Hazards Of Love - Cap. 17

(Breno Alencar)

Ficamos sentados alguns minutos esperando o tal “Gustavo” vir buscá-la. A Sophia não olhou pra mim sequer uma vez, por outro lado, imagino que a Anna ficou tentando encaixar os fatos do ocorrido.

“Ali esta ele!” - Disse a Anna sorridente.

- Que bom...

Não queria esconder em nem um momento que eu estava irritado com isso.

- Por que está assim amor?

- Não é nada...

Ambas cumprimentaram o cara e vi sua cara de espanto e confuso ao me ver.

“Breno”? – Disse ele de imediato.

- Oi...

Ao mesmo tempo em que ele me encarava, encarava a Sophia, como se um de nós estivesse devendo alguma explicação a ele.

- O conhece, Gustavo? Esse é o meu namorado, Breno! O conheci em Nova York, na viagem que te falei que eu iria fazer.

- Sei... Conheço-o de vista. Temos que ir, a Sophia não esta bem.

Eles se despediram e foram embora.

(Sophia Duarth)

Ficamos quietos o percurso todo do restaurante ao meu apartamento. O Gustavo parou em frente e abriu a porta para eu poder sair, hesitei.

- Gustavo, precisamos conversar sobre nó...

- Nós?

- É. Devo-te uma explicação do que aconteceu com o Felipe.

- Eu já sei Sophia.

-Sabe?

- Ele te lembra o Breno. Que história é essa de o Breno ser namorado da Anna?

- Eu fiquei sabendo agora também... E não tem nada haver uma história com a outra!

- É por essa razão que você me pediu socorro. Soube que sua melhor amiga ta com o cara que você ama.

Disse-me ele com aquele ar de ironia

- Eu liguei para você, porque eles não me deixariam sair sozinha!

- Que seja... Esta em casa.

- Obrigada! É uma pena que você tenha raiva de mim, não te culpo, mas antes de tudo, tínhamos uma ótima amizade.

- Quer que eu seja seu amigo de novo?

“Ele foi sarcástico”

- Enfim. Até outra hora, Gustavo...

- Até...

Entrei as pressas, deixei minha bolsa no apartamento e sai em seguida, só levei um pouco de dinheiro.

(Breno Alencar)

Eu não tinha mais o que dizer perante a Anna, ela ficou chateada com o jeito da Sophia e por isso ela tirou o foco de mim, foi uma boa, assim ela não perguntará nada, por enquanto...

- Eu to preocupada com ela, Breno.

- Ela já foi pra casa com o namorado dela...

- Mas ela não atende o celular.

- Deve ta muito ocupada! , se é que você me entende...

- Minha amiga não é desse jeito que você tentou mencionar! Você nem a conhece.

- Você que pensa... “sussurrei”

- O que?

- Nada! Anna então... Te levo pra casa?

- É vamos, mas tarde eu tento falar com a soh.

- E então deixe a Anna em casa e fui dar umas voltas para pensar melhor em tudo que aconteceu naquela tarde.

(Sophia Duarth)

Peguei um taxi, totalmente sem rumo, queria ficar sozinha tranqüila. Vi um lugar conhecido e resolvi parar. Fiquei caminhando pela beira da lagoa, olhando aquela vista, linda e apaixonante, comecei a pensar na primeira vez que eu estive aqui, com o Breno. Ai aquele dia foi encantador eu nunca havia me sentido tão livre e feliz.

(Breno Alencar)

Dei umas voltas pela orla de Copacabana e pensei em ir para um lugar que eu gostava muito, lugar onde até levei há Sophia um dia. Nossa aquele dia foi incrível. E então acelerei para chegar antes do por do sol já que ver o por do sol na lagoa é a melhor coisa a se fazer depois de um dia tão turbulento.

(Sophia Duarth)

Tentei me distrair, fiquei perto da pista de ciclistas, até que vi um lugar onde se podia alugar bikes. Aluguei uma e comecei a pedalar pela ciclovia.

(Breno Alencar)

Cheguei a Lago Rodrigo de Freitas e fiquei rondando pela pista com o carro devagar, observava as pessoas, os ciclistas, os pedestres e etc. reconheci a Sophia de longe andando de bike. O que ela fazia aqui? Logo quando eu queria vir? Fiquei na duvida se iria falar com ela ou iria só observar, optei pela segunda opção. Vi que ela guardava a bike e se direcionava ao píer. Estacionei o carro e fui ao seu encontro.

(Sophia Duarth)

Cansei de peladar e resolvi descansar. Fui em direção ao píer, sentei na ponta e estiquei as pernas para poder colocar os pés sobre a água, olhei a lagoa por horas, como se ele me hipnotizasse com sua beleza. Ouvi alguns passos atrás de mim, antes que eu me virasse, ouvi uma voz conhecida.

- Sabia que essa lagoa já teve dois nomes antes?

(Breno Alencar)

Fui a sua direção, andei lentamente e pude observar que ela admirava a bela vista sentada sobre o píer, me aproximei e tentei pensar em alguma coisa para dizê-la.

- Sabia que essa lagoa já teve dois nomes antes?

Poderia falar qualquer coisa, mas eu estava nervoso, com medo de que ela me rejeitar mais uma vez, tentei improvisar.

- O que faz aqui, esta me perseguindo?

- Essas terras foram adquiridas ao Dr. Salema pelo vereador Amorim Soares, então esse lugar passou a se chamar “Lagoa de Amorim Soares”, mas o cara foi expulso da cidade e teve que vender as terras pro genro, Sebastião Fagundes Varela, ai ele mudou o nome para ”Lagoa do Fagundes”

- Como você sabe tanto sobre esse lugar?

Sentei ao seu lado e pude reparar que por traz daquela face de defesa, tinha uma pessoa curiosa e cheia de vontade de aprender. Ela era completamente visivel pra mim!

- Eu sou um fotografo! Preciso saber das historias importantes, para tirar tais fotos, como vou mostrar meu trabalho sem saber da história de um determinado lugar? E fora que eu simplismente amo esse lugar.

- Entendi... mas e como ela virou a famosa “Lagoa Rodrigo de Freitas”?

- Não to lembrado, são muitas coisas pra saber, e você nem ta afim de falar comigo.

- Para de graça, quem vai falar é você, fala logo! “ela me empurrou de leve”

- Ta bom! Eu vou pensar...

- Anda, Breno!

- Tipo, a bisneta do cara, ela virou dona das terras, ai quando ela tinha trinta e cinco anos de idade, ela casou-se com o jovem oficial da cavalaria portuguesa, e ele deu seu nome a lagoa.

- Eu estou fascinada com isso tudo, juro que eu não sabia, e se ja estudei, não lembro. Rs.

Coloquei a mão em seu rosto, acariciei lentamente, observei ela ficar sem jeito aos poucos, ela tentou falar algo, mas a calei rapidamente.

- Me responde uma coisa... você lembra de nós dois aqui em uma noite chuvosa e incrivel?

-Breno...

-Por favor, eu só quero saber... quero saber se eu não sou o unico que penso naquela noite todos os dias da minha vida. Se você me disser que não lembra, ou que não foi nada de importante pra você, te juro Sophia! Eu desapareço da sua vida, te deixo em paz.