Unconditional Love

(Cap. 1) Miss you

Notas do capítulo

E pensar que eu sobrevivi a tudo isso... Pelo menos serviu para alguma coisa... Hoje sei que se existe amor verdadeiro entre dois corpos, nem mesmo a morte pode separar o que o destino deixou lapidado em seu túmulo.

Era uma quinta-feira, depois das férias de inverno, primeira semana de aula. Eu havia acabado de brigar com uma das pessoas mais importantes da minha vida.

E tudo por uma idiotice minha, que me arrependo muito, até hoje.

Acordo pela manhã com a pior das sensações, tinha certeza que algo iria acontecer naquele mesmo dia.

Criei coragem, e resolvi ir à escola. Chegando lá, percebi que minha melhor amiga Allyson, não me dirigia à palavra, mas dava para ver em seus olhos que era pura magoa, só não achara o motivo de tanta...

Só que como todas as melhores amigas, nós tínhamos um ligação extraordinária, por que fazíamos coisas exatamente iguais, sem nem ter combinado.

Havíamos feito um bilhete pedindo desculpas, só que este mesmo bilhete, parecia ser uma “despedida da vida”, um “último adeus”. Eu havia escrito para Bernardy, e Allyson para o irmão de Bernardy, Eduardo. Essa carta foi escrita um dia antes de tudo acontecer...

Na hora da saída, Allyson voltou a falar comigo, de uma hora para outra. Então quando saímos para ir embora, percebemos que tanto Bernardy quanto Eduardo saíram mais cedo naquele dia.

Allyson disse que iria me acompanhar até um pedaço do caminho a minha casa.

Descemos a rua. Dobramos em direção a uma pequena papelaria que havia ali, só que neste instante Bernardy e Eduardo, apareceram de bicicleta na rua da escola. Cada vez se aproximando mais.

Já que eles não falavam mais conosco, por que estavam muito magoados com o que nós havíamos feito, achamos melhor continuar caminhando e conversando.

Quando eles chegaram à esquina, onde nós havíamos acabado de dobrar, resolvemos atravessar a rua, sem perceber que os dois já estavam tão perto.

No momento, a faixa estava completamente limpa, mas bem no instante em que atravessamos, um carro preto, em alta velocidade, dobra a rua e nos acerta em cheio. Atirando Allyson a uns 3 metros a sua frente, e jogando-me por cima dele, fazendo com que caísse, bem em frente a Bernardy e Eduardo, que haviam acabado de descer das bicicletas.

Bernardy ficou sem reação diante daquela horrível cena. Mas Eduardo, na hora, correu e pegou o celular do bolso de Bernardy, ligando para tudo que tinha direito.

Mas não valeu a pena o esforço, pois havia morrido na hora. Allyson ficou um tempo viva, mas não aguentou, até que a ambulância pudesse aparecer.

O homem que havia as atropelado fugiu sem nem ao menos pedir ajuda ou proporcionar esforços.

Alguns dias se passaram...

Casa do Bernardy e Eduardo

— Eduardo vem comer... O almoço está pronto! — diz a mãe deles, sem saber de nada do que havia acontecido, absolutamente nada. — Bernardy vem comer...

— Não estou com fome mãe... — de dentro do quarto Bernardy responde.

— É incrível não é mesmo Bernardy? Você nunca está com fome! Sempre ai, dentro deste quarto olhando para as paredes... — diz ela indignada. — Eduardo por que seu irmão está sempre dentro daquele quarto?

— ...

Eduardo larga o prato na pia dizendo que está sem fome, e se junta a Bernardy.

No dia seguinte, de manhã cedo, a mãe dos dois se levanta, toma café e acorda os meninos para irem à escola. Eles dizem que não vão, que não querem ir, mas ela os obrigam a comparecer a escola, os levando pelo braço até lá...

Na escola

Só que aquele não era um bom dia para aparecer na aula, eles não sabiam, mas naquele mesmo dia, haveria uma homenagem para mim e Allyson.

Bernardy e Eduardo entraram na aula arrastados, e só ouviam a professora perguntando, por que não compareciam a escola, por que eles estavam diferentes ou por que não respondiam nada, mas os dois só ficavam quietos.

Até que a diretora entrou de sala em sala pedindo a todos para sair, por que tinham algo para mostrar aos alunos. Os meninos desceram as escadas, e ficaram bem em frente ao projetor. Então a homenagem se inicia.

