Benjamim era um casal de jovens camponeses que se amavam muito e viviam alegremente: Eles moravam num povoado distante da cidade e apesar das dificuldades não pensavam em sair de lá.

- Quero ter filhos saudáveis que brinquem livres como os pássaros no jardim.

Dizia Serafina sempre que alguém perguntava se não pensava em ir morar na cidade. Todo o dia pedia a Deus para realizar seu desejo de ter filhos. Só faltava isso para sua felicidade ser concreta.

Toda a manhã Serafina acordava cedinho com o marido para cuidar dos afazeres e garantir a vida. Seu quintal era um sítio com um belo pomar onde colhia frutas fresquinhas e verduras sem agrotóxicos. No fundo do jardim havia uma fonte onde corria água cristalina. A casa era cercada de rosas e plantas nativas que coloriam o quintal na primavera. Aos domingos os dois descansavam e brincavam como quando eram crianças, corriam a cavalos, banhavam na fonte e aproveitavam para visitar a vizinhança. Durante alguns anos a vida da camponesa era essa,

Certo dia Serafina que também costurava para ajudar na despesa da casa, foi à cidade levar umas encomendas. O dia havia amanhecido nublado, as árvores brilhavam das gotas do orvalho. No seu cavalo branco pintado de marrom cavalgava Serafina, cantando, parando aqui e acolá para colher frutos e flores do campo para se enfeitar e se alimentar. Respirando o ar puro, sentindo o cheiro da mata e terra molhada nem se deu conta que já estava quase chegando à cidade, ao fitar a estrada percebeu uma mulher que se aproximava sozinha beirando à mata, assustada, tratou de apressar o cavalo, o coração meio disparado e ao mesmo tempo tranquilo, como se seu anjo da guarda dissesse para não ter medo, começou observar a moça, alta, vestida de vermelho, cabelos dourados e cacheados fitando-a com seus olhos verdes.

-É uma cigana. Pensou Serafina que foi interrompida:

-Moça bonita alegre e prendada só falta uma coisa para sua felicidade ser completada.

-Diga logo o que quer, sei que é cigana, quer alguma coisa e não tenho dinheiro. Respondeu Serafina segurando as rédeas do cavalo mirando a estrada pra correr.

- Não, não sou cigana, apenas ajudo as pessoas que Deus e Santa Romana põem em meu caminho. Sei que desejas um filho tenho a porção da vida trazida pela Santa num sonho que tive, posso te dar e depois que tiver as crianças volte para me pagar.

Ouvindo aquilo a moça nem pensou no que o marido poderia dizer, pegou o pote colocou no bolso e partiu guardando todas as instruções que a desconhecida lhe dera.

Alguns meses depois Serafina deu a luz a dois lindos bebês que o pai chamou-os de: Dalecrim e Dafim. Dalecrim representava o perfume das rosas que Serafina enfeitava a casa e a presença do seu amor na vida dele. Dafim significava o fim da pequena tristeza que habitou seus corações durante muitos anos em que a mulher não conseguia ter os filhos. Após o nascimento das crianças a casa era uma alegria imensa, a mãe que amava a natureza ensinava os filhos a cuidar das plantas, a conversar com os pássaros as árvores e os animais. Louca pelas borboletas cantava e fazia poesias para elas, À noite lia para os filhos antes de dormir. Assim os meninos cresceram dóceis, amando a terra, os animais e as plantas.

O tempo passa rápido, os filhos crescem, os pais envelhecem cedo e só o amor fica sempre novo porque é renovado todo dia nos corações de quem ama, por isso, mesmo rapazes, Dafim e Dalecrim davam alegria a seus pais.

GLAPHIRA RABELO
Enviado por GLAPHIRA RABELO em 14/10/2012
Reeditado em 29/11/2014
Código do texto: T3931943
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