Biscoito Estrelado - Capítulo IV

Capítulo IV Uma Festa de Arromba!

Os gritos de Madréa foram ouvidos por todos lá em baixo.

- Ai minha filhinha! - Se preocupou profa Caviglione, correndo para o portão, mas Beringelo foi mais rápido e a segurou, chamando-a por tia na confusão.

- Espera tia, ela já está se equilibrando, veja!

Madréa, que era muito habilidosa com feitiços radicais, retomou rapidamente o equilíbrio e pousou harmonicamente em frente ao portão do chalé.

Desceu da vassoura e procurando uma campainha, encontrou um cordãozinho que julgando que deveria puxá-lo, assim o fez.

Nesse momento, o que pareceu ser um esqueleto situado acima do portão, começou a se requebrar e bater palminhas e um coro majestoso se ergueu do jardim entoando um feliz aniversário Madréa, enquanto letrinhas brilhantes foram aparecendo no alto da sacada do andar de cima, formando a frase: Bem vinda a sua festa de aniversário, Madréa! Ao mesmo tempo, foram aparecendo criaturas de tudo quanto era jeito, saindo de dentro do chalé, se levantando das folhagens e até saltando as janelas.

Madréa levou um susto, pois não esperava tal coisa, e se recuperando, abriu o sorriso e lágrimas escorreram de seus lindos olhos azuis. Nunca ninguém havia preparado uma festa surpresa pra ela. Até mesmo em Hogwarts, quando estava cercada de colegas, não tivera uma festa surpresa. Houveram sim, muitas e animadas festas de aniversário, mas surpresa? Não, nunca!

- Puxa, - Pensou. - Mas só mesmo minhas amigas para preparar tão agradável presente. - E tentou abrir o portão, que para seu espanto se manteve fechado.

- Anda sua boboca, - Chamou Debruxa, se aproximando do portão. - Porque ainda não entrou?

- Por que o portão está trancado, Debruxa.

- Meus Deuses! Acho que exagerei no feitiço de proteção.

- Calma Debruxa, - Disse a profa Caviglione , já dôo um jeito nisso.

E apontando sua varinha para a tranca do portão, o abriu. Pequetita e Debruxa correram para a amiga a abraçando e gritando muitos felizes aniversário. Depois foi a vez de sua mãe e de todos os convidados cumprimentá-la. Madréa não esperava uma festa, muito menos tão cheia de convidados. Estavam lá seus ex-professores de Hogwarts: a profa de história da magia Rita Binns, a profa de adivinhação Silígia Trelawney, agora casada com o professor, Remo Josias Lupin que lecionava defesa contra as artes das trevas, a profa de Aritmancia, Septerica Vector, a professora de estudos dos trouxas, Marlenta Carrow, a profa de erbologia, Pomonaudaí Sprout, o professor de trato das criaturas mágicas, Rúbílio Hagrid, a profa de vôo, olizia Hooch, o professor de feitiços, Antozé Flitwick, o professor de poções, Horácaco Slughorn, o professor de runas, Caldeira da Porteira, o professor de astronomia, Devistro Sisco, o diretor de Hogwarts, Felicíssimo Dumbledore, e até mesmo seus amigos de escola, que há muito não via como: Madame Tauil, Silcrita Tininha, suas quase xarás Medréa, Meméia e Medéia, Fabibruxa, Tábata e sua mãe Samanta, Dine é o Gênio,

Bene Chapeleta, Driqueta, Patibru, Moni Cats, a bruxinha Queca, Francisco Feliz,

e os habitantes da cidade como: Pardalito com sua viola, Sapancos, o escritor de

cordel, Dragonildo, , o dragão de cabeleira colorida, a cuca, MATINTAPERERA, o General LABATUT, a dupla de gnominhos inseparáveis Lole e Leo, Adão o anão, o capitão caverna e seu filho caverninha, Merleta, o prefeito de Bruxópolis com seu assessor Munifélix, e até o Lorde lerdo!

- Quanta gente! - Gritou Madréa, transbordando de alegria. E tia Minerva, ainda gripada, mamãe?

- Oh sim, querida. Ela é muito teimosa!

