Será que é amor? (VIIII) Capítulo.

Será que é amor? – (VIII) CAPÍTULO.

As coisas andavam bem, até então. Encontraria com David à tarde - pensava enquanto andava em direção ao elevador, voltando da escola. Apertei no botão e esperei o elevador chegar, do lado esquerdo, encostada na parede.

Perdida em meus pensamentos não percebi que alguém se aproximava de onde estava. Logo senti alguém me cutucando... Causando-me até dor pela a insistência e força... Olhei para o lado, retirando a mão da minha cintura e percebi que era Fernando.

- Ai, menino! Isso dói...

Ele me olhou fixamente e mordeu o lábio inferior.

-Foi esta a intenção!

Olhei para ele, surpreendida com a resposta, e logo desviei o olhar.

- Ô elevador para demorar... que saco! - falei resmungando.

Ele sorriu, maliciosamente, e puxou rapidamente minha bolsa e o fichário do meu corpo. Colocou a mão sobre meu ombro, olhou-me bem dentro dos olhos, e disse:

- Bom que eu tenho tempo para me divertir um pouquinho...

- Ô menino, me dá isso aqui agora! - exigi batendo o pé.

Ele deu uma gargalhada.

- Você acha mesmo que eu vou te devolver, não é? Pois tá muito enganada. Quer novamente? Então vem pegar!

Olhei com raiva e corri atrás. Ele levantou minhas coisas pro alto, e soltou lá de cima, Pegou-me no braço e rodou bem rápido. Rindo disse:

- Agora vai lá pegar...

- Eu te detesto seu, seu... CHATO! – gritei, enquanto tentava o agredir, quase sem ar e sem forças...

Ele, simultaneamente, sorrindo disse:

-É, ta bom então...

Mordeu meu pescoço em seguida, com muita força... E me largou no chão...

- Pronto, já fiz o que queria. Aliás... - falou chutando minhas coisas.

- Não faz isso! Falei muito irritada...

Ele me fitou com ar de inocente.

- Eu não fiz nada garota...

Veio caminhando em direção a mim.

- Não encosta, se não eu grito!

Ele não ligando para o que tinha acabado de dizer, sentou ao meu lado, puxou minha cabeça pro seu tórax, com força. Resisti. Mas, ele foi mais forte. Olhei e esbravejei:

-O que você quer? Me deixa em paz...

Ele me olhou docemente. Chegou bem perto do meu rosto...

- Eu tava só brincando contigo, sua marrenta... Tudo bem, se você quer assim eu te largo...

Deu um beijo na minha bochecha, bem no canto dos meus lábios. Confesso que, neste momento, eu suei frio.

Vendo minha reação, demorou ainda mais e deslizou quase que incontrolavelmente os lábios por cima dos meus. Eu o empurrei ao ouvir alguém chamar meu nome com rispidez.

Voltei meus olhos para o lado esquerdo, que foi de onde havia escutado me chamarem, e avistei meu primo...

- Guilherme... - falei gaguejando - Por favor... Não é nada do que você está pensando... Eu posso explicar... Me escuta, por favor.

Ele me olhou rispidamente e se virou para o elevador de onde tinha saído.

Levantei em um pulo, corri e peguei o elevador com ele.

Antes de a porta fechar, Fernando conseguiu chegar também e me entregou minhas coisas. Olhou para Guilherme, com um olhar de apreensão.

Ao chegar em casa, depois de tudo que aconteceu, passei as pontas dos dedos nos lábios, e senti uma sensação horrível, porque ali tinha vestígios de um ato quase incosequente.

Foi então que me toquei de tudo que aconteceu... Fui tomar banho e me arrumar, pois encontraria David no shopping em algumas horas.

Depois de ter me arrumado, e de já estar saindo de casa, meu celular começou a tocar.

- Oi.

- Oi meu amor! – falei com a voz alegre. – Eu tava saindo agorinha...

- Ah, tudo certo. Também to saindo. Beijo.

- Tchau, até daqui a pouco!

Chegando lá, não o encontrei. Mas senti duas mãos tapando meus olhos e um hálito quente encostando em minha orelha...

- Adivinha quem é.

- Claro que eu sei que é você David! - sorri amorosamente.

Ele me virou delicadamente pela cintura e me olhou, encostando seu corpo no meu em um abraço envolvente.

- Ô, meu amor, eu senti tanto a sua falta.

