Hazards Of Love - Cap. 26
Sophia.
Acordei por volta das seis horas, terminei de arrumar minhas malas, que eu não havia conseguido terminar ontem, tomei banho, escolhi um vestido que eu não usava muito por ele ser um pouco curto, liguei para o meu trabalho avisando meu chefe e sai rumo ao aeroporto.
Sentei em um banco, esperando dar o horário do vôo, já que eu havia chegado cedo de mais.
- Droga! Mesmo com raiva do Breno, eu queria que ele fosse comigo. Ele nem veio se despedir de mim.
Tirei alguns fios de cabelo que caia em meu rosto, continuei olhando em vão distraida com meus pensamentos, até ver meu amado e esquecido namorado...
Breno.
Acordei assustado com o despertador que tocava sem parar, pelo visto ele já estava tocando há bastante tempo e eu estou muito atrasado.
Arrumei-me rapidamente, foi para o apartamento da Sophia, sem sucesso de encontrá-la, corri até o aeroporto desesperado, procurei-a por todos os lados, até sentir o alivio de encontrá-la a tempo.
- O que você faz aqui?
Eu estava ofegante de tanto correr, sentei do seu lado e sorri como uma criança que acabou de ganhar um doce.
- Achei que eu não fosse chegar a tempo. Você ia sem se despedir?
- Eu estou irritada com você Breno? Queria que eu fosse à sua casa te acordar com um beijo de bom dia?
- Seria muito bom pra mim...
Coloquei minhas mãos em seu rosto para fazer ela me olhar.
- Nem pense em arrumar um cara mais bonito que eu em, mesmo que isso seja impossível, mas eu não quero te perder.
Ela tentou prender o riso, mais não agüentou e caiu na gargalhada.
- Cadê o meu namorado que adora se achar o maioral? Eu nunca vou achar ninguém mais especial que você, pois é você que eu amo, e você sabe muito bem disso.
- Eu também amo muito você, e tenho um a surpresa que não sei se você vai gostar.
- Você vai trabalhar com a Gabriela nas suas fotos?
- Não! Que coisa. Eu nem se lembrava dessa garota. RS
- Você disse de uma surpresa que eu não iria gostar...
- “Eu disse ‘acho” que você não vai gostar, e não, que eu tinha certeza que você não ia gostar.
- Ta! Fala logo então...
- Eu vou arrumar algumas coisas no estúdio e vou te encontrar lá na casa da sua mãe.
- Você vai?
- Vou. Eu não iria ficar aqui sozinho sem você.
- Sei... Você ta é com medo de me perder pra um cara mais bonitão e rico.
- Em São Paulo tem homens assim? Eu não acho...
- Você é um carioca muito metido!
- Eu sei.
Sophia.
Despedi-me do Breno com muitos beijos, e carinhos. Ele não queria me deixar ir, parecia que eu iria para sempre, e por pouco eu esquecia a raiva que eu estou dele por ter esquecido que irei fazer aniversário, e se eu não falasse nada?
- Se cuida esta bem?
- Digo o mesmo, e eu não me esqueci da minha raiva...
- Você não consegue ficar com raiva de mim por muito tempo.
Dei um sorriso, pois ele tinha toda razão. Despedi-me dele com o ultimo beijo, me soltei lentamente de seus braços e caminhei até o portão de embarque.
Joguei-me na poltrona do avião, olhei para a janela no momento em que ele começou a se movimentar e me despedi da cidade maravilhosa. Eu definitivamente vou voltar.
Breno.
Peguei meu carro que estava estacionado em frente ao aeroporto, passei nas lojas para comprar as coisas da festa da Sophia, parti para o lugar que foi alugado, encontrei com uns amigos da Sophia que iriam me ajudar a arrumar tudo.
- Oi pessoal!
- Oi gatinho!
Vanessa veio me cumprimentar com dois beijos no rosto. Cumprimentei alguns colegas de trabalho da Sophia, vizinhos que eu nunca tinha visto e no canto do salão vazio, Gustavo e Anna me encarando, fui até eles.
- E aí Moleque?
- É cara, eu nem acredito que eu to te ajudando...
- Já falei. Você gosta mais da Sophia, do que me detesta. RS
- Pode ser.
Apertei sua mão e fiquei de frente para a Anna que permanecia de cabeça baixa.
- Oi Anna.
- Oi...
- Eu fico feliz que você veio.
- Eu vim por causa do Gustavo.
-Que seja pelo menos veio. RS
Abracei-a, mesmo não sendo correspondido, fui em direção a Vanessa para compartilhar minhas idéias.
Sophia.
Cheguei a São Paulo, lembrei de momentos felizes que passei nessa cidade como flash de imagens que passavam em minha cabeça, memórias de toda minha infância, adolescência. Eu nunca havia pensado em se quer sair daqui, mas agora eu estou de volta, mesmo que seja só uma semana.
Minha mãe me aguardava com um papel enorme, escrito nele meu nome com letras coloridas que me fez ficar com vergonha e passar direto. Ela me observou e veio atrás de mim.
- Sophia! Não me viu.
- Não... Que coisa legal mãe!
Peguei o papel de sua mão, amassei e joguei no lixo.
- Agora entendi. Com vergonha da mamãe?
- Não começa mãe. Vamos logo para casa que eu to morrendo de saudades.
Chegamos a casa, fui a todos os cômodos para relembrar de tudo que passei ali. Já são quase dois anos desde que resolvi sair de casa.
- Mãe, cadê o papai?
- Ele esta em um hotel. É só até eu tirar minhas coisas daqui.
- A senhora vai mesmo querer morar no Rio de Janeiro?
- Sim, pois eu fico mais perto de você e longe dele.
- Eu me sinto péssima por isso. Quando sai daqui vocês eram tão apaixonados.
- Não éramos minha filha. Eu era com seu pai, mas ele não me amava. se ele me amasse, não fazia o que fez.
Sentei no sofá com a minha mãe, ficamos encarando a TV desligada e ouvindo o barulho dos carros vindo da janela.
- Lá no Rio é barulhento assim?
- Não tem muita diferença. O trânsito é tão ruim quanto aqui.
- Eu vou fazer aquela comidinha que você adora!
- Oba! Comida de mãe é a melhor.
Love You Like A Love Song
I, I love you like a love song baby
I, I love you like a love song baby
I, I love you like a love song baby
And I keep hittin re-pe-pe-peat
Eu Te Amo Como Uma Canção de Amor
Eu, eu te amo como uma canção de amor, baby
Eu, eu te amo como uma canção de amor, baby
Eu, eu te amo como uma canção de amor, baby
E continuarei repetindo-tin-tin-tin-indo