Biscoito Estrelado - Capítulo VI

Capítulo VI A Visita ao Prefeito

No dia seguinte, as bruxinhas acordaram com muitas dores de cabeça. Tia Caviglione estava na cozinha preparando um chá medicinal, enquanto Fadana ajudava-a a colocar a mesa para o café da

manhã.

Madréa, Pequetita e Debruxa, sentadas a mesa, lamentavam suas dores, enquanto esperavam o chá.

- Que raio o professor Horácaco Slughorn colocou na bebida pra termos essa dor de cabeça infernal!

Reclamava Madréa.

- Calma querida, aqui está seu chá. Bebam tudinho, todas vocês. - Disse tia Caviglione, sentando-se a mesa também.

- Ai tia Caviglione, se não fosse a senhora, nem sei! - Suspirava Debruxa.

- Hum, tem maçã nesse chá! - Falou Pequetita, que sabia tudo de ingredientes.

- Tem sim querida, é calmante. Fadana, venha sentar-se conosco.

- Já estou indo Caviglione. Não consigo me desculpar por não ter tomado conta direito de minha afilhada e das garotas.

- Ora Dindinha, deixe disso. Era meu aniversário. Você não acha que conseguiria dar conta, não é?

- Pensando bem, ela tem razão, Fadana, não se culpe. Mas vocês 3 devem ter mais cuidado com que bebem e comem. - Orientou

tia Caviglione.

Nesse momento, Beringelo entrou na cozinha.

- Bom dia!

- Beringelo! Como você está, meu filho? -

- - Estou ótimo, tia Caviglione. Só um pouco tonto, mas nada que um bom chá não cure.

- Então chegou na hora certa. - Retrucou Fadana, puxando uma cadeira para o vegetal humanizado.

Debruxa que não conseguia se lembrar direito dos acontecimentos da noite passada, estava intrigada, pois sabia que tinham

ocorrido muitas coisas estranhas. E rapidamente desviou o olhar de Beringelo. Notou porém, que este também não estava muito

a vontade.

- Bem, mas preciso dizer-lhes algo.

Falou Beringelo, sentando-se a mesa.

- Sobre os sinalizadores, certo? - Indagou Madréa que não agüentava mais de tanta curiosidade.

- Sinalizadores? Que história é esta? - Perguntou tia Caviglione, preocupada.

- Bem, mais cedo ou mais tarde ela terá que saber, Madréa. Falou Debruxa.

- Então contem, meninas!

Disse Fadana, que também era muito curiosa. Enquanto as três bruxinhas contavam sobre os sinalizadores e pétalas de rosas que Debruxa recebera de Merlin, Beringelo

pôde tomar seu café da manhã, e ao terminar já se sentia melhor da tontura.

- Pronto, Beringelo, - Disse Madréa. - Agora você pode falar sobre os sinalizadores.

- Vocês 3 receberam sinalizadores mágicos. Eu não os chamaria de sinalizadores, mas sim de comunicadores.

- Comunicadores? - Repetiram as 3 bruxinhas curiosas, enquanto tia Fadana não parava de apertar as mãos de nervoso e tia

Caviglione lançava olhares nada agradáveis para Beringelo.

- Beringelo, - Disse ela. - Para que Merlin enviou esses sinalizadores para as garotas? Elas não correm perigo, não é?

- Não. Pelo menos, por hora não.

- Que história é essa de por hora não? - Indagou Fadana já se preparando para defender suas pupilas. Madréa se adiantou:

- Mamãe e dinda, eu esperei até agora para saber o que esses sinalizadores fazem, e vocês não irão atrapalhar, não é? -

Acabe de contar, por favor, Beringelo.

- Como eu ia dizendo, são comunicadores porque a coruja por exemplo, através de seus olhos pode ver a pessoa que você, Pequetita,

deseja ter notícias. Assim como envia sinais visuais do lugar em que você se encontra naquele momento.

- Que maravilha! Uau, eu adorei esse presente!

- E pra que Pequetitairá precisar de um objeto desses?

- Mamãe! Deixe ele continuar, por favor.

- Bem, sua concha, Madréa, emite e recebe sinais sonoros. Ao colocá-la no ouvido, poderá escutar o som da pessoa que você

deseja, assim como enviar seu som.

- Seria então um bruxolar?