- E Bibis Potter, Duda Granger e Balin Weasley, também estão aqui?

- Oh, infelizmente não, querida. Estão de castigo por terem explodido um banheiro.

- Ah, que pena!

- Feliz aniversário, Madréa!

Veio uma doce voz atrás de Madréa, que se voltando para ver de quem era, foi envolvida por muitos babados cor-de-rosa.

- Como você está, minha única e por isso mesmo, afilhada predileta?

- Dinda Fadana! E eu que pensei...

- Pensou que eu havia me esquecido de seu aniversário, não é?

- Hel.... Sim, mas... El....

- Que ótimo! Era pra pensar mesmo. Faz parte dos preparativos da festa surpresa.

- Vamos! - Chamou Pequetita. - Vamos todos para o quintal, pois o som vai começar.

E puxando mestre Pardalito pelo bico, dirigiu-se para o quintal, seguida aos atropelos por todos convidados da festa. Beringelo acoplou ao violão um fio invisível para que a música fosse espalhada por todo o chalé.

- Colicença, meu jovem. -

- Pois não.? - Respondeu Beringelo a gorda criatura que pegou o violão de suas mãos, e afastando algumas cordas, tirou lá de dentro um comprido cachimbo cor de abóbora.

- Mas quem é o Senhor? Acho que não o vi chegar.

- Ah sim, e nem poderia mesmo, pois vim dentro do violão de mestre Pardalito. Sabe como é, né? Nós sapos não sabemos voar, e o Boi Tatá estava lotado. Então, Mestre Pardalito gentilmente me ofereceu uma carona. Sou Sapocampos, o escritor de cordel e contador de histórias. Pode me chamar de Sapancos. Mas e você, quem é?

- Sou o Beringelo!

- Sapancos era um enorme sapo martelo que se encontrava em sua forma humanizada, mas nem por isso escondia algumas características anfíbias. Media cerca de um metro e meio, era proprietário de uma gigantesca pança, usava um enorme óculos de osso de tartaruga, e apesar da maioria dos sapos quando em suas formas humanizadas terem boca grande, este conseguira adquirir uma boca nem muito grande nem muito pequena. Era uma boca normal, mas sua voz era potente e diziam que ele cantava muito bem.

- Vejo que você também não é um bruxo.

- Ah não, meu senhor. Sou o rei das Beringelas.

- Berinjelas? Hum... eu adoro Berinjelas! Fritas então... Hum, que maravilha!

Beringelo achou estranho aquele papo e preferiu manter distância de tal criatura.

- Ei meu rapaz, - Chamou Sapancos, enquanto Beringelo se esquivava correndo para a cozinha. - Volte aqui, nós ainda não terminamos nossa conversa!

- Eu já tinha escutado falar em urubu violonista que carregava sapos no violão, mas um pardal com um sapo? Que dupla mais diferente! E tenho certeza que aquela boca quando o assunto é comida, deve tomar proporções gigantescas! - Ia pensando. O movimento na cozinha era frenético. Beringelo pegou um salgadinho e foi logo servido por um dos piratas que lhe estendeu um copo parafuso com um líquido gelado com uma coloração amarelada. O garçom, percebendo a indagação no semblante de Beringelo, esclareceu.

- Cerbreja, meu caro. É uma delícia. Beba e não irá querer outra coisa!

E nem deu tempo de Beringelo recusar, pois mal acabara de lhe fornecer tal informação, o pirata já estava servindo outros convidados que ainda estavam sem copo parafuso. Beringelo achou por bem experimentar.

- Hum... Nada mal!

O som já estava rolando e muitos convidados se dirigiram para a pista de dança, que ficava no centro do quintal. Alguns vaga-lumes voaram

Para cima da pista e formaram um lindo teto brilhante que piscava no ritmo do som.

A profa olizia Hooch, se encontrava no que parecia ser uma disputa pelo microfone com Sapancos.

- Ande Olizia, eu cantarei a primeira música e depois será a sua vez.

- Nada disso Sapancos! Eu cantarei primeiro.

