Hazards Of Love - Cap. 20

(Breno Alencar)

Fiquei feliz de poder conversar com a Sophia de novo sem brigas e confusões, pode ser que nunca mais seja a mesma coisa, mas eu fico feliz de pelo menos estar perto dela.

Depois que conversamos sobre tudo e esclarecemos muita coisa, fui resolver a minha vida. A primeira pessoa quem eu fui diretamente foi a Gabriela, não podia acreditar no que ela tinha feito, tinha que tirar isso a limpo.

Cheguei à casa da Gabriela e toquei a campainha, demoraram alguns minutos mais alguém atendeu.

- Breno!

- Oi...

Ela me abraçou agradavelmente, tentei me soltar na ignorância.

- O que foi?

- Que coisa feia você fez Gabriela, falar um monte de besteira para a Sophia na boate.por que você fez isso? Queria me ver infeliz?

- Eu não sei do que você ta falando Breninho.

- Ou você me fala de uma vez a verdade, ou eu vou embora e não olho mais na sua cara!

- Só falei para ela que você não a queria. Eu não queria ver você sofrer, Breno.

- Não é da sua conta o meu sofrer, Gabriela. Entenda isso: é a vida dela e a minha. Faz-me um favor, fica longe de mim. Não somos mais amigos porque é claro que eu não quero uma pessoa falsa perto de mim.

- Eu não sou falsa, Breno. Eu fiz tudo por você, e você nunca mereceu. Na real, acho que ta na hora de você se ferrar mesmo. Tem muito homem melhor que você me querendo. Sai daqui babaca.

- Não vou discutir com você, não vou gastar saliva com você. Anos e anos de amizade para acabar assim, mas é bem melhor deixar do jeito que estar. não confio mais em você!

- Sai daqui! Eu não mereço ouvir isso!

- Já vou, me sinto até mais leve. Cuida-se Gabriela. Sua mãe não merece a filha que você esta se tornando.

Sai dali aliviado pelas coisas que eu disse a ela, a ouvi gritar algumas coisas meio aos soluços do choro constante, mas sabia que ela iria mudar, ou pelo menos pensar em tudo que eu havia dito.

(Sophia Duarth)

Depois que conversamos um bom tempo, decidimos não brigar mais, pelo menos temporariamente, e também prometemos um ao outro que resolveríamos nossa situação.

Liguei para o meu trabalho logo cedo, pois não iria hoje e teria que avisar. Peguei algumas coisas essenciais e fui à casa do Gu.

- Bom dia! Posso entrar?

- Pode sim, Sophia.

Entrei em sua casa, ele me acompanhou até a sala e nos preparamos para conversar. Na verdade eu estava me preparando.

- Gu... Gustavo.

- Você ainda pode me chamar de “Gu”

- Então... Eu queria primeiramente te pedir desculpa por não te tratar como você merece.

- Sophia...

- Desculpa. Eu estou nervosa, mas eu vou conseguir falar.

- É algo serio?

- Ficamos juntos há quase um ano, e foi muito bom para mim, pois eu esqueci tudo que houve com o Breno e você me fez sorrir mais uma vez. Eu só tenho que te agradecer por tudo que você me fez, de verdade. Ontem você me perguntou ironicamente se eu queria que você fosse meu amigo de novo, é claro que eu quero Gu. Você foi meu melhor amigo desde que eu cheguei nessa cidade, eu contei com você para tudo, e por essa razão eu não queria me envolver com você, para não acabar a nossa amizade, mas o Breno me irritou e você estava disposto a me dar carinho e, eu não aquentei e te usei, e por isso você ta com raiva de mim. Desculpa-me por tudo, de verdade, nunca mais vou fazer isso com você e com ninguém, não gosto disso, você sabe, eu acho...

- Sophia, chega!

- Desculpa...

- Eu também gostei de ter ficado com você, e a culpa é minha por querer algo com você mesmo sabendo que você não me queria então ta tudo bem. Você é minha amiga hoje e sempre, me desculpa pela minha infantilidade nos últimos dias.

Eu já estava chorando de soluçar, sentei mais perto dele e o abracei forte, parece que tudo deu certo no final das contas. Só gostaria de saber como esta sendo as coisas para o Breno neste momento.

(Breno Alencar)

Passei na casa da Anna para termina essa confusão de uma vez por todas.

- Oi meu amor!

- Oi.

Cumprimentamo-nos. Ela tentou me dar um beijo, mas dei somente um selinho e me afastei, a peguei pela mão e levei até a sua sala.

- Precisamos conversar seriamente.

- Eu também queria falar com você.

- Então fala você primeiro...

- Então, Breno. Nós estávamos muito bem lá em Nova York e até depois que chegamos ainda estávamos, mas você mudou comigo, ta diferente, parece mais longe de mim. Eu fiz alguma coisa pra você?

- Claro que não. Você é linda, carinhosa. O problema sou eu Anna...

- Mais então qual é o problema?

- Eu não deixei de amar a outra pessoa. Achei que havia esquecido, mas tudo me faz lembrá-la. Você acha que é justo com você?

- Acho que você deveria falar comigo antes, não ficar se escondendo, me deixa mal.

- Desculpa Aninha.

- Eu to gostando mesmo de você. Breno, mas se você não estiver satisfeito comigo eu entendo.

- Não significa que eu não estou satisfeito, só acho que é errado eu ficar com você pensando em outra.

- Ela apareceu de novo em sua vida?

- Sim... Você vai ficar bem se eu terminar com você? Podemos ser amigos?

- Claro... Por que não?

- Te adoro sabia?

Levantamos e nos abraçamos apertado. De alguma forma ela meche comigo, talvez seja pelo carinho e pela confiança que eu tenho por ela, eu não a amo mais eu a admiro muito.

(Sophia Duarth)

Fui para meu apartamento, arrumei tudo que estava sujo e fiquei sentada em minha cama esperando o celular tocar, saber se o Breno falou com a Anna, e qual foi a sua reação.

Miau! Miau!...

- Alô

- Eu preciso de você! Eleterminoutudocomigo!

- Ah? Fala mais devagar.

- Amiga, ele terminou comigo. O Breno terminou comigo!

- Olha, fica calma que eu já vou, esta bem?

Cheguei o mais rápido que pude na casa da Anna, ela estava transtornada, parecia que ia se afogar nas próprias lagrimas.

- Ai amiga, não sei o que fazer!

- Calma meu amor, vai ficar tudo bem.

Ficamos abraçadas no portão de sua casa. Comecei a chorar ao vê-la naquele estado, no qual eu sou culpada, a melhor amiga dela, como eu posso ser tão egoísta a ponto de tirar o amor da minha “melhor amiga”? Como eu posso ser feliz passando por cima da felicidade de outra pessoa? Será que eu nunca serei feliz? Será que eu e o Breno não somos feitos um para o outro como qualquer conto de fadas?

Daniel Marcos e Tassiane Barbosa
Enviado por Daniel Marcos em 30/03/2012
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