- Exatamente, mas os bruxoslares ainda não estão prontos, e como Merlin tem uma certa urgência, pediu para que os técnicos

desenvolvessem o mais rápido possível um aparelho próximo ao bruxolar. A coruja também é um bruxolar. Na verdade, tanto a coruja como a concha, funcionam com a metade de seus potenciais. Um bruxolar,

pelo que andei pesquisando, tem a capacidade de emitir e receber sinais sonoros e visuais. Mas essa tecnologia só deverá

estar pronta em todo Biscoito Estrelado daqui alguns equinócios.

- Que máximo! - Gritou Madréa.

- E por que essa urgência toda?

- Ainda não, tia Caviglione, falta o meu. Beringelo, para que serve uma pedra?

- A pedra, Debruxa, não sei se você reparou bem, mas assim como a concha de Madréa, tem as 7 cores do arco-íris. ela absorve

a energia do lugar. Quando quente, indica perigo, e quando fria de mais, há que se ter cuidado, pois tudo deve manter um

equilíbrio.

- Puxa, não irei me comunicar com ninguém?

- Não exatamente, mas através dessa pedra poderá saber quando um perigo se aproxima.

- aGORA RESPONDA, PARA QUE ESSAS 3 MENINAS PRECISARÃO DESSES OBJETOS? Não estou gostando nada disso.

- Na verdade, eu... eu... eu não sei.

- Não sabe? - Gritou tia Caviglione.

- Mas Beringelo, - Interrompeu Madréa. - Mamãe está certa em perguntar. para que nós iremos querer esses objetos?

- Calma. - Cortou Debruxa. - Lembra das pétalas que recebi de Merlin? Ele disse que Beringelo ia nos contar sobre o que

os sinalizadores eram.

- Exatamente, Debruxa. E preciso lhes dar o recado que recebi hoje do sussurro das árvores.

- Recado? - Exclamaram todas as bruxas.

- Bem, havia algumas interferências, mas o recado é que as bruxinhas devem procurar o prefeito Merleta.

Assim como as bruxas possuíam bolas de cristal, os vegetais e outras criaturas também tinham seu meio de comunicação. No caso dos vegetais, esses trocavam mensagens por meio de códigos sussurrados de árvore em árvore, de folha em folha, de vegetal

em vegetal.

- Então eu também irei a prefeitura com vocês. - Comunicou tia Caviglione.

As bruxinhas não gostaram nada da idéia de tia Caviglione ir junto a prefeitura, mas sabiam que seria inútil discutir.

Precisavam muito saber em que aqueles objetos seriam úteis, e agora o que o prefeito queria com elas.

Quando estavam se dirigindo para o portão do jardim, uma sombra enorme passou por cima de todos.

- Vejam! - Gritou Pequetita, apontando para o céu.

- Meus deuses, que será isso?

- Não sei, Debruxa, mas está vindo pra cá.

Respondeu Madréa.

- Será um pássaro? Morcego? Um réptil voador?

Tentava adivinhar Pequetita.

- Pássaro não é. - Explicou Beringelo. - Os pássaros tem penas, e essa criatura parece possuir uma membrana. Além de não

ter ante braço como os pássaros. Minha pergunta é: Vem para o bem ou para o mal?

- Morcego também não é. - Ajudou Fadana, observando a criatura que se aproximava. - Morcegos têm 4 dedos, enquanto essa

criatura parece ter um só sustentando as enormes asas.

- E tem uma crista enorme, vejam! - Reparou Madréa.

- E está carregando alguém. - Concluiu Debruxa.

- é UM pterossauros. E se não me engano, quem vem nele é Felicíssimo Dumbledore!

- Mamãe! Então você conhece essa criatura?

Mas não deu tempo da profa Caviglione responder, pois a criatura já havia pousado e Felicíssimo Dumbledore estava saltando

das costas do animal se sacudindo todo.

- Ei! - Saldou ele. - Será que tem um pedacinho de pão velho nessa linda casinha para um humilde professor aviador?

- Felicíssimo, mas você não havia voltado para Petrina? Aconteceu alguma coisa?

- Não aconteceu nada, Caviglione. Pelo menos por enquanto. Apenas quis vir tomar o café da manhã com minhas amigas, não posso?

- Claro, mas é que....

- É que o que, Fadana? Não quer acompanhar eu e a profa Caviglione ao café?