— Estamos reunidos aqui hoje, por um motivo muito especial. Como todos vocês já sabem faz uma semana que perdemos duas alunas, mas não tivemos a chance de homenageá-las... Então iremos fazer isto agora!

Começa diretamente com fotos nossas. Mal acaba de passar as primeiras fotos e Bernardy começa a chorar junto a Eduardo.

Bernardy ficou tão abalado que direcionou-se a tomada que ligava o aparelho, arrancando todos os fios de la, acabando com toda homenagem. A diretora na hora começa a xingar Bernardy.

— Você não tem o direito de fazer uma homenagem a elas, você não tem nem o direito de falar o nome da Manuella! Entendeu?

— Quem você pensa que é, hein? — fala a diretora, brava.

— Ele é meu irmão! — fala Eduardo retrucando. — E ele tem toda a razão! Você não tem o direito de tocar no nome delas!

— Quando elas estavam vivas, e aqui, vocês só sabiam xingar elas, falar mal, magoar. Vocês poderiam fazer tudo isto quando elas estavam vivas, mas agora, não pensem vocês que só por que elas estão mortas, que podem fazer! Eu só tenho uma coisa a dizer. Enquanto eu estiver vivo, Não!! Todos entenderam? Não. NÃO!!! — diz Bernardy aos prantos.

— Enquanto eu e o Bernardy estivermos vivos, ninguém vai tocar no nome delas! Vocês entenderam? Todo mundo de dentro desta escola entendeu??? Ninguém, NINGUÉM vai tocar no nome delas! Não importa se é por bem ou por mal, ninguém está ao nível delas para poder falar alguma coisa! Entendido?

Bernardy e Eduardo saem da escola rapidamente, sem olhar para cara de ninguém, transtornados...

Alguns dias passam, sem que eles voltassem a comer ou comparecer a escola...

Casa do Bernardy e do Eduardo

— Mãe, tenho uma coisa para te dizer... Não posso mais ficar calado. É sobre o Bernardy e o Eduardo, essa depressão deles — disse o outro irmão deles, Erick.

— Então fale Erick! Porque eles estão assim? — pergunta a mãe deles.

— Lembra do dia que aconteceu aquelas coisas do bilhete, e você proibiu deles falarem com as duas garotas? Pois é... Eles estão muito mal com aquilo, o Bernardy é apaixonado por uma delas, só não sei dizer qual... — Diz Erick sem saber o verdadeiro motivo.

Então a mãe deles vai até o quarto para tentar falar com os dois, talvez ela pudesse resolver. Bateu na porta, entrou e sentou na cama onde Bernardy estava deitado e perguntou para eles:

— Filhos... Eu sei como é se apaixonar por uma pessoa que errou com vocês... E eu também sei como é difícil ficar longe desta pessoa...

— Não... Não sabe não — Falou Eduardo contrariado com a situação, olhando para o lado.

— Literalmente, você não sabe de nada! — diz Bernardy se alterando.

— Sim, eu sei! O irmão de vocês me contou tudo, e por isso eu não vou proibir de vocês de falarem com elas.

Eduardo suspira, acenando negativamente com a cabeça.

– Legal né? -fala ele em tom de deboche. — Agora que você diz isso!

Bernardy começa a chorar sua mãe não entendera nada do que estava se passando com eles e pergunta:

– O que houve?

— O que houve? — pergunta Bernardy também em tom de deboche — Então você quer saber o que houve? Pra você, foi a melhor coisa do mundo! Você não sabe nem da metade...

— Filho, eu acabei de deixar vocês voltarem a falar com elas.

— A questão não é essa mãe! — diz Eduardo, balançando a cabeça negativamente.

Bernardy levanta-se e sai do quarto com uma mochila, que havia acabado de arrumar.

— Como você quer que a gente fale com elas? Hein?? Como??? -Eduardo continua... –Mãe... Há alguns dias atrás, não sei se a senhora lembra, quando estávamos indo a Universidade, jogar futebol, como sempre fazíamos... Bom... Sabe por que não vamos mais?... Porque naquele mesmo dia, Manuella e Allyson elas... –Eduardo cala-se por um instante. -Elas morreram mãe, em um acidente, bem à nossa frente, e a culpa é toda nossa... Elas nos mandaram esses bilhetes antes de morrer, Allyson para mim, e Manuella para Bernardy. –Conclui ele ao baixar a cabeça em sinal de tristeza.

