Bleakness S01C02 - and if you did not come back?

Anteriormente em Bleakness.

Em uma paris chuvosa, Erick está a espera de um voo que levara ele e sua namorada, Wia, de volta para os Estados Unidos. Wia está drogada e revoltada tenta invadir um voo, Erick tem que leva-la para a pensão onde eles irão dormir. Durante o caminho ele é atacado por algo estranho fazendo com que Erick fique inconsciente. Erick está morto? Wia está via? Ela conseguiu voltar?

Bleakness

Mike

A estranha história começava agora, minha irmã estava retornando de viagem e isso era muito ruim. Hoje seria o dia em que o avião, vindo de Paris chegaria na cidade. Enquanto meus pais estavam buscando ela no aeroporto, eu continuava perdido nas ideias de como seria tê-la de volta e conversando com Jack durante a aula de Geometria.

Primeiro, era duro saber que Wia não era uma irmã exemplar, mas por mais errada que ela fosse eu gostava de tê-la por perto.

— Cara, você vai? — Jack perguntava enquanto a professora explicava para a turma o que era um triangulo Isósceles. Kate Blend, a garota mais popular e gostosa da escola daria uma festa e ninguém iria perder. Ninguem menos eu, se Wia voltasse eu seria obrigado a leva-la junto e seria muito chato ter alguém no seu pé durante a festa.

— Não sei! Vou ter que levar Wia junto! — Sussurrei no momento errado, a professora ouviu e direcionou uma pergunta a mim.

— Sr. Maanson, o senhor deve saber todo o conteúdo, o que é um Triangulo-Retângulo? — Merda, eu não sabia a resposta. Sorte que Jennifer Bravanna, a garota mais inteligente da turma respondeu. Jennifer era a garota mais nerd de toda a escola, ela passava o tempo todo estudando. Após ela responder eu olhei para ela agradecendo, ela sorriu e de alguma forma eu encontrei uma garota normal por trás daqueles olhos.

Quando Jack iria falar outra vez o sinal soou e a turma toda se dispersou sem dar tempo para a professora acabar a aula. Em um único impulso eu levei a mochila até as costas e corri para o corredor, precisava falar com Jennifer antes que ela fosse embora.

O corredor estava lotado de alunos caminhando de um lado para o outro, abrindo seus armários, gritando, brigando e se beijando. Só havia uma escola na cidade, então todos os jovens que moravam ali estudavam na Rowling High School, a escola possuía esse nome em homenagem a uma grande escritora britânica.

— Jared Gaston e Kelly Stromenghine acabarão de confirmar, essa festa vai ta demais!— Larry, acabara de chegar correndo e falando ao mesmo tempo para tentar me acompanhar. Larry era um dos meus melhores amigos e jogador do time da escola. Era um das pessoas mais populares da escola, era alto, possuía quase a minha altura e usava sempre uma jaqueta do time e óculos escuros. Era justamente assim que ele estava hoje.

— Por que você está correndo cara? — Ele perguntou.

— Preciso falar com alguém! — Comecei a correr esbarrando entre os jovens apressados que queriam sair da escola, Jennifer estava quase na porta quando eu estava prestes a alcança-la. Algo então aconteceu, uma força muito estranha, como se o vento conspirasse contra o nosso encontro ele impediu que continuasse correndo. Jennifer entrou em um carro e foi embora. Eu ainda estava parado na porta tentando caminhar, meus sentidos estavam paralisados.

Larry conseguiu me alcançar novamente e perguntou por que eu estava parado, neste exato momento meus sentidos voltaram ao normal.

— Nada. O que você estava falando? — Eu perguntei.

— Você vai na festa Sábado?

— Não sei, minha irmã vai chegar de viagem hoje. — Outra vez alguém fazia eu me lembrar desse fato que já estava frisado em minha cabeça, eu estava ansioso para que esse momento passasse logo.

— A festa vai estar demais. Você não pode perder! — Larry continuou caminhando enquanto eu permanecia parado. Todos os alunos se foram e agora restava apenas um final de semana, com minha irmã;

O sol não se encontrava mais quando o carro dos meus pais chegou na garagem, eu estava dormindo quando isso aconteceu. Era errado, mas eu passava a maioria do dia dormindo. Seria mais simples assim do que ficar lembrando de coisas do passado.

Minha antiga namorada, Angel... deixou marcas.

Não havia ninguém de diferente no carro, apenas meu pai e minha mãe. Antes que eu pudesse perguntar, minha mãe falava:

— O voo dela chegou, mas ela não estava nele. — Sabia que alguma coisa estranha estava acontecendo, Wia falava a semana toda dessa viagem e agora ela não iria vir mais? Isso era verdade ou estavam fazendo uma brincadeira.

— Por que ela não veio? — Perguntei.

— Não sabemos, ficamos horas esperando por uma informação, mas disseram apenas que ela não embarcou. — Os olhos estalados do meu pai estavam úmidos, não que ele estivesse chorando, mas ele estava realmente preocupado. O velho Carl não chorava assim tão fácil.