- É que já tomamos o café, professor, mas nada impede de tomarmos novamente, não é, Fadana? - Respondeu a Profa Caviglione,

dando uma catucada em Fadana.

- ótimo, ótimo! Ah, deixe-me apresentar meu amiguinho aqui a vocês. Este é o piuipterossauro, uma boa criatura. Mas podem

chamá-lo de Piuí, é mais agradável de se falar. Venham, podem passar a mão nele, ele é mansinho e adora carinhos.

Debruxa, Madréa e Pequetita que adoravam animais, se adiantaram para perto da criatura, enquanto Beringelo, cauteloso que

era, preferiu manter uma certa distância, e tia Caviglione e Fadana, continuaram paradas sem saber o que fazer, pois ambas

queriam ir a prefeitura.

- O piuipterossauro aqui, é um pterossauro Anhanguera piscator.

- Nunca vi uma criatura dessas, professor.

- Claro que não, Pequetita, são criaturas raríssimas. Ele viveu a cerca de 110 milhões de anos, no período cretácio. Graças

ao projeto de manutenção das espécies do zoo-estrelado, este ainda existe. Este e mais alguns de sua família.

- Mas o que exatamente ele é, professor? - Perguntou Beringelo, ainda se mantendo afastado.

- Assim como as aves e os dinossauros, os pterossauros foram na verdade arcossauros, mas não são exatamente aves, nem dinossauros

voadores, e nem muito menos répteis. Os cientistas do zoo-estrelado não conseguem enquadrá-los em uma classificação conhecida, pertencente de alguma família de animais existentes em Biscoito Estrelado. Mas o que importa, é que é uma boa criatura e

me trouxe hoje em um agradável vôo. Ah, voar nele é muito melhor do que voar em vassouras! Não quer experimentar, meu jovem?

- Não, não, muito obrigado, professor.

- Bem, sendo assim, acho que já podemos entrar para aquele delicioso café, professoras.

E piscando um olho para as bruxinhas e Beringelo, empurrou as duas professoras para dentro da casa. Os 4 não perderam tempo em se adiantar para a prefeitura. Preferiram ir a pé, pois Beringelo recusara veementemente voar na carona de alguma vassoura.

A prefeitura localizava-se em cima do Pico-de-Rosa e tinha o formato de um abacaxi. Assim que os 4 entraram na recepção, Camboa,a recepcionista, deu-lhes a Cartola. Beringelo, nada acostumado com a cultura local, não entendendo o porque recebera um doce da recepcionista, e muito menos o porquê havia de comê-lo, expressou seu mais interrogativo olhar para as bruxinhas, que rindo dele, responderam.

- Você precisa comer para saber a senha. - Disse Debruxa, dando uma dentada em seu doce.

A senha era revelada apenas para aqueles que comiam a cartola, um delicioso doce de queijo, banana, açúcar e canela, só

encontrado na prefeitura de Bruxópolis.

- Como é isso?

- É só morder, Beringelo. E depois olhe para o limpapapo que a senha aparecerá. Ah, mas limpe a boca, a senha é formada

ao limpar a boca. - Respondeu Madréa.

- Anda! - Incentivou Pequetita. - Está uma delícia! Você não vai se arrepender.

- E se eu não quiser morder?

- Se não quiser, terá que nos esperar aqui embaixo.

- Já entendi, Debruxa. Bem, então deixe-me provar.

- Veja meninas, aqueles não são os guarda-costas do prefeito?

- Sim. - Respondeu Madréa. - É o Gaiamun e o Itamaracá.

No balcão da recepção, Camboa enrolada com tantas Cartolas que estavam saindo naquela manhã, tentava dar atenção aos dois

funcionários.

- oxe! Mas que pressa é essa? Eu também tenho trabalho aqui, Itamaracá. E você Gaiamun, deixe de ser buliçoso e largue meu borrão. Que coisa!

- Ora Camboa, o chefe lá em cima está com a macaca!- Disse Gaiamun, virando as páginas do bloquinho de anotação de Camboa.

- E por isso vocês dois se sentem no direito de vir bulir com minhas anotações?

- É que você está muito ocupada e o chefe tá mesmo é com a moléstia.

- Então mande ele vir aqui fazer meu trabalho! Que peitica!

