Bad Romance [PARTE FINAL]

NOTA DO AUTOR:

Quando comecei a escrever Bad Romance, tinha em mente toda a história da música Someone Like You, e realmente acabou meio que sendo. Quase desisti da história, mas acabei indo até o fim, mesmo sem gostar mais dela, por que, certamente vocês não sabem, mas escrevi dois livros enquanto escrevia esta história.

O Primeiro foi "Ele Está No Meio de Nós" já publicado pela Bookess e agora o meu novo romance "Um Amor Singular" que conta a história de dois garotos, melhores amigos que se apaixonam um pelo outro e estará disponível em breve lá na Bookess também.

Acompanhem meu blog: www.odigno.blogspot.com e fiquem ligados.

"Adolescentes em Crise" estreará aqui próximo domingo!

Beijos à todos, não citarei nomes, para não desmerecer ninguém.

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28 - Alguém Como Você!

Por mais que não seja o grande dia para mim, esse dia merece uma arrumação triplicada, além disso, eu liguei para os organizadores da festa e agendei uma surpresinha no final.

O tal grande dia chegou tão rápido quanto um relâmpago e lá estava eu, vestida para matar, mas com um véu discreto por baixo de um chapéu de madame, que não o deixaria reconhecer minha face.

Como já era de se esperar, o casamento não seria na igreja, afinal o gramado dos Masons é imenso e lindo para se desperdiçar.

Onde antes que vi homens arrumando, estava uma armação de ferro com cipós enrolados, debaixo dessa armação estava o altar e os bancos para os convidados.

Estava lotado, é claro.

Mas eu arranjei uma vaguinha atrás, no último banco, ao lado de umas três senhoras. Zac estava no altar, lindo como nunca, mas o terno não combinava muito com ele.

Seus músculos deixavam o terno apertado, como se o mesmo fosse explodir a qualquer momento.

A marcha nupcial ao vivo ao som de violinos foi iniciada e a boneca de milho surgiu num vestido branco de princesa da Disney, só que ela tava mais para uma vadia fantasiada de noiva.

Entrou de braços dados com o pai de Zac, é claro que o pai dela não existe, ou simplesmente não concorda com esse teatrinho.

— Filha de chocadeira. — sussurrei para mim mesma, inconscientemente é claro.

A velhinha do lado me encarou perplexa.

A cerimônia teve início e os pombinhos permaneceram ajoelhados diante do altar por quase duas horas enquanto o padre lerdo falava coisas sem sentido.

Ou talvez eu estivesse tão anestesiada que não conseguia ver sentido no que ele dizia.

Aliás, por que é que eu ainda me obrigo a ver isso? Se a grande surpresa vai ser na festa. Eu não o quero para mim, então devo deixá-los casar-se em paz e quem sabe um dia alguém de nós três tire algo de bom dessa história.

Logo eu estava chorando, morrendo de vergonha de alguém me reconhecer.

— É normal querida, todo mundo chora em casamentos. — a velhinha me deu um lenço.

— Obrigada senhora. Acho que já vi de mais por hoje. — comentei.

Me levantei na “hora do sim” e me desesperei, estava perdendo-o para sempre, mas lembrei-me de que não o deixaria sair feliz da vida depois de tudo que ele fez comigo.

O melhor sempre fica para o final, não é?

A festa ia bombar com um show magnífico, os Mason contrataram Jessie J para animar o pequeno público rico, a organização da festa já estava pronta e eu seria a primeira a me apresentar com a surpresa para os noivos.

Pois Bem, a hora H sempre chega, mesmo que pareça impossível. Assim que o sol se pôs, os convidados começaram a chegar e o salão lotou rapidamente, mesas ocupadas, pista de dança cheia.

Estava tudo pronto para a minha entrada triunfal, senti um tremelique, mas respirei fundo, as cortinas se abriram e eu entrei no palco.

Sentei-me junto ao piano, todos me encaravam, pois ninguém imaginava que a super top model estaria na festa e muito menos para se apresentar cantando ou tocando piano.

Sara e Zac congelaram assustados, mas não se moveram, eu sei que festa sem escândalos não é festa de verdade, mas os que nasceram ricos não pensam assim, só por isso eles não se mexeram para me tirar do palco.

O holofote parou em mim, a única luz no palco, estalei os dedos e comecei a tocar com a intensidade da total inspiração.

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I heard that you're settled down

That you found a girl and you're married now

I heard that your dreams came true

Guess she gave you things, I didn't give to you

Old friend

Why are you so shy

It ain't like you to hold back

Or hide from the light

I hate to turn up out of the blue uninvited

But I couldn't stay away, I couldn't fight it

I hoped you'd see my face and that you'd be reminded

That for me, it isn't over

Never mind, I'll find someone like you

I wish nothing but the best for you, too

Don't forget me, I beg, I remember you said

Sometimes it lasts in love

But sometimes it hurts instead

Sometimes it lasts in love

But sometimes it hurts instead, yeah

You'd know how the time flies

Only yesterday was the time of our lives

We were born and raised in a summery haze

Bound by the surprise of our glory days

I hate to turn up out of the blue uninvited

But I couldn't stay away, I couldn't fight it

I hoped you'd see my face and that you'd be reminded

That for me, it isn't over yet

Never mind, I'll find someone like you

I wish nothing but the best for you, too

Don't forget me, I beg, I remember you said

Sometimes it lasts in love

But sometimes it hurts instead, yeah

Nothing compares, no worries or cares

Regrets and mistakes they're memories made

Who would have known how bitter-sweet this would taste

Never mind, I'll find someone like you

I wish nothing but the best for you, too

Don't forget me, I beg, I remembered you said

Sometimes it lasts in love

But sometimes it hurts instead

Never mind, I'll find someone like you

I wish nothing but the best for you, too

Don't forget me, I beg, I remembered you said

Sometimes it lasts in love

But sometimes it hurts instead

Sometimes it lasts in love

But sometimes it hurts instead, yeah, yeah

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É claro que eu estava chorando quando parei de tocar e fui aplaudida de pé, mas o que mais me agradou ver foi o que vi nos olhos de Zac, ele estava destroçado por dentro, um olhar sempre mostra muito mais do que podemos ver.

Zac pegou um lenço no seu bolso e enxugou suas lágrimas. Daí eu percebi que tinha conseguido acabar não só com a sua lua de mel, mas também acabei com todo o seu ânimo.

Agradeci ao público e saí para o camarim, chorando convulsivamente, peguei minha bolsa e saí de lá às pressas. Não queria tornar a vê-lo.

Chamei um táxi, Zac surgiu no meio da rua, gritando meu nome, eu fiquei tentada a atender, mas não podia fazer isto.

Entrei no táxi.

— Para a praia.

Olhei para trás, quando o táxi começou a correr. Zac estava pegando seu carro, estacionado ali cheio de fitas e latas emendadas.

Ele pegou velocidade e avançou até chegar do lado do Táxi.

— Liza! Me escuta, por favor! — gritou.

— Motorista, feche o vidro, por favor. — pedi.

Antes do motorista fechar, consegui ouvir seus gritos dizendo algo sobre se matar, mas não dei ouvidos.

O motorista pisou fundo, Zac pisou fundo, nos ultrapassou, chegou bem na frente e deu um cavalo de pau.

Capotou pelo asfalto, bateu em outros carros e em seguida uma explosão imensa ofuscou nossa visão.

— Zac, Não!!!

Fim...

E N Andrade
Enviado por E N Andrade em 05/03/2012
Reeditado em 05/03/2012
Código do texto: T3536476
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