Sorri e o olhei ternamente. Neste momento nossas respirações encontraram-se e nos beijamos, apaixonadamente, enquanto minhas mãos percorram seus cabelos e pescoço. As dele permaneceram acarinhando minhas costas. Nossas línguas dançavam em um bailar de puro frenesi.

Com um sorriso de satisfação, que reluzia nos lábios, ele me abraçou e, sussurrando no meu ouvido, disse:

- Vamos comprar o ingresso do cinema?

Caminhamos de mãos dadas até a bilheteria e compramos.

Durante grande parte do filme nos beijamos e foi uma satisfação ímpar passar tais momentos com aquele menino que fazia meu coração pular de felicidade quando estávamos juntos...

Já na praça de alimentação, compramos milk-shake e batata-frita. Em alguns momentos nos beijamos, juntando o gelado do alimento, em nosso gesto de amor...

- Ei,amor, minha mãe tá aqui no shopping e eu quero que ela te conheça.

Olhei sem graça e, vendo que não tinha saída, disse:

- Tem certeza? E se ela não gostar de mim?

- Ela não gostar de você? Tá doida?! Ela sabe que você me faz feliz e o que toda mãe quer é ver o filho bem. E outra coisa: não há motivos para isto e sim ao contrário...

Falando isso me puxou para mais um beijo. Sorrindo disse:

- Tá bom, se ela não gostar de mim você é que vai sofrer as consequências!

- Como assim?

-Vai ter que me dar mais amor e carinho!

- Ah, isso é fácil... - falou com aquele sorriso branco - Espera um pouco vou ligar para ela...

- Mãe, to na praça de alimentação. Vem para cá... Ah, tudo bem então. Beijo...

Depois que ele guardou o celular, perguntei onde ela estava.

Enquanto falava, uma mulher de feição por volta dos 40 anos aproximava-se da nossa mesa. E notei que aquela mesma moça estava na mesa próxima a nossa, do outro lado da praça de alimentação.

No princípio, virando antes de me responder, sorriu e pegando na mão da moça e na minha disse:

- Mãe, essa aqui é Wanessa, minha namorada.

Levantei e sorrindo a cumprimentei, muito envergonhada.

- Tudo bem? - perguntou simpaticamente.

- Tudo bem sim, obrigada - sorri tímida - E com a senhora? - gaguejei...

-Não precisa ficar tímida não. David, a sua namorada está vermelha – falou sorrindo, apontando para mim.

- É, mãe, ela é tímida assim mesmo.

Eles trocaram sorrisos.

- Eu vi vocês de longe.

- Aí, meu pai! - falei morrendo de vergonha - A senhora viu o que?

- Calma! Eu já tive a idade de vocês e sei o que é estar apaixonada - explicou-me – A propósito, meu nome é Andréia.

-Prazer!

-Ah, vamos dar uma voltinha? - falou David.

-Daqui a pouco tenho que voltar para casa - falei.

-Nós te levamos, se quiser.

-Tudo bem então, amor?

-Tá bem... - sorri.

Ele deu um beijo na minha bochecha e pegou na minha mão. Levantamos.

Trinta minutos depois, David me abraçou, e abaixou-se para me dar um beijo, e eu recuei, pois a mãe dele encontrava-se conosco... Levantando minhas madeixas e me dando um beijo no pescoço, avistou uma evidente marca de dentes. Rapidamente, olhou nos meus olhos e me perguntou:

- O que é isto no seu pescoço? Quem foi que te deu essa mordida?

Olhei espantada e lembrei-me da mordida que Fernando tinha me dado... Como ia explicar?

- Ah, David, foi minha mãe com as brincadeiras dela...

- Sei... Fala a verdade, Wanessa! - ele alterou a voz.

- Fala baixo! Calma, por favor.

- Eu não quero saber não. Você me traiu, não foi?

Sorri nervosa.

-Claro que não! Por favor... me escuta. Eu to falando a verdade!

Isso era a única coisa que poderia dizer, pois se dissesse a verdade, não saberia do que ele seria capaz.

(Continua)!

Bom, gostaria de pedir desculpas por ter dado uma sumidinha. , posso alegar que foi por motivos de força maior... Mais, estou de volta e pretendo dá continuação a história. Continuo contando com os seus comentários, afinal é através deles que posso saber o que acham de SQA. E também me sinto mas motivada a continuar... Em fim, um grande Beijo a todos, e mas uma vez obrigada, e até o próximo capítulo!!!

Wanessa Said
Enviado por Wanessa Said em 03/04/2012
Código do texto: T3592790
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