Enquanto os dois disputavam o microfone, mestre Pardalito que tinha que ficar repetindo os acordes da introdução de uma música, perguntou impaciente:

- Ei, vocês vão se decidir ou não?

E ouviu uma voz arrastada atrás de si:

- Se quiserem, eu posso abrir a festa com a primeira música.

- Ora ora, vejam isso! - Gritou mestre Pardalito rindo. - Lorde Lerdo quer cantar, e logo a primeira música! Escute bem Lorde Lerdo, se você ousar pegar nesse microfone com qualquer intenção, eu sim, que irei abrir sua cabeça!

- Sapancos ouvindo isso, achou por bem ceder o lugar para Olizia Hooch, por dois motivos: 1 que se Lorde Lerdo começasse a cantar, além de fazer toda a festa dormir, dificilmente largaria o microfone, e outra que não queria ter sua cabeça quebrada. Em outra ocasião, já vira o amigo partindo seu agora, ex violão, na cabeça de um jabuti, que desafinara muito ao cantar.

Então pegando seu martelo, puxou uma batida acompanhando ritmamente a música. O professor de runas, Caldeira da Porteira ouvindo o martelo, se juntou aos músicos com seu chocalho de runas recém fabricado, arrastando consigo Antozé Flitwick, que foi reclamando com a boca cheia de torradinhas com patê. Antozé Flitwick, além de ser professor de feitiços, era um excelente sanfoneiro, e assim que conseguiu digerir o alimento, sacou da sanfona e se juntou aos músicos.

- Ei meninas! - Chamou Madréa, se dirigindo a Debruxa e Pequetita.

- Vamos fazer aquela coreografia das amigas inseparáveis! Venham já para o meio da pista de dança.

Como todo círculo de amizade feminino, essas 3 compartilhavam muitos segredos, feitiços e claro, micos. E a dancinha das amigas inseparáveis se tratava do que poderíamos chamar, ritual musical com grande dosagem de pagação de mico.

Debruxa e Pequetita, como adoravam tudo que se dizia respeito ao trio, correram para Madréa e começaram a dar seus primeiros paços da dança.

Driqueta, uma das bruxinhas mais amimadas, vendo o trio, convidou o prefeito Merleta para dançar. Este não pensou duas vezes, pois Driqueta tinha um jeito muito apimentado de ser, o que lhe proporcionava, de certa forma, muito charme.

A professora Marlenta Carrow, que não perdia um arrasta pé, puxou o primeiro cavaleiro que viu pela frente, O professor Rúbílio Hagrid, que diga-se de passagem, dançava muito bem.

Madame Tauil, Moni Cats, Medréa e Patibru estavam sentadas em uma mesa perto da pista de dança, esperando serem tiradas para dançar. A primeira felizarda foi Medréa, que ganhou várias competições de dança quando estudou em Hogwarts.

- Colicença!

- Bene Chapeleta!

Gritaram as 4 em uni sono.

- Sim eu....

- Quer dançar, certo? - Perguntou Moni Cats que foi arrastando a cadeira e ficando de pé.

- Medréa, você quer dançar comigo?

Medréa nem teve tempo de pensar, pois foi empurrada por Madame Tauil e Patibru, antes que pudesse recusar.

- Não foi dessa vez, Mone. - Disse Patibru, se servindo de uma empadinha.

- Não tem problema, pois se é para dançar, eu danço sozinha. Não preciso de homens fantasiados de cavaleiros para que eu mexa o esqueleto.

- ótima idéia! - Gritou Madame Tauil, puxando as duas amigas para a pista de dança. - Vamos arrasar!

Do outro lado do quintal, Felicíssimo Dumbledore dividia sua mesa com a profa Caviglione Gonagall, Rita Binns, e Lorde Lerdo, que depois de ter levado muito tempo para chegar até o trio e ter causado um acidente com um dos Elfos que carregava uma bandeja cheia de croquetes de camarão, mantinha um concentrado discurso sobre a história da magia.

Nesse momento a primeira música chegou ao fim, e Debruxa que não conseguiu terminar com perfeição o último paço da dancinha das amigas inseparáveis, passou voando por cima da mesa do professor Felicíssimo Dumbledore, indo aterrizar sentada bem nomeio da mesa de Silígia Trelawney e Remo Josias Lupin .

