Será que é amor? (Sétimo Capítulo)
Será que é amor? (Sétimo Capítulo)
Primeiramente, Um feliz natal, cheio de coisas boas E de presentes maravilhosos assim como aqui é para mim.
O capítulo de hoje é umpoquinho grandinho mais, espero que gostem.
Beijão!
...
Quando virei a chave na porta de minha casa e a abri, minha mãe já me esperava, impaciente, na sala. Milena me olhou com um ar de reprovação, mas não liguei muito, afinal ainda estava nas nuvens. Não prestava muita atenção em nada ao meu redor...
- Wanessa - falou minha mãe, enquanto atravessava a sala - Wanessa eu estou falando com você, não tá me escutando, não?
- Ah, mãe, oi. Tava aí foi?
- Sim e estava te chamando...
- Desculpa, não ouvi.
- Oh, Wanessa!
- Oi, mãe...
Levei um susto! Sorrimos juntas...
- Que sorrisinho é este que não sai do seu rostinho?
- Ah, mãe, senta que vou te contar tudo...
Expliquei tudo pra ela, que ficou feliz por mim. No entanto, ficou apreensiva, afinal meu pai sempre foi muito ciumento e cuidadoso. Com a minha idade não iria permitir namoros.
No dia seguinte, enquanto estava tendo aula de informática na escola, entrei no meu email e vi que tinha uma nova mensagem. Olhando o monitor abri um largo sorriso: a mensagem era de David. Dizia:
“Oi, meu amor. Nem sei se posso te chamar assim já, não é? Mas como ontem esqueci de te dar, aqui está meu número. Me liga assim que puder certo? Beijos”
Rapidamente anotei o número e quando já ia fechando a janela minha amiga, Karol, que estava fazendo dupla comigo na aula, viu a foto dele...
- Olha aqui o namorado dela! Menina, ele é um gato! - falou, passando a mão no meu cabelo e me mirando com aquele olhar tímido e sorridente, que só ela tinha.
- Também acho!
Sorrimos juntas nos levantando da cadeira e nos dirigindo para a porta.
Na hora do intervalo peguei meu celular e olhei o número dele por duas vezes e pensei: ligo ou não? Estava chamando...
Já ia quase desistindo quando ouvi uma voz dizendo:
- Alô.
- Oi, David. Sou eu, Wanessa.
- Oii, Wanessa! Tá tudo bem contigo?
- Sim, e com você?
- Tudo ótimo. E te confesso que melhor agora!
Neste momento, corei e sorri envergonhada... Como se ele pudesse me ver, e ele continuou:
- Bom, vejo que recebeu meu email, não é?
- Sim, sim.
- Olha, não tenho muito tempo, mas você vai vir por aqui hoje?
- Hmm... eu não sei. Desculpa, estou te atrapalhando?
- Não, você não me atrapalha.
- Faz assim: vou dar um jeito, certo? Não prometo nada.
- Tudo bem... Olha, tenho que te dizer uma coisa.
- O que? - falei curiosa.
- EU TE AMO.
Sorri. Meu rosto queimava de tão quanto vermelha estava... Passei alguns segundos calada e respondi:
- Também.
- Bom, tenho que ir... - ele exclamou, com a voz um pouco gélida.
- Tudo bem. Depois nos falamos, então?
- Sim, claro. Beijos...
Desliguei e fui em direção ao bebedouro, onde minha amiga estava.
- Eu ouvi tudo.
- Como assim “ouviu tudo”?
- Por que você é tão fria, menina?
- Ah, sei lá. É meu jeito...
Saí de perto e caminhei até a sala de aula...
E desta forma praticamente um mês se passou...
Neste espaço de tempo, só namorava via MSN ou celular... Até que, em uma segunda-feira, tive que tornar ao colégio de meus primos de última hora, após receber um telefonema de minha tia, que solicitava minha presença. Não tive como avisar a David, pois estava sem bateria.
Ao chegar lá, avistei Fernando, Guilherme, e outros garotos conversando em grupinho... Aproximei-me e dei um leve tapa nas costas do meu primo.
- Ai!
Ele se virou e me olhou sorrindo...
- E aí, linda?!
Sorri retribuindo. Guilherme pegou na minha mão e virando novamente para os meninos que estavam presentes disse:
- Olha, gente, essa aqui é minha prima, Wanessa.
E todos voltaram os olhares para mim. Ele continuou.
- Esse aqui é Diego.
Era um moreno, de cabelos lisos e pretos, olhos castanhos claros, que me estendeu a mão sorrindo... E disse “prazer”.
- E esse aqui é o Bruno.
Mesmo com uma cara meio fechada, ele sorriu e me cumprimentou.
- Ei! E eu vou ficar de fora, é? - disse um menino dos cabelos cor de mel e olhos pretos de mais ou menos 1.75 de altura.
- Não seja por isso!
Meu primo sorriu e juntou nossas mãos.
- Esse aqui é o Lucas...
O menino sorridente me puxou e me cumprimentou com dois beijinhos nas bochechas... Após ter sido devidamente apresentada a todos ali, me virei e na minha esquerda estava Fernando com uma expressão de poucos amigos... Não dei muita bola e comecei a conversar também... A conversa foi tão boa e engraçada que quando notamos já era catorze horas.
Despedimo-nos. Lucas, todo simpático, me abraçou e depositou um beijo em minha bochecha... Olhei para o portão por onde iríamos sair e vi David me encarando com um semblante ríspido.
Corri sorridente ao seu encontro e o abracei.
- Você não poderia ter feito isso comigo! - exclamou com a voz forte...
Olhei confusa e, sorrindo, disse
- O que eu fiz?
- Você não sabe, não?
Soltei-me de seus braços e sorri ainda mais confusa.
- Não. O que foi que eu fiz de tão grave?
- Você tava ali atracada com Lucas Ribeiro. Será que isso não é grave não? Pelomenos quando se tem um namorado.
- Eu? Atracada? Tá louco?
- Ah! Agora é você que faz e eu que estou louco? Que ótimo!
- Olha, David, depois a gente conversa, tá? Eu tenho que ir. Guilherme ta me esperando...
- Ah, claro. Tchau. - ele falou, virando-se de costas...
- David, por favor, me escuta!
Meu coração estava tão apertado que parecia que iria sair pela garganta... Ele se afastou e, me olhando, disse:
- Quer falar algo?
- Sim. E você vai me escutar! Vem cá.
Peguei em sua mão e fomos até o banco mais próximo. Sentamo-nos e ficamos nos encarando... Ele quebrou o silêncio:
- Pronto diga.
- Eu, na verdade, só quero te pedir uma coisa.
Curioso ele me perguntou o que era.
- Não permita que tudo aquilo que a gente construiu até hoje simplesmente evapore por mero ciúme bobo!
Ele deu um sorrisinho de canto de boca e respirou fundo até tomar fôlego para dizer:
- Desculpa, tá? É que eu tenho medo de te perder, mas prometo que não farei mais, tá bom?
- Tudo bem.
Sorrimos juntos. Ele me puxou pela cintura e me deu um longo beijo...
Lá no estacionamento minha tia já buzinava. Saí disparada até o carro do outro lado. Avistei Fernando encostado a um carro, nos olhando de longe... Assim que entrei no carro meu primo perguntou
- Quem era aquele menino que estava te beijando, Wanessa? Posso saber? Ah... Será que é por isto que você chegou tarde em casa naquele dia que foi pro parque?
- Aff, Gui! Deixa de tuas perguntas. Tá tudo certo, relaxa.
Ele me olhou, virou para a frente do carro...
(Continua...)