Bad Romance [Parte 26] - Vai tomar no #$%@ (antepenúltimo Capítulo)

Capítulo 26 - Vai tomar no #$%@

Não dei satisfação a ninguém, saí decidida a sumir do mapa, afinal era o mínimo que eu podia fazer.

Eu não ia querer vê-lo de novo, não queria ver homem nenhum. Peguei meu iPhone e liguei para Carly.

— Querida, eu sei que você está de fera, mas eu preciso muito da sua ajuda. Pega sua agenda e vê se tem alguma possibilidade de contrato bom, fora daqui. Em algum lugar longe, pode ser em qualquer país, só quero sair daqui.

— Caramba Liza, eu ainda estou na cama.

— Por favor, Carly, é a última coisa que te peço. Eu te dou mais um mês de folga. Diz que sim! O que você acha?

— Ok. Então espere um pouco, vou escovar os dentes, tomar um banho e retorno a ligação o mais rápido possível.

— Beleza. Obrigada.

Desliguei.

Não quis fazer nenhuma mala, eu ia embora linda e no auge, não levaria nada além de uma bolsa com meus documentos, cartões e meu iPhone.

Duas horas depois, eu estava enlouquecendo, mas Carly resolveu ligar.

— Consegui de imediato uma temporada na Rússia com a companhia Vintage, seu contrato permite isso, mas você abrirá novo contrato com a Vintage e terá de ficar lá enquanto ela determinar. — explicou.

— Não me lembro de ter ouvido falar do Vintage.

— É uma das companhias mais badaladas da Rússia, com você na companhia, ela crescerá ainda mais. Vai aceitar?

— Já aceitei. Acerte tudo, quero sumir daqui o mais rápido possível.

Um dia depois eu estava no aeroporto deixando para lá tudo que tinha vivido. Ignorando a família, ignorando os romances, os flertes e ignorando tudo.

Focando no meu trabalho.

Quando o avião decolou, senti um frio na barriga, estava começando de novo e dessa vez eu pretendo demorar.

Na Rússia tudo estava muito frio e muito branco. Eu não conhecia ninguém e não sabia para onde ir.

— Liza Freeman?

— Sim.

Nem olhei, devia ser algum fã.

— Há um carro à sua espera. — disse o homenzinho.

Segui com ele para o estacionamento e de lá segui para onde quer que estivessem me levando. O chofer tentou puxar assunto, mas seu sotaque russo me irritava, então fechei a cara.

Será que eu tinha feito a coisa certa?

Tudo era muito frio, o clima, as pessoas, o lugar, a áurea de tudo. Pessoas que não se olham nos olhos, que não trocam carinhos, que nem desejam bom dia uns aos outros.

Na Vintage eu passei três horas em reunião de contratação, o sotaque russo é ridículo e extremamente irritante, mas eu tolerei.

— Liza, você pronta para assinar?

Olhei para todos os figurões na sala luxuosa.

— Nasci pronta.

Assinei a última linha e fui iniciada na Vintage Russa, que de imediato me conseguiu a capa da Vogue Russa.

O Vazio ainda era grande, mas as coisas me distraíam, não de uma forma boa, infelizmente o lugar era horrível para mim e tudo era um pretexto para eu me sentir fora do meu lugar.

Meu celular tocou quando eu estava no Hotel, pronta para dormir às três horas da manhã.

— Oi queridinha. — era ela: A boneca de milho.

— O que diabos você quer? Urubu oxigenado? — perguntei sem

ânimo.

— Só te dizer umas coisinhas do tipo: Estou enviando uma foto para você em instantes, queria dizer a você que não guardo mágoas e te aconselho a me pedir desculpas. Você tem a sua fama imediata, mas não conseguiu o que queria. Eu o tenho e também vou lhe confessar que aquela noite natalina debaixo do píer foi o meu presente de natal para Zac. Eu o mandei ir lá e te comer todinha como ele fez comigo em outras muitas ocasiões. O grande babado é que estou grávida e o resto é surpresa, então queridinha, eu gostaria de...

— Sara, na boa: Vai plantar batata, vai caçar sapo, vai ver se eu tô na esquina, vai fazer qualquer coisa ao invés de me perturbar.

— É bem a sua cara dizer essas coisinhas fracas, não é mesmo menina educada?

— Ah vai tomar no #$%@

Desliguei em sua cara.

E N Andrade
Enviado por E N Andrade em 16/02/2012
Código do texto: T3503364
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