- Uau! - Exclamou Jozias Lupin. - Isso que eu chamo de colocar coisas estranhas na bandeja!

- El... Me desculpe.... El....

- Ora deixe disso meu bem, são caroços que encontramos dentro das empadas. Corrigiu Silígia Trelawney, e reconhecendo a coisa, até então não identificada, exclamou: - Debruxa!

- El... Olá... professora. - Respondeu, uma Debruxa encabulada.

- Vamos querida, sente-se aqui conosco!

Nesse momento, Beringelo que esteve observando e tentando entender aquela dança das amigas inseparáveis, se aproximou preocupado, pois vira com todos os detalhes o vôo da bruxinha. Principalmente aquela parte onde seu vestido levantou, revelando o que havia por baixo.

- Sim, meu caro?

Indagou desconfiado o professor Josias Lupin.

- Debruxa! você está bem? - Perguntou Beringelo, ignorando os demais.

- Estou ótima Beringelo, mas deixe-me apresentar meus professores.

- Ex- professores. - Corrigiu Silígia.

- Que isso professora! Uma vez professor, sempre professor, certo?

- Sim querida, ela tem lá uma certa razão. - Respondeu Josias Lupin, e pousando seu wisck na mesa, perguntou: - - Mas quem é este seu amigo?

- Bom, - retomou Debruxa.

- Este é o Beringelo. Beringelo, estes são meus professores Silígia Trelawney. e Josias Lupin. Ambos dão aulas em Hogwarts.

- Muito prazer! - Respondeu Silígia, estendendo a mão para o vegetal humanizado.

- Vamos meu caro, junte-se aos bons! Amigo de Debruxa é nosso amigo também. - Acrescentou Josias Lupin.

- Venha Debruxa, - disse Silígia. - Quero saber como foi esse seu curso de tarot com o Frather Goya.

E assim, os 4 mantiveram animadamente uma conversa.

Debruxa considerava muito Silígia Trelawney e Josias Lupin, pois mesmo o casal não tendo filhos, ela se apegara muito a eles em Hogwarts, e passou algumas férias na companhia deles.

Quando a música acabou e Debruxa saiu voando, Pequetita e Madréa, sem entender o desfecho que a amiga dera, ficaram perdidas no meio da pista de dança.

- O que deu nela?

- Sei lá Pequetita. Vai ver que é um paço que ela aprendeu lá no Mar de Janeiro. Sabe como são as modas de lá, não é?

- Hum....

Mas Pequetita não acabou de responder a amiga, pois nesse momento 3 criaturas rodearam Madréa.

Uma das criaturas tamparam momentaneamente a visão de Pequetita, que ficou tentando descobrir quem eram os 3, e reconhecendo um deles gritou:

- Dragonildo!! - Mas os 4 se afastaram rapidamente.

As outras duas criaturas eram Lole e Leo, os gnominhos. Esses 3 quando se encontravam em algum lugar, faziam tanta bagunça, que era impossível controlá-los. Madréa, sem poder responder nada, foi arrastada para outra dança, só que mais maluca do que a que tinha feito com as amigas.

Pequetita ficou pensando:

- Esse Dragonildo Maldito, nem me deu atenção! E Lole e Leo! Que falta de educação! Nunca mais darei geléias de morango para nem um deles. Quem eles pensam que são para me ignorar? Pensam que só porque praticam feitiços radicais com Madréa podem arrastá-la e me deixar sozinha?

- Pequetita? - Chamou UMA VOZINHA VINDA LÁ DE BAIXO.

- Quem me chama? Onde estás? Pequetita como era acostumada a sempre procurar no alto seus interlocutores, não estava conseguindo achar de onde partia a tal voz.

- Aqui em baixo querida.

- Ah, você!

- sim, como vai?

- Estou ótima.

- Deixe-me servi-la com um pouco de Idromel.

- Idromel! Eu adoro idromel, Adão.

- Que bom! Mas tenho outra coisa aqui que irá gostar.

- E o que é?

- Talhatinas encantadas!