*nota: peitica - sujeito insistente, renitente. Fim da nota.*

- Olha Camboa, - Contemporizou Itamaracá. - Deixe explicar. Só queremos saber se por acaso as 3 bruxinhas que ele esperava para ontem enviaram algum recado.

- Ah, é isso? Não, não enviaram recado algum.

- Então é hoje que o chefe vai dar o tango no mango!

Exclamou Gaiamun, bastante apavorado.

Pode ser que não dê, pois elas estão bem ali junto com aquele... hum... aquele cidadão enorme.

No mesmo instante, Gaiamun largou o bloquinho e seguiu Itamaracá que já se adiantava para os visitantes. Os 4, acompanhados por Gaiamun e Itamaracá, subiram para o andar de cima, onde localizava-se o gabinete do prefeito Merleta. Assim que entraram, foram recepcionados por Merleta, seu assessor Munifélix e sua secretária Driqueta.

- Vamos nos sentando porque o tempo urge. - Disse Merleta, que era muito sucinto. E indo direto ao assunto continuou:

- Chamei vocês 4 aqui...

- Nós quatro? - Interrompeu Beringelo.

- Sim Beringelo. Sei quem você é e porquê está aqui. Mas eram para ter vindo ontem. Estão bastante atrasados, não é?

Antes que alguém abrisse a boca para se desculpar, o prefeito continuou:

- Nem precisam se desculparem. Já sei que houve uma festa, Parabéns Madrea, mas agora vamos ao que interessa que é o motivo pelo qual vocês deveriam ter vindo ontem, e não hoje.

- Ah, então me diga, por favor, pois eu mesmo não sei. Pensei que minha missão era explicar como funcionavam os sinalizadores.

- Também, meu jovem, também. Mas se me deixar continuar, explico tudo, apesar de saber que o leite já fora entornado. - E limpando a garganta, continuou: - Bem, Biscoito estrelado precisou muito da ajuda de bruxos corajosos, pois sofreu um ataque.

- Um ataque?

Exclamaram os 4 amigos.

- Exato.

Agora já temos tudo sob controle, embora tenham havido alguns efeitos colaterais.

- Mas Merleta, Beringelo não é um bruxo. - Dessa vez foi Debruxa que interrompeu o prefeito, que lançando um olhar impaciente respondeu.

- Sei disso, mas qualquer ajuda é bem vinda.

E antes que o interrompesse novamente, continuou.

- Algum ser nada agradável contaminou a plantação de dona Melagda semana passada.

- Que horror!

Se espantou Pequetita.

- Que absurdo!

Indignou-se Debruxa.

- Isso é um crime!

Acusou Madrea.

- É uma crueldade!

Concluiu Beringel.

- É sim todas essas coisas juntas e muito mais.

- E como poderemos ajudar?

- Não poderão mais, Debruxa, pois graças a festa de Madrea, conseguimos detectar e sanar o problema na madrugada passada.

- A minha festa? Mas como?

- Sim, Madrea. Digam-me. Ninguém passou mal nessa festa?

- Sim, quase todo mundo.

Respondeu um sério Beringel.

- Exato. E esta porcentagem de pessoas que passaram mal, tomaram uma certa mistura produzida pelo professor Horácaco Slughorn.

- Oh!

Exclamaram todos de uma só vez.

- Acalmem-se por favor.

E pegando o canofone, o prefeito Merleta, ligou para Camboa, que atendeu no andar debaixo.

- Prefeitura de Bruxópolis, bom dia!

- Camboa, mande subir as folhas de chá por favor.

- Agora senhor prefeito?

- Estou pedindo agora, não é?

- El.... Sim.... Certo, já estão subindo.

O canofone era muito usado nas repartições públicas de Bruxópolis. Consistia em um cano comprido que interligava alguns

setores, a fim de possibilitar a comunicação interna, sem que os bruxos precisassem usar as bolas de cristal, que as vezes

demoravam para serem energizadas. Já o canofone para funcionar, bastava que gritassem em uma extremidade para se fazer ouvir na outra. De vez em quando acontecia de duas pessoas pegarem ao mesmo tempo as duas extremidades do canofone, gritando em conjunto para o outro. Nessas ocasiões, ambos telecanonicadores levavam um susto e por vezes eram chuviscados com gotículas

de cuspes. Foi prevendo esse tipo de situação, que o prefeito Merleta proibiu qualquer outro funcionário de fazer ligação,

sendo autorizado apenas para atender.