Logo Eduardo levanta-se, pega as cartas que estavam guardadas em sua mochila escolar, e as estende para sua mãe.

Bernardy volta, ainda chorando...

– Viu só! Não tem como falar com elas! A gente não pertence mais ao mesmo mundo.

Então Bernardy larga a mochila no chão, caminha até a pequena estante que havia em seu quarto... Puxando a primeira gaveta onde havia uma arma de fogo... E logo diz:

– Só existe uma forma, para poder falar com ela. –Bernardy cala-se por um momento. - Pertencendo a sua mesma dimensão.

Bernardy não pensa duas vezes antes de apontar a arma para a sua própria cabeça e atirar.

Um barulho horrível toma conta do quarto.

Sua mãe apavorada com o que havia acontecido, chamou seu marido, que já tinha saído para ver o que havera acontecido.

Bernardy estava morto.

Sua mãe mesmo assim o leva para o hospital com a esperança de que ainda havia alguma chance dele sobreviver.

Enquanto isso Eduardo apavorado com o que seu irmão havia feito, sai de casa sem nem pensar. Eduardo estava com os olhos arregalados e vermelhos, olhava para todos os lados com a sensação de que algo de ruim iria acontecer, ele respira fundo e entra em uma floresta, agacha-se em baixo de uma enorme árvore, baixa a cabeça e tenta esquecer-se do que acabara de acontecer com Bernardy.

Anoiteceu, Eduardo estava quase pegando no sono quando uma voz chama sua atenção, “A culpa é sua, somente sua!”, dizia a voz. Eduardo começa então a olhar para todos os lados procurando de onde poderia estar vindo aquela voz, mas a voz se triplica e aumenta, “Foi você!”, “Por culpa sua todos em sua volta irão morrer, um a um!”, “Tudo por sua causa!”, “Sua culpa, SOMENTE SUA CULPA!”, a voz não parava de repetir-lhe a mesma coisa. Eduardo tenta acabar com aquilo colocando suas mãos em seus ouvidos, mas foi em vão às vozes só ficavam cada vez mais fortes.

Eduardo corre entre as árvores não chegando a lugar algum, talvez estivesse correndo em círculos, até que cai de joelhos sobre o solo.

Eduardo fitava fixamente o chão enquanto as vozes continuavam em sua cabeça, mas ele não aguenta tanta pressão, acaba pegando um pedaço de madeira pontiagudo que havia ali ao seu lado, crava em seu peito e causa sua morte lenta e dolorosa.

Duas semanas se passam. Erick enquanto dirige-se até a faculdade sente uma sensação estranha ao passar pela floresta onde Eduardo havia se suicidado e não aguenta a tanta tentação, acaba entrando ali, após caminhar uns 10 minutos floresta adentro Erick sente um forte cheiro e o segue, depois de mais alguns minutos ele encontra Eduardo estirado no chão com seu corpo já todo desfigurado pelos animais que se alimentavam dele.

Erick fica apavorado com a situação e sai às pressas para avisar seus pais, mas Erick estava tão apavorado com o acontecido que a caminho de sua casa acaba batendo de frente com um caminhão...

Algumas horas depois sua mãe liga a televisão, como era sua rotina diária, mas acaba se deparando com uma noticia que iria acabar com ela.

Plantão

“Hoje pela manhã um carro em alta velocidade bate na dianteira de um caminhão, o motorista do carro morre no local. Documentos encontrados no mesmo indicam que o motorista do carro era Erick Bastos Ranchell. Mais informações do acidente daqui a pouco, logo após a novela. Muito obrigada pela atenção”.

(Cap. 2) Finally one novel

Notas do capítulo

Dia 28 de janeiro de 1999. 16 anos após a morte de Bernardy e Eduardo.

"Querido Diário

Ola de novo meu querido diário, hoje conheci um menino chamado Stefan Collyn. Ele tem 18 anos e é músico, tem olhos claros. Muito lindo, um sonho. Quase fui atropelada hoje e por causa dele ainda to aqui sem nenhum arranhão. Acho que estou apaixonada. S2s2s2s2

Ashilley Wollmer - 28/01/99 "

Hoje pela manha sai de casa em direção a uma loja de instrumentos musicas no centro de minha cidade, Porto Alegre, Rio grande do sul. Estava totalmente distraída, pois meu celular tocou, atendi, mas continuei a caminhar, ao atravessar a faixa de segurança, um carro que havia parado para atravessar, acelera, mas um menino que nunca tinha visto antes corre e me tira da frente do veículo, salvando minha vida.