— Mãe, Alguma coisa está errada por que Wia ficou falando o mês todo dessa viagem e agora ela não vai vir mais? — Minha mãe parecia ter derramado litros de lagrimas. Sua roupa estava molhada e seus olhos muito inchados.

— Vocês tentaram ligar para ela?

— Sim, mas estava fora de área. — Minha mãe respondeu.

— Tentem de novo! — Não esperei, tirei o iphone do bolso e disquei o segundo numero da Discagem rápida. Levei o telefone ao ouvido, mas só ouvia o barulho repetitivo, até que a voz revelou que o telefone estava desligado ou fora de área.

— Fora de área.

O silêncio engoliu a sala, impossibilitando que o clima pesado se esvaziasse pelas janelas. Carl caminhava até a geladeira e pegava um copo de agua enquanto minha mãe preparava um uísque eles trocaram os copos e meu pai tomou um gole da bebida.

— Vocês vão ficar parados? — As palavras saíram estupidamente pela minha boca, sem querer eu estava gritando.

— Meu filho, o que você quer que a gente faça?

— Cara, alguma coisa está errada! Vou tentar ligar para Erick. — Erick era o namorado de Wia, ele viajou junto com ela , eles começaram a namorar durante a viajem e ela decidira ficar por que Erick estava arrumara um emprego em paris, Erick era do Canadá e meus pais não o conheciam.

O iphone ainda estava na minha mão, procurei o nome do Erick, mas foi em vão por que ele também não atendeu.

— Você não conhece mais ninguém? Alguém que possa saber dela? — Perguntei.

Tentei ligar novamente para ela, mas Wia não atendeu.

— Não há nada a fazer, só esperar. — Meus pais eram muito materialista e não se preocupavam muito com os filhos. Durante toda a minha vida, eu fui criado por Ellie, a empregada.

Meus pais saíram da cozinha, caminhei até a sala e me atirei no sofá. “Não há nada a fazer”, essa frase ecoava pelos meus pensamentos. A televisão estava ligado no jornal e uma jornalista loira falava sobre a chuva em paris. “ Já faz uma Semana, a chuva não esta dando trégua” . Então havia um motivo para Wia não ter voltado. A chuva poderia ter atrasado os voos, mas minha mãe disse que o Voo dela tinha chegado. Eu não podia ficar parado.

Corri até a cozinha e escondido, peguei as chaves do carro. Eles não deixavam eu dirigir, eu já tinha sofrido um acidente a alguns meses, não grave, mas prejudicial ao carro.

Um Renault prata estava parado na garagem, o único barulho que fez meus pais se acordarem foi o ronco do motor. O carro já estava na estrada quando Carl aparecera na frente de casa e pelo retrovisor avistei uma mão erguida para o alto.

Tirei o celular do bolso e liguei para Jack, não demorou muito e ele atendeu:

— E ai Meu! — Cara, o que está fazendo agora?

— Nada.

— Vou passar ai agora, preciso da tua ajuda velho! — Desliguei o telefone e virei a esquerda bruscamente fazendo o carro derrapar. Eu estava perto da casa de Jack, ele morava em uma das ruas mais ricas da cidade. As casas eram muito grandes chegando a ocupar um quarteirão. Ele morava na terceira casa, lá estava esperando um garoto baixo, de pele escura, olhos castanhos e um cabelo com dred que fedia muito.

Jack entrou no banco do carona e eu falei o que havia acontecido. Ele assentiu e concordo com que eu estava fazendo.

— Eu conheço um atalho para o aeroporto! — Jack agarrou a direção e virou para a direita, era um beco muito escuro e difícil de percorrer. — No final do Beco, vire a direita de novo.

A noite estava ficando pesada, olhei para o relógio do carro ,marcava 20 horas e 31 minutos. Liguei o rádio e estava tocando Coldplay. Foi fácil eu me distrair com a musica, esqueci de parar e freie perto de atropelar uma velha que tentava atravessar a rua. Ela olhou para mim e eu senti um arrepio na espinha, alguma coisa muito ruim estava prestes a acontecer.

Antes que eu pudesse perceber, a musica parou e um radialista desesperado falou:

“— Uma avião acaba de cair, urgente... Durante o vôo Paris – Seattle, o avião sofre um problema técnico e acaba caindo no meio do oceano. Isso ocorreu agora pouco. Mais informações...“

Minha respiração falhou e a musica continuou, meu corpo agiu contra o meu comando e acelerou o carro fazendo com que ele se chocasse com outro que vinha na direção contraria. O carro derrapou, meu coração parou e um grito preso na garganta sufocou os momentos com Wia. O que aconteceu com minha irmã? A musica continuou tocando como se nada estivesse acontecendo, Jack estava desacordado e com a cabeça sangrando. Minha mão estava presa na direção e meus olhos ligados na velha que sorria para mim, do outro lado da rua. Um sorriso estranhamente tentador...

Próximo Capitulo 23/07

Bleakness S01C03 - Parents Insane

Tainan sOliveira
Enviado por Tainan sOliveira em 16/07/2012
Reeditado em 16/07/2012
Código do texto: T3781111
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