- As talhatinas! Como eu havia me esquecido!

- Quer brincar?

- Mas é claro, Adão.

As talhatinas, eram as serpentinas de talharim que Debruxa havia feito para a festa.

- Em quem iremos jogar? - Perguntou Adão, o anão.

-- Deixe comigo.

E dizendo isso, Pequetita lançou a talhatina mirando Dragonildo, , mas acabou acertando um pirata com uma bandeja cheia de copos de parafuso. Este foi erguido com seus copos e ficou todo enrolado na talhatina.

Pequetita, que detestava errar o alvo, fez nova tentativa, mas acabou por acertar bem na careca do professor Felicíssimo Dumbledore que estava nesse exato momento, passando um copo de Cherês para Rita Binns. Ele foi erguido para o alto, levando consigo a professora de história da magia. Por questão de segundos não atingira a profa Caviglione, que havia acabado de ir a cozinha verificar como os elfos estavam se saindo, ficando longe do alvo de Pequetita. - Ora, vejam que graça. - Exclamou Felicíssimo Dumbledore. - O que mais faltam a essas crianças para inventar?

- Socorro! Eu estou toda enrolada! - Gritou Rita Binns, que deixou o Lorde Lerdo discursando sozinho lá embaixo.

Pequetita, como gostava do número 3, fez a última tentativa, mas também não acertara seu alvo, pois Piuí, Lole, Leo e Madréa, ao perceberem a intenção da bruxinha, correram para pegar suas talhatinas e miravam para ela. Mas Pequetita era muito rápida e girou, fugindo para o jardim, dando voltas e voltas em torno de várias roseiras, correndo e entrando em seguida debaixo de uma mesa. Em sua última tentativa porém, acertara o professor Horácaco Slughorn, que estava com dois copos nas mãos, fazendo uma de suas experiências de porção mágica. Esse ficou todo enrolado e foi subindo, ao mesmo tempo que pensava:

- Ora que coisa! Como saberei qual é a porção que misturei? Devistro Sisco, que estava tentando explicar a Munifélix, o assessor do prefeito como seria melhor que a prefeitura fosse localizada em cima da montanha do observatório, pois de lá não só teriam uma melhor visão de Bruxópolis, como também poderiam ver de mais perto os astros, ao apontar para o céu para exemplificar determinadas estrelas, viu muitos convidados lá em cima, enrolados no que parecia ser tiras de macarrão.

- Sim, Devistro Sisco, mas como você ia dizendo.?

- Esqueça Munifélix. Acho que agora não dará para eu lhe mostrar devidamente as estrelas que protegem Bruxópolis.

Madréa, Dragonildo, Lole e Leo, não conseguindo acertar Pequetita, lançaram suas talhatinas de qualquer jeito e acabaram se enrolando os 4 mutuamente, ficando girando e subindo por alguns minutos.

Felizmente, o efeito da talhatina era rápido, e em poucos instantes todos retornavam aos seus lugares.

O professor Felicíssimo Dumbledore e a assustada professora Rita Binns, posaram suavemente em suas cadeiras, encontrando com Lorde Lerdo, que por não ter percebido o que se passava, ainda discursava compenetradamente.

Muitos convidados, gostando da brincadeira, correram para pegar suas talhatinas a fim de brincar.

Profa Caviglione, ao entrar na cozinha, quase foi atropelada por um trem de talhatinas, tendo como maquinista Madréa.

- Minha filha! - Mas Madréa nem teve tempo de olhar, e passou direto, seguida por Leo, Lole, Dragonildo, Madame Tauil, Silcrita Tininha, Medréa, Fabibruxa, Bene Chapeleta, Driqueta, Patibru, Moni Cats, Francisco Feliz e outros que ela não conseguiu identificar.

- É... Que bom que eles estão se divertindo. - E pensando nisso, resolveu também entrar no trem. Não demorou muito a maioria dos convidados da festa estavam pulando e voando no trenzinho em volta do chalé, ao som dos músicos.