–Como você esta? –Diz o menino preocupadamente.

–Estou bem. Eu acho... –Respondo-o enquanto ele me estende sua mão.

–Certeza que está bem...? Como se chama?

–Sim absoluta. Ashilley, Ashilley Wollmer.

–Prazer em conhecê-la Ashilley. –Diz ele ao complementar-me com um sorriso.

No momento em que ele toca minha mão, meu coração dispara, minha respiração fica mais forte, sensações que nunca havia sentido antes.

–Eu me chamo Stefan, Stefan Collyn.

–Prazer. –Digo também ao sorrir.

Continuei caminhando enquanto Stefan acompanhava-me.

–Desculpa não lhe perguntar antes, mas eu estou te incomodando ou atrapalhando? –Diz Stefan preocupadamente.

–E porque estaria? –Pergunto ao olhar-lhe.

–Estou há algum tempo já lhe acompanhando, você não se incomoda?

–Não de modo algum.

–Desculpe a pergunta, mas está indo aonde? –Pergunta-me Stefan curiosamente.

–Você quis dizer onde NÓS estamos indo não é? –Digo sorrindo enquanto Stefan também sorri. –Iremos a uma lojinha de instrumentos musicas, preciso comprar um novo violão.

–Você toca Ashilley? –Diz Stefan impressionado.

–Sim, algum problema?

–Não, é que eu também toco, na verdade sou músico, ganho minha vida com música.

–Que legal. Também queria seguir nessa carreira, mas... –Digo ao baixar a cabeça.

–Mas o que? Sua família não deixa né?

–Na verdade eu nunca tive coragem de seguir a profissão.

–Mas por quê? –Diz Stefan confuso.

–Porque eu acho que as pessoas a minha volta iriam achar um desperdício... Sem falar no salário, que é muito baixo.

-Não importa o valor que você vai receber Ashilley. O importante é que você goste do que esta fazendo. Não acha? –Diz Stefan aconselhando-me.

Eu o fitava enquanto sorria. Seus olhos eram como o azul do céu em um dia claro, sua pele branca e macia como a neve, cabelos negros como a noite, sua feição parecia ser esculpidas por deuses. Parecia que naquele instante olhando-o, seu coração havia voltado a bater, como se Bernardy estivesse ali naquele exato momento, como se a morte dele nunca havera acontecido.

-O que houve? –Digo ao tentar compreender a situação.

–Não. Nada...-Stefan Cala-se por um instante. –É que você Ashilley, me lembra alguém... Alguém que infelizmente perdi cedo de mais. –Conclui ao encher seus olhos de lágrimas.

-Stefan, desculpa-me, mas preciso ir... –Falo apressadamente. –Aqui esta meu número, se precisar de algo, me liga. –Continuo ao entregar um cartão a Stefan.

Meu apartamento

Já estava noite, e de uma hora para outra toca o celular. Era Stefan.

-Boa noite, o que deseja?

–OIEE... –Diz Stefan alegremente. –O que esta fazendo Ashilley?

–Estava tocando violão...

–Bom... Liguei para lhe fazer um convite muito especial.

–Qual? –Falo curiosamente.

–Quero te levar a um lugar amanhã. Posso?

–Claro!

–Ta bom, amanhã passo ai em sua casa para lhe buscar Ashilley.

No dia seguinte.

Stefan estava sentado no sofá enquanto esperava-me.

Depois de alguns minuto desço pelas escadas em direção a Stefan, meus olhos claros detacavam-se de meu rosto, minha pele pálida realçando mais meus olhos.

-Nossa! Você esta linda. –Diz Stefan fitando-me deslumbrado.

–Obrigada. –Digo com um enorme sorriso.

–Então vamos?

Stefan me conduz até seu carro, e ambos saem em direção ao local escolhido por ele.

Campo fora da cidade

-Pronto cheguemos!

–...

Fico sem palavras diante da beleza do lugar, flores para todos os lados, um lago com águas cristalinas e muito verde por todos os lados.

–Eu sei que não é bem o que você esperava, mas quando me sinto triste é aqui que fico, olhando as estrelas, o lago... Este lugar se tornou muito importante para mim... O que achou? Pode falar a verdade. –Diz Stefan.

–É lindo! Extremamente lindo. –Falo ao deslumbrar-me com tanta beleza.

