Após o fim - Capítulo 1 - A morte

Sou Sete, Sete Toldern, agora estou com meus 37 anos, já passei por maus bocados e sobrevivi, mas há alguns minutos fui atingido nas costas por algo pontiagudo que acredito ser uma faca, não sei por quem, nem qual foi o motivo. As coisas que não sei são tantas que é melhor eu falar sobre as coisas que sei, sei que tive uma vida boa e tranquila com uma família ótima.

Roberta Toldern, minha mãe, Andrew Toldern, meu pai, Ângela Toldern, minha irmã e Jessica, minha esposa. Esses foram o que a dor me permitiu lembrar.

Acho que dessa vez eu não escapo, será esse o fim do bom Sete? É Sete, você está encrencado. –Resmungava Sete.

Minha vida não foi nem um pouco religiosa, apesar do meu nome ser um nome bíblico, então acho que não vou à terra prometida, estou perdido.

Nossa! O que está acontecendo? Não consigo mover nenhum dos membros, pior, agora só consigo mover os olhos.

Droga! Que barulho é esse? Parece gritos de pessoas sofrendo, crianças, mulheres, homens, velhos e alguns outros barulhos indescritíveis, Oh não! Ferrou! Agora não consigo nem ao menos enxergar.

Mantenha a calma seu segurança “arregão”, você ainda consegue controlar seu cérebro, por que diabos me estou auto xingando?

De repente os gritos e a dor cessaram, agora Sete era apenas mais um morto jazendo no chão da grande Ipoliton.

***

Depois de morto, Sete nem viu ou sentiu nada, não sabia se estava indo ao “céu” ou ao nono círculo do inferno, mas ainda conseguia pensar vagamente, pensava no que poderia acontecer com ele, questionava-se se ainda existia, tentava orar e pensava na sua família, “Será que estou chorando?” - Perguntava-se.

Sete Toldern ficou assim por um bom tempo, até que um dia abriu os olhos, de inicio ele ficou com seus olhos fechados por causa da luz, que não via ao que parecia semanas, agora o pobre Sete não tinha coragem de abrir seus olhos, será que o diabo estava a esperá-lo?

Depois de algum tempo, buscou coragem e abriu os olhos, acostumou-se com a luz, mas até então só via uma parede branca à sua frente, “Pelo menos não há nenhum diacho por aqui”.

Primeiro ele começou a mexer todos os dedos para reganhar o controle do corpo. Percebeu que estava numa espécie de cama e que a parede a sua frente era o teto. Após algum tempo ficou imobilizado pensando se tinha voltado a sua vida normal com Jessica Toldern.

Sem ter controle sobre seu pescoço, levantou seu braço esquerdo e o lançou a parte esquerda da cama.

-Ai! Gritou uma voz feminina.

Allan Marques
Enviado por Allan Marques em 20/02/2012
Reeditado em 20/02/2012
Código do texto: T3509244
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