Pequetita que ao fugir de Madréa e das 3 criaturas se manteve durante certo tempo debaixo de uma mesa, assim que viu o trem, correu em direção a Debruxa, e arrancando esta da mesa a carregou também para o trem. Beringelo, que apesar de ter um ar sério, não estava mais suportando ficar longe de Debruxa, não pôde resistir e também seguiu as bruxinhas, entrando de qualquer jeito na fila.

- Que legal! - Exclamou Silígia, e pegando a mão de Josias Lupin convidou: - Vamos querido! Também quero entrar nesse trem!

Caldeira da Porteira, percebendo a animação daquele trem, foi sorrateiramente aumentando o ritmo da música, no que teve o total apoio de Antozé Flitwick e Sapancos. Mestre Pardal, percebendo que olizia Hooch estava ficando sem fôlego para continuar cantando, diminuiu o ritmo. Mas os outros músicos aceleravam novamente. Então ficou assim: O trem, que estava acompanhando o ritmo da música, ora ia de vagar, ora ia rápido....

- Mestre Pardalito - Chamou Sapancos. - Toque aquela!

Aquela que Sapancos se referia, era uma música que tinha as notas muito agudas, e que olizia Hooch era uma das poucas pessoas que conseguia alcançar com facilidade.

- Bom pedido! - Concordaram os outros músicos.

- Que músicos dos diabos! - Exclamou Mestre Pardalito, que já adivinhava o que Sapancos estava tramando, não pôde recusar e iniciou a tocar. Assim que olizia deu as primeiras notas, o trem foi subindo... subindo....

- Uau que delícia! - Exclamou encantado Felicíssimo Dumbledore que havia acabado de entrar no trem.

- Ei Madréa, vá mais baixo, vamos para o chão, por favor.

Pedia Beringelo, que não estava acostumado com alturas.

- Eu não consigo, Beringelo.... Acho que esse trem segue a música.

- Ei, alguém peça aquela mulher para parar de cantar, por favor. - Pedia apavorado Beringelo.

Na sala do chalé, alheias a toda essa questão do trem de talhatinas, Pomonaudaí Sprout conversava animadamente com sua amiga Septerica Vector sobre as dosagens de uma determinada erva, quando foram abordadas por Horácaco Slughorn, , que procurava alguém para experimentar sua mais nova poção.

- Ora vamos, Horácaco, você não espera que provemos isso, não é?

- E por que não, Pomonaudaí?

- Por que algumas ervas ao serem misturadas, podem provocar efeitos nada agradáveis.

- Então você acha que eu colocaria algo maligno nessas poções e viria aqui oferecê-las a vocês?

- Não é bem isso, Horácaco. É que...

- Ora vamos Pomonaudaí! O que tem de mais experimentarmos um pouquinho dessa poção? E do mais, Horácaco nunca faríamos mal, não é mesmo Horácaco?

- Claro, Septerica.

- Então prove você primeiro, Septerica. - Sugeriu Pomonaudaí.

E dessa forma, as duas professoras tomaram a poção mágica de Horácaco.

- Ai, aqui dentro está muito quente. - Reclamou Pomonaudaí levantando-se. - Eu falei que determinadas ervas ao serem misturadas não trazem bom efeito. Vamos lá pra fora por favor, Septerica.

Assim que os 3 saíram da sala:

- Vejam isso: Gritou Pomonaudaí. - As cobras estão se rastejando no céu!

- Não é nada disso. - Corrigiu Septerica . - É uma estrela cadente. Não está vendo sua cabeça na frente cor de laranja? o resto é a calda dela, só isso.

- Fantástico! - Pensou Horácaco. - Essa poção que fiz é de mais! Preciso distribuir para todos!

Lá para o lado dos músicos, a coisa estava ficando feia. Mestre Pardalito, que vira a reação de Beringelo lá em cima, gritava agora com olizia Hooch para que cantasse uma escala abaixo.

- Não tenho como fazer isso, Pardalito. Detesto desafinar, e você bem sabe que corro este risco. Pare você de tocar.

- Mas parar agora é que eu não posso, pois o trem pode cair e são poucos os bruxos habilidosos com reflexos radicais.

- Um pirata que acabara de encher o copo de Sapancos com cerbreja, sugeriu:

- E se vocês diminuírem a velocidade da música?