Corro pelo gramado verde, onde ventava muito, parando em um exato lugar no meio do campo, começando a rodopiar, meus cabelos batiam em meu rosto. Naquele lugar incrível, a sensação era de estar nas nuvens. Então Stefan sai correndo atrás de mim. Parecíamos duas crianças brincando de pega-a-pega.

Fiquemos horas correndo um atrás do outro até cansarmos. Sentemos perto do lago que ficava próximo a uma humilde, mas porem uma bela casa, Stefan deita-se sobre a grama verde e gelada respirando alto e profundamente de cansaço. Logo, uma forte vontade de deitar-me em seu peito o abraçando toma conta de mim, então me deito junto a ele. Seu coração acelera junto a sua respiração.

Stefan tentando esconder o que estava sentindo pede para que caminhemos ao redor do lago.

–Como está frio! – Comento

Stefan oferece-me seu casaco.

–Não muito obrigada. Se você me der quem vai passar frio será você.

–Claro que não Ashilley, eu insisto. –Stefan insisti até fazer-me aceitar seu gesto de bondade.

Ao botar o casaco percebi que Stefan tinha algo em seu pescoço que tentava esconder.

–Stefan, O que é isto em seu pescoço? –Falo enquanto Stefan tenta esconder seu pescoço com suas mãos.

–Não é nada Ashilley.

–Como não, é evidente que tem algo no seu pescoço Stefan. O que tem ai?

–Nada Ashilley! É sério. -Diz Stefan em um tom mais constrangido.

–Stefan eu só quero que saiba que você pode confiar em mim para tudo, esta bem? Prometo que vou estar ao seu lado. Um silencio toma conta do lugar. –Prometo por tudo que é mais sagrado na minha vida.

Stefan tira suas mãos do pescoço mostrando o que havia ali. No instante pensei que fosse uma cicatriz qualquer.

–Uma cicatriz? Qual seria o problema disto?

Stefan baixa a cabeça em sinal de tristeza.

–Ganhei essa cicatriz no mesmo dia que perdi meus pais. Calei-me sem saber o que falar. -Há quatro anos atrás houve um deslizamento de terra que levo minha casa junto, só que infelizmente eu, minha mãe e meu pai estávamos dentro dela, mas não lembro do que realmente aconteceu, pra falar a verdade não lembro de ter uma vida antes dos meus 14 anos de idade, não lembro de como é ser uma criança e não lembro de como é ter pais junto a mim diariamente, voltando a cicatriz, bom... Os médicos disseram que eu cheguei no hospital com uma viga de aço gravada no pescoço e que quando eu passei pela porta daquele hospital juraram q eu já estava morto, que seria impossível de eu conseguir sobreviver naquelas condições, foi feio raio-x e pelo o que constava na minha fixa eu já estava morto, que era só questão de esperar para eu morrer, estava respirando por maquinas e comendo em tubas direto na minha garganta. Os médicos chegaram a dar a opção a minha tia que estava comigo, de desligar o aparelho que me mantinha respirando e me deixar descansar em paz de uma vez, mas minha tia não deixou, e a única coisa que eu lembro é de um lugar claro, muito claro, com bastante luz e do nada eu aqui dentro desse corpo, abri os olhos, desliguei as maquinas e tirei o resto dos aparelhos que estava em mim, levantei e sai pela porta da frente do hospital, só que eu tinha uma sensação muito forte de que eu tinha um objetivo para estar aqui, e lembra quando falei de seus olhos?

–Sim, sim, lembro.

–Pois é, depois que sai de la do hospital, toda vez que vejo alguém com olhos claros eu acabo tendo uma sensação terrível, é como se eu tivesse perdendo alguém muito importante sabe? Mas com você foi diferente, ao em vez de ficar mal, acabei ficando bem, a sensação que tive quando olhei em seus olhos foi de paz, harmonia. Não sei explicar.

–Nossa... Não sei nem o que dizer sobre isso.

Fiquemos horas conversando e conversando até que decidimos ir embora.

O tempo foi passando. Eu e Stefan cada vez mais amigos, cada vez mais próximos um do outro.

Notas finais do capítulo

Se você pensa que a história termina ai, esta muito enganado, alias um amor verdadeiro NUNCA ACABA, nem mesmo após a morte.

JhennyhCP
Enviado por JhennyhCP em 28/09/2012
Reeditado em 01/10/2012
Código do texto: T3905142
Classificação de conteúdo: seguro
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