- Não consigo entender certas atitudes. Se o telecano só funciona dentro da prefeitura, por que raio de motivo Camboa insiste

em atender anunciando Prefeitura de Bruxópolis!

- Quer que eu coloque isso na pauta para a próxima reunião?

- Não é preciso, Driqueta. Munifélix, não se esqueça de lembrar a Camboa que o Telecano só funciona dentro da repartição, não atendendo ligação de fora.

- Certo, avisarei.

Nesse momento a porta do gabinete se abriu, e uma linda bruxa de avental entrou carregando a bandeja com o chá.

- Pode colocar aqui na mesa, Encanta-Moça, e não precisa esperar, depois alguém levará a bandeja.

Assim que Encanta-Moça saiu do gabinete, o prefeito continuou.

- Driqueta, pode por gentileza mostrar-lhes o que apareceu no borrão do chá ontem a noite?

- Sim, mer.... prefeito, claro.

E E tomando de uma só vez o chá, Driqueta levantou-se, após virou a xícara de boca para baixo, e erguendo de vagar mostrou o borrão de chá.

Vêem?

Perguntou com uma voz misteriosa.

Debruxa, Pequetita, Madrea e Beringel, até que se esforçaram para tentar decifrar o borrão do chá, mas nada conseguiram. Por sorte, Driqueta continuou.

- Esse monte do lado direito, é a plantação de dona Melagda . Percebam! Percebem?

Os quatro nada percebiam, mas faziam cara de espantados.

- Exatamente isso. Essas borrinhas que rolam morro abaixo, são as plantas correndo de medo do veneno. E este ponto mais escuro é justamente o veneno que estava bem no meio da plantação.

Beringel, bastante preocupado se adiantou.

- Esse veneno, o senhor... o senhor tem notícias se por acaso atingiu alguma berinjela, senhor prefeito?

- Não meu jovem. Graças a Driqueta. Ontem a noite quando estávamos tomando o chá de fim de expediente, Driqueta teve essa visão no borrão do chá. Imediatamente procuramos dona Melagda e conseguimos isolar a plantação.

- Isolar? Mas o veneno não foi exterminado?

- Ainda não, Pequetita, mas será. O professor Horácaco Slughorn, está trabalhando nisso.

- mAS SENHOR PREFEITO, POR QUE GRAÇAS A MINHA FESTA?

- Na verdade, foi graças a sua festa e a Driqueta. Driqueta percebeu o problema, mas não sabíamos se já haviam vítimas. Como fiquei sabendo de sua festa, pude checar melhor os efeitos colaterais. Ainda bem que sua mãe, minha grande amiga Caviglione Gonagall, estava lá para preparar um antídoto. Ela sempre foi boa nisso. Devo estender meus agradecimentos também ao professor Devistro, pois ele me procurou bastante nervoso com a situação, o que nos ajudou em muito a organizar uma defesa. Bem, e agora se me permitem, da próxima vez que receberem um chamado meu, venham na mesma hora, por favor. Dessa vez conseguimos solucionar o problema, mas os efeitos poderiam ser bem piores. Ainda bem que Horácaco Slughorn não fez uma poção muito forte. Do contrário..... Ah, deixemos isso para lá.

E levantando-se, conduziu os quatro amigos até a porta, se despedindo efusivamente.

Debruxa, Pequetita, Madrea e Beringel, ficaram espantadíssimos com a história do veneno e rapidamente contaram para a cidade toda. Dias depois, para a felicidade de todos, o professor Horácaco Slughorn, conseguiu exterminar todo veneno. A profa Caviglione Gonagall, só aceitou retornar para a casa após checar pessoalmente a plantação de dona Melagda. Debruxa, Pequetita e Madrea, agora mais amigas que nunca, resouveram fazer um curso de poções mágicas avançado. Beringel, que se apegara muito aquelas bruxinhas, em especial a uma certa de cabelos vermelhos, continua fazendo suas viagens e concertando bolas de cristal por todo Biscoito Estrelado. E vez ou outra, essa turma se reúne para festejar animadamente com muito barulho, músicas, danças e inhos, a felicidade de existirem.

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Debie Debruxa Miau
Enviado por Debie Debruxa Miau em 08/08/2012
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