- Isso não tem nada haver com velocidade da música! - Gritou Mestre Pardalito, que detestava pitacos de leigos em sua música. - É o tom, entende? o tom!

- Acho que nosso amigo Pardalito está nervoso. - Comentou Antozé Flitwick, a Caldeira da Porteira.

- É verdade. E ouvindo apenas a palavra "velocidade" que Mestre Pardalito dissera ao pirata, sugeriu: Penso que estamos tocando de vagar de mais.

e DESSA FORMA, AUMENTARAM A VELOCIDADE DA MÚSICA.

Mestre Pardalito quase teve um troço, pois agora o trem não só estava muito alto, como também girava rapidamente.

- Seus filhos de Serpentes! - Praguejava aos percussionistas. - E você Sapancos, é o responsável de tudo isso. Seu.... Seu.... Seu filhote de cruz credo misturado com Deus me livre!

Nesse momento Lorde Lerdo por questões óbvias não conseguira entrar no trem, se aproximava dos músicos.

- E você? O que quer aqui. Olha, eu não estou nada bem hein! Já vou te avisando. Não me venha com esse seu cérebro de nhoque!

- Espere, Pardalito. - Pediu olizia Hooch, entre uma pausa e outra. - Ele pode cantar de vagar. - E nem esperou a resposta de Mestre Pardal para jogar o microfone a Lorde Lerdo gritando:

- Cante, rápido, cante.. Digo, cante de vagar, mas cante de vagar rapidamente, se é que me entende.

Ao mesmo tempo que Lorde Lerdo dera suas lerdas primeiras notas, Sapancos soltou um arroto fenomenal e o trem desceu, não tão vagarosamente como pretendia Mestre Pardalito, mas sem grandes riscos.

- Ufa! - Suspirou um apavorado Beringelo, assim que tocou o solo com seus pés.

- Mas Já acabou? - Lamentou Felicíssimo Dumbledore.

- Vamos, vamos! - Chamou a profa Caviglione, antes que inventassem mais coisas. - Vamos cantar os parabéns!

E os convidados, e meio a atropelos e empurrões, correram, cada um a sua maneira devido ainda a sensação do trem voador, em direção a sala para cantarem os parabéns. Debruxa e Pequetita se postaram ao lado de Madréa que estava radiante com a sensação do trem voador.

Os convidados foram se ajeitando em torno da mesa de qualquer jeito, pois era óbvio que não caberiam todos ali dentro. Os gnomos, como eram pequenos, assim como os anãos, se enfiaram debaixo da mesa, os professores ficaram esmagados na parede, devido a entrada furtiva dos amigos de Madréa que queriam ficar perto da aniversariante e os duendes se equilibravam nas pontas dos pés atrás de todos para tentar enxergar o parabéns. Outras criaturas ainda não denominadas, abriram frestinhas na parede da casa e ficaram lá fora olhando para dentro. Ninguém queria perder os parabéns, exceto Mestre Pardalito, por motivos justificáveis.

Mal os músicos entraram na sala, olizia Hooch, iniciou os parabéns, acompanhada somente pelos percussionistas, pois Mestre Pardalito ficara lá fora saboreando uma Serbreja gelada, já que por culpa de seus companheiros de música, teve que bancar o inspetor, pois do contrário aqueles malucos iam acabar transformando a festa em baderna.

Esmagado em uma das paredes, Devistro Sisco tentava convencer Septerica que aquela música não era ópera, e sim os parabéns de Madréa.

- Você é surdo, Devistro. Ou nada musical. Isso é uma ópera, ouviu bem? Hoooo oh, oh ooooooo oh! - E acompanhou a música com muitos vibratos.

Ao lado deles, Pomonaudaí Sprout, sinalizava para um elfo trazer uma cerbreja bem gelada, pois estava com muito calor.

Devistro Sisco, que não estava entendendo o comportamento daquelas professoras, sabendo que o Elfo não conseguiria atravessar aquela multidão, começara a assoprar Pomonaudaí.

***

Debie Debruxa Miau
Enviado por Debie Debruxa Miau em 